Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 54
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar gente.
Me desculpem por não ter postado quarta, mas estava cheia de trabalhos para terminar que seriam entregues hoje, mas graças a Deus consegui finalizar e trouxe um novo capitulo para vocês.
Esse capitulo corresponde ao de quarta feira.
Beijos e boa leitura.



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—Não quero que fique triste, porque eu fico triste. - disse suave depois que contei a Leah sobre sua vaga em Harvard.

—Perdi a minha vaga em Harvard, Elliot. É claro que vou ficar triste... E lá se foi a minha chance. - ela disse frustrada enquanto se encostava nos travesseiros, já que a proibi de sair da cama, pelo menos por hoje.

—Não é a sua última chance. Você pode tentar de novo.

—Acho melhor me conformar que jamais serei uma médica. - ela disse e me senti culpado, afinal Leah não pode fazer a sua matricula por minha causa.

—Me desculpe. - sussurrei sincero e ela me olhou confusa.

—Desculpar pelo que?

—Por você ter perdido a sua vaga. Leah, você perdeu o prazo de inscrição porque se transformou em uma loba, por minha causa. Porque a deixei.

—Claro que não Elliot, a culpa foi minha. Eu deveria ter pensado melhor antes de agir regida pelas emoções. - ela disse e sorri sem humor.

—Não tenta amenizar a minha culpa. - pedi e ela me olhou sem entender do que eu estava falando.

—Não há mais culpa, eu te perdoei. Pensei que tivesse deixado isso bem claro, algumas horas atrás? - ela disse sugestiva e corei ao lembrar da maneira intensa e saudosa que havíamos nos amado. -Você ainda fica envergonhado por lembrar de quando fazemos amor?

—Acho que velhos hábitos nunca morrem.

—Ainda bem. - Leah sussurrou enquanto se sentava em meu colo, passava os braços pelo meu pescoço me beijando em seguida.

—Eu posso te ajudar...- sussurrei assim que ela me deixou respirar.

—Com certeza, você vai me ajudar. Não estava pensando em fazer nada sem a sua ajuda. - ela disse me olhando maliciosa e foi impossivel não rir.

Afinal, quando estávamos juntos dessa forma, era muito dificiel manter uma linha de raciocínio, porque o amor que sentíamos sempre tomava as rédeas da situação. Nos fazendo agir por puro instinto de amarmos um ao outro.

Ainda conseguia ser racional em alguns momentos, mas Leah nem de perto.

—Estou falando da faculdade de medicina, amor.

—Você realmente quer conversar, agora? Temos dois meses de saudade acumulada. - ela explicou me olhando daquela forma, que sempre me fazia perder a razão.

Mas dessa vez, eu precisava ser o racional naquele momento.

—Vai ser uma conversa rápida, prometo. - disse colocando uma mecha do seu cabelo para trás da sua orelha.

—Tudo bem, te dou cinco minutos.

—Cinco minutos não dá para conversar, Leah. - disse e ela sorriu concordando o que me fez sorrir também.

—Você é uma loba muito impaciente, sabia? -questionei olhando em seus olhos e ela sorriu.

—Sou mesmo. Ainda mais quando o meu macho, quer ficar conversando em uma hora imprópria.

—Eu sei, mas prometo que vai ser do seu interesse. - disse e ela concordou. -Se você quiser e se sentir confortável, posso pagar a sua faculdade de medicina.

E Leah me olhou surpresa, era como se ela não esperasse por esse gesto.

—Eu não posso aceitar. - ela disse suave enquanto saia do meu colo.

—Porque não? - questionei confuso, afinal queria ajudá-la.

—Porque não é certo. Você guardou esse dinheiro para a faculdade da nossa filha, não é certo usá-lo comigo.

—Não vou usar o dinheiro da poupança da Ária. Porque além do mais, ele não existe mais. - disse e ela me olhou séria.

—O que aconteceu com o dinheiro da faculdade da nossa filha, Elliot?

—Ária decidiu doá-lo para o orfanato. Eles estavam com alguns problemas estruturas e precisavam fazer algumas obras com urgência.

—Mas a faculdade da Ária? - ela questionou preocupada.

—Está assegurada, amor. - disse e ela me olhou seria.

—Nem ouse. Porque não vou deixar que você dobre plantões para pagar a minha faculdade ou a da nossa filha. - ela disse seria e sorri para ela como um bobo apaixonado, por Leah se preocupar comigo, mesmo que custasse a não realização do seu sonho. - Me prometa, que não vai se matar de trabalhar para tentar me dá algo de que não preciso?

—Achei que ser médica fosse o seu sonho.

—Meu sonho é você, Elliot. E abro mão de qualquer coisa por você, para que esteja bem e feliz. Agora, me prometa. - ela pediu me olhando nos olhos.

—Eu prometo. Mas não estava falando da poupança da Ária ou de dobrar plantões. - disse e ela me olhou confusa. - Você passou quase dois meses fora e muita coisa aconteceu.

