Sesshomaru - Ao Meu Lado... escrita por Mirytie


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prologo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774807/chapter/1

Tinha ficado combinado que Rin ficaria na aldeia até ter 18 anos e, se quisesse seguir Sesshoumaro depois disso, essa seria a sua decisão. Claro que Kaede não era tao intolerante ao ponto de impedir que Rin fosse com Sesshomaru um dia ou outro, desde que não fosse por mais de duas semanas.

Nessas ocasiões, Rin voltava sempre com um grande sorriso na cara e passava o dia atrás de Kaede, a contar as aventuras que tinha tido com Sesshomaru. Mas, enquanto Kaede confiava em Sesshomaru para a proteger, Kagome, que ouvia frequentemente as histórias de Rin, não estava assim tão descansada. Por isso, um dia, aproximou-se de Kaede quando estava sozinha e expressou as suas preocupações.

— Ele é um poderoso Daiyokai. – respondeu Kaede finalmente – Não há razão para te preocupares. Afinal, ouvi até dizer que ele foi ao Inferno por ela, uma vez.

— Ela é uma criança. – continuou Kagome – Ser um daiyokai também significa que os seus inimigos também serão mais poderosos do que os inimigos de yokai normal.

— Porque é que achas que ouço tão atentamente as histórias dela? Se me aperceber de algum perigo, falarei imediatamente com Sesshomaru. – disse Kaede, suspirando quando viu Kagome a ferrar o lábio inferior – Mas o que é que tu sugerias? Que ela não se encontrasse mais com o Sesshomaru? Nenhum deles ficaria muito contente com essa situação.

Kagome desviou os olhos para o chão. – Não sei.

A conversa foi dada por terminada naquele dia e, mesmo um ano depois, quando Kaede morrera, Kagome não mudara nada. Mas isso era porque, depois da morte de Kaede, Rin só sorria para Sesshomaru.

Estranhamente, Kagome achava que Sesshomaru preocupava-se sinceramente com Rin, apesar de não o mostrar corretamente. Mesmo depois de dois anos, ainda se lembrava de como Sesshomaru tinha ido à aldeia logo depois de saber que Kaede tinha morrido. Tinha encontrado Rin a chorar. Já chorava há dias e comia o absolutamente necessário. Sesshomaru tinha sido a primeira pessoa com que tinha conversado sem protestar, e, apesar de só ter dito um par de frases, Rin parara de chorar imediatamente e nunca o voltara a fazer depois de voltar da viagem com Sesshomaru.

— Porque é que estás a chorar? – perguntara Sesshomaru – Vais atrasar-nos.

Rin estava prestes a fazer 14 anos e, no dia anterior, não restavam duvidas na mente de Kagome que, quando fizesse 18 anos, Rin escolheria voltar para Sesshomaru.

Lembrava-se de isso tudo agora, com Inuyasha a olhar para ela, depois de lhe ter dado notícias perturbadoras.

— Estás bem, Kagome?  - perguntou Inuyasha, preocupado com ela.

Kagome sentiu lágrimas a picarem-lhe nos olhos, mas manteve-se firme. – Como é que sabes que é verdade?

— Notícias como estas viajam depressa. – disse Inuyasha, suspirando – Principalmente quando é sobre alguém como o Sesshomaru.

— É mentira. – lágrimas grossas e quentes começaram a escorrer pela face de Kagome – Como é que alguém como o Sesshomaru pode morrer de um dia para o outro!?

Inuyasha aproximou-se e abraçou-a.

— Como é que vou dizer-lhe? – perguntou Kagome, referindo-se a Rin – Eu não consigo…

— Deixa isso comigo. – pediu Sango, que tinha entrado na casa a correr, depois de saber pelo marido o que tinha acontecido – Em todo o caso, da maneira que estás, não conseguirias transmitir a mensagem à Rin sem acabarem ambas a chorar.

Ainda nos braços de Inuyasha, Kagome virou-se para Sango e anuiu com a cabeça. – Obrigada.

Kagome só teve a certeza de que Sango lhe tinha contado depois de garantir que o tinha feito porque, daquela vez, não houvera lágrimas, ela não tinha feito perguntas nem falado sobre o assunto e, para dizer a verdade, Kagome também tinha medo de lhe perguntar fosse o que fosse.

Em todo o caso, ela parecia estar bem, por isso não havia razão para se preocupar.

— Ela não está bem. – garantira Sango, passado algum tempo, depois de ver que Kagome não ia fazer nada – O silêncio dela não é normal e muito menos saudável. Ela está a guardar toda a mágoa para si mesma. Deves dar-lhe um ombro amigo, com quem ela possa finalmente chorar e desabafar.

— A Sango tem razão. – concordou Inuyasha – O Sesshomaru parecia ser bastante importante para ela. Tenho a certeza de que ela está a sofrer.

Mas ainda foi preciso um par de dias para que Kagome arranjasse coragem para fazer alguma coisa e, o que fez, não foi oferecer o seu ombro, mas sim arranjar outro.

Com Rin à distância de pouco mais de um ano para fazer 15, era a altura perfeita para fazer aquela proposta.

— Ir para o tempo da Kagome-sama? – perguntou Rin, olhando para Kagome, sem mostrar qualquer tipo de emoção – Porquê?

— Rin… - Kagome inspirou e expirou fundo antes de continuar – Aqui, tudo à tua volta deve lembrar-te do Sesshomaru, certo? Lá, vais poder começar de novo, e tenho a certeza que de vais divertir-te muito.

