North escrita por Munhoz B


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Ohayo!!! Olha quem apareceu :D
Ansiosos por mais um pouco deste mundo? Porque cara, eu estava!
Sem enrolação, divirtam-se e uma ótima leitura!



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Eu estava odiando aquele plano, por que deixei Gaara me convencer?

Bom, era o melhor que tínhamos no momento. Percebi o ar ser cortado atrás de mim, então me agachei rapidamente, dando um giro e uma rasteira no marinheiro que tentou me atacar.

“Quem sabe na próxima encarnação”, disse ao atravessar sua garganta com minha espada. Fui caminhando em direção a cabine do capitão, matando quem aparecia em meu caminho.

Chegando lá, encontrei o capitão escondido no canto da parede. Eu o encarei confusa e pisquei algumas vezes para ter certeza do que via. Abri os olhos e sim, o capitão estava se escondendo e tremia de medo.

“Eu imploro, tenha piedade, eu tenho três filhos”, se ajoelhou diante de mim enquanto implorava. “Bem, se é assim, meus pêsames a eles”, disse e o matei.

Certo, agora é só controlar o navio. Como se controla um navio? Odeio piratas e marinheiros, então nunca me interessei por isso. Droga!

“Precisando de ajuda?”, Gaara me perguntou ao entrar na cabine. “Desde quando sabe fazer isso?”, o perguntei ao vê-lo controlar perfeitamente o navio. “Desde que meu alvo era um pirata e tive que me infiltrar no navio dele”, me respondeu.

Percebi o navio indo em direção ao dos outros, completamente diferente do plano. Os outros navios começaram a nos bombardear e colocaram a prancha e invadiram nosso navio roubado.

Apontei minha espada para Gaara. “Você está com eles?!”, gritei. “Não me olhe assim, você me traiu primeiro”, me disse irritado.

O olhei não entendendo seu ponto. “Nós devíamos ficar ao lado do Rei até nossa vingança ser concluída! E você jogou tudo para o alto por aquele General?”, ele estava furioso.

Nós começamos a lutar. Primeiro trocamos golpes de espadas, a disputa era sobre quem cederia primeiro. Em um momento, fui encurralada na parede, mas dei uma joelhada em suas partes íntimas e depois lhe dei uma cabeçada.

Gaara gritou de dor. “Não poderia deixar Naruto morrer! Do mesmo jeito que você não poderia matar Kankuro!”, disse irada e o chutei nas costelas.

“E como acabou para ele mesmo? Ah, sim, ele morreu!”, disse debochadamente e me deu uma rasteira. Eu caí batendo minha cabeça no chão e senti Gaara subir em cima de mim, se preparando para um soco.

Consegui desviar e rapidamente mordi seu pescoço e peguei minha adaga de dentro da minha bota. Enfiei a adaga em sua coxa e dei uma joelhada em sua barriga, o tirando de cima de mim.

Saí da cabine, antes que ele se levantasse novamente, e fui atrás de Naruto. O achei perto da proa, lutando contra três marinheiros. Peguei minhas agulhas do meu coldre de armas, e mirei no pescoço dos três.

Lançar agulhas daquela distância, ainda mais com a loucura ao meu redor, precisava de muita concentração e paciência, e claro, precisão. Quando achei o momento perfeito, lancei as agulhas envenenadas, acertando o pescoço de cada um.

Logo, os três caíram mortos, e Naruto procurou ao redor até me achar. “Como fez isso?”, me perguntou impressionado. “Francamente Naruto, eu já era incrível com dezesseis anos. O natural era ficar ainda mais incrível no decorrer dos anos”, me gabei correndo até ele e o puxando para a beirada da proa.

“Nós não vamos fazer isso não é?”, me perguntou com os olhos pidonhos. O encarei confusa e ele deu um sorriso amarelo. “Eu tenho medo de nadar, não é a toa que minhas batalhas eram em terra firme”, me explicou envergonhado.

“Parados!”, um marinheiro gritou. Me virei para ver quantos tinham, e vi que eram muitos. Encostado no mastro, estava o Capitão Sasori me olhando divertido, ao seu lado estava Gaara.

“Sim, nós vamos fazer isso”, respondi a pergunta que Naruto tinha feito. Percebi os dois ruivos estreitarem o olhar, e então empurrei Naruto para fora do navio, e pulei em seguida.

Cair na água foi como levar um soco. Ouvi Sasori gritar para os marinheiros não nos deixar fugir, e logo, alguns pularam na água.

