Please, Don't Wake Me Up - Valentine's Day escrita por Pequena Bruxinha


Capítulo 1
Don't Wake Me Up


Notas iniciais do capítulo

Boa leituraa, nos vemos nas notas finais ♥



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Poderiam passar dias e Marinette Dupain-Cheng ainda não acreditava no que acontecera com ela.

 

Ela poderia se considerar a garota mais sortuda de toda Paris.

 

A menina das marias-chiquinhas acordara cedo naquela manhã de sábado. O Sol tampouco havia nascido, mas a luz do amanhecer começava a iluminar o quarto onde estava. A jovem passou uma noite inquieta, não conseguira pregar o olho a noite toda, pois no dia anterior, Adrien Agreste finalmente havia a pedido em namoro.

 

 

FLASHBACK ON

 

A aula era Literatura, e a turma estava aprendendo sobre a importância da leitura para formação de seres pensantes e o impacto social gerado por cada livro lido.

 

 

— Quero o trabalho sobre um livro da escolha de vocês para lerem e me informarem o impacto social gerado com a leitura, quanto mais informações a respeito de conceitos históricos melhor. E pessoal, lembrem-se não há livros infantis ou que não merecem ter uma discussão a ser levantada. Bom feriado.

 

Marinette reparara em Adrien o tempo todo durante a aula. O garoto não conseguia concentrar-se na matéria ou no que a professora dizia. Ele aparentava estar nervoso com algo, e sempre que desviava seus olhos, sentia os de Adrien mirando-a como se quisesse dizer algo com o olhar.

 

O sinal acabara de bater.

 

As aulas haviam acabado e todos os alunos saíram da sala. Todos saíram o mais rápido possível da sala, no intuito de aproveitarem ao máximo a semana de feriado que teriam pela frente, exceto Adrien Agreste e Marinette Dupain-Cheng.

 

A garota como sempre, saíra sempre por ultimo, pois não conseguia ser tão ágil quanto sua amiga Alya, o que no dia acabou sendo favorável a Adrien essa leveza, com a qual ela arrumava suas coisas. Já Adrien, olhava para a paisagem e coçava a nuca. Um claro sinal de nervosismo, ao retornar à sua carteira, tamborilando seus dedos na carteira onde ele dividia com Nino. O louro encheu o peito de ar e tomou coragem para falar com ela e fazer algo que deveria ter feito há um tempo.

 

— Adrien? - Começou a azulada sem jeito. - Está tudo bem? Posso ajudar em alguma coisa? Você aparenta estar meio nervoso...

 

— Ma-Marinette, precisamos conversar. - pediu Adrien em um tom de voz formal demais, quase que selecionando muito melhor suas palavras do que o faria na presença até mesmo de seu próprio pai.

 

— Adrien, confesso que está me deixando preocupada. O que houve? Você pode me contar o que quiser.

 

No fundo a jovem estava desesperada, o amor de sua vida estava em sua frente, e, aparentemente prestes a ter um colapso nervoso.

 

— B-bem... não é algo que deva se preocupar... Quer dizer... Não é algo tão sério a ponto de se perder o sono ou de achar que o que eu tenho a dizer é tão importante. - O garoto já não sabia como agir, pois estava muito nervoso.

 

— Adrien, desculpe-me, mas não consegui te entender. Se acalme e tente me explicar, para que eu possa ajudar.

 

— Tu-tudo bem ent-tão... Na verdade é... é algo que... eu preciso te dizer... - Começou o jovem coçando a nuca. Ele estava envergonhado. Isso seria algo bom? Perguntou-se Marinette. - Bem... Eu... eu estava apaixonado por uma garota e... e ela era... ela era tudo para mim... eu via ela quase todos os dias e... e ela era o motivo do meu sorriso, - continuou ele dando um sorriso fraco - mas ela não me correspondia. Disse que estava a fim de outro garoto... eu entendi ela... me disse também, que talvez quem eu amasse não fosse ela, porque... eu nem conheço ela de verdade... me entende? - A jovem assentiu confusa. Mas se encontrava disposta a ajudar, mesmo que a mera possibilidade de Adrien estar apaixonado por outra garota a dilacerasse por dentro. Ele notou e suspirou - Por favor, não me entenda mal... não pense que eu estou lhe usando para "suprir" a falta que ela me faz ou algo do tipo... não é nada disso.

