Os Vingadores - Entre Herois e Aliens escrita por Lia Araujo


Capítulo 6
Acidente




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Acordo com o sol iluminando o meu rosto, abro meus olhos e pisco alguma vezes tentando me acostumar com a claridade, então me viro tentando ignorar a claridade e voltar a dormir, mas escuto a porta abrir e era a senhora West ela entra e percebe que eu estou acordada e diz

— Bom dia Natasha - eu me sento na cama meio sonolenta e ela diz

— Bom Dia Sra. West - eu digo e ela sorri ao me ver sonolenta

— O café vai estar pronto dentro de alguns minutos, se arrume - ela diz se aproximando da cama

— Só mais dez minutos, por favor! - digo quase suplicando e ela ri

— Sinto muito, mas não dá - eu me jogo em cima do travesseiro, ela vem e se senta ao meu lado - Vamos, se não irá se atrasar.

— Me atrasa - digo me sentando de novo - Para o que?

— O James entrou em contato com o diretor da escola e o convenceu a deixa você ir a partir de hoje como um processo de adaptação - ela diz com um sorriso

— É sério? - digo sem conseguir disfarçar a felicidade e ela assentiu, por impulso dou um beijo na sua bochecha percebi que ela ficou tanto surpresa quanto feliz, pego uma roupa e vou correndo para o banheiro.

Depois de alguns minutos, saiu arrumada e vou em direção as escadas, e acabo encontrando Fernando sendo acompanhado do Victor que mesmo depois do banho estava sonolento, ao vê-lo daquela forma começo a rir. Apesar que eu também estava meio grogue de sono, mas ele estava pior

— Bom Dia, Natasha! - o Fernando diz vindo em minha direção

— Bom dia, Fernando - respondo e Victor passa por nós sem falar nada, como se não tivesse nos visto e eu digo irônica - Bom dia pra você também!

— Não encher que eu estou com sono - ele diz no meio de um bocejo me fazendo rir mais ainda deixando o Fernando um pouco confuso.

— Dá pra me explicar o que aconteceu aqui? - ele diz com um olhar curioso e meio brincalhão.

— Nada não, mais que fique claro que eu vou zoar com a cara de grogue dele, pelo menos enquanto ele ainda estiver com sono - digo ainda rindo.

— Então deixa ver se eu entendi, você pretende ri da cara de sono dele enquanto ele estiver de mal humor? - ele pergunta brincalhão, eu assenti, ele sorrir e diz - Será um prazer trabalhar com você

Ele esticou a mão para que eu a apertasse como se fechássemos um acordo, ao fazermos isso começamos a rir e descemos para tomar café. Quando chegamos a sala de jantar vemos o Victor sentado com os braços cruzados sobre a mesa e com a cabeça baixa, olhamos pro lado e vimos a Sra. West terminando de preparar as coisas. Nos sentamos, e olho para o Victor que parece estar dormindo, em seguida entra o Sr. West terminado de arrumar o uniforme

— Bom dia! - ele diz em um tom de voz alto e autoritário, fazendo que Victor se levantasse no susto, fazendo com que eu caísse na gargalhada juntamente com Fernando.

— Bom dia pai - diz Fernando e Victor em uni som, e Victor volta a baixar a cabeça

— Bom dia Sr. West - digo finalmente controlando o riso e um pequeno bocejo, mas Fernando percebi e diz

— Pelo jeito não é apenas o Victor que está com sono hoje? - ele diz e tive uma leve impressão que ele pretendia zoar comigo

— Verdade, mas o Victor está pior que eu - digo olhando pro Fernando - Ele mal conseguiu se manter sentado direito

— Eu estou ouvindo - escutamos a voz dele um pouco abafada e começamos a rir - Esperem eu acordar direito.

— Vai demorar - disse cantarolando em uni som com Fernando, Victor levanta a cabeça pra nos olhar e diz

— É um complô, isso não vale - fazendo cara de pobre coitado - Eu mereço, se não bastasse ter que aturar as brincadeirinhas do Fernando, agora tenho que aguentar as suas também Tasha?

— Acostume-se, meu caro West - digo olhando sarcasticamente e usando um tom brincalhão

— Vai ter volta Tasha - ele diz entrando na brincadeira

— Estarei esperando Tinho - digo com um sorriso discreto.

— Espera, desde quando vocês se chamam por apelidos? - perguntou Fernando

— Isso é ciúmes Nandinho? - Victor pergunta sarcasticamente - Não precisa ficar assim.