—Agora você começou a me assustar.

—Depois que voltei de Londres, meu avô entrou na justiça para que minha paternidade fosse reconhecida, como deixei claro que não me ausentaria de La Push, Sebastian ficou viajando de Londres para Forks, até que todo o processo estivesse terminado. - expliquei e ela me olhou como se tivesse entendido tudo.

—Por isso Ária te chamou de doutor Thompson, quando voltei para casa.

—Sim. Ainda está sendo uma complicação mudar algumas documentações, mas legalmente sou um Thompson agora, assim como a Ária. E ser o Thompson, me deu o direito de herdar as ações dos meus pais, com o lucro delas posso pagar a sua faculdade e a da nossa filha sem problemas.

—Isso é uma lástima. - ela disse triste e fiquei confuso por seu comentário.

—Porque é uma lástima?

—Porque eu amava te chamar de doutor Marshall. - ela disse triste e foi impossivel não rir.

—Ainda continuo sendo um Marshall, Leah, afinal era o sobrenome de solteira da minha mãe. Mas se quiser, pode continuar me chamando de doutor Marshall. Eu gosto. - segredei para ela que sorriu antes de me beijar com carinho.

—Sobre a minha proposta...- sussurrei depois que interrompi nosso beijo.

—Me deixa pensar um pouco? - ela pediu e concordei antes de nos beijarmos e continuarmos de onde havíamos parado.

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—Pelo seu sorriso e pelo brilho dos seus olhos, você e a Leah fizeram as pazes. - meu avô disse assim que atendi a sua vídeo chamada na varanda, pois deixei que Leah conversasse a sós com Jacob e Seth, que ainda estava me odiando depois de tudo. - Como está a minha neta querida?

Mesmo só conhecendo minha noiva através de fotos, que eu e minha filha mostramos aos dois, meus avôs sempre se referiam a minha noiva como neta e isso me deixava feliz, por minha família aprovar meu relacionamento com Leah.

—Sim vô, nós fizemos as pazes. E a Leah está bem. - disse sorrindo feito um bobo e meus avôs sorriram.

—Estou tão feliz que tudo tenha dado certo no final. Estava tão preocupada com vocês. - minha avó disse suave e meu avô concordou, afinal os dois sabiam o quanto amava Leah.

—Eu também, mas graças a Deus tudo acabou bem.

—Que bom, e quando você pretende nos visitar de novo? Estamos morrendo de saudades. - minha avó disse e respirei fundo.

—Eu também estou morrendo de saudades, vó. Mas por enquanto preciso ficar ao lado da Leah, já passamos tempo demais separados. Me desculpem.

—Não peça desculpas por amar, Elli. Vamos dar um jeito nessa distância e quando menos esperar, estaremos todos juntos. - meu avô disse enigmático e fiquei desconfiado de suas palavras.

—O que vocês dois estão aprontando?

—Nada Elliot, e como está a minha bisneta querida? - meu avô questionou e comecei a ouvir vozes alteradas de dentro da casa.

—Deve estar chegando da escola. Vô, preciso desligar, depois eu ligo. Amo vocês. - disse e os dois me mandaram beijos antes de desligar.

—Não acredito que você foi pra cama com aquele cara? Depois de tudo o que ele te fez. - Seth gritou furioso assim que abri a porta e entrei na sala de estar da casa de Leah.

—Seth para com isso, agora. - Jacob disse sério mas Seth o ignorou.

—Quem frequenta a minha cama não é da sua conta Seth. E você está se referindo ao Elliot, como se ele fosse um cara qualquer que conheci em uma festa e terminei a noite na cama dele. Ele é o meu imprinting, o meu noivo e o homem que eu amo. -Leah gritou furiosa enquanto olhava para o irmão. - E vou me casar com ele, você queira ou não.

—Eu não quero você com ele.

—Você não manda em mim Seth. - ela gritou furiosa.

—Devia ter matado ele quando tive a chance. - Seth disse furioso e Leah parou de respirar antes de suas mãos começarem a tremer. Sem pensar duas vezes, corri para o seu lado e a segurei impedindo que ela cometesse uma louca e Jacob fez o mesmo com Seth.

—Me solta Elliot, não quero machucar você. - ela disse lutando para se libertar de mim.

—Sei disso, por isso não vou te soltar. Não vou permitir que você perca a cabeça com o seu irmão.

—Não preciso que você me defenda. - Seth disse furioso enquanto me olhava.

—Cala a boca Seth. - Sue disse seria e Seth obedeceu, antes dela olhar para os filhos. - Vocês dois são irmãos e não deviam ficar brigando feito dois gatos de rua, não os criei para isso. Peça desculpas a sua irmã, pelo que disse agora mesmo, Seth.

—Mas não mesmo. - Seth disse orgulhoso.

