The Black's Dynasty escrita por Forbes


Capítulo 3
Felix Felicis, sorte líquida.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, tudo bom?
Estou aqui com mais um capitulo (sei que não tem ninguém lendo, más tá).
Espera que gostem, em breve a apresentação de outros personagens.



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Capitulo 2 - Felix Felicis, sorte líquida.

vento gelado entrava pelas grandes janelas de Hogwarts deixando eminente o frio que lá fora fazia. O grande corredor que dava para salas de aulas tinha uma movimentação cacofonia e sinfônica, um lugar tanto desagradável aos olhos de Bellatrix, que acordará de mau humor.

A Black atravessava o corredor apressadamente, suspirando insastifeita quando a brisa fria chegou até a si, fazendo-a estremecer. Em sua cabeça passavam-se os piores palavrões que poderiam imaginar enquanto empurrava com brusquidão as pessoas que atrapalhavam seu caminho. Nada deixava Bella mas desconfortável que lugares com tantas pessoas.

Sentiu-se aliviada por estar mais perto que nunca do ultimo corredor, no qual a levaria até a sala de poções.

Ao virar o corredor bruscamente Bellatrix sentiu algo chocar-se contra si e diversos barulhos chegaram aos seus ouvidos, seguido do som de seu corpo e seus livros tinha feito ao encontrar o chão. Um corpo tinha dado um belo encontrão em si, a empurrando diretamente para chão.

A Black suspirou pesadamente antes de direcionar o olhar cheio de fúria para o garoto de cabelos rebeldes diante dela. Seus olhos ardentes e cinzentos encontraram os seus.

— Você não olha por onde anda? – Acusou Bellatrix friamente, recolhendo os livros espalhados pelo chão.

— Eu olho por onde ando. – Rebateu com a voz grossa. - Você que não olha por onde vira.

Bellatrix bufou irritada, passando os dedos pelo cabelo. Olhou para o mesmo que estendia a mão para ajuda-lá a levantar.

— Vem, vou fazer o favor de te ajudar. - O garoto tentou parecer mais gentil do que tinha soado. Porem, Bellatrix o conhecia bem o suficiente para saber que a gentileza não se encaixava em si.

— Não preciso de sua ajuda, Black! - rebateu irritada.

Só havia uma coisa que deixava Bellatrix mais irritada que lugares cheios de pessoas ou inverno. Sirius Black, a ovelha branca dos Black.

Ignorando a oferta de ajuda, levantou-se sozinha batendo as mãos pela roupa. Percebendo que o mesmo observava com o canto da boca curvado pra cima, com um leve sorrisinho de lado. Bellatrix bateu as mãos na parte de trás da saia, fazendo um barulho alto com aquelas palmadas.

O garoto soltou um risinho incontrolável, e ela o encarou irritada erguendo suas sobrancelhas.

— Qual é a graça? – Perguntou, franzindo a testa.

— Vejo que continua educada como sempre, Bellatrix. - ele sorriu sarcástico.

Bellatrix bufou perdendo a paciência, quando tratava-se de Sirius sua paciência nunca durava por muito tempo.

— Poupe-me de seus comentários desceserarios Black. - rebateu Bellatrix evitando olha-lo.

Bellatrix empinou o nariz passando por Sirius. O ignorando a presença do mesmo.

A Black seguiu pelo corredor contando os passos, até chegar a velha porta de madeira da sala de poções. Sentindo seu corpo muchar ao perceber que a sala estava repleta de Grifinorios.

Do outro lado do correndor com um envelope vermelho em sobre as mãos observando o grande corvo negro em forma de carimbo, foi o suficiente para uma careta confusa tomar posse do seu rosto ao reconhecer de onde se tratava.

[...]

Bellatrix suspirou, a brisa fresca que vinha da janela acariciou sua face fazendo-a colocar a mecha atrás da orelha. Impaciente ela suspirou, tentando ao maximo ignorar a presença de Sirius, que encontrava-se ao seu lado.

Era aula de poções, Horácio Slughorn chegou falando sobre algumas poções que havia preparado logo cedo. Uma delas era a Veritaserum, a poção da verdade mais forte e perigosa que existe, uma vez que não tem cheiro, sabor e é transparente e bastam apenas três gotas para que todos os segredos da pessoa possam ser revelados.

A outra, tratava-se da poção Pollisuco, uma poção bastante complexa e que não era permitida para alunos produzirem. Servia para transformar uma pessoa em outra. Seu efeito é temporário e dura apenas uma hora.

