Famous escrita por Ero Hime


Capítulo 6
Um acordo com o diabo


Notas iniciais do capítulo

Se vocês se perguntam o que eu faço no trabalho: escrevo fanfic
Tô numa maré de inspiração Ó T I M A, aproveitem ♥
Espero que estejam gostando tanto quanto eu, principalmente dos edits das redes sociais hohoho eu AMO eles
Obrigada por todo o apoio, cada comentário, cada curtida e cada visualização só me incentivam a continuar com a melhor coisa da minha vida ♥



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Um acordo com o diabo

 

Se não estivesse suando por todos os poros possíveis e imagináveis, e não estivesse rezando pela sua vida, Hinata até teria aproveitado o passeio de limousine. Era um carro luxuoso, com bancos de couro que não faziam a pele grudar; ar-condicionado em perfeita temperatura, janelas fumê e um minibar acoplado — claro, a garota não pôde admirar toda aquela mordomia, porque estava ocupada demais se preocupando com planos de fuga e gritar até alguém lhe socorrer.

Os dois seguranças extremamente amigáveis e nada ameaçadores foram veementemente contra uma resposta negativa, e Hinata não teve outra escolha, a não ser acompanhá-los até a rua, um de cada lado de seu corpo, deixando bem claro que qualquer tentativa de correr seria imediatamente frustrada – um esbarrão daqueles ombros e ela quebraria em dois –. Ninguém estranhou dois brutamontes acompanhando uma garota claramente amedrontada – aquela era a ensolarada Los Angeles, seguranças protegendo uma pessoa mirrada, encolhida e desesperada fazia parte do cartão postal.

Um deles a guiou gentilmente para dentro do carro, e Hinata já imaginou as desculpas que daria para seus sequestradores a liberarem – ela não era famosa, tampouco rica; não tinha para quem eles pedirem resgate, ou recompensa. Ela era só mais uma universitária solitária que lutava para sobreviver. Nesse meio tempo, lágrimas de pânico começariam a escorrer, dando veracidade a sua súplica de misericórdia.

Os vidros eram demasiados escuros para que ela pudesse identificar o caminho. Um dos seguranças estava no banco da frente, com o motorista – que usava um quepe, pelo amor de Deus –, enquanto o outro estava do seu lado, de braços convenientemente cruzados, ressaltando a montanha de músculos. Hinata se agarrou à mochila, mal conseguindo respirar direito. Pareceu que rodaram por horas – internamente, ela tentou se lembrar das aulas de geografia. O que havia mais ao leste da Califórnia? Contudo, a velocidade diminuiu e fizeram um retorno. A repentina ausência de claridade a fez supor que tinham entrado em um viaduto, ou uma garagem.

O carro parou. O brutamontes da frente desceu e abriu a porta ao lado de Hinata, assustando-a. A garota imaginou que o gorila número dois a empurraria ele mesmo, então resolveu cooperar, saindo com suas próprias pernas e dignidade. Olhou em volta rapidamente; era uma garagem, sem dúvidas. Estavam no sub-térreo, e diversos carros do ano estavam elegantemente estacionados. A Hyuuga foi guiada até o elevador, e os dois homens acomodaram-se atrás dela, aparentemente contrariando as leis de espaço. Ela fingiu que não era estranho eles usarem óculos escuros em um ambiente fechado, e se concentrou em identificar onde estava.

Não havia placas ou nomes, no entanto, a quantidade absurda de botões indicava um cativeiro bastante sofisticado. O segurança apertou o último botão, então seria uma longa subida. O silêncio alimentou suas paranoias – e se estivesse sendo sequestrada por fãs enlouquecidas? de alguma maneira, descobriram sua verdadeira identidade, e agora alguma hinoisher com o pai rico a estava sequestrando para se vingar. Era plenamente possível – Hinata desconhecia até onde iam os limites das fãs daquela banda, e algumas poderiam ser assustadoras; Sakura mesmo só não era pior por falta de investimento.

