Atchim! escrita por gridpudim


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Essa fanfic é dedicada ao #ShinnichiProj um projeto lindo dedicado ao Japão ♥
O tema desse mês era sobre o Neko No Ni - dia 22 de fevereiro é o Dia do Gato no Japão.
E aqui está a minha homenagem! :D
Espero que gostem, boa leitura!



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Um barulho de explosão fez Mitsuki se assustar e sentir a casa estremecer enquanto terminava de lavar a louça. Olhou assustada pela janela, viu a fumaça espessa que, provavelmente, vinha do andar de cima e sentiu um cheiro muito forte de queimado. O sangue subiu pelas suas veias deixando-a extremamente irritada.

— Katsuki Bakugou! — Mitsuki gritou, subindo as escadas que davam para o quarto do filho.

E antes que ele pudesse respondê-la da maneira mal-educada de sempre, ela entrou no quarto, escancarando a porta e vendo que a janela estava incendiada.

— O que você fez, moleque?! — Mitsuki perguntou, gritando de raiva. — Por que essa merda de janela está assim?

— Você me pergunta isso? — Bakugou levantou-se nervoso da cadeira do computador. — Que merda, mãe. Você sabe melhor do que ninguém que eu tenho alergia dessa porra de bicho. Ele me faz espirrar.

— Oh, meu amor, vem aqui. — Mitsuki pegou o bichano alaranjado no colo. — Vem com a mamãe. Ele te machucou, foi?

O gato foi assustado para o colo da loira e miou manhoso, ronronando quando ela o abraçou.

— Vem com a mamãe — Katsuki imitou a mãe, fazendo uma careta. — Isso, tira esse pulguento de perto de mim.

— Cala a boca, menino, e pode dar um jeito nessa janela. — Mitsuki acariciou o gato enquanto gritava com o filho.

— Porra! Eu tenho alergia, não tem como eu controlar um espirro com esse saco de pulgas do meu lado.

— Eu não quero desculpas, Katsuki. Arruma agora essa merda.

Mitsuki fechou a porta do quarto do filho, levando o bichano alaranjado consigo. Não tinha como não se apaixonar por aquele gato, além de muito dócil, Mitsuki o achou havia alguns dias fuçando o lixo de sua casa, estava muito magro e com pulgas. Mas não fazia ideia de que seu filho teria alergia ao felino.

Sabia que não poderia abandoná-lo e, além do mais, não era sempre que Kacchan aparecia para fazer-lhe uma visita.

Bakugou saiu de seu quarto, pisando forte e fazendo barulho pelos degraus da escada. Estava irritado e puto com aquele gato, passou pela mãe na sala e saiu sem falar nada. Mas Mitsuki não o deixou sair sem avisar, segurando-o na porta.

— Onde pensa que vai? — perguntou, puxando o braço do filho.

— Vou pedir ajuda ao Kirishima pra arrumar a janela — falou, puxando o braço de volta.

Mitsuki largou o filho e sorriu para ele, mas Kacchan estava puto e não sorriu em resposta, apenas fechou a porta e espirrou novamente, causando uma nova explosão, mas dessa vez, não provocou estrago nenhum.

Caminhou chutando todas as pedras que achava em seu caminho. Nunca na vida pensou que teria algo assim, estava estressado porque sentia seu nariz e garganta coçarem e, ao mesmo tempo, não sabia o que fazer.

Chegou à casa de Kirishima e tocou a campainha, seu amigo lhe atendeu na porta surpreso com quem viu.

— Olá, Bakugou, a que devo a honra de sua ilustre presença? — Kirishima perguntou alegre e com um sorriso no rosto que só ele sabia dar.

Kacchan não sabia muito bem como pedir ajuda e nem gostava de fazer isso, mas definitivamente não estava bem e sabia que o amigo era melhor que ele em martelar, pregar e consertar objetos, além do mais, estava com medo de espirrar e explodir mais uma janela.

— Queria sua ajuda — Bakugou respondeu, olhando para seu lado direito, não queria falar isso em voz alta, era muito orgulhoso.