—Você vai pedir sim, porque o errado nessa história é você. A Leah é maior de idade e vacinada, sabe muito bem o que faz. Elliot é praticamente o marido da sua irmã e você deve respeitá-lo, não estou pedindo para gostar dele, mas que o respeite, afinal ele é da nossa família. E não quero que a minha família se destrua, porque meu filho não teve a generosidade de perdoar o cunhado quando a irmã dele perdoo. - Sue disse severa e Seth revirou os olhos antes de sair de casa batendo a porta com força.

—Vou falar com ele. - disse soltando Leah e ela me olhou confusa.

—Não mesmo, Seth está nervoso e não quero você correndo perigo. - ela implorou e soube o que suas palavras queriam me dizer.

Ela não suportaria ter que lutar contra seu irmão caçula para me defender.

—Não vou correr perigo algum. - disse olhando em seus olhos e fui atrás de Seth.

—Seth? - chamei descendo as escadas da varanda enquanto o via caminhar em direção a floresta.

—O que você quer agora? - ele questionou furioso assim que virou para me ver.

—Só quero pedir perdão a você. -disse e ele me olhou surpreso por minhas palavras.

—Perdão? Do que você está falando Elliot?

—Peço perdão a você, Seth por ter machucado a sua irmã. Por ter traído a sua confiança, quando me aceitou como noivo da Leah, jamais quis te magoar ou magoar a sua irmã. Se pudesse voltar no tempo jamais faria as escolhas erradas que fiz.

—Só que você não pode Elliot. A minha irmã sofreu por sua causa e não pude fazer nada para ajudá-la. E jamais vou te perdoar por isso. - ele me acusou furioso e veio para cima de mim, mas antes que pudesse se aproximar Leah ficou na minha frente.

—Seth, fique longe do meu macho agora. - Leah disse furiosa enquanto olhava para o irmão.

—Você não manda em mim. - Seth disse furioso enquanto caminhava em nossa direção. -Temos o mesmo sangue e você não pode me obrigar a obedecer uma ordem sua.

—Experimenta dá mais um passo, pra ver se não sou capaz. Não vou deixar que você machuque meu macho. - Leah ameaçou furiosa e percebi que os dois estavam prestes a perder o controle já que ambos tremiam sem parar.

—Parem com isso agora. - disse me soltando de Leah e ficando no meio dos dois, evitando que eles se atacassem.

—Elliot. - Leah sussurrou apavorada por me ver perto de Seth, que estava prestes a perder o controle.

—Não vou permitir que vocês dois briguem por minha causa. Tenho certeza que o imprinting não me escolheu para isso, e se tivesse escolhido não permitiria jamais que se enfrentassem. Vocês dois são irmãos e se amam, tem sorte de terem um ao outro e não vou deixar que acabem com a família de vocês, porque sei o que não é ter uma família, e é a pior dor do mundo. - disse olhando para os dois que prestavam atenção em mim. - Seth, se tiver que ficar com raiva ou culpar alguem faça isso comigo. Só não odeie ou se afaste da Leah, ela é a sua irmã, e vocês dois se amam. A família de vocês deve ser maior do que sua raiva de mim, só não posso prometer me afastar da Leah, porque a amo demais e prometi a ela que nunca mais a deixaria, mas se você quiser, prometo que não apareço no mesmo lugar que você, só por favor, não lute contra a sua irmã.

Ficamos em silêncio por um tempo, enquanto Seth olhava para a irmã, depois para Sue e Jacob que assistiam a tudo.

—Você realmente seria capaz de tudo pela minha irmã? - ele questionou me olhando nos olhos seriamente.

—Eu seria capaz de morrer por ela, sem ao menos parar para pensar. - disse olhando em seus olhos e Seth sorriu feliz antes de vir me abraçar, me deixando confuso.

—Fico feliz que a Lele, esteja com alguem que seria capaz de morrer por ela. - ele disse depois que me soltou e o olhei sem entender. - Só me faça um favor, se case logo com a minha irmã, ao em vez de ficar só pegando ela.

—Seth. - Leah o repreendeu sem graça enquanto todos riram.

—Eu prometo. Isso quer dizer, que podemos ter uma convivência amigável? - questionei e Seth respirou fundo antes de sorrir.

—Você se arriscou para defender a nossa família, Elliot, e por isso merece muito mais que uma convivência amigável. Você merece que o perdoe e o trate como meu irmão. Irmãos? - Seth questionou me estendendo sua mão e concordei antes de apertá-la.

—Nunca mais faça uma coisa dessas, Elliot. Você me ouviu? - Leah questionou entre lágrimas e me abraçou apertado.

—Ouvi, dá próxima vez vou ficar atrás de você. - disse acariciando seu rosto de leve.

—Deus queira que não haja uma próxima vez, afinal você me prometeu muitas coisas hoje, e quero que viva o suficiente para cumpri-las. - ela disse e concordei antes de beijar seus cabelos e abraça-la forte, espantando qualquer medo que Leah pudesse ter.


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Notas finais do capítulo

E se preparem porque amanhã, especialmente teremos um capitulo, que corresponderá o de hoje.
Beijos e até manhã.