Tentei procurar Naruto naquela escuridão das águas, mas não consegui. Eu estava ficando sem ar, então emergi em busca do mesmo. Tossi algumas vezes, e senti alguém pegar no meu pé.

Dei um chute em quem fosse, logo Naruto surgiu ao meu lado com uma mão na bochecha. “Hey!”, reclamou me recriminando com os olhos. “Desculpa”, pedi antes respirar fundo e mergulhar.

oOo

Tinham se passado dois dias. Conseguimos fugir dos marinheiros e achamos uma parte de madeira onde nós poderíamos usar como bote.

Estávamos dois dias sem comer. O cansaço nos dominava. Nesses dois dias, Naruto não falou comigo, nada além do essencial. Ele estava irritado e magoado, e era compreensível.

Sua greve de silêncio se deu depois que o expliquei sobre como estávamos nessa situação. E também, depois que o contei que tinha fingido minha morte, e estava na capital, praticamente ao seu lado.

Naruto ficou magoado ao saber que eu tinha me tornado uma assassina, seus últimas palavras antes de decidir não falar mais comigo, foram: “Seu pai estaria decepcionado”.

Eu tinha certeza que morreríamos ali. Talvez pela fome, ou por algum tubarão. Talvez algum pirata passasse por aqui, talvez eu poderia lidar com eles, e nós sobreviveríamos. Ou talvez, a Marinha Real nos encontrasse e nos matasse.

Enfim, temos muitas probabilidades de como morrer, e somente uma de como sobreviver.

“Como acha que Sasuke está?”, Naruto quebrou o silêncio. Eu estava aproveitando o pouco sol do dia, então não estava prestando tanta atenção ao loiro. Bom, eu ouvia ele tentando pescar alguma coisa.

“Provavelmente está envolvido em alguma briga”, o respondi sem lhe olhar. Ouvir o nome dele aqueceu meu coração, mas também me lembrou da mágoa.

Nós crescemos juntos: eu, Naruto, Sasuke e Itachi. Bem, Itachi era bem mais velho que a gente, mas sempre estava conosco.

Os Uchihas eram a liderança do Reino do Fogo, Fugaku e Mikoto seus reis. Sasuke e Itachi eram os únicos filhos do casal, e o mais velho era o próximo a assumir o trono. Lembro que Itachi dizia que tornaria Sasuke e Naruto seus Generais.

Eu não tinha sangue Real, eu era filha do Ferreiro Real. Minha família criava armas para os Uchihas desde que eles subiram ao poder. Todavia, mesmo sem sangue Real, eu fazia parte da família. Tio Fugaku, era um segundo pai, e Tia Mikoto, uma segunda mãe.

“Ele sempre se metia em confusão, não é? E nós íamos atrás dele, enquanto Itachi amenizava as broncas com os Tios”, relembrou Naruto. Seu comentário era verdadeiro, Sasuke sempre fugia para um vilarejo e sempre se metia em encrencas, e era nós dois que íamos atrás dele.

“Soube que ele se tornou um pirata”, contou-me. “Sim”, murmurei. “Ele matou o Capitão Barba Negra, e assumiu seu lugar como Capitão”, contei-lhe o que sabia.

“Ouvi sobre isso também”, disse e voltou ao seus pensamentos, e a me ignorar também. Naruto, diferente de mim, tinha sangue Real. Sua família era amiga do Rei Fugaku, mas um grupo de revoltosos os assassinou, restando somente o loiro.

Bem, ele era o único filho dos Reis. Quando Tio Fugaku soube, decretou a morte dos revoltosos e assumiu aquela parte do Reino, anexando ao Fogo, em uma guerra. Tio Fugaku acolheu Naruto, e o criou como seu filho.

oOo

Tinha anoitecido, e não conseguimos pegar nada além de uma pomba para comer. Eu tinha lançado uma de minhas agulhas, sem veneno, e consegui a matar.

A pomba não saciou nossa fome. Na verdade, a duplicou. Naruto tinha decidido dormir para enganar o estômago, e eu fiquei de vigia.

Diferente do que pensei, não caiu uma tempestade, ainda. Porém, eu não conseguia enxergar nada ao nosso redor, por conta da densa neblina.

Em um momento da noite, ouvi sons de músicas e gritaria. Pelo jeito do som, conclui que eram piratas e eles estavam festejando, ou seja, eles tinham comida.

