Koi wa muzukashii escrita por Kagura May


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Desde Bel começa a hibernar, Mammo e Ira resolvem ficar com os humanos durante algum tempo para relaxar um pouco da vida dos crimes. Estava ocorrendo tudo como deveria até o inesperado acontecer, Ira se apaixonar por Rikka.



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Se passou um ano desde a luta entre as Precures e os Jikochus. A cidade vem sendo calma, ainda mais com a ajuda das novas heroínas que estão ajudando com alguns problemas mais sérios quando necessário. Ninguém ouviu mais falar dos vilões, todos sumirão ou é o que os cidadãos esperam.

Mammo encheu sua xícara de café logo após o dia trabalhoso que acaba de ter e foi se sentar a mesa acompanhada de uma criança entediada, perdida em seus pensamentos ou melhor dizendo, pensando em sua mais nova paixão, Hishikawa Rikka. Sua tonalidade vermelha no seu rosto foi muito fácil de notar pela Jikochu e, possivelmente, muito irritante e tolerável já que é a primeira vez que Ira se apaixona com tanta intensidade por alguém.

 

— Pensando nela?

 

Sua companheira manteve o sorriso malicioso em seu rosto na busca de irritá-lo como todos o fazem. Não é difícil notar os sentimentos que Ira possuí por ela, apenas a mesma que ainda não os percebeu. Talvez tenha se acostumado a suas mudanças de comportamentos para um garoto meigo e fofo para rabugento e mentiroso. E também, pode ter se acostumado já que conheceu um pouco de cada um de seus lados antes de conviver com ele.

 

— Me deixa em paz.

 

Resmungou.

Por mais que Ira se sinta envergonhado e não goste dos comentários de seus amigos afirmando para Deus e todo mundo sobre sua paixão platônica, seu incomodo é maior. Não conseguiu sair do lugar a muito tempo e Rikka continua o enxergando como um amigo. Mesmo suas tentativas estão sendo todas em vão, principalmente por não conseguir dizer diretamente a ela os seus desejos de firmar algo mais.

Um longo suspiro foi jogado na mesa.

 

— Tenho que ir na casa da Rikka entregar algumas maquiagens. Você vem junto?

 

Propôs Mammo mostrando a ele a sacola que carrega da loja onde está a trabalhar. Talvez isso o ajudasse a avançar com sua relação e trará menos problemas para ela já que está como responsável por seus ensinos e cuidados de acordo com a escola. Ira sabe disso. Caso não estivessem ali, a possibilidade de Mammo acabar com os dois é muito maior do que ajudá-lo realmente.

Ira concordou, se preparou psicologamente para enfrentá-la, pois dessa vez está disposto a ir a sua casa sem gaguejar ou entrar em seu modo Tsundere como aconteceu das ultimas vezes. Se for pra ir agora, terá que ter algum avanço mínimo, não? E dessa vez, está com Mammo. Pensando bem, ir com Mammo pode somente atrapalhar...

Talvez Rikka abra a porta, chame Mammo para dentro e ela recuse. Ou Mammo aceite, mas no final acabe forçando a barra para nos deixar sozinhos. O que falaram? O que normalmente conversam? Nem ele se lembra.

A campainha foi tocada acompanhada do breve cumprimento pelo interfone.

 

— Toma.

 

A sacola foi entregue, quase jogada, para cima de Ira que está completamente confuso. Ela não está simplesmente o dando isso para ir embora, está? Não demorou muito para fazê-lo, se afastando passo a passo sem nem olhar para trás, apenas acenando, com certeza, para Ira. Foi a vez dele de entrar em pânico. Seu rosto corou fortemente junto com as batidas em seu peito que aumentaram desregularmente. Queria fugir longe dali agora mesmo só pela ideia de estar sozinho com ela, mas seus pensamentos se resumem a xingamentos direcionados a Mammo e do quanto Rikka o esganará no próximo dia de aula se descobrir que a deixei no vácuo. Ele não tem outra opção além de esperar, jogar na sorte para ver o que vai acontecer.

O barulho da porta se abrindo ecoou lentamente. Uma engolida seca deu para acalmar o coração que acaba de parar. Tudo vai ficar bem, pelo menos, é o que deseja.