Rin continuou a olhar para Kagome, durante alguns segundos, sem dizer nada. Finalmente, desviou os olhos para o chão. – Pode ser. Se acha que é melhor assim…

Kagome manteve-se na sala durante mais um par de minutos antes de se levantar e sair, para tentar decidir se havia de lhe perguntar se tivera alguns sentimentos românticos para com Sesshomaru. Tratando-se de Sesshomaru, tinha a certeza de que nada entre eles tinha acontecido durante as viagens mas, na sua experiência, nada demais tinha de acontecer para que uma rapariga da idade de Rin se apaixonasse.

Mesmo assim, decidiu não perguntar. Rin ainda nem tinha chegado à adolescência. Provavelmente não saberia distinguir “amor” de “idolatrarão” ou “respeito”.

Um dia perguntaria, apesar de saber que era uma decisão errada da parte dela. Se Rin tivesse amado verdadeiramente Sesshomaru, o que sentia naquele momento devia ser dez vezes pior do que seria se apenas respeitasse o o daiyokai.

Esperava que a sua mãe conseguisse lidar com aquilo tudo melhor do que ela.

Na semana a seguir, depois de ter tratado de tudo na vila e garantir que iam ficar bem enquanto estava longe, Kagome acompanhou Rin até à sua casa e, em privado, explicou à mãe e ao avô o que tinha acontecido.

Não podiam ter ficado mais contentes por a receberem e, apesar de ainda não falar muito, Rin passava algumas tardes com Souta. Os dois divertiam-se juntos e foi ele que ajudou Rin a habituar-se àquela Era.

Durante um ano, depois das aulas dele acabarem, corria para casa e esperava que as lições privadas de Rin acabassem para saírem juntos.

— Estás preparada para os exames? – perguntara Souta, um dia, enquanto caminhavam juntos pela cidade, sem nenhum destino em concreto – Já estão perto.

Rin olhou para ele, sorriu e anuiu com a cabeça.

— Daqui a menos de seis meses, tenho a certeza que vou usar o mesmo uniforme que tu. – disse Rin, inocentemente.

Souta também sorriu. – Não é um igual ao meu. Igual aos das raparigas na minha escola.

Rin amuou um bocado porque, como já tinha dito muitas vezes a Souta, adorava o seu uniforme.

— Posso vesti-lo? – perguntou Rin, fazendo Souta corar.

— Nós já falamos sobre isso, Rin. – lembrou Souta – É óbvio que não podes usar o meu uniforme. E também não podes pedir a nenhum rapaz da minha escola para usares.

Rin amuou outra vez, mas isso só fez com que Souta sorrisse e lhe fizesse algumas festinhas na cabeça.

A mãe de Kagome, que via-os a conviver todos os dias, sorria sempre que via o filho a corar ou a olhar para Rin discretamente, quando pensava que ninguém estava a ver. Porque, apesar de Rin ver o filho como um irmão mais velho, Souta parecia ver Rin de uma maneira diferente.

Ela ficaria contente se isso acontecesse mas, não conseguia ver Rin a apaixonar-se por ninguém sem se lembrar do irmão de Inuyasha. Souta teria de ser paciente…

Quando abriram a porta da frente, ela suspirou. – Venham lancher!

Tal como Souta tinha dito, os exames aproximaram-se rápido e acabaram depressa. A espera até os resultados saírem era a mais difícil. Mas, no fim, Rin passou e conseguiu entrar na mesma escola de Souta.

— Ela é tua namorada? – perguntou um dos colegas de Souta, no dia da cerimónia da entrada, depois de Souta ir ver Rin.

— Claro que não! – exclamou Souta, com a cara ompletamente vermelha – Ela só está a viver connosco durante algum tempo!

— Hmmm… - o colega olhou para ele de lado – A viver com uma rapariga que não é da tua família e com a reação que tiveste? Estás completamente apaixonado.

Souta ia responder-lhe, mas viu Rin a aproximar-se e colocou um sorriso na cara.

— Onni-san… - disse Rin, com um sorriso brilhante na cara – A minha sala e a tua ficam no mesmo andar.

Souta manteve o sorriso na cara, mas teve que o forçar.

— Ainda bem. – disse ele, fazendo-lhe algumas festinhas na cabeça, antes de ela voltar para o seu grupo.

— “Onni-san”? – o amigo suspirou e deu algumas patinhas nas costas de Souta – Tenho imensa pena de ti.

Souta empurrou o amigo. – Vou voltar para a sala.

— Hei, espera por mim! – disse o colega, a segui-lo, enquanto tentava não se rir.

Ao ouvir o barulho, Rin olhou uma última vez para trás e sorriu.

— Ele é teu namorado? – perguntou uma das raparigas que se tinha juntado ao grupo de Rin.

— Claro que não! – respondeu Rin, imediatamente – Ele é como um irmão para mim!

— Mas não é irmão. – constatou outra – E não te olhou como se te visse como uma irmã.

Rin voltou para casa e foi para o quarto imediatamente depois de comer, nesse dia. Não percebia aquele tipo de conversas. Nada do que Souta lhe tinha ensinado sobre aquela Era não a havia preparado para aquelas pessoas.

Ela agarrou a almofada com mais força e fechou os olhos. Tinha saudades da sua Era.

Tinha saudades das pessoas que deixara para trás.

Mas, mais do que tudo,…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

por favor, deixem o vosso comentário para que possa melhorar a história nos capítulos futuros ^-^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sesshomaru - Ao Meu Lado..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.