— Não é ciúmes - responde ao irmão

— É Nando parece que acabou a nossa brincadeira - eu digo olhando pro Victor, e quando percebo que o Fernando me encarava, viro pra ele e digo - Ele já acordou completamente.

— Mas é agora que a brincadeira vai começar - disse Victor revezando o olhar entre mim e o Fernando

— Então você irá brincar sozinho - digo encarando-o

— Está desistindo Natasha - diz com um tom levemente desafiador

— Não, isso não faz meu estilo - digo me inclinando em sua direção - É que gosto de jogar quando estou em vantagem

— Então é medo por eu ser um jogador superior - diz confiante e rio debochada

— Não se iluda, iriamos jogar de igual pra igual - digo com um sorriso satisfeito

— Que iria terminar com a minha vitória - ele diz e fica me encarando pra ver a minha reação.

— Na verdade seria um jogo no qual sempre terminaria com um empate - digo com um sorrisinho cínico - Não acha que eu iria aliviar pra você, não é?

— OK! Agora já chega vocês dois, antes que essa brincadeira acabe em briga - Fernando diz se metendo na conversa.

— Não haverá briga se ele não provocar - digo dando de ombros e me encostando na cadeira, ainda encarando Victor.

— Você é boa - ele diz com um tom um pouco surpreso e sorrindo - Acho que ninguém seria capaz de te provocar na escola

— Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui? - diz o Sr. West que assistia a conversa de longe ao lado da esposa.

— Eu também quero entender - diz Fernando olhando pra nós dois.

— Fernando, lembra do nosso primeiro dia de aula? - Victor diz

— Já entendi. - diz me olhando surpreso

— Agora sou eu que não estou entendendo nada - eu digo olhando os dois parecendo um pouco confusa

— É que no nosso primeiro de dia de aula, alguns veteranos mais velhos ficavam com alguns jogos de palavras querendo nos irritar, tentando provocar briga - diz o Fernando

— Então você fez isso com ela pra ver como ela se sairia com os veteranos? - pergunta o Sr. West

— No começo fiz apenas por brincadeira, mas depois decidir ver como ela se saia - diz Victor como se não fosse nada demais

— Sendo assim, acho que ela não terá problemas com os veteranos - disse Fernando

— Bom agora que já está tudo resolvido podemos tomar café, antes que se atrasem? - disse a Sra. West.

Todos nós comemos e o Sr. West, nos levou até a escola quando chegamos os meninos foram colocar os materiais na sala, enquanto uma coordenadora me mostrava as dependências escolares. Ela me mostrou as salas de música, de artes, idiomas, dança, informática, a biblioteca e por fim me mostrou a sala na qual eu teria as aulas normais, por sorte era a mesma turma do Fernando. Ao vê-lo na sala senti um grande alivio, pelo menos eu já conhecia alguém da turma. Ele se vira e ao me ver ele se aproxima acompanhado de alguns alunos

— Então vamos estudar na mesma turma? - Fernando pergunta sorrindo

— Parece que sim - digo sorrindo

— Que bom! Gente essa é a Natasha - ele disse olhando pros amigos e depois se vira pra mim e diz - Tasha esses são Mike, Luma, Juan, Marcos e Julieta

— Oi! - digo olhando pra eles e a Julieta se aproxima dizendo

— Oi, sabia que desde que ele chegou só falou de você? - ela pergunta fazendo o Fernando corar

— Na verdade não, espero que tenham sido coisas boas - brinco e o Fernando cora um pouco mais

— Acho que ele jamais falaria mal de você - disse a Luma - Ele está bem animado em estudar com a irmã

Quando ela falou isso logo percebi o Fernando ficar nervoso enquanto o olhava como se perguntasse "você disse pra eles que somos irmão?", então ele falou

— Ela minha amiga Luma - ele disse bastante nervoso

— Mas o jeito que você falou dela não foi o que pareceu - disse o Mike

— Tenho que concordar com ele, o jeito que você falou deu a entender que você são da mesma família - disse o Juan

— Mas... - o Fernando ia se justificar mas eu o interrompo dizendo

— Mas é quase como se fossemos irmão - ele me olha e eu continuo - É dessa forma que eu o vejo.

— E parece que ele também - disse o Marcos

— Fico feliz com isso - falei, então ele me olhou da mesma fora que o Victor na noite anterior quando o chamei de irmão.