Rapidamente acordei Naruto. “Sakura, eu estava sonhando que estava comendo um…”, começou a reclamar, mas tampei sua boca, murmurando um: “Shiii!”.

Ele se calou ao ouvir o mesmo que eu. “Me diz que está pensando o mesmo que eu?”, sussurrou a pergunta. Assenti com um sorriso.

Sem movimento bruscos, entramos na água e mergulhamos para próximo do navio. Logo, subi em busca de ar e Naruto apareceu ao meu lado. “Tem alguma arma contigo?”, me perguntou baixinho.

Naruto estava sem nada, já que perdeu sua espada quando o joguei no mar. Assenti e lhe estendi minha adaga. “Ainda quero saber como você consegue nadar com essas armas”, murmurou.

O navio estava ancorado ali, no meio do nada, facilitando nossa subida. Espiei pela fresta do parapeito e vi vários piratas acomulados na proa. Pelos seus gritos, deduzi que o Capitão estava em um duelo com seu Imediato.

Fiz sinal para Naruto, que estava abaixo de mim, e subi silenciosamente na popa do navio. O loiro, com passos leves, veio atrás de mim. Sorri ao ver a cara concentrada do loiro, se fosse em nossa adolescência, tinha certeza que ele estaria nervoso por estar a bordo de um navio pirata.

Talvez seja sua experiência como General do Reino que lhe ajuda a afastar o medo por estar ali, porque, querendo ou não, ele já fez missões de infiltração para a Coroa.

Entramos no deque, e fomos atrás da onde eles guardavam seus mantimentos. Me escondi atrás de um barril e puxei Naruto junto, ao ouvir dois piratas vindo em nossa direção.

“Vamos logo com isso Karin, quero ver o Capitão derrotando Suigetsu de novo”, um cara de cabelos grisalhos apurava uma mulher ruiva. Como era improvável uma mulher ser uma pirata, deduzi que ela ou era a meretriz da noite do Capitão, ou o Capitão gostava de manter sua mulher por perto.

Sequestrada ela não foi, deduzi pela forma em que o pirata a tratava. E por sua postura, roupas, e pelas mãos pouco calejadas, conclui que ela morava em algum Palácio até algum tempo. A questão era se a mulher era uma concubina, Princesa ou uma das Damas da Princesa.

Assim que eles saíram, tentei escutar se tinha mais alguém por ali, mas não ouvi nada. Então, continuei a procura, encontrando a dispensa cheia.

Naruto e eu fizemos um toque com as mãos, e pegamos alguns pães, não fomos ousados o bastante para pegar algo além de pães e água. Sabíamos que não tínhamos tempo.

Enchemos um saco com a comida e pegamos um cantil com água. Quando estávamos saindo, vi uma faca para cortar carnes maiores, e a peguei.

Saímos do deque e fomos em direção a popa, onde tínhamos subido a bordo. Parei de andar ao ouvir os passos de um pirata, Naruto também parou, me olhando sem entender.

“Vão a algum lugar?”, ele perguntou debochadamente. Virei-me com um sorriso de canto, e percebi seus olhares maliciosos para mim.

“Na verdade sim, vamos sair daqui”, respondi com leveza. “Intrusos!”, o pirata gritou assim que terminei de falar. Droga, não tem como pular e fugir igual aconteceu com a marinha.

Naruto se posicionou e começou sua luta com o outro. Percebi mais dois chegando e deixei a comida no chão e travei uma luta contra eles.

Eu só tinha a faca que peguei da dispensa e minhas agulhas, não utilizei nenhumas dessas armas e lutei de mãos vazias.

Não era a primeira vez que lutava contra dois homens armados e eu sem nada, então não tive tanta dificuldade assim. Desarmei um e usei a espada dele,  era um pouco mais pesada que a minha que perdi, mas ajustei minha postura de forma que pudesse utilizar essa.

Quando eu chutei a cabeça de um e ia cortar a cabeça do outro, senti uma lâmina em meu pescoço. “O que pensa que está fazendo no meu navio?”, ouvi uma voz grave e fria dizer atrás de mim.

“Sakura!”, ouvi Naruto gritar. “Sakura?”, o homem perguntou. “Vire-se”, disse e afastou sua espada o bastante para eu me virar. Arregalei os olhos ao vê-lo e percebi ele fazer o mesmo.

“Sasuke?”, murmurei e ouvi Naruto ofegar surpreso. “Sakura? Como?”, perguntou depois de alguns segundos em silêncio. Ele afastou sua espada e encarou o loiro. “Naruto”, disse.

