P.O.V. Melissa.

Meus avós vão se casar. Minha vó tá tão ansiosa e linda no vestido de noiva. E o meu avô escolheu uma roupa da era vitoriana, um terno cheio de camadas de roupa, frufru e uma capa.

—Nossa! Pronta vó?

—Pronta. Vai ver o seu avô e eu já vou tá?

—Tudo bem.

Pedi a permissão deles para convidar o Jeremy e eles deram, mas me mandaram avisar sobre todos os sobrenaturais presentes na cerimônia.

—Oi vô. Nossa! Que roupa mais... vitoriana!

—Devo usar um terno convencional?

—É o seu casamento. Se a vovó tá bem com isso e você também. Então, que se dane o que os outros acham. 

—Você a viu?

—Vi. Ela tá linda.

P.O.V. Jeremy.

A igreja estava toda decorada com flores brancas, lírios, copos de leite e é claro, velas. Velas por todos os lados. A presença de velas era sempre uma constante.

Haviam pessoas sentadas nos bancos da igreja e todos estavam muito bem trajados. Os homens de terno e gravata, as mulheres de vestidos.

Então, a cerimônia começou. Melissa estava perto do altar já que ela era uma das madrinhas. O noivo usava um terno vitoriano, com capa e casaca e calças, colete cheio de botões.

Logo, começou a tocar a marcha nupcial e um homem que parecia ter a idade do meu pai entrou de braço dado com uma mulher de cabelos ruivos usando um vestido de noiva bufante e bordado, assim como o longo véu.

E ele entregou a mulher para o noivo.

—Se não cuidar bem da minha garotinha, vou atravessar uma estaca no seu coração.

Ameaçou o pai da noiva. Mas, ninguém riu. Exceto eu. O que indica que ele tava falando sério.

—Sim senhor.

Então, o padre começou a falar.

—Caros presentes, estamos aqui reunidos para unir este homem e esta mulher em sagrado matrimônio. Agora os votos.

Eles pronunciaram os votos e para terminar trocaram o até que a morte os separe, por um...

—Por toda a eternidade.

—Se alguém aqui tem alguma objeção, por favor fale agora ou cale-se para sempre.

—Eu me oponho!

Disse a outra ruiva de vestido branco entrando na igreja. Ela não tava só de vestido branco, estava vestida de noiva.

—Christine. Vou te dar uma chance de sair desta igreja ainda viva.

—Acha mesmo que ele te ama? Já se olhou no espelho?

—Eu sou linda.

—É mesmo uma idiota. Você é uma falha e patética tentativa de Erik de me substituir. Você e eu somos iguais. Exceto é claro pelas suas runas.

—Só, vá embora Christine.

—Você sabe que estou certa. O cabelo ruivo, a pele alva e nós duas somos cantoras de Ópera.

As velas se acenderam sozinhas.

—Se não sair agora, não sai mais. Da última vez que me enfrentou você quase se matou.

—Da última vez, eu não sabia o que sei hoje.

—E o que é?

De repente, a mulher desapareceu no meio do ar e reapareceu bem na frente da vó da Melissa enfiando uma estaca no peito dela.

—Clary!

—Mamãe!

—Vovó!

A outra noiva deu um sorriso vitorioso, mas o sorriso dela começou a virar uma cara de interrogação.

—Ela deveria queimar. Porque não está queimando?

Então, a vó da Melissa apareceu vestida de noiva enquanto aquela outra estava estirando no chão.

—Pensou bem Christine. Mas, pensou pequeno.

—O que?!

—Meus parabéns, você acabou de matar um Golem.

Disse Clary tirando a estaca da coisa caída no chão que simplesmente se levantou.

—Não. Não.

—Você veio para território inimigo, está sozinha, em menor número e agora... desarmada. Então... saia da minha cerimônia de casamento sua vaca!

A mulher voou porta a fora.

—Essa é a minha garota.

—Agora, vamos á parte do beije a noiva. Tá?

A cerimônia continuou como se nada tivesse acontecido. E eles se comportaram como se aquilo fosse normal.

P.O.V. Christine.

Não. Ele é meu! Ele é meu!

Eles foram para o local da recepção e eu vou acabar com ela. Vou acabar com todos eles.