 

"Bem... depois que nós esbarramos e você me ajudou a ir ao cinema ver o filme da minha mãe... Lembra? Que você precisou fugir comigo dos paparazzi e como eles inventaram que você era minha namorada. O tempo todo eu estava com meu amulato da sorte... E... Bem, acho que meu amuleto da sorte não era aquele bracelete que você me deu no dia que estávamos jogando videogame na sua casa. Eu me senti como há muito tempo não me sentia. - Ele estava em dúvida se essa era a melhor maneira de dizer isso, entretanto, ao olhar em seus olhos, o garoto teve a certeza de que era ela. O amor de sua vida, apesar de não ter tido olhos para ninguém além de Ladybug, ele estava disposto a dar um passo a frente e se jogar para um novo amor. - Sim, amante, você é especial. De uma forma que eu jamais cogitei, contudo, ao fazê-lo... Eu soube que era você e simplesmente você quem eu amo. E antes, quando eu estava meio tristonho, ninguém veio falar comigo além de você. Ninguém demonstrou carinho além de você e... e... eu acho que aquela minha amiga está certa: as vezes as pessoas que mais amamos, elas estão bem ali... na nossa frente.

 

Marinette... eu não sei exatamente se estou falando certo ou fazendo o certo em falar isso pra você... mas... um simples ato de uma pessoa, pode transformar-se em algo tão grande que invade seu peito e... e o amor... ele é algo tão bonito e que enche seu peito de alegria. Marinette, as estrelas são maravilhosas e eu sei que um dia... um dia nós podemos esquecer disso tudo... mas o que importa não é o futuro e sim o agora e agora Mari... agora eu... te peço. Não. - então de repente o louro se ajoelhou - Na verdade eu queria te perguntar: Marinette, você aceita namorar comigo?"

 

Ambos ficaram estáticos. O som do silencio pairava no ar, não se ouvia nem a respiração dos garotos que se encontravam na sala. O som do silencio era tão puro e na sua verdadeira forma, que ouvia-se o vento bater nas folhas da árvore que havia na frente da sala de aula.

 

O louro estava mais vermelho que um tomate e aos poucos seu rosto passou de sereno para desesperado em questão de segundos. E se ela não o aceitasse? E se Ladybug estivesse errada e o aconselhou mal? E se a garota para quem ele estava se declarando naquele momento o achasse um panaca por fazê-lo? E se...

 

— Sim. - ela sussurrou, era quase inaudível.

 

O garoto estava tão absorto em seus pensamentos, que nem ouviu a resposta da menina.

 

— D-d-desculpa... o que disse Mari? - perguntou o garoto que estava pálido e com as pernas bambas. Não estava aguentando mais aquela espera interminável.

 

— Eu disse sim. Eu aceito. Eu aceito ser sua namorada, Agreste. - a jovem sabia que ele odiava seu sobrenome, mas ela precisava saber como soava o sobrenome dele em sua boca. Era algo surreal e incrível. Como Adrien Agreste um dia poderia ama-la e se apaixonar por um simples gesto como preocupar-se, assim como ela o fizera quando ele cedeu seu guarda-chuva a ela. Protegendo-a. Ela não poderia desejar algo mais grandioso e bonito.

 

— Então amanhã eu venho te pegar mais ou menos as 21:30 para um passeio noturno. Nosso primeiro encontro de verdade, minha Mari. - em seu rosto se formava um sorriso, um sorriso encantador, um sorriso que era o mais belo e verdadeiro dos sorrisos. Vê-lo sorrir, fez com que a garota esboçasse o mais belo sorriso e sua felicidade não poderia ser contida mais.

 

No momento os garotos só pensavam que tinham um ao outro e que eram eles contra o mundo, e se fosse preciso, fariam tudo para que seu amor se concretizasse.

 

E ele iria fazer de tudo, iria até o fim do mundo, para estar com ela. Onde quer que ela fosse, seja qualquer momento que estiverem passando, eles iriam passa-los e enfrenta-los juntos. Ele viu a azulada levantar o rosto - não havia notado que ela estava de cabeça baixa até aquele momento - e sorrir.

 

FLASHBACK OFF

 

 

 

Agora eram exatas 18:40 da tarde e Adrien estava inquieto.

 

— Plagg, eu... eu preciso de ajuda. - pediu ele envergonhado.

 

— Pode falar meu mestre. - disse o pequenino, enquanto fazia uma grande reverência para Adrien. O kwami sabia que Adrien odiava o termo "mestre" e suas reverências.

 

— Eu queria saber se você já foi em algum encontro e se... olha, eu estou apresentável? - disse ele se referindo ao modelo posto em sua cama. Uma camisa preta com um detalhe de uma pata de gato verde fluorescente, um jeans escuro, um sapato preto e um blazer preto.

 

— Ai meu jovem, se quer saber... sim. Já fui em um encontro. Foi com uma pequenina muito especial e importante para mim. E sim, pode ficar tranquilo que você está apresentável sim... está um verdadeiro gato preto(1). - Plagg deu uma piscadela em sua direção.

 

Chat Noir era seu alter ego, de dia era Adrien Agreste e nas noites se transformava em Chat Noir: o super-herói de Paris e a simples menção de sua identidade secreta já o deixava todo cheio de si e orgulhoso, afinal, ser herói era uma tarefa árdua e difícil. Era uma honra ter sido escolhido como portador de um Miraculous tão importante, quanto é o da destruição.

