Reviravoltas do Amor escrita por barbaranatielly


Capítulo 3
Capítulo 3 - Costume


Notas iniciais do capítulo

oi galerinha, como estão vendo, nem demorei muito. Confesso que queria postar essa cap quinta, no dia que essa fic fez 1 ano de existência, mas não deu, porem hoje vale ainda, ne?
então, obrigada por estarem aqui. e feliz 1 ano de existência RDA aaaaaaa
boa leitura, nenes!

trilha sonora do cap (link da playlink na notas finais, caso queira ouvir as canções lendo. recomendo):

lauren daigle - look up child
jason polley - come away
colton avery - religion
dan bremnes - going together
lewis capaldi - someone you loved



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Comecei grava-lo outra vez, porém sutilmente e com grandes intenções, tentando atuar com perfeição, filmava o desconhecido e voltava a gravar o pessoal.

Seguindo o plano sem ninguém ter percebido minha real finalidade, na tela do meu celular exibia ele todo tímido, parecendo estar em um lugar que não queria e aquilo me incomodou, foi quando falei alto:

— Esse daí não dança não — zombei dele com a voz de deboche, brincando, mas ao mesmo tempo me achando intima o suficiente para fazer tal comentário.

O vendo dá legal com os dedos, gargalhei. Minha atenção foi tirada dele quando Malia me chamou para tirarmos uma selfie, andei um pouco, me posicionando para tal ato, porem antes, virei meu pescoço para chama-lo, gostaria que ele se enturmasse.

O mais alto olhou para mim, exibindo um não ao balançar a cabeça, com a face demostrando não gostar de sair em fotos. Respeitei e segui me expondo nas fotos.

Minutos foram correndo e todos começaram a se despedirem. E foi quando parei onde estava, pensei sobre aquela noite ser talvez a última vez que o veria, que talvez nunca mais teria a chance de o conhecer.

Me despedi de todos e só faltava ele, o qual se despedia de algumas pessoas também.

Quando me vi andando em direção aquele garoto de cabelos escuros, que o escuro tanto o tentava o esconder, quis correr assim que cheguei perto dele, no entanto, pensei: quem entra na chuva é para se molhar, certo?

— Então quer dizer que você também curte Lauren Daigle? — o indaguei simpaticamente, olhando bem pra ele, levantando meu pescoço, por conta da altura dele.

Ele respondeu um sim juntamente com um sorriso tímido, mas cheio de ternura, e me avistei perdida sem saber o caminho de volta.

Conversamos sobre Lauren, como a conhecemos, sobre algumas músicas e deixei claro sobre o quanto a amava, mesmo me empolgando demais ao expressar isso, o que me fazia pensar no quão aquilo não me incomodava.

Estava tão entusiasmada que cheguei a tocar umas duas vezes no braço dele ao explicar algumas coisas. Ria atoa, me sentia bem com ele.

Até naquele momento não sabia como era seu nome, tão pouco ele sabia o meu e estava tudo bem, me contentava só por estar conversando com o mesmo. Amava a sensação de estar dialogando com alguém que tinha algo em comum comigo.

O moreno seguia ainda olhando para o chão ao me dizer algo, no entanto, insistia em continuar me deixando boba ao admirar os sorrisos acanhados dele em quase toda final de frase que dizia.

Estávamos andando lentamente, pois o tempo passava e eu já estava indo embora. No entanto, parecia que o tempo havia estacionado com nós dois ali esquecendo do mundo ao redor. E eu desejei tanto ler os pensamentos dele.

E quando menos esperei, o mais alto chegou a conceder seus olhos a enxergar os meus, e pude reparar de pertinho o quão lindo eram seus olhos, mesmo com a escuridão sobre nós, tentei adivinhar ao certo que cor era aquela.

Desisti quando minha vergonha se juntou com a dele ao ouvirmos:

— Olha, quem viraram amiguinhos — minha mãe gritou, encarando ele e tocando em meu ombro ao se divertir com a minha cara. Ansiei desaparecer.

Eu e o desconhecido estávamos nos dedicando ao camuflarmos nossos constrangimentos com risadas, e naquele segundo pude ouvir risos de Scott e Allison, sabia que estavam se alegrando a minha custa. 

— Minha mãe é doida, liga para ela não. — expliquei ainda deixando meu riso se exibir. — Tá tudo bem.

Me confortando, me encarou de leve e também sorriu.

O sorriso dele era lindo.

O tempo havia se findado para nós dois, e eu tinha que ir.