— Então vamos ficar em pé ou nos sentar? - pergunta Fernando aos amigos, então nos sentamos e assistimos as aulas, e eu estava feliz ao saber que fui aceita pelos West, mas nunca seria minha família de verdade.

 

Semanas depois


Era sábado pela tarde e não tínhamos absolutamente nada a fazer, pegamos um jogo qualquer de tabuleiro e começamos a jogar. Depois da primeira rodada, já tínhamos enjoado da brincadeira e ficamos sentados sem ter o que fazer

— Vamos treinar? - Fernando falou chamando a nossa atenção

— Agora? - perguntei curiosa

— Tem alguma ideia melhor? - Victor fala me olhando com tedio

— Eu estou um pouco dolorida - falo olhando-o - Ainda não acostumei com a rotina de treinos

— Acontece com todo mundo no começo - Fernando disse em tom compreensivo

— Então vocês treinam e eu vou procurar alguma coisa para fazer - digo me levantando

— Como quiser, se precisar de nós estaremos no quintal - Victor falou se levantando

— Está bem, bom treino - fale começando a me virar e ele foram treinar

Comecei a andar em direção as escadas e quando estava próximo vi a Senhora West com uma porção de roupas nas mãos

— Precisa de ajuda senhora West? - perguntei me aproximando em frente a escada

— Não precisa querida, só vou lavar essas roupas - ela comentou parando no meio da escada para ajeitar as roupas em seus braços

— Posso ajuda-la em alguma coisa? - pergunto olhando-a

— Poderia pegar o material para lavar roupas que está no armário dos fundos - ela falou me olhando

— Sim senhora - digo saindo da frente da escada

Eu estava passando pela lateral da escada quando vi que a manga de um casaco escorregou ficando pendurada e antes que eu pudesse avisar a senhora West pisou na manga e rolou escada a baixo

— SENHORA WEST - foi tudo que eu consegui dizer

Quando ela chegou ao chão fui até ela e a vi inconsciente, mas graças a Deus ela estava vida. Assim que me coloquei de joelhos ao lado dela, vejo os meninos se aproximarem correndo

— MÃE - Fernando gritou e veio até nós, vi que ele iria mexer nela

— Não - digo e ele me olho ainda assustado - Não mexe nela, se na queda ela quebrou algum osso mexer nela só poderia piorar

— O que vamos fazer? - Fernando falou deixando as lagrimas rolarem

— Ligar para a emergência e avisar ao Senhor West - digo controlando para não desmoronar

— O número do trabalho do papai está em um caderno no meu quarto, vou pegar - Victor falou subindo a escada

— Fernando fique aqui, se ela acordar antes da emergência chegar diga para que ela não se mova - falei olhando e ele assentiu

Andei rapidamente na direção do telefone e liguei para emergência. Contei o que aconteceu, passei o endereço e eles disseram que já tinha uma ambulância a caminho. Quando desliguei o telefone Victor aparece ao meu lado com o caderno em mãos, me mostrando o número do trabalho do pai, Victor ligou e falou com o pai o que havia ocorrido, quando encerrou a ligação Victor disse que o Sr West chegaria em pouco tempo. Voltamos para o lado da sra West que continuava inconsciente, em quinze minutos a ambulância chegou, os enfermeiros a colocaram na maca

— Podemos acompanha-la? - Victor perguntou tentando controlar o choro - Por favor!

— Podem - o enfermeiro falou comovido com o medo deles

Quando o Victor e o Fernando estavam entrando na ambulância eu fiquei para trás, viu deteve um passo

— Você não vem? - ele pergunta e eu nego com a cabeça

— Vou ficar para informar ao Sr. West para onde a levaram - digo calma

— Então vai com o Fernando, como sou o mais velho eu fico - ele disse me olhando

— Victor, ela é sua mãe, você tem que ficar com ela - digo normalmente - Irei com o seu pai e encontro vocês no hospital

— Mas... - ele tentou me convencer

— Victor vai, sua mãe precisa atendimento e seu irmão vai precisar de apoio - digo olhando-o - Vai logo

— Quando chegarmos no hospital, eu te ligo - ele afirma e eu assenti

Ele entrou na ambulância e eu fechei a porta da casa ao entrar. Me sentei no sofá e comecei a orar para que nada de ruim tenha acontecido a Sra West, quase quinze minutos se passaram e o telefone da casa toca e rapidamente atendi

— Alô? - digo ao atender

Oi, Tasha! Sou eu! — rapidamente reconheci a voz do Victor - A mamãe está bem, ela acordou no meio do caminho e está fazendo alguns exames

— Graças a Deus, nada de grave aconteceu - digo me sentindo um pouco aliviada

Graças a Deus - ele concorda - O papai chegou?