— Professor? - Lilian Evans, a ruiva da Grifinoria levantou sua mão, atraindo a atenção do professor e de toda a sala. — Ainda não disse oque tem naquele ali.

Lily apontou para o ultimo caldeirão cima da mesa.

— Oh sim. - ele pareceu lembrar-se - Oque estão vendo diante de vocês prezados alunos. É uma poção muito curiosa. Chamada poção Amortentia. Alguém de vocês tem ideia do que seja essa daqui?

Ele perguntou, obtendo um completo silêncio diante da sala.

— Bellatrix Black? - ele a chamou, fazendo-a erguer os olhos para si.

Bellatrix suspirou profundamente, levantando-se e caminhando até a mesa, observando a poção dentro do caldeirão e reconheceu imediatamente o líquido transparente que borbulhava dentro dele.

— Essa é a poção Amortentia, a poção do amor mais poderosa do mundo e também perigosa, ela pode levar a pessoa que a bebeu a fazer loucuras pela paixão obsessiva. Ela também pode ser facilmente identificada pelo brilho perolado e pelo seu cheiro, que varia de pessoa para pessoa de acordo com o que mais a atrai.

— Muito bem - Horácio sorriu sastifeito - Em exemplo, qual cheiro você sente neste momento, senhorita Bellatrix?

A pergunta atraiu de imediato o olhar de Sirius, que parou observando-a atentamente.

Bellatrix chegou perto o suficiente do caldeirão, sentindo o cheiro de grama cortada, terra molhada e pergaminho novo.
De repente, o cheiro estranho finalmente se tornou claro como um dia de sol. 

— E então? - retrucou o professor.

— Nada, eu não sinto o cheiro de absolutamente nada. - ela respondeu convincente, voltando ao seu lugar.

Slughorn prosseguiu a aula e por sorte ignorou completamente qualquer mudança repentina no humor de Bellatrix, já que chegará aos seus ouvidos que era normal.
Todavia, ao seu lado Sirius a olhava atentamente, como se quisesse vê-lá através da alma, porquê ele a conhecia bem o suficiente para saber que, Bella estava mentindo.

— Peguem seus kits de poções e não se esqueçam de sua cópia de "Preparo de poções avançado".

A garota abriu a mochila e retirou todos seus ingredientes e medidores, e seu grosso livro de Poções. Ele já havia sido folheado bastantes vezes, e a capa começava a mostrar os primeiros sinais de desgaste.

Felix Felicis, talvez poucos de vocês reconheçam essa poção pelo seu nome real, a maioria presente nessa sala deve a conhecer como...

— Sorte líquida. - Bellatrix respondeu, cortando o professor

— Muito bem Senhorita Black. - Ele sorriu - Essa é a poção conhecida também por Sorte Liquida. É uma poção que é extremamente difícil de preparar. Se for produzida corretamente, Traz sorte para quem a beber por algum tempo.

Horácio levantou o vidro em suas mãos.

— Você e o seu parceiro tentarão misturar uma poção do morto vivo aceitável. E como premio ganhará um vidrinho de sorte líquida para quem conseguir fazer a poção no minimo aceitável. Preciso dizer, que nunca um estudante conseguiu misturar uma poção com qualidade o suficiente para ganhar o prêmio.

James Potter que encontrava-se do outro lado da sala junto a Remo Lupin encarou o vidrinho de Felix Felicis, olhando em seguida para a cabeleira ruiva a sua frente, sorrindo.

Sirius riu ao deduzir oque o amigo prentederá, antes de voltar a atenção para Bellatrix ao seu lado.

A garota suspirou, a brisa fresca que vinha da janela acariciou sua face fazendo-a colocar a mecha atrás da orelha. Impaciente ela inspirou fundo misturando os ingredientes no caldeirão.

Sirius esticou a mão até uma das poções que encontrava-se em cima da mesa. Avaliando-a antes de tentar jogar o líquido no caldeirão.

— Não se atreva. - ela o impediu com um olhar duro.

Sirius suspirou dando-se por vencido, não iria insistir, afinal não estava com paciência para isso.

Minutos depois, O vapor desagradável pairava no ar da sala abafada de poções; fazia calor. Os alunos, incomodados, queriam se afastar o máximo possível de seus caldeirões borbulhantes e volta e meia ajeitavam o nó de suas gravatas ou desabotoavam os primeiros botões de suas camisas ensopadas de suor.

Slughorn também parecia insatisfeito com o calor que fazia em sua sala nas masmorras da e se sentava de modo desleixado em sua cadeira; uma mão apoiada em sua barriga enquanto a outra empunhava a varia que parecia enfeitiçar um flutuante leque florido que lhe abanava a testa empapada.

