Feito no campo - VyV escrita por Débora Silva


Capítulo 26
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Mãe, que bom que acordou! - Fernanda falou com um sorriso.

Ela se virou e todos a olhavam.

— E aposto que está cheia de fome! - Victoriano contatou.

— Vocês estão aqui como se fosse uma cena de família feliz que não tem problemas, mentiras e enganos! - falou o que estava engasgado em sua garganta. - Eu não vou participar dessa mentira e te quero fora da minha casa, Victoriano! - e virando ela caminhou pra sair dali...

Todos ficaram de boca aberta com a atitude dela e Victoriano de imediato foi atrás de seu amor e a segurou pelo braço antes que ela voltasse para cima, ela reclamava de fome, mas não voltaria a estar no mesmo ambiente que ele. Victória deu um gritinho ao ser puxada daquele modo e os olhos se encontraram por alguns segundos e ela logo tratou de olhar para qualquer lugar daquele espaço ao se soltar.

— Victória...

O nome dela em seus lábios era como musica e fazia seu corpo tremer, ela não queria se sentir daquele modo naquele momento em que estava brava com ele e seus olhos viraram fogo ao voltar aos deles.

— Não diga meu nome, não dirija a palavra a mim e muito menos esteja em minha casa como se ainda estivéssemos juntos! - trincou os dentes. - Esse relacionamento acabou!

— Victória, deixe de ser uma menina mimada e vamos conversar! - falou rude.

— Não temos nada a conversar! - rosnava. - Vá com sua Inês que aqui não tem espaço para você!

Estava muito brava por ele a ter chamado de Inês e aquilo ela não iria perdoar, não mesmo. Ela voltou a subir as escadas sem dar ouvidos a ele que falava.

— Eu não vou embora sem antes falar com você, Victória, você foi parar no hospital e eu quero saber se meu filho está mesmo bem!

— Pegue os papeis no escritório ou ligue para o medico que você vai saber como meu filho está! - gritou com ele. - E vá embora da minha casa!

— Eu não vou! - bateu o pé no chão bufando como um boi.

— Eu chamo a polícia! - parou no último degrau e o olhou. - Seu idiota, escondeu que minha filha estava transando com seu filho e ainda me chamou pelo novo daquela... - não ia xingar e pensou no que o médico disse sobre ficar nervosa. - Eu não vou mais discutir com você, eu e meu filho precisamos de paz e você não está nos fazendo bem nesse momento!

— Saia dessa escada Victória! - sentiu até um frio na espinha.

— Saia da minha casa você! - subiu o último degrau e caminhou para o quarto e quando entrou bateu a porta o fazendo fechar os olhos no andar debaixo.

Victoriano voltou para a cozinha bufando e os quatro o esperavam em completo silêncio até que Fernanda começou a rir porque conhecia muito bem sua mãe. Maria olhou Alejandro com cumplicidade e ele segurou a mão dela dando apoio naquele momento que sabia bem que ela se sentia culpada.

— Mamãe é uma fera e quando brigava com papai era igualzinho! - Fernanda comentou. - Ele dormia no outro quarto pra que ela não quebrasse tudo na cabeça dele.

— Pois então eu vou dormir no outro! - falou com certeza.

Ela riu mais ainda e eles voltaram a arrumar a mesa para o jantar, depois a chamaram mais ela se negou e eles começaram a jantar. Ouviram o interfone depois de um tempo e Maria atendeu deixando passar o entregador, Victória desceu as escadas e recebeu seu lanche e uma pizza e sem olhar para a filha voltou a subir para o quarto, ela suspirou e voltou para a mesa.

(...)

NO OUTRO DIA...

Victória despertou sentindo um braço rodeando sua cintura e ela estranhou, custou alguns minutos ainda pra acordar de verdade e sentiu a respiração forte em seus cabelos e recolheu no mesmo momento quem era. Victoriano dormia pesado e grudado ao seu amor, tinha chegado ali já era mais de cinco da manhã, não tinha conseguido dormir sabendo que ela estava tão perto e sabendo que ela dormia pesado, entrou no quarto e se acomodou junto a ela que só fez arrumar seu corpo ao dele o fazendo sorrir.

Ela automaticamente tirou a mão dele de seu corpo e se afastou dele já que a cana era enorme, virou e ele continuou adormecido ou pelo menos fingiu bem, assim pensou ela. Victória iria armar um show mais sua bexiga doeu e ela levantou rapidamente e foi para o banheiro, ali fez sua higiene e sentiu fome, sorriu acariciando a barriga e se continuasse daquele modo iria ficar uma baleia.

