Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 23
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e desculpem a demora!!!



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— Me pergunto se as coisas tivessem acontecido diferentes em sua vida, se você iria atrás de suas filhas um dia! - bebeu mais um gole.

Aquela pergunta era como um tiro no peito dele e ele foi obrigado a sorver de deu vinho para molhar a garganta e sem tirar os olhos dos dela a respondeu.

— Você quer realmente a verdade? - ela elevou a sobrancelha e concordou com a cabeça. - A resposta para essa pergunta eu não sei e isso me envergonha muito! Eu não sei se iria atrás de vocês se tudo fosse diferente!

Estevão trabalhou com a verdade naquele momento e novamente o silêncio se fez música entre eles. Maria poderia esperar qualquer resposta, qualquer mentira mais ele estava ali dizendo àquela verdade que tanto magoava a ela e as suas meninas que se quer sabiam que ele era seu pai.

Naqueles minutos em que se mantinha em silêncio o analisando, Maria entendia o porquê de não confiar nele, de não dar o coração de suas meninas a ele, mas já era tarde de mais porque elas estavam completamente envolvidas por ele. Estevão era um maldito desgraçado que estava ali somente para suprir o vazio que sua antiga vida tinha deixado e o que era para ser um jantar leve, tinha se tornado naquele momento pesado.

— Você deveria ter vergonha do que diz! - por seu corpo percorreu a fúria que sentia.

— E eu tenho Maria! - foi sincero.

— Você acha que o que está fazendo com elas é certo? - se arrumou melhor na cadeira. - Acha que é certo ganhar o coração delas pra que amanhã quando resolva seus malditos problemas às deixe de lado novamente?

— Maria, eu...

— As minhas filhas não vão suprir o seu filho morto! - o cortou trincando os dentes. - Um filho não substitui o outro Estevão! - se alterou.

Estevão passou as mãos no cabelo sabendo que suas meninas jamais substituiriam seu pequeno, não tinha como comparar e ele não queria colocá-las naquela posição.

— Você tem noção do dano que vai causar a elas com seu maldito ego? - se tremia e os olhos se encheram de lágrimas. - Como pode ser tão desgraçado? - não queria mais saber de ouvir nada dele e se levantou para sumir dali.

— Maria, espera! - se levantou para ir atrás dela.

— Não temos mais nada para conversar! - seguia caminhando. - Isso é um erro! Um maldito erro!

Ele a segurou pelo braço e a fez parar ficando de frente para ele, Maria já não podia conter a raiva que tinha dentro de si e as lágrimas brotavam de seu rosto sem que ela quisesse mais ali estavam elas mostrando a ele todo o seu desespero. Estevão se sentiu um desgraçado naquele momento por vê-la chorar, mas ele estava mesmo disposto a estar na vida de suas filhas e redimir seus erros do passado ou pelo menos tentar e o primeiro a ser feito, era estar na vida de suas filhas.

— Eu não estou tentando colocá-las no lugar do meu filho. - falou depois daquele silêncio. - Eu disse e volto a repetir que eu não quero machucar elas e sim dar o meu melhor ou pelo menos tentar. Maria, eu não posso ser um Cretino a vida toda e magoar aquelas duas princesas que me deram vida novamente.

— Mais é o que vai fazer assim que conseguir o que quer! - falou com a voz embargada pelo choro.

— Não vai ser assim Maria e eu preciso que confie em mim! - a olhava nos olhos para que acreditasse. - Eu preciso que acredite em mim pelo menos uma vez na vida. Eu não vou e não posso fazer mal a minhas filhas e nem a você! - tocou o rosto dela.

Maria respirou pesado com o toque de sua mão e apenas esperou pelo que viria dali.

— Eu não posso fazer mais mal a única mulher que me amou de verdade! - podia sentir o latidos de seu coração. -  Eu não posso te fazer nenhum mal porque eu ainda te amo Maria!

Ele achou que aquele era o momento certo para beijá-la e assim o fez, seus lábios se tocaram e foi como se um choque percorresse o corpo de ambos e Maria não pensou apenas se deixou sentir naquele momento abrindo a boca para receber sua língua. Não pensaram em mais nada naquele momento ou se quer lembraram que estavam no meio do hotel protagonizando aquela cena que era olhada por todos que estavam ali e por quem chegava também.

Estevão sorveu dos lábios dela com todo o amor que tinha guardado todos aqueles anos e ela não foi indiferente as carícias que pareciam fazer reviver cada pedacinho de seu corpo e recordar como era bom ser tocada por quem se ama. Se tornaram um só e somente cessaram o beijo quando o ar faltou e ela então olhou para os lados se afastando dele e levou a mão aos lábios.

— Maria...

— Isso é um erro! - não o olhou e se virou caminhando para o elevador.

— Pelo menos podemos jantar?! - respirava fundo.

— Jante sozinho! - foi o único que respondeu antes de entrar no elevador e se encostar ao mesmo com os olhos fechados. - O que fez Maria?! - respirou fundo sentindo todo o seu corpo vibrar ao tê-lo sentido novamente.

Estevão olhou para algumas pessoas e sorriu recebendo a piedade de todos no olhar e ele voltou ao restaurante e pediu algo para comer, pediu também para que mandassem um belo prato para o quarto dela e também comida para as meninas e ali ficou tomando de seu vinho e da solidão que sempre o acompanhava. Ele sabia que tinha muito que provar para ela, mas aquele beijo tinha dado mais esperanças para ele que sorriu por um momento, ela ainda tinha o mesmo gosto nos lábios que o fascinava e ele estava disposto a tudo para ter a sua família ao seu lado.

Ele jantou e Maria também recebeu sua janta assim como a das meninas, ela esperou que suas pequenas despertasse para comer e ali ficou com elas até que o sono renderam a todos incluindo a Estevão que estava no quarto ao lado.

(...)

DIA SEGUINTE...

O dia começou cedo para Maria que apenas deixou as meninas com Estevão e saiu, não tomou café e seguiu diretamente para sua loja para resolver o que tinha pendente naquele dia, ela não queria ficar muito tempo fora por conta das filhas e depois do que tinha acontecido com Estevão, ela estava com os dois pés atrás com ele. Estevão ficou na cama até que as meninas acordaram um tanto manhosas querendo Maria e ele tratou de distraí-las até a hora do almoço.

Maria chegou próximo ao meio dia e subiu para o quarto, tomou um banho quente e depois foi em busca de suas princesas que a agarraram cheias de saudades e ela sorriu agarrada nelas.

— O que foi meus amores? - olhou para Estevão.

— Eu acordei e não te vi! - Manu falou toda manhosa. 

— Meu amor, a mamãe esta aqui agora! - a olhou e depois olhou para Estrela. - E você, meu amor, você está bem? - tocou ela no rosto. 

— Eu quero comer! 

Maria sorriu e a beijou muito assim como beijo Manu que queria somente colo, ela não falou com Estevão que se limitou apenas em ajudá-la com elas a descer para comer, Estevão caminhou com Estrela no colo e quando chegaram a entrada do prédio ele viu o que seus olhos tanto buscaram e sem pensar duas vezes largou Estrela no chão junto a Maria e correu em direção a Ana Rosa...


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