— Por Merlin... – resmungou Bellatrix, resolvendo arrumar os cabelos cheios e cacheados num coque no topo de sua cabeça, deixando parte de seu pescoço a amostra atraindo alguns olhares masculinos em sua direção.

Ela ficou ali, mirando as chamas azuis lamberem o fundo do caldeirão como se dançassem num ritmo lento. O silêncio reinava nas masmorras já que nenhum aluno sentia a energia necessária para contar ou rir de alguma piada que em dias mais frescos seriam bem-vindas devido à monotonia de preparar uma poção onde havia longos tempos de espera para seu cozimento ideal.

Entediada e incomodada, resolveu por olhar em volta. Muitos alunos pareciam agora cochilar inocentemente enquanto esperavam a poção descansar; suas cabeças balançando perigosamente para o lado e vez ou outra se assustando por pensar que haviam perdido o ponto do cozimento. Um ronco súbito fez algumas cabeças se erguerem em alerta, mas ao perceberem que partira do próprio Slughorn, voltaram a se chocar com o tampo da mesa em suas frentes.

Bellatrix viu Sirius rindo baixinho da situação; parecia que alguém havia colocado uma poção sonífera nas garrafas de suco de abóbora do café da manhã. Os poucos que se encontravam acordados, pareciam extremamente tentados a se entregar àquela atmosfera acolhedora: calor e silêncio podiam produzir um excelente remédio para insônia, afinal.

Um último grão de areia caiu da ampulheta a sua frente.

A poção fervente, brilhava vermelha e seu aroma agradável enchia os pulmões da garota, confortando-a. Apagou o fogo e adicionou raiz de mandragora, tomando cuidado para mexer a poção no sentido anti-horário. Rapidamente, a poção começou a perder o brilho vermelho para se tornar levemente verde. Os dedos de Bellatrix tornavam-se cada vez mais brancos a medida que a sua mão suava e a enorme colher ameaçava escapar de seu punho. Sua testa também suava, e muito. Alguns fios negros de seu cabelo rebelaram-se na presença do forte vapor que ainda pairava sob o teto da sala, e grudavam-se ali em sua testa. Catou um pano de linho prateado no bolso de suas vestes e tomando cuidado que nenhuma gota de seu suor caísse em sua poção, enxugou o local.

Agora a poção adquiria um tom verde brilhante e, ainda com cautela, a garota retirou a colher do caldeirão depositando-a sobre as anotações de um – sonolento – Sirius, que agora esfregava os olhos com a manga de suas vestes negras.

Bellatrix comemorou a cor que tremulava líquida dentro do caldeirão, compreendendo que ela havia acertado o modo de preparo.

— Professor Slughorn, - falou ela num tom alto, mas brando. – Terminei, digo... Terminamos.

Algumas cabeças, que ainda estavam adormecidas, ergueram-se alarmadas por perceberem que haviam perdido o ponto da poção, e algumas bocas murmuraram xingamentos camuflados pelas vozes embaçadas de sono. Bellatrix sorriu de lado. Achava engraçado ver as pessoas – principalmente os Grifinórios – se desesperando pelos seus próprios atos descuidados.

O professor, ao ouvir a voz de Bella, acordou de seus roncos, endireitando-se encabulado na cadeira. Seu leque enfeitiçado caiu no chão.

— Ah, muito bem! – disse meio animado, tentando encobrir o tom sonolento na voz. – A dupla da Senhora Bellatrix e Senhor...

— Sirius. – Replicou rapidamente sonolento.

— Ah, pois bem, pois bem – continuou Slughorn sorrindo e olhando em volta. – Alguém mais conseguiu terminar a Poção?

Os olhos de Bellatrix percorreram a sala, esperançosa, mas nenhuma mão se ergueu no ar. Claro que ninguém ali era páreo para ela em poções. Nem mesmo Lily Evans.
Sorriu irônica ao perceber que os outros grupos pareciam confusos, além de sonolentos. Lupin massageava a testa como se esperasse que ela fosse partir. Potter, bem, a cabeça castanha estava a pender pesadamente para trás, a boca aberta fazendo pequenos ruídos com a entrada e a saída de sua respiração.

— Bem, sendo justo, vou entregar o prêmio para os dois alunos, por terem terminado primeiro e com excelente qualidade.

