As ações por amor sempre resultam em tragédia escrita por Luna


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Se passa mais ou menos no episódio 266 na luta do Ulquiorra e Ichigo, isso é um pouco antes do Ichigo chegar. A Orihime ainda tá naquela de achar que ninguém ia salvar ela... ficou obviamente bem diferente do original.



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Eram lágrimas difíceis de derramar, mas ela não se importava em deixar todas elas embaçarem sua vista. Afinal, o que ela veria em meio aquela escuridão? Estava sempre tudo tão escuro, não havia sol, apenas o calor permitia controlar o tempo e os dias que passavam cada vez mais lentos. Era uma eternidade ficar ali chorando, esperando algo que nem ela sabia o que era, nem se viria.

Ele era assim, vinha quando sentia vontade, penetrava o escuro e ficava em silêncio observando as lágrimas e o sofrimento, até se cansar e ir embora. Era doentio para ela ficar esperando sua melhor companhia; Uma respiração entre cortada, olhos claros e brilhantes que podiam ser vistos até de dentro daquele breu. O máximo que havia sentido fora o toque ousado em enrolar uma de suas madeixas enferrujadas.  

Por que ela esperava por ele? Onde estavam seus pensamentos sobre Ichigo? Parecia que ter sido apaixonada por ele fora a tanto tempo... Que Uryu, Rukia e Sado nunca havia realmente existido, que as batalhas no Seireitei foram peças mal pregadas de sua mente.

Mais lágrimas com um misto de ódio e confusão. Não se recordava mais do motivo de ter aceitado estar ali.

“Venha comigo” foi a frase que ouviu antes de sentir os olhos arderem com a repentina exposição a luz. Quando abriu os olhos novamente encarou a face com o rosto mais angelical que ela poderia ver pelo resto – do que ela acha que seria curta – de sua vida. A pele em tom nevado, os olhos verdes e vibrantes que emitiam uma luz especial juntos aos cabelos compridos e tão negros quanto a escuridão que Orihime se vira desde então.

Respirou e tentou limpar o rosto inchado e avermelhado com as mãos cobertas da luva de cetim. O que estava acontecendo? Sempre houve luz? Por que ela estava sempre no escuro então?

Ulquiorra estava com as mãos estendidas esperando com sua expressão vazia. Desta vez não fora como no mundo real, em que ela tentou salvar Sado da luta contra ele, desta vez ele trazia um olhar diferente, algo como uma nova chama. Aquelas que são capazes de se alastrar e queimar florestas inteiras.

Exitante ela segurou e se apoiou para levantar sentindo a firmeza e frieza daquelas mãos grandes. As pernas bambearam de inicio, fazia tempo que não se colocava em pé. A fraqueza do corpo foi denunciada quando sentiu que cairia, a mão livre de Ulquiorra ágil largou a espada e firmou sua cintura.  Ela engoliu a seco ao se ver tão próxima e tão vulnerável.

A pele queimou, mesmo com o toque frio Orihime sentiu a pele por onde ele tocava queimar...

Quando em pé ele largou sua cintura. O coração dela nunca pareceu bater tão forte, o corpo queria mais daquele toque e quase formigava implorando. Ela o encarou com medo esperando. Ulquiorra puxou algo das mãos e com mais um rastro de fogo passou as mãos do rosto empurrando a mecha de cabelo para um pouco acima da orelha, ali prendeu com algo. Algo que ela reconheceu somente pelo tamanho e espaço ocupado. A flor azul turquesa que ganhará do irmão.

“Você encontrou!” ela havia perdido a flor dentro daquele portal ou assim pensava.

“Quando eu mandar você correr, corra” eram poucas palavras, mas que deixavam sua mente zonza. Ele descia as mãos devagar em um rastro corriqueiro. Corriqueiro somente para ele, que tocava ali sempre que a observava dormir depois de horas de choro insessante. Para ela era como se ele estive prestes a mata-la.

“Por que está fazendo isso?”  ele parou os dedos esbranquiçados sobre o coração de Ohirime. Bem acima dos seios fartos apertados no vestido branco. Levantou o olhar do rastro que sua mão fazia para encara-la. Os olhos pidões e confusos davam cada vez mais certeza do que estava fazendo, ele se sacrificaria para entender, mesmo que ela nunca pudesse explicar.

“Por que se eu tivesse um coração, ele te amaria.”  Os olhos se arregalaram e ela sentiu novamente o corpo implorar por mais toque. Os lábios formigaram. Tudo piorou alguns trilhões de vezes quando ele se virou e disse baixinho: Confine, Murciélago.

Um portal foi aberto ao seu lado e dele se podia ver o quarto de Ichigo.  Olhou novamente para vê-lo de costas e viu majestosas asas pretas se abrirem.

“Corra” 

 


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