“Capitão, quem são eles?”, um homem de cabelos azulados perguntou. “Velhos amigos”, disse me observando. Droga, parece que o destino decidiu me sacanear nos últimos dias.

oOo

Estávamos na cabine de Sasuke, junto de seu Imediato e aquela mulher ruiva. Sasuke, vendo que tínhamos roubado comida, nos deu o que comer e beber. Apesar de estar faminta, eu comia calmamente, diferente de Naruto, que devorava o que tinha em seu prato.

Depois que terminei, fechei meus olhos e fiz uma prece de agradecimento. “Que língua é essa?”, o Imediato me perguntou. “Hebraica”, lhe respondi. Percebi os olhos de Sasuke se estreitar levemente ao ouvir minha resposta.

Ele me observava desde que descobriu que era eu, Naruto não ajudava também, já que me encarava pelo canto dos olhos. Deduzi, pela reação do loiro, que ele achava que eu era uma alucinação.

Agora que outros me viam, pessoas que ele conhece, no caso Sasuke, ele finalmente se deu conta que sou real.

Finalmente Naruto terminou seu prato e agradeceu Sasuke pela comida. O clima naquela sala estava meio pesado, conclui. Bem pesado, na verdade.

A ruiva e o Imediato começaram a ficar desconfortáveis ali, e não paravam de trocar olhares. “Como você está viva?”, Sasuke, finalmente, perguntou o que estava lhe incomodando.

“Ela nunca morreu, aparentemente”, Naruto resmungou friamente. Sasuke franziu o cenho e trincou o maxilar. Ele estava muito, muito irritado. Talvez, ele estava tão irado como no dia em perdeu seus pais.

“Você estava viva todo esse tempo, e nos fez acreditar que não estava?!”, Sasuke perguntou. Sua voz parecia um trovão, um rugido. Ele estava assustador, totalmente diferente de quando éramos mais novos.

“E você sabia disso, e compactuou com o plano dela?”, dessa vez, o alvo de seus olhares raivosos era Naruto.

“Hey! Eu descobri que ela estava viva há dois dias, e eu estava no meio do nada com a Marinha Real tentando nos matar!”, irou-se também o loiro.

“Ele está dizendo a verdade”, disse calmamente a Sasuke, quando vi que ele não tinha acreditado no loiro. Eu me mantive calma, pois não adiantava me irritar. Além de que, eu sou a culpada do estresse deles.

“Como você pode se manter tão calma? A porra do Reino inteiro está atrás de nossas cabeças, e eu ainda nem sei o por que!”, exclamou Naruto se levantando e andando de um lado para o outro, tentando se acalmar.

“Vocês são inimigos da Coroa?”, perguntou o azulado interessado na conversa. “Sim”, respondi suspirando fundo. “O que vocês fizeram?”, continuou as perguntas e percebi o interesse de Sasuke nelas.

“O Rei me pediu para matar Naruto e eu não o fiz”, disse simplesmente. “O Rei ‘pediu’?”, perguntou sarcasticamente a ruiva. “Eu não recebo ordens de ninguém”, disse friamente.

“Por que o Rei queria Naruto morto, e por que ‘pedir’ para você?”, indagou Sasuke cerrando os olhos. “Porque ela é a assassina do Rei”, Naruto respondeu em meu lugar.

A ruiva e o outro ofegaram surpresos. Sasuke somente respirou fundo e depois, socou sua mesa. “A porra de uma assassina Sakura? Do Rei?”, perguntou o moreno irado.

“Não é como se eu tivesse escolha Sasuke!”, disse tentando não perder a calma, mas estava difícil com ambos me julgando com seus olhares e palavras. “Não tem escolha? Assim como não teve ao se fingir de morta por oito anos?”, essa pergunta de Sasuke me quebrou. Ali, ele demonstrou a dor que sentia pela minha suposta morte, e vi a mesma dor nos olhos de Naruto.

“Eu me tornei o Capitão desse navio para ir atrás do maldito que te matou. Está me dizendo que tudo que fiz nos últimos oito anos para achar esse desgraçado, foi inútil? Desnecessário?”, caminhou até ficar a dois passos de distância, para perguntar olhando em meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Sasuquito pistola junto de Narutinho, tadinha da Sakura!
Eu disse que ele apareceria haha ele é topzão cara, Narutis tbm ♥
Digam-me suas opiniões, vou amar e também saberei que to no caminho certo ^^
Se cuidem de até o próximo!



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