Não conseguiu continuar com as teorias conspiratórias, porque o elevador parou e abriu. Era um longo corredor, surpreendentemente claro. O tapete era amarronzado, e plantas artificiais ornamentavam as laterais. Tudo gritava luxo, ela podia sentir no ar o preço exorbitante de cada um daqueles elementos estéticos cuidadosamente planejados. O caminho levava a uma única porta, dupla, de madeira maciça. Hinata deu um passo para frente, e um dos seguranças a acompanhou, lado a lado. Sem escolhas, caminhou até o fim, e ele abriu a maçaneta para ela.

Mal entrou na sala e deu um pulo com a porta se fechando pesadamente atrás de si. Olhou em volta, tentando recuperar o equilíbrio. A primeira coisa que identificou foi a longa mesa de reuniões – reconhecia o estilo das inúmeras conferências de pauta na empresa –. Era uma dos modelos mais requintados, e Hinata pensou que, talvez, a exuberância – a limousine, o prédio de vários andares, o corredor caro – fosse apenas um artifício de intimidação. Saindo da mesa, seus olhos foram para a enorme janela na parede oposta; chamá-la de grande era uma ofensa. Dos pés ao teto, o vidro era moldado por uma borda reforçada, da mesma cor do piso lustrado. A vista era incomparável – podia ver toda Los Angeles, os minúsculos prédios, emissoras, estúdios e engarrafamentos.

Não teve tempo para reparar nos detalhes, porque a porta tornou a abrir, e Hinata deu um salto, voltando à defensiva.

— Senhorita Hyuuga, que prazer em conhecê-la! 

A única palavra que Hinata encontrou para descrevê-lo foi excêntrico. Era baixo, robusto, usando um terno risca giz de milhões de dólares, com sapatos de bico e uma gravata roxa que combinava com o lenço de bolso. O pescoço quase inexistente parecia sufocado com a gola, e seu rosto suava como se estivesse tendo um ataque cardíaco. Mas, de alguma maneira, ele parecia ameaçador.

A garota cerrou os olhos, crente de que ele lhe era familiar. A maneira como o cabelo estava penteado para o lado, ou as rugas em forma de cicatriz, os óculos de grife; ela definitivamente já o tinha visto antes.

— Espera um pouco. – disse, de repente – Eu conheço você! – lembrou-se, em um estalo, das diversas capas de revista e entrevistas na televisão, todas estampando aquele rosto – Você é Danzou, Shimura Danzou, não é? – ele sorriu, e um molar de ouro brilhou contra a luz.

— Perfeito, as apresentações estão dispensadas. – ele caminhou até ela, estendendo a mão gorducha. Hinata a apertou, um pouco atônita.

— Espera... – disse novamente, com a boca seca – Isso não é possível, é? Porque, nesse caso, nós estaríamos...

— Exatamente, na Vocal Records. – completou o pensamento, sentando-se na cadeira central, cruzando as pernas como um rei. Os olhos de Hinata arregalaram-se – Acredito que nunca tenha visitado a cobertura, estou correto? – continuou, sem esperar pela resposta – Posso te oferecer algo? Uma bebida, alguns aperitivos?

— E-Eu, eu-

— Ora, não seja tímida, venha! Sente-se. – apontou para a cadeira ao seu lado, e Hinata, aos tropeços, caminhou até ela, acomodando-se com desconfiança – Estou muito feliz que tenha aceitado meu convite para uma pequena conversa.

— Convite? – a indignação ajudou a restaurar seus sentidos – Aqueles seguranças quase me trouxeram amarrada até aqui! – sua voz continha uma oitava de acusação.

— Apenas um incentivo para que viesse. – Danzou abanou o ar, como se afastasse moscas desagradáveis.

— Bem, já que fazia tanta questão da minha presença, estou aqui. Em que eu posso ajudar? – cruzou os braços, torcendo para ter soado firme. Se o intuito era intimidá-la, funcionou; ela estava na frente do diretor executivo e sócio majoritário da gravadora mais famosa e mais cara dos últimos anos. 

Danzou se virou com a cadeira giratória, puxando uma pasta e retirando um papel dela. Retirou um papel e estendeu em direção à garota. Hinata estendeu a mão, puxando-o até ela, e engoliu em seco. Em alta resolução, exibia a foto que tinha cansado de ver nas redes sociais.

