The Black's Dynasty escrita por Forbes


Capítulo 10
A verdade


Notas iniciais do capítulo

Minerva Mcgonagall por: Lara pulver

Alvo Dumbledore por: Jude Law

Boa leitura.❤



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Capítulo 10 - A verdade.

Havia poucas coisas na vida que poderiam deixar Andrômeda Tonks totalmente fora de si. E em todos os seus anos de vida ela nunca imaginou que sua antiga professora e a pessoa que ela mais admirou no mundo bruxo seria uma dessas.

Enquanto tentava manter-se calma, Andrômeda lembrava-se o motivo pelo qual virá até hogwarts. Que não era, nem de longe, arrumar uma briga com Minerva. Só que na sua opinião, estava quase sendo impossível.

Ela respirou fundo buscando o resto de paciência que ainda lhe restava enquanto ouvia a mulher resmungar por horas sobre sua irmã como se ela fosse uma carga indesejada.

— Isso não é negociável, senhorita Tonks!

A voz de Minerva Mcgonagall soou por toda a sala. A vice diretora estava possessa com a audácia de Andrômeda. Diferente de poucos minutos atrás, que a receberá um tanto intusiasmada achando que ela virá para ocupar a vaga de professora de D.C.A.T.

— Ela é minha irmã, não fale como se ela fosse uma mercadoria! - ralhou irritada.

— Esse não é o ponto Tonks, e sim que você não pode entrar nessa escola achando que tem alguma autoridade de levar a senhorita Bellatrix para algum lugar.

— Eu não acho Minerva, eu vou leva-lá daqui ainda hoje! - ela levantou-se da cadeira irritada.

— Isso é infringir as leis da escola, e você só sairá daqui com ela por cima do meu cadáver.

Andrômeda estava pronta para continuar a discussão quando a porta do escritório abriu-se e por ela Alvo Dumbledore passou. Vestido em um terno que lhe caia super bem, o jovem homem de aparência calma as olhou de sombrancelhas erguida.

— Senhoras, eu creio que vocês estejam um pouco alteradas.

A voz de Dumbledore interrompeu o começo de uma longa discussão que começaria, Minerva já estava esquecendo seus modos e estava pronta para mandar a Tonks ir catar carambolas se não fosse por ele.

— Dumbledore, a senhorita Tonks deseja retirar a irmã da escola no meio do ano letivo. - apertou o lábios em uma linha fina. - Isso é ultrajante!

— Está tudo bem, Minerva. - ele levantou a mão em um sinal para que a mesma se acalmasse e foi em direção a sua poltrona, sentando-se de frente para Andrômeda.

— Eu vim para levar minha irmã, e eu vou!

— Você não tem esse direito, não é a responsável por ela. - Minerva interrompeu Dumbledore antes mesmo que ele tivesse a chance de falar alguma coisa.

— Minerva, eu gostaria de falar com a senhorita Tonks a sos. - ele pediu, recebendo um olhar indignado da parte da mulher.

Minerva impinou o nariz totalmente fora de si e saiu da sala, levando consigo o resto de paciência que lhe restava para conseguir dar a próxima aula.

— Eu estava esperando pela sua visita. - A voz calma e rouca de Dumbledore ecoou por toda a sala. - Sente-se, por favor.

Com relutância a castanha sentou-se novamente na cadeira de estofado a frente de Dumbledore suspirando profundamente.

— Então, você sabia que eu viria? - ela perguntou sem mais delongas.

— Eu não tinha certeza, mas passou pela minha cabeça. - Ele murmurou a olhando curioso.

— Creio que já sabe então porquê vim até aqui. - ela respondeu limpando a garganta.

— Sim, você já deve estar sabendo sobre o estado de saúde da Sra. Black. - ele a fitou.

— E é exatamente sobre isso que vim discutir com você, Dumbledore. Creio que já deve imaginar o estado que Bellatrix se encontra, e bem... Você sabe.

— Sim Andrômeda, não a nada que aconteça nessa escola que eu não saiba.

Ela estreitou os olhos e apertou os lábios em uma linha fina.

— Muito bem, então já deve imaginar o porquê dela não poder continuar na escola. Eu não posso deixar ela aqui, Alvo.

— Isso passou pela minha cabeça Andrômeda, dada as circunstâncias que se encontra a sua irmã, que não aceita ajuda de ninguém. E creio que recorreu a você pedindo ajuda, oque me deixou um tanto surpreso.

— Bella sempre foi teimosa. - ela murmurou balançando a cabeça negativamente.

— De fato, é uma ótima aluna também. Creio que uma das melhores.

— Sim, sim, ela sempre foi inteligente. Mas isso não vem ao caso.

O homem assentiu.

— Passou pela minha cabeça que você estava aqui para isso, e essa é a escolha certa de se fazer. - ele respondeu fazendo a mulher respirar aliviada.

— Sabia que iria entender o meu lado Alvo. - ela murmurou levantando-se da poltrona.