Ouvindo a senhora Melissa Martin me gritar pelo meu apelido me chamando para ir logo, corri o abraçando rapidamente e dizendo o quanto gostei de tê-lo conhecido.

Escutando o mais alto dizer o mesmo, marchei em direção ao carro, captando minha mãe dar tchau para o mesmo.

Ia dar 4 da manhã quando minha família estava indo para casa dos McCall, íamos dormir lá e como era feriado, comer muito o dia inteiro era o objetivo. Afinal, o que o crente mais sabe fazer é comer.

Ainda dentro do carro desliguei meus ouvidos e liguei meus pensamentos, o quais estavam naquele garoto. Realmente amei ter o conhecido, e me lamentei por ter sido talvez nossa última conversa.

Pois não é todo dia que se encontra um cara bonito, crente, inteligente, charmoso, legal, fofo, bom filho e de bom gosto musical.

Chegando na casa de Alli, tive que suportar ela e meu irmão Scott dizendo que sentiu de longe um clima entre mim e o desconhecido, os chamando de loucos, rir alto das paranoias deles.

Convencendo eles disso, mandei mensagens para Jackson confessando a verdade, do quanto queria casar com aquele garoto que nem sabia o nome. 

Jack já estava acostumado com minhas paixões passageiras, no entanto, ele acabou gostando do moreno também quando mencionei que não era só nós dois que gostavam da Lauren.

O Argent era meu melhor amigo há mais de 4 anos, ele morava aqui em Beacon Hill, mas teve que se mudar para o México por conta da faculdade e trabalho.

Éramos unha e carne, e mesmo com a distância nada conseguia nos separar. Nos amávamos tanto. Ele era minha caixinha de segredos, meu abrigo.

Na cama da minha cunhada me localizava, juntamente com ela e com sua prima, Malia, e ali, trocamos muitas gargalhas e conselhos vendo o dia amanhecer lá fora. 

Amava estar com elas, eram minhas favoritas, minhas melhores. E deitada naquele colchão pude estar em paz, soube agradecer a Deus por aqueles momentos únicos, por ter elas na minha vida.

Acordamos tarde, feriado servia para isso também, certo?

A casa dos McCall não era distante de Beacon Hill, era uma fazenda linda e aconchegante. Visitar lá era sempre uma diversão, ainda mais quando mergulhávamos em um rio que tinha perto.

O dia foi marcado de barriga cheia, lábios trasbordando risadas, e de conversas e brincadeiras engraçadas. Fizemos valer a pena aquele feriado.

Cheguei na minha residência no final da tarde correndo para pôr meu celular para carregar, estava louca para ver todas as fotos que tirei.

Liguei meu computador alimentando minha curiosidade de saber quem tinha me enviado uma solicitação de amizade no facebook, notificação essa que recebi antes do meu aparelho móvel desligar por falta de bateria.

Assim que vi quem era não acreditei, era o desconhecido, o qual não é mais, pois se chamava Stiles Stilinski. Stiles, nome até que bonito, pensei.

Avaliando a foto do perfil, o manguei, e entendi o porquê de ele não gostar de aparecer em fotos. Sem demora, iniciei a exploração investigando suas publicações, seus amigos, suas fotos e nessa exploração descobri que o moreno era músico, e me encantei.

Parando a investigação por um instante, me toquei que ele poderia ter feito a mesma coisa que estava fazendo. Me perguntei como Stilinski achou meu perfil, e nem esperou um dia para isso, e conclui que não era só eu que estava afim. Entretanto, havia a possibilidade de eu estar me iludindo e ele só queira ser meu amigo.

Amigos. O que eu queria também, tinha medo de saber que o moreno cobiçava algo mais, não saberia como reagir, tão pouco como dar um não, pois era insegura demais para aceitar dar um sim.

Mas não podia esconder a animação que senti com simples fato dele chegar a pesquisar como era meu nome, e buscar isso no Facebook em menos 24h, o que me fazia crer que o mesmo não havia resistindo a minha beleza e nem a minha personalidade.  

Continuando a análise, principiei lendo suas informações pessoais, e foi naquele embalo que tomei um mini susto, me assombrando com a idade dele. Não dava para acreditar que aquele homem era um garoto de 16 anos.

Stiles era um adolescente, era 5 anos mais novo que eu e tinha a mesma idade que meu irmão Scott. Ao continuar considerando isso me deixava mais espantada, pois o mais alto parecia ser bem mais velho.