— Chegou ao meu conhecimento o seu recente envolvimento com a minha estrela. – seus olhos a perfuravam, astutos.

— E-Essa não sou eu. – seu primeiro reflexo foi negar. Mesmo com boa nitidez, ninguém podia afirmar, com certeza, que aquela era ela. Só a silhueta de Naruto era reconhecível; podia existir milhares de garotas com a pele clara e cabelo escuro naquela cidade.

— Ora, senhorita Hyuuga, não nos menospreze. Nós não somos amadores. – algo naquele sorriso animalesco a fez estremecer. Não era um blefe. De alguma maneira, eles sabiam que era ela, e a tinham localizado – Como produtor e agente da Hinoishi, eu me preocupo com a imagem dos meus clientes. Seria um grande infortúnio que essas informações caíssem em mãos erradas. – algo lhe dizia que dentro daquela pasta existiam mais papéis comprometedores.

— O que isso quer dizer? – o tom de voz com que ele disse a última frase a deixou incomodada.

— Bem, a senhorita trabalha na Famous, que, coincidentemente, está envolvida em diversas matérias realmente problemáticas. – ele recostou, unindo os dedos – Para evitar maiores contratempos, gostaríamos que assinasse um contrato de confidencialidade, que garante que a senhorita não irá divulgar seu envolvimento nessas fotos ou com os membros da banda.

— Contrato de confidencialidade? – repetiu. As palavras soaram estranhas. Tudo que ela queria era esquecer que, um dia, ajudou ou esteve envolvida com Naruto Uzumaki. Faria isso de graça. Agora, se assinasse um contrato, estaria associada para sempre com eles. Conhecia a indústria; era tudo que ela menos queria – O que acontece se eu não assinar? – perguntou, tentando conter o tom desafiador.

— Eu posso garantir que sofrerá algumas consequências nada agradáveis.

— Está me ameaçando?

— Estou avisando.

Quaisquer resquícios de amedrontamento desapareceram. Seus olhos o encararam, e a falsa simpatia também sumiu de seu rosto. Ele estava sério, quase feroz. Era o tipo de homem poderoso que sabia manipular o poder que possuía. Hinata não se deixaria ameaçar por um empresário baixo como ele; por outro lado, aquela não era apenas uma brincadeira de mau gosto. Sua segurança poderia estar comprometida de verdade. Sua individualidade, sua vida pessoal. Quais opções ela tinha? Conseguiria escapar sozinha? Sua foto estampava as principais capas da cidade, estava em cada conta e cada perfil. A produtora tinha mais interesses do que ela em manter aquela história em segredo – tinham dado duro para construir uma imagem sólida de "bons moços", e não colocariam tudo a perder com uma interpretação errada de um mal entendido.

Suspirou. Quando as coisas tinham se tornado tão complicadas?

— Eu assino a droga do contrato. – as palavras queimaram em sua garganta. Estava se rendendo a contragosto, a raiva fazendo seus dedos tremerem. Danzou sorriu de satisfação.

— Tenho certeza que tomou a melhor decisão. Nós nos certificaremos que seja o mais natural possível. Será como se nunca tivéssemos tido essa conversa.

Por algum motivo, Hinata não acreditou.

— A senhorita pode acompanhar meu funcionário até a saída. – levantou-se da cadeira e caminhou até a janela gigante, ficando de costas – Foi um prazer fazer negócio com a senhorita.

Hinata bufou, empurrando a mesa com força e caminhando para a porta já aberta por um dos seguranças.

— Ah, senhorita Hyuuga? – ele chamou, olhando por cima dos ombros. Ela parou, esperando que continuasse – Espero que tenha lido todas as cláusulas. Nós saberemos se a senhorita resolver, como os jovens falam? Sair da casinha. – arreganhou aqueles dentes brancos. Hinata fez cara de asco, arrepiando até o último fio de cabelo, e saiu como um furacão.

Sua visão estava turva – pela raiva e pela humilhação. Mal virou o corredor rumo ao elevador, e trombou com outra pessoa. Preparou-se para se desculpar, quando dois pares de pernas entraram em sua visão. Ela ergueu os olhos, arregalando-os por um segundo quando identificou, horrorizada, o rosto confuso de ninguém menos que Naruto Uzumaki, acompanhado de Ino Yamanaka. 