— Ainda não, mas acho que não irá...- antes que eu conclua a frase ouço o motor do carro do Sr West - Ele chegou, chegaremos ai em pouco tempo

Está bem! Obrigado por tudo Tasha - ele diz e encerramos a ligação

Virei bem a tempo de ver o Sr West abrir a porta nervoso

— Onde ela está? - perguntou ao me ver

— A ambulância já chegou e a levaram para o hospital mais próximo - respondi e ele assentiu

— Onde estão os meninos? - ele perguntou correndo o olhar pela casa

— Foram acompanhando a mãe, preferi ficar para caso o senhor viesse direto para cá ao invés do hospital - respondi e ele assentiu

— Vamos logo, então - ele disse e fui rápido em direção a saída

Fomos todo o percurso em silêncio, quando chegamos no hospital, fomos direto para a sala de espera e encontramos o Victor e o Fernando sentados. Fernando chorava baixo e Victor tentava de toda forma acalma-lo. Fernando ao ver o pai se levantou e foi abraça-lo enquanto o Sr. West fala que tudo iria ficar bem e que ele precisava se acalmar. Eu me sentei ao lado do Victor

— Como ela está? - perguntei baixo

— Bem, pelo que pude ouvir parece que fraturou uma costela próximo ao pulmão - ele disse me olhando - Se tivéssemos mexido nela, a situação não seria boa

— Mas isso não aconteceu e ela está bem, é o que importa - digo e ele assentiu

— Como soube o que fazer? - ele perguntou intrigado

— É que meu... irmão caiu de uma arvore e o meu pai fez exatamente o que eu fiz hoje, mas por sorte ele apenas quebrou o braço - falei lembrando de como fiquei apavorada com a queda do meu irmão

— Você salvou a vida da minha mãe – Victor falou enquanto notei o Sr. West sentou com o Fernando no colo

— Não fiz muito – falei olhando-o e segurou minha mão me olhando

— Mas foi o suficiente para salvar minha mãe – ele disse olhando nos meus olhos – Não tenho palavras para agradecer.

— Não precisa agradecer – falei olhando para o chão

— Quem é a família da Senhora Hansel West? – um medico falou no corredor que nos fez olhar na direção dele

— Somos nós – Sr West falou se levantando com o Fernando no colo

— A sra West está fora de perigo, já está no quarto para se recuperar adequadamente - o medico fala - Poderiam me acompanhar?

Victor se levanta e eu solto sua mão, ele me olhou sem entender.

— Irei beber um pouco d'água, te vejo daqui a pouco - falei indo na direção oposta, procurando o bebedouro.

Enchi um copo com água, fui caminhando até retornar a cadeira no corredor que eu estava sentada. Minutos depois, o sr West sentou ao meu lado.

— Porque não entrou? - ele me perguntou

— Estava com sede - falei tomando mais um gole

— O que está te incomodando, Natasha? - ele perguntou e continuei encarando o chão.

— Eu não entrei, porque não posso - falei e bebi outro gole - Apenas a família tem essa permissão.

— E você não se considera da família? - ele perguntou me olhando - Realmente é uma pena, mas nós gostaríamos de ser uma para você

— Como assim? - perguntei olhando-o

— Há alguns dias, minha esposa me perguntou qual seria a possibilidade de conseguirmos a sua guarda - ele falou um pouco receoso 

— Estão querendo me adotar? - perguntei e ele assentiu

— Mas queríamos conversar com você antes - ele falou e eu continuei olhando - O que você acha?

— Eu não sei o que dizer - perguntei e ele sorriu

— Apenas diga se quer ou não fazer parte da família West - Ele diz simplesmente

Seria ótimo ter uma família novamente e eles me dão o suporte que preciso para me desenvolver. Viver com um policial poderia me ajudar ainda mais a localizar os desgraçados que caçaram a minha família futuramente 

— Seria uma honra, Sr West - respondi e ele sorriu

— Vamos ver como ela está - ele falou se levantando e estendendo a mão para que eu a segurasse.

Me levantei da cadeira, segurei sua mão e fui acompanhando-o até o quarto que a senhora West estava.

 


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