A Jornada de Rudolf escrita por Phoenix M Marques W MWU 27, BILSS O DESTRUIDOR


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Um ano depois... como está a vida de Rudolf e Ayesha agora?

OBS: o capítulo não está em formato drabble.


Venha conhecer também a continuação, feita para o desafio de 2021: https://fanfiction.com.br/historia/803621/A_Jornada_de_Rudolf_20/



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De pé, apreciando a vista da cidade, Rudolf estava contemplativo.

A porta do banheiro se abriu, e Ayesha saiu, usando roupão azul-piscina com uma pequena bandeira do Egito bordada na altura do coração.

— Você está muito reflexivo hoje, Sherlock.

Rudolf se virou levemente.

— É uma bela paisagem...

— Obrigada!

— Eu estava me referindo à cidade.

— Bobo - respondeu ela, atirando uma toalha nele.

Risadas leves povoaram o ar. Rudolf dobrou a toalha e a depositou em cima da mesa, voltando a contemplar a vista da janela.

— Nem parece que já faz um ano de tudo aquilo.

— Sim, parece, Rudolf - disse Ayesha, pegando suas roupas e voltando ao banheiro para se trocar, mas deixando a porta entreaberta, de modo que o garoto podia ouvi-la. - Só porque para você o tempo passa rápido, não quer dizer que acontece o mesmo com as outras pessoas.

Mais leves risadas. Rudolf se deu conta de o som da risada dela era o som mais bonito que ele já ouvira.

— Tá certo. Mas, meu ponto é: nós passamos por tudo aquilo, por vários locais... E ainda temos uma Europe enorme e vasta para desbravar. Isso sem contar os demais lugares do mundo. Estou ansioso pela Ásia, sério... Mesmo com todo o tempo que tivemos, vimos uma parcela relativamente pequena do mundo!

— Sim, garanhão, mas vá com calma. Com a pandemia e o isolamento, teremos que esperar. Conseguiu falar com seu advogado?

— Sim, querida, ele me assegurou de que os bens do meu avô ainda estão ao meu alcance, e os investimentos dele ainda estão rendendo. Poderei ficar aqui em Londres pelo tempo que precisar. Minha irmã já está mais calma com tudo isso, e avisei a ela que assim que tivermos chance, iremos vê-la.

— Espero que ela me aprove... - brincou Ayesha, rindo novamente.

Dessa vez o viajante não aguentou e se entregou ao riso dela.

— Relaxe. Ela é tranquila, vai gostar de você. Tudo certo.

— Ok. Então, por enquanto, só temos que nos preocupar com o isolamento. Depois que o premier ficou doente, parece que o país todo começou a surtar. Pelo menos temos Netflix, NOW e todos os demais serviços possíveis para nos distrair.

— De certo modo, isso aqui é um sonho se tornando realidade, sabe? Pra mim, pelo menos. Ter que ficar todos os dias em casa, apenas maratonando séries e filmes? E com você ao meu lado? Isso é sensacional.

— Diz o brasileiro que, quando a pandemia estourou, reclamou ao ver as pessoas se referindo ao seu estilo de vida como "quarentena".

Rudolf não segurou a gargalhada. A moça era um gênio mesmo.

— Ok, ok, Srta. Granger! Já estamos cientes da sua perspicácia, obrigado. Já posso admitir que queimei a língua falando aquilo.

— Pois bem, garanhão. Agora, é só aguardar. Cedo ou tarde isso vai passar e podemos retomar seus planos. Por enquanto, a viagem à Ásia terá que esperar.

Ayesha saiu do banheiro, com uma blusa violeta e um short, com seu cabelo negro repicado brilhando com a leve luz do sol londrino. Que mulher, pensou Rudolf, mesmo já estando habituado com aquele visual há mais de um ano.

— É, hm, acho que consigo esperar.

— Bobo mesmo - disse Ayesha, indo ao encontro dele e o abraçando. - Bom, vamos nessa para aproveitar o isolamento à nossa maneira, garanhão. Lembra-se de quando fomos para a London Eye?

— Claro.

— Pois vamos ali na varanda rapidinho, dá pra ver ela todinha daqui. Depois você escolhe a próxima série que vamos maratonar e o próximo lanche que vamos pedir.

Os dois saíram de mãos dadas para a varanda. Abraçados, contemplaram a vista do Tâmisa e da London Eye.

Em seu íntimo, enquanto apreciava a paisagem da cidade, Rudolf pensava em quantos países mais tinha desejo de conhecer. Japão, Índia, Rússia, Austrália, Tailândia, Canadá, Grécia, Coreia do Sul, China, África do Sul, Congo, Madagascar, Bahamas, México, Ilhas Virgens, Jamaica, Bermuda, Colômbia, Panamá, Escócia, Irlanda, Hungria, Alemanha, Noruega, Porto Rico, Romênia, Polônia... até uma viagem interna pelos estados do Brasil quando retornasse ao seu país.

— Acha que vai aguentar nossa versão da vida londrina por muito tempo, garanhão? - perguntou ela, sorrindo.

— Com você? Tenho certeza que vou.

Rudolf se permitiu sorrir mais um pouco.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima história, pessoal...