Inferno astral.

— Você? – ele parecia tão chocado quanto possível, com o maldito maxilar perfeitamente definido caído – O que você faz aqui?

Os últimos dias não tinham sido exatamente agradáveis para Naruto. Depois de ter sido humilhado por aquela garota, ele teve de se esconder naquele bar sinistro e ligar para seu motorista – Deus o livre a confusão que seria se ele tentasse pegar um táxi como qualquer outra pessoa. Enquanto esperava, a raiva foi fomentando dentro de si – estava se sentindo um grandessíssimo idiota, por ter confiado nela, ter se deixado levar, e, sobretudo, por estar se sentindo mais inspirado naqueles poucos minutos do que jamais se sentiu nas últimas semanas.

Aquela garota tinha algo, algo que ele não conseguia explicar. Deixando de lado seu ego ferido por ela não ser uma fã – e ter deixado bem claro que o achava medíocre –, estava atraído pela personalidade independente, quase feroz. Tentou se convencer de que estava apenas curioso, por nunca ter passado por nada parecido; todavia, no fundo de sua mente, ele sabia que não conseguiria mentir.

Mal chegou em casa e o caos já havia se instalado – a foto estava em todos os sites de fofocas. Naruto passou o fim de semana inteiro recebendo ligações de todo e cada agente que tinha seu número, sendo questionado – aos berros – pelos produtores, levando sermão do seu representante e fugindo de perguntas inconvenientes dos colegas de banda. 

Para ser justo, eles tornaram tudo bastante fácil de lidar; Gaara tirou sarro da situação, e até mesmo Sasuke ficou do seu lado. Entenderam a história, quando ele contou, mas não escapou das gozações quando contou o fora que levou da garota. Como nunca tinham vivenciado a experiência de saírem sozinhos, sem consequências – ou quase –, bombardearam-no de perguntas indiscretas, que o fizeram rir, mas também o fizeram querer se trancar no estúdio por dois dias.

É claro que Danzou teve uma síncope quando soube. Gritou ao telefone, e irresponsável foi o mais gentil dos elogios que ele recebeu. Não era nada do que já não estava acostumado, e, honestamente, ele preferia enfrentar o empresário furioso à um corredor de fotógrafos abutres. Foi imprudente ao se deixar levar para a rua sem se certificar de todos os cuidados necessários para uma figura pública como ele, mas ele estava encarando tudo de uma maneira muito positiva – poderia ter sido pior.

A pior parte foi sobreviver às redes sociais. Cada site, cada conta, cada matéria exibindo seu rosto, criando conspirações, esfregando em sua cara aquela maldita foto. O lembrando, quando tudo que ele queria era esquecer – já tinha sido usado vezes demais –. Seu consolo era saber que nunca mais teria que ver aquela garota na sua vida.

Ino pareceu levar tudo na brincadeira. Ela apareceu assim que a bomba estourou, e agiu como uma verdadeira amiga. Disse que estava com o coração partido, mas ia superar a traição escancarada, desde que continuasse ganhando ingressos de graça para todos os shows. Naruto relaxou, e, no domingo a noite, chegou a acreditar que as coisas dariam certo, de alguma forma.

Na segunda-feira, acordou com uma ligação da gravadora, exigindo que ele comparecesse a uma reunião urgente com o diretor. Como teria que enfrentar aquilo uma hora ou outra, apenas concordou. Ino mandou mensagem dizendo que também precisava ir, e passou no apartamento deles para que fossem juntos. O Uzumaki tentou organizar os pensamentos a caminho da Vocal Records, preparando respostas para todas as cobranças que certamente viriam – onde estava o álbum novo, quando começariam a gravação, quantas composições seriam, quais convites de participação especial aceitariam, como estava a rotina de ensaios; apenas o de sempre.

Quando subiram até a sala de Danzou, Naruto estava esperando tudo – menos uma pegadinha do destino.

O rosto que ele viu todo o fim de semana, estampado em fotos. O rosto que ele queria esquecer, e que continuava aparecendo em sua mente.

