Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Eu vou te provar que posso ser pai delas!!! - ficou de pé e caminhou para a porta e dali se foi.

Era o começo de uma longa batalha, mas se ele quisesse mesmo colher os frutos precisava plantar e cuidar direito... Estevão tinha muito que aprender e mudar para que chegasse perto das filhas e Maria faria de tudo para que ele não chegasse perto de suas meninas se continuasse aquele homem egoísta que ela ainda conseguia sentir em sua mirada.

Ela ficou ali observando ele ir e em sua cabeça passavam várias maneira de resolver aquela questão, mas estar perto dele novamente não era uma delas... Maria se perdeu em seus pensamentos por mais alguns minutos até que sua secretaria veio a ela perguntando se estava tudo bem e ela assentiu saindo dali depois de agradecer a preocupação. Ela foi direto para a sala de seu pai e depois de bater ela entrou.

— Já terminou a reunião? - a olhou por cima do óculos enquanto segurava alguns papéis em sua mão.

Maria deu um longo suspiro e caminhou até ele que virou a cadeira já sabendo o que ela queria e ela como se fosse uma criança sentou em seu colo e deitou a cabeça em seu ombro sendo acariciada de imediato nas costas por ele que se preocupou. José era outro homem depois da volta da filha e aqueles chamegos que ela pedia vez ou outra quando estava nervosa ou não sabia o que fazer era a confiança mais gostosa que tinham um com o outro.

Ele amava poder mimar sua menina assim como as netas, elas eram tudo para ele e não gostava de sentir aquela angústia que a filha trazia sem nem mesmo contar o que de fato tinha acontecido.

— O que foi meu bebê? - brincou com um riso no rosto.

Ela deu um leve riso também e acariciou seu peito antes de dizer:

— Ele voltou... - sabia que o pai iria ficar furioso.

— Quem? - acariciou os cabelos dela dando um beijo.

— Estevão... - levantou a cabeça por fim e o olhou nos olhos. - Ele quer ver minhas filhas!!! - não escondia nada dele e nunca o faria.