Um novo burburinho, ainda mais alto, instalou-se no ambiente, cada aluno pulando de excitação e desejando ter tomado mais cuidado em seu próprio trabalho para poder também disputar o prêmio. Slughorn pigarreou, cortando o burburinho e Bellatrix não deixou de notar os seus olhos faiscarem.

Ouviu-se um muxoxo ressoar do lado grifinório da sala, mas Bella apenas ignorou, sorrindo em triunfo para si mesma.

Slughorn percorreu os dedos pelas rolhas, pensativo. Escolheu um e dirigiu-se para Sirius com um sorriso.

— Para o senhor, Amortentia. – murmurou, mas não era preciso. O brilho perolado do líquido cintilou e todos, até mesmo os mais retardados como Pettigrew percebera do que se tratava: da potente poção do amor.

Sirius sorriu para o professor em agradecimento, concluindo que não precisaria usa-lá.

— Agora, Senhora Bellatrix, tenho aqui em minhas mãos. – um sorriso brotou dos lábios do homem. – Felix Felicis.

Cuidadosamente depositou a poção nas mãos finas e brancas de Bellatrix que recebeu com bastante entusiasmo. Sabia o que ela era, sabia o que ela fazia e queria guardá-la para utilizá-la num momento propício.

— A Sorte Líquida! – anunciou o professor, com todos os alunos a observando. – Uma pequena colher para ter um excelente dia, Senhorita, use-o com sabedoria!

Bellatrix rodou o frasco nas mãos atenta a cor amarelo ouro que ela emitia. Com certeza a usaria com sabedoria.

[...]

Bellatrix recolhia os frascos de poção, colocando-os novamente dentro da mochila. A sala foi se esvaziando aos poucos pelos alunos que ainda pareciam bêbados de sono.

Sirius esperou até a sala ficar totalmente vazia e sem hesitar fechou a porta. Bellatrix suspirou profundamente, preparando-se para qualquer comportamento do Black.

— Queria agradecer por me fazer ganhar cinquenta pontos facilmente. - Ele disse sorrindo, com sua voz maquiada de deboche.

Ela apenas o ignorou, não lhe dando atenção.

— Amortentia...- ele girou o frasco nas mãos - Engraçado, somente com essa poção sentimos o cheiro do que mais nos atrai...

— Vejo que está prestando atenção em alguma coisa que o professor diz, Black. - ela o cortou

Bellatrix colocou a mochila nas costas pronta afastando-se rapidamente de Sirius.

— Como vai o Lestrange? - a voz de Sirius ecoou pela sala, fazendo-a parar.

— Como? - Bellatrix o encarou.

— Estou perguntando como vai seu querido Lestrange. - ele repetiu, tirando o envelope vermelho de dentro da capa.

As orbes cinzas quase saltaram para fora, Bellatrix caminhou em direção a Sirius tentando tomar o envelope de suas mãos.

— Devolva-me! - ela rosnou.

— Primeiro, me diga desde de quando começou se vender?

— Você não entende nada Black, agora cale a boca e devolva-me essa droga!

Sirius sentiu sinceridade no olhar de Bellatrix, ele não entendia, más gostaria. Essa era a primeira conversa após tanto tempo, desde que fugirá da casa dos Black para morar com os Potter. Ele nunca mais soube da vida dela, pois Bellatrix cortou qualquer contato com ele, o afastando-o completamente.

— Oque eu não entendo, hn? - Ele perguntou aproximando-se lentamente.

Bellatrix apertou os lábios com tamanha grosseria, sentindo o ódio concorroer suas entranhas diante a audácia do Black. Ele nunca mudará, continuava o mesmo Sirius no qual ela se lembrava, irritante.

— Me diz Bella... - ele sussurou próximo a si.

O apelido soou como um soco em seu estomago, e um turbilhão de lembranças invadiram sua mente. Lentamente, levantou os olhos olhando a face do Black. É, ao fitá-lo, um peso de ar invadiu seus pulmão.

Havia um clima diferente no ar. Um clima que sempre esteve presente, más perdeu-se assim que ele sairá do Largo Grimmauld.

— Sirius? Sirius?

Ela se afastou no mesmo instante.
Bellatrix sentiu seus batimentos falhar ao olhar a figura loira os olhando com curiosidade.

Ligeiramente, correu os olhos e fitou Sirius, parado ao seu lado. Ele estava inquieto. Seus olhares se encontraram e ele pode sentir o ódio através das orbes cinzas.

Sem dizer uma palavra, Bellatrix saiu da sala em passos apressados tombando de proposito na loira, que quase cairá. Deixando Sirius para trás, junto com Marlene Mckinnon que o olhava confusa.


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