 

— Entendo... e aposto que não vai poder me contar quem foi essa gatinha que roubou seu coração. - respondeu ele maliciosamente.

 

— Gatinha não meu caro, joaninha. Calma jovem, tudo ao seu tempo. Um dia eu te conto. - retrucou ele. - E então, como anda o coração?

 

— Está batendo muito rápido e sinto que vou explodir em arco-íris a qualquer instante. Queria ser um mosquitinho para saber o que a Marinette está fazendo agora. - o louro ligou o celular para ver as horas: 20:00

 

Marinette estava rodopiando e dançando em seu quarto. Ela não conseguia acreditar que depois de tanto tentar e passar vergonha na frente dele, finalmente os dois estavam namorando. Namorando. Marinette era de Adrien e vice-versa. Ela não poderia estar mais feliz.

 

— Tikki, minha pequenina. - Marinette pegou a kwami entre gargalhadas e a rodopiou. As duas dançaram pelo carpete rosa de seu quarto. - Eu nem consigo acreditar, Tikki. - Então parou bruscamente. - Será que eu vou com esse vestido mesmo? Tipo, eu gostei, sabe, masss... - ela foi perdendo a voz enquanto apontava para si.

 

A morena usava um vestido e um sapato de salto. O vestido era rodado, tinha um tom bem vermelho com bolinhas pretas em todo o vestido, ele era até a altura do joelho e a jovem garota fizera uma bolsinha vermelha onde estaria sua kwami, Tikki. Seus sapatos eram pretos, de salto e com fitinhas vermelhas por todo ele. Era esplêndido.

 

— Ei, Mar...

 

DING DONG

 

— Marinette, o Adrien chegou. - chamou sua mãe.

 

— MEU DEUS DO CÉU. - se desesperou Marinette. - Entra aqui, Tikki. - a kwami obedeceu-a, rapidamente fazendo o que sua amiga havia pedido. Marinette desceu a escadaria e olhou para a mãe que estava conversando com o garoto.

 

— Filha, você está deslumbrante. - disse ela, a pegando para um abraço.

 

— Obrigada mamãe. - a mestiça retribuiu o abraço de sua mãe e suspirou. - O-o-ooi Adrien. - cumprimentou-o a jovem, começando a corar.

 

— Oi Mari... então vamos? - ele olhou para ela estendendo seu braço, ela o pegou e juntos foram até o local escolhido por ele.

 

Chegaram na Praça do Trocadero e sentaram-se de frente a Torre Eiffel. A praça já era bonita, à noite ela estava mais linda ainda.

 

— Bem... Mari... erh... eu gosto muito de você e...

 

— Shh... - Marinette selou os lábios de seu parceiro com o dedo indicador e prosseguiu. - ei, quer saber um segredo? Eu gosto de você. Eu realmente te amo. No primeiro dia em que nos conhecemos eu achei que você era um dos babacas amigos da Chloé, mas... mas quando você veio e me deu seu guarda-chuva para que eu não fosse na chuva, fez com que eu me tornasse a pessoa mais linda do mundo, e percebesse sua humildade e bondade. Adrien, eu te amo muito mesmo, e te amo pela pessoa que você é. - ela terminou e se inclinou na direção do louro.

 

Ele inclinou-se volta. Ambos estavam com a respiração irregular, ambos queriam aquilo. Seus rostos se aproximaram cada vez ma...

 

BIP BIP BIP BIP

 

 

— Marinette. Você está atrasada filha, faz quase meia hora que esse despertador está tocando.

 

Era verdade. Eram exatas 8:45 da manhã e ela chegaria atrasada novamente. A jovem olhou o relógio e deitou-se novamente, suspirando.

 

Foi apenas um sonho.

 

Sempre um sonho.


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Notas finais do capítulo

Chat Noir (1): Não sei se todos sabem, mas Chat Noir na tradução literal francesa é "gato preto". Achei que caberia bem ao fazê-lo nesse momento, porque... fez sentido, sabe kkkk e sim, o Plagg dizia sobre sua identidade secreta mesmo.

Oooi galera, pra quem não me conhece eu sou a Pequena Bruxinha e bem... eu escrevo bastante (embora não tenha tempo suficiente pra isso).

Adoraria comentários ♥ muito obrigada por lerem e feliz dia dos namorados ♥

Se gostaram dessa fic, tem mais:

Minha one-shot (Ladybug): https://fanfiction.com.br/historia/725145/A_ultima_carta_One-shot/ (*AVISO: TEM COISAS PESADAS DE TEMAS PESADOS*)

Minha long (Ladybug): https://fanfiction.com.br/historia/718552/Secrets/



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