 

— Ira, onde está a Mammo?

— Teve um compromisso.

 

Foi a primeira desculpa que conseguiu dar a ela.

Como esperado, Ira evitou olha-la a qualquer custo. Somente entregou a sacola e ficou ali parado esperando alguma atitude vinda por ela. Algum convite para entrar ou uma despedida.

Mal ele sabia que Regina e Mana estão os observando há alguns segundos.

 

— Olha quem está aqui.

 

Ira deu um pulo e afastamento. Seu rosto queimou muito além das bochechas pelas expressões maliciosas das amigas de sua amada. A sensação de ser observado nesse momento constrangedor não foi nada agradável para ele, ainda mais que será o comentário da semana entre a roda de amigos.

 

— Não é nada disso!

 

Rikka tentou se explicar, mas nada convence a Mana por conhece-la melhor que ninguém.

A animação de Regina foi o que quebrou o clima, seus pedidos para entrar e comer os doces aos quais Mana foi chamada para recebê-los é o seu interesse. O romance dos dois não é importante e não é novidade nem para Mana, que não conseguiu evitar o sorriso largo por seu ship.

A conversa tomou um rumo diferente, para a sorte de Ira que continua a morrer de vergonha. Todos sentam no sofá menos Rikka que está a servir a todos com pedaços de bolos e suco de laranja. Mana observou seus movimentos e, por mais que sua curiosidade não permitisse, queria saber o porque de Ira estar presente sendo que a dona pediu para não convidar a mais ninguém além de Regina. Não é normal vindo de Rikka, ainda mais pela refeição que estão a fazer sem motivo algum.

Ao terminarem, Mana aproveitou para dar sua despedida junto com Regina para não atrapalhar os dois. Mal sabia ela que Ira ficou levando a louça para a pia e as lavando só para acabar com seu nervosismo enquanto Rikka acompanha as duas até o portão. 

Ao voltar para a cozinha, sua surpresa foi exposta quando notou que metade da louça foi lavada por ele.

 

 — E quem diria que o menino rebelde está lavando a louça.

 

Caçoou, feliz pela iniciativa dele de ajuda-la.

Rikka pegou um pano e começou a secar a louça. Ira está mudando cada dia mais para melhor, se tornando uma pessoa mais agradável e confiável. Quem imaginaria que encontraria-o ajudando a fazer algo tão simples como lavar a louça ou estudar? Nem ela acredita.

 

— Dá para parar de ficar pulando feito uma retardada, Hishikawa-san?

 

 Seu rosto foi de um enorme e largo sorriso para um bufo que acaba de soltar. Ela odeia quando o seu sobrenome é pronunciado por ele, parece sempre ser usado para zombar ou testar a sua paciência. Está acostumada quando pronomes são pronunciados para se referir a ela já que ele mesmo, nunca usou seu nome além do profissional de forma natural.

 

  — Só gosto de ver que você está se acostumando a nosso estilo de vida. E é para me chamar de Rikka. Ri-kka, entendeu?

 

Ira teve suas bochechas apertadas pela mesma. Sua proximidade e seu toque o fez lembrar, mais do que tudo, Rikka continua sendo a garota que cuidou dele quando estava com amnesia. A única diferença é sua calma. Será que antigamente ela o via como inimigo ou como um homem? Suas expressões eram de assustada ou envergonhada? Para ele, nada se encaixa.

Seus pulsos ele segurou para fazê-la parar de belisca-lo na bochecha, já está o machucando.

 

  — Tá, entendi... Rikka.

 

O coração de ambos se sincronizam mesmo sua velocidade aumentando. Rikka sabe o que esperar dessa reação e quer muito que o aconteça. Nunca imaginou que a brincadeira dela chegaria ao ponto de fazê-los se aproximarem nesse nível, ou talvez ela quem nunca esperou nenhuma atitude por parte dele.

Ira, por sua vez, não consegue suportar a sua frustração de não conseguir progredir com ela. Os seus olhares de acordo com tudo, seu estilo de vida, os seus comportamentos, tudo foi mudando e se adequando a vida que leva agora. Seu progresso é por entender, finalmente, o que ela quis mostrar o quão pode-se viver bem e que felicidade não é inútil ou incomodo.

 

  — Eu gosto de você.


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