— Foi um prazer reve-lá Andrômeda, espero te ver em breve. - ele sorriu lhe estendendo a mão. - Boa sorte.

— Obrigado. - ela apertou sua mão sorrindo docemente.

Enquanto saia da sala do diretor em passos decididos até as masmorras ela pensava nas palavras de Ted, e em como aquilo era uma loucura. Sim, era. Mas ela não ia cometer o mesmo erro de dois anos atrás e deixa-lá sozinha novamente.

Marlene entrou no dormitório dos meninos, encontrando Sirius observando a janela o céu alaranjado do fim de tarde enquanto tragava o cigarro trouxa. Ele sorriu consigo caminhando silenciosamente até o garoto o abraçando por trás.

Sirius nem se quer se mexeu ou virou-se para olha-lá, sua cabeça estava distante demais para ele dar qualquer atenção que fosse para loira em seu quarto. 

Percebendo seu silêncio, Marlene afastou-se dele e se pós em sua frente, observando o rosto impassível. Ela suspirou pesadamente acariciando sua bochecha e o puxando para encara-lá.

— Oque há de errado, Sirius?

— Não há nada de errado Marlene. 

Ele respondeu lhe dando as costas e jogando o cigarro no cinzeiro de vidro. Sentando-se a sua frente.

— É mesmo? Porquê você anda tão distante nos últimos dias... - ela começou novamente se aproximando - Você sabe que pode me dizer oque está acontecendo.

Ela sentou-se ao seu lado, o olhando como se quisesse ver através de sua alma. Ela não precisava de respostas, sabia o motivo de sua distância e por mais que doesse, ela precisava ouvir de sua boca a verdade.

— Não há nada com oque se preocupar, Lenny. - ele murmurou olhando fixamente para o chão. - Está tudo bem.

— Sirius pelo amor de Merlin, se ouça! Nas ultimas semanas eu venho tentando ser a melhor namorada do mundo, e você nem se tocou para meu esforço. - ela levantou-se bruscamente - Você não liga pra mais nada, Sirius, você está ai parado como se fosse um moribundo a dias! Céus, oque há de errado com você?

— Então essa é sua preocupação? Que os outros pensem que você não está se esforçando o suficiente? - ele perguntou soltando uma risadinha.

— Essa não é minha preocupação, Sirius! - ela gritou ignorando a acidez dele - Eu só quero entender oque há de errado com você!

— Eu já te disse que não há nada de errado Marlene! - ele alterou a voz.

— Você pode enganar James, Lily e Lupin com esse papo furado. Mas eu sei que você está estranho desde...

Ela não conseguiu concluir, pois um bolo formou-se em sua garganta e seus olhos encheram-se de lágrimas. 

— Desde oque? - Sirius ergueu as sombracelhas esperando uma resposta.

Mas a loira apenas riu balançando a cabeça negativamente.

— Sirius... É diferente quando você diz meu nome... Você me beija, mas não tem o mesmo gosto.

Ela o olhou com uma feição que Sirius não conseguiu decifrar.

— Isso é real ou estou enlouquecendo? - ela sussurou com voz embargada por conta das lagrimas. - Estou curiosa sobre Bellatrix, Sirius...

Um grito ecoou pelo quarto quando um par de pálpebras abriram-se de repente revelando um par de orbes azuis com as pupilas extremamente marejada e dilatadas, tanto que a parte esbranquiçada do globo ocular se resumia a uma fina linha circular.

Ainda com a respiração descompassada, Bellatrix sentou-se, segurando com uma das mãos tremulas o lençol de algodão acima do decote da camisola, ela se encostou à cabeceira da cama de solteiro de dossel, sentindo que suas pernas ainda não a obedeciam, os orbes rolaram de baixo para cima pelo quarto procurando qualquer sinal de algo diferente ou algum detalhe incomum na decoração do quarto, e tudo que encontrou foi o motivo de seu pesadelo crescendo dentro de si.

Ela sentiu uma gota de suor escorrer pela sua face no lado direito, e com isso o suor se espalhava por todo corpo, como o medo e o pânico estavam expressos na face da garota, agora pálida, o nó na garganta a impedia de falar, a boca seca, os lábios petrificados e os olhos ainda estavam arregalados de medo.

Ela sentia o clima no quarto pesado, e olhando para a janela ela constatou que estava no final da tarde. Suspirou pesadamente obrigado a acalmar seu corpo que parecia um trem sem freio. 

— Teve um pesadelo, Bella?

A voz da mulher tirou a menina dos devaneios da mente, obrigando-a a se virar e inclinar levemente a cabeça para o lado e olhar a penumbra que envolvia o quarto.

E lá estava ela, sentada em sua poltrona no canto da parede. Os cabelos castanhos brilhavam sobre os fracos raios de sol que vinham da janela. Seu rosto sério transparecia preocupação.

— Precisamos falar sobre Sirius.

 

༻──── CONTINUA ────༺


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