— Eu? – a voz ácida o trouxe de volta – Eu vim assinar um contrato com o diabo.

Seu sorriso não tinha nada de alegre. Ela usava roupas sociais, provavelmente de trabalho, e o crachá de estagiária ainda estava pendurado no decote. O nome da revista retomou a raiva em Naruto – a cereja do bolo. O editorial. Ele tinha certeza que foi ela quem começou aquilo; podia apostar nisso.

— Qual é o seu problema? – acusou, irritado – Por que não podia simplesmente me deixar em paz?

— Te deixar em paz? – ela repetiu, incrédula – Você é a causa de tudo! Desde que você entrou na minha vida, nada dá certo! – acusou, lembrando-se de todas as horas extras que teve que fazer somente para escrever notas sobre os escândalos que ele protagonizava. Naruto deixou o queixo cair, chocado – E agora eu estou presa nisso para sempre! – gesticulou, o rosto ficando vermelho. Naruto não estava entendendo aquela história, mas o tom de incriminação o deixou exasperado – Por que não pôde simplesmente andar na linha e ser um bom músico? – insinuou, mais para si mesma. Antes que Naruto pudesse responder, Ino interferiu:

— Ei, espera aí! Você não conhece ele, não pode ficar dizendo essas coisas! Não sabe nada sobre ele! – a loira estava assistindo o embate em silêncio, não se sentindo no direito de interferir, mas não aguentou ver aquela garota ofendendo Naruto com mentiras.

— Eu conheço o suficiente sobre Naruto Uzumaki. – Hinata ironizou, cruzando os braços desafiadoramente. 

— Então eu acho que deveria fazer seu trabalho melhor. – replicou, com um sorriso que não tinha nada de simpático.

Naruto nunca tinha visto Ino se estranhar com ninguém. A garota era um doce, educada com cada pessoa que conhecia – não a toa ela era uma das angels mais famosos, uma das blogueiras mais queridas. Sua simpatia não era falsa; Ino se dava bem com todo mundo. Naquele momento, ela encarava Hinata com uma espécie de fúria no olhar, e a morena retribuía descaradamente, como se, a qualquer momento, elas pudessem se atracar.

Ele não conseguiu tirar os olhos da morena; era tarde demais – seus traços já tinham ficado marcados em cada pensamento dele, e isso o enfurecia. Hinata apertou os punhos, lembrando-se da proposta de Tsunade – Ino o tinha defendido veementemente demais. Pensar naquilo a fez parar repentinamente. Naruto a viu abrir e fechar a boca diversas vezes, desistindo do que quer que fosse falar. A raiva deixou seu rosto, como se, de repente, ela estivesse pensando muito.

Por fim, ela suspirou, desfazendo os braços e desviando deles, até o elevador.

— Não complique mais as coisas. – falou, fitando Naruto tão diretamente que o deixou embaraçado. Não falava com rispidez; era mais como o conselho de uma pessoa que já estava cansada de passar por aquela situação. Novamente, Hinata Hyuuga o deixou sem palavras.

Ela desapareceu, e Ino voltou-se para Naruto, com o semblante culpado.

— Me desculpa, Naruto. – ela mordeu o lábio – Eu perdi a paciência, não devia ter dito aquilo. – ele se surpreendeu. Para alguém que fingia um relacionamento com um astro da indústria musical, a Yamanaka perder a paciência era realmente raro. Ele sorriu, minimamente, e segurou sua mão.

— Não se preocupe. Obrigado por me defender. – ela retribuiu o aperto, parecendo aliviada.

Entraram na sala de Danzou, e ele já estava falando autoritariamente ao telefone.

— Naruto, nós iremos intensificar a publicidade do seu relacionamento. Eu não quero mais que esses tabloides suponham o menor escândalo que seja, nem duvidem do namoro de vocês, está me entendendo?

Ele suspirou. Fechou a porta atrás de si e se acomodou para ouvir mais algumas horas de sermão, e assinar novos termos de publicidade mentirosa. Distraidamente, uma parte de sua cabeça começou a cantarolar a melodia de uma nova música, inspirada em uma pessoa nem tão agradável assim.

 


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