— Mas é claro, entre primeiro. — Kirishima abriu a porta e seu amigo entrou. — Sente-se, precisa de ajuda?

— Não precisa falar pra todo mundo — Bakugou falou, sentando-se no sofá macio na sala do amigo. — Bom, eu descobri que tenho alergia a gatos.

— Nossa, isso é muito chato, eu adoro esse bichinhos — Kirishima respondeu, fazendo Bakugou revirar os olhos. — Mas também tenho alergia.

— Tem? — Kacchan se arrumou no sofá. — Eu não paro de espirrar, não aguento mais.

— Ah, pera aí.

Kirishima levantou-se do sofá e foi para o banheiro, saiu logo de lá com uma caixa de remédios e sentou-se novamente no sofá em frente a Kacchan.

— Achei! — pegou na mão uma cartela de remédios, e Kacchan fez uma careta.

— Remédio? Eu não preciso disso.

— Então vai ficar espirrando. E aposto que seu espirro não é nada comum. — Kirishima deu risada, e Bakugou pegou a cartela de remédio à força da mão do amigo. — Espera, vou pegar um copo d’água.

Kirishima foi rapidamente pegar água para seu amigo, e Bakugou bebeu tudo junto com o antialérgico.

— É ridículo isso, eu sou um herói, ou quase .

— É, mas todo mundo tem pontos fracos. — Kirishima sorriu, e Bakugou arfou só de pensar que seu ponto fraco era um simples gatinho.

— E eu preciso de um outro favor também — Kacchan falou mais baixo que da primeira vez.

— Dois em um único dia, hoje chove.

— Para, idiota. Preciso arrumar a janela lá de casa, espirrei nela e…

Kacchan foi interrompido pela gargalhada absurda de Kirishima.

— Quer levar um soco agora ou depois que terminar de rir? — Bakugou perguntou já nervoso.

— Tudo bem, tudo bem. O que precisamos levar?

Kacchan e Kirishima reuniram tudo o que precisavam para consertar a janela, o pai de Kirishima sempre tinha muitas coisas em casa, o que os ajudou.

Mas antes de sair, Kirishima também tomou o antialérgico para prevenir-se. Ao chegar na casa de Bakugou, Mitsuki os recebeu com o bichano no colo, Kacchan simplesmente subiu para seu quarto e não olhou para o gato. Kirishima conversou com Mitsuki, sendo gentil como sempre era, a loira adorava o amigo do filho.

Deixou que os dois resolvessem a janela quebrada e continuou cuidando do gatinho.

Depois de algumas, horas a janela estava arrumada, e a parede não tinha mais sinais de que fora queimada.

— Valeu, idiota — Kacchan falou para Kirishima quando levou o amigo até a porta.

— Quando precisar, só chamar. — Kirishima sorriu ao se despedir. — Mande um beijo pra sua mãe.

— Uhum, tá. — Kacchan fechou a porta, e Kirishima voltou para sua casa.

— Esse menino é tão educado, poderia aprender com ele! — Mitsuki gritou da cozinha.

Kacchan simplesmente revirou os olhos e voltou para seu quarto.

***

Alguns dias depois, Bakugou acordou assustado com sua mãe gritando pela casa. Levantou-se rapidamente, e mesmo de pijama e cabelo despenteado, desceu as escadas correndo até ver sua mãe gritando o nome do felino, desesperada.

— O que houve, mãe? — Kacchan perguntou.

— Ele sumiu, Katsuki!

— O gato sumiu? — perguntou o menino, chegando perto da mãe.

— Sumiu! Sumiu! — Mitsuki chorava desesperada na sala, e Kacchan se comoveu, apesar de não gostar do bicho, já estava se acostumando com ele.

— Eu vou tentar achá-lo pra você. — Ao ouvir aquilo saindo da boca de seu filho, Mitsuki abraçou-o, e Kacchan não soube como reagir.

— Eu não sei como te agradecer, filho.

— Tá bom, tá bom, agora me solta.