Voltou para o quarto e o olhou sobre sua cama, respirou fundo ele era mesmo um teimoso, mas não iria deixar que ele fizesse das suas e simplesmente ficasse como se nada tivesse acontecido. Saiu do quarto e desceu, estava faminta e encontrou a empregada já arrumando tudo sobre a mesa, sorriu e sentou para tomar seu café.

Maria que também já estava acordada desceu e deu de cara com a mãe comendo, os passos ficaram mais lentos até ela e os olhos se encontraram, Victória suspirou e Maria a beijou no rosto acariciando sua barriga como todos os dias mesmo sabendo que poderia ser negado aquele carinho diário.

— A senhora não vai mesmo me perdoar! - falou com os olhos baixos.

Victória suspirou e limpou os lábios.

— Eu amo você e antes de ser sua mãe, eu pensei que era sua amiga! - estava mesmo muito chateada.

— Mamãe, eu fiquei com medo, estava confusa e...

— É justamente pra esses momentos que servem as mães e eu me pergunto quando foi que falhei... - respirou fundo. - Eu sei que deixei você e sua irmã passaram muito tempo sozinhas depois que o pai de vocês faleceu, mas eu sempre cuidei pra que nada faltasse, mas pelo visto faltou o principal!

Maria deixou que suas lágrimas rolassem por seu rosto e nada disse, Victória respirou pesado e continuou falando.

— Eu não estou aqui pra atrapalhar a sua felicidade, longe de mim. - falou com certeza. - Se sua felicidade é o filho de Victoriano, eu não tenho nada contra, mesmo estando separada de Victoriano!

— Mamãe, ele te ama! - falou em meio a um soluço.

— Isso não importa mais! - comeu um pouco de fruta. - Eu não sou assunto.

— Mas não te quero assim...

— Eu estou bem e quero que você também esteja já que amar é a melhor coisa que se pode passar em nossa vida e na juventude é tudo melhor, mas quero que se culpe pra não engravidar. 

— Não se preocupe que a gente se cuida sempre! - passou segurança.

Victória suspirou com o que ela dizia e se perguntava como não tinha percebido antes aquele envolvimento dos dois, não estava contra aquele romance e nunca estaria contra a felicidade de sua menina. Victória apenas queria ter sido a pessoa em quem a filha confiava para se abrir, mas não tinha sido assim e isso estava a magoando muito.

— Que bom que estão se cuidando! - deu um meio sorriso. - Coma um pouco!

— Mamãe me perdoa! - se ajoelhou ao lado da cadeira dela.

— Levanta daí, Maria!

Ela se agarrou a cintura da mãe e deitou a cabeça sobre sua barriga e chorou sentido, não queria a mãe brava com ela e ter os olhos de tristeza da mãe sobre si a desmontava. Victória abraçou sua menina como deu e beijou seus cabelos, não queria que ela ficasse daquele modo mesmo estando chateada com o modo que as coisas tinham se dado, ela era sua filha e a felicidade dela estava a cima de qualquer coisa e ela a acariciou com todo seu amor e a trouxe para sentar em seu colo depois de afastar a cadeira.

— Pare de chorar que não é o fim do mundo! - falou firme com ela deitada em seu ombro com uma mão na barriga.

— Mas eu não te quero brava comigo! - soluçou. - Eu prometo que nunca mais irei esconder nada da senhora, mas, por favor, não fique assim comigo! - terminou a frase a olhando nos olhos. - A senhora é tudo de mais sagrado que eu tenho na vida!

— Vocês duas também são o mais sagrado pra mim e por isso me chateou tanto ser a ultima, a saber!

— Não foi a ultima porque ninguém sabia até ontem! - saiu do colo dela. - Alejandro me disse que contou ao pai ontem e pela confusão que teve entre vocês, acho que nem deu tempo de vocês conversarem!

— E nem vamos conversar porque eu o quero fora da minha casa!

— Mamãe, não seja assim! - falou com calma.

— Eu serei do modo que eu quiser, Victoriano não faz mais parte da minha vida! - falava bem serio.

Ele que terminava de adentrar o cômodo e ouvir aquela ultimas palavras disse:

— Tem certeza disso, Victória? - e os olhos se encontraram...

 


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