Despertei a lista dos meus crushs me dando conta que grande maioria eram novinhos, me repreendi ao mesmo tempo em que me questionava o porquê disso. No entanto, não havia mal algum ter uma quedinha por novinhos, certo?

Demorou alguns minutos para outro sobressalto me atingir e o motivo era ele, de novo, Stiles Stilinski. Me dando um oi, iniciou aquela conversa, a qual foi breve e sem nenhuma revelação.

Clicando no link do Instagram dele, que estava no perfil do Facebook, o segui e o não mais desconhecido, me seguiu de volta. Sondei o feed, era bem parado e o moreno me convenceu mais uma vez do quão era fechado, na dele.

As horas voaram, e na corrida meu celular finalmente havia carregado. Navegando meu Instagram, postei no stories o link do meu perfil, o qual pertencia a outra rede social, a qual eram de perguntas anônimas.

Recebendo notificações, vi que eram perguntas, respondi algumas, mas uma me chamou atenção e no mesmo instante soube que foi ele.

“Foi um prazer ter te conhecido”

Não sabia o que Stiles estava buscando, o que estava querendo de mim ou o que ele imaginava que eu fizesse depois de ter lido aquela pergunta em forma de confissão.

Só sabia que tudo aquilo me entusiasmada, me fazia ponderar a certeza que ele também queria ser meu amigo.

Terceira Pessoa – Tempo Presente

— E você sempre caidinho por mim, né, meu amor? — Lydia indagava e afirmava ao mesmo tempo, tocando no rosto pálido do homem da sua vida, esperando alguma palavra sair da boca dele.

A Martin acariciava aquela face com tanto carinho que seu peito doía, tudo nela doía, estar naquela sala de hospital fazia ela querer tirar a força aquela dor toda com uma faca.

Stiles Stilinski se encontrava há 1 mês em coma, um acidente de carro o havia deixado travado naquela maca. Porém, sua esposa seguia vivendo sem deixar de acreditar que um dia ele iria acordar, e tudo voltaria a estar bem como era antes.

Dando um beijo na bochecha do homem, permitiu algumas lagrimas aparecerem, as quais molharam o rosto dele. Ainda com o rosto perto do dele, fechou os olhos lembrando dos momentos que viveu com o moreno, fazendo querer berrar de tanta dor que sentia.

Tinha medo de perde-lo, tinha medo de perder a esperança de tê-lo de volta.  

— Meu Deus, me ajuda a suportar tudo isso. Não permita que meu amor se vá. Tem misericórdia de mim, Senhor. Eu confio em Ti e sei que Stiles irá acordar. Eu tenho fé. — suplicando a Deus, a ruiva orava com o coração cheio de dor, saudade e esperança.

Afastando seu rosto do dele, Lydia enxugou as gotas de seu choro da face de Stiles, respirando fundo, se repôs e voltou a sentar naquela cadeira que virou sua grande companheira nos últimos dias.

Pegando de volta seu caderno, voltou a escrever todos os momentos dela com seu amor, com o propósito de mostrar o início de tudo até ao ponto onde estão.

O costume do homem a levou estar a fazer isso, necessitava sentir ele novamente, mesmo que por meio de memórias, de palavras.

Ela escrevia e assim que terminava, lia tudo para ele, a Martin cria que seu esposo estava ouvindo tudo, cria que o mesmo efeito que aquela atitude fazia nela quando ele realizava, Stiles também sentia quando ela exercia o lugar dele, mesmo estando em um sono profundo.

Esperava Stilinski acordar logo para a ajudar lembrar dos detalhes, esperava saber dele se tudo que escrevia apresentava estar aprovado por ele.

Tinha que estar perfeito, pois desejava muito revelar e entregar aquela história de amor para os filhos, que ela e o seu marido ainda iriam ter.  

Aquele costume fofo não trouxe só a esperança dele acordar, mas a esperança de Lydia Martin conseguir ter um filho, mesmo a medicina ter dado a sentencia que não.

A ruiva entendia que o dono da cura era Jesus, e iria esperar o tempo que for para o milagre acontecer, na vida de seu amor, na vida dela. 


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Notas finais do capítulo

e ae, o que estão achando? me falem! qualquer coisa é só falar algo no cc

link da trilha sonora: https://open.spotify.com/playlist/6fDZSyty4Tnrl1rn5YZ497
playlist completa: https://open.spotify.com/playlist/5tDZJwfplp6U2G9PySJZLw



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