Bakugou saiu de casa e foi até a casa de Kirishima, chamou o amigo para ajudá-lo a ir em busca do gato de sua mãe. Procuraram por toda a cidade, reviraram os lixos da vizinhança, mas nenhum sinal do felino.

— Sabe qual é o foda disso tudo? — Bakugou perguntou para Kirishima.

Estavam sentados vendo o pôr-do-sol, já não sabiam mais o que fazer ou onde procurar pelo gato de Mitsuki. Kacchan não queria voltar para casa e lidar com sua mãe chorando a perda.

— Qual?

— Amanhã é Dia do Gato. Aí é que minha mãe vai abrir o berreiro mesmo de tanto chorar.

— Nossa, é amanhã,né? Eu havia me esquecido.

— Pois é, passar o dia do gato sem o gato dela…

— Espera — Kirishima interrompeu Kacchan. — Eu tive uma ideia. Não irá substituir, mas acho que ajuda.

Os dois levantaram-se, e Kirishima levou Bakugou até a loja de presentes que era de seu tio. Explicou o por que queria muito algo que simbolizasse um gato. O tio de Kirishima não fez perguntas, e trouxe para os meninos uma caixa preta, mostrando que nela havia um Maneki Neko.

— Essa é uma pequena escultura de porcelana do Gato da Sorte — ele falou.

— Gato da sorte? — Bakugou perguntou. — Que sorte isso traz?

— Dizem que é ótimo deixar esse gato virado para a entrada da casa, que atrai dinheiro, prosperidade…

— Acredito que sua mãe irá gostar — falou Kirishima, sorrindo.

— Pode ser! — Bakugou concordou, e o tio do seu amigo embrulhou o presente.

Ao chegar em casa, Katsuki e Kirishima encontraram Mitsuki chorando nos ombros de Masaru, pai do Kacchan. Ela estava muito triste ainda e soluçava de tanto chorar, mas ao ouvir a porta sendo aberta, olhou com esperança para os dois meninos.

— Olha, não encontramos o seu gato — Katsuki respondeu antes que ela perguntasse. — Mas eu te trouxe isso.

Kacchan entregou para sua mãe o presente, fazendo com que ela olhasse curiosa para o embrulho. Nunca havia ganhado um presente sem data de seu filho e estava realmente curiosa.

— Um presente? — perguntou desconfiada.

— É, pega logo. — Kacchan ficou vermelho sem perceber, e sua mãe pegou o presente. Ao abrir, com pressa, teve uma surpresa.

— Nossa, filho. — Mitsuki enxugou as lágrimas e olhou para seu filho, que não conseguia encará-la. — Um Maneki Neko, muito obrigada.

Assim que Mitsuki agradeceu a seu filho, pôde ouvir algo cair no chão. O barulho veio da janela, mas ninguém viu o que era. Entreolharam-se, e então Kacchan sentiu seu nariz coçar.

— Ah! Maldito! — gritou. — É ele.

— Ele quem? — perguntou sua mãe.

— Atchim! — Bakugou espirrou e explodiu o vaso que estava na mesa de centro da sala.

— Atchim! — Kirishima também espirrou, endurecendo o rosto, e Mitsuki não entendia o que estava acontecendo.

— Mas que merda é essa? — Mitsuki perguntou e escutou um miado. Olhava atentamente para os lados, mas não via o gato, até que sentiu algo em sua perna. — Oh, querido! — exclamou sorridente, colocando a pequena escultura de gato na mesa de centro da sala. — Você voltou!

— É, pelo visto esse gato dá sorte mesmo. — falou Masaru sorrindo junto com Kirishima.

— Atchim! — Kacchan espirrou novamente. — Ou azar, né.

— Precisamos de um nome pra ele — falou o pai.

— Para mim, não interessa o nome desse saco de pulgas, vou chamá-lo de Maldito pra sempre.

Mitsuki deu um cascudo em Katsuki, fazendo com que todos rissem da cara de raiva do Bakugou mais novo.

— Atchim! — outro espirro. — Ah! Maldito gato do inferno!


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos:
??” A Daeho pela betagem maravilhosa
??” A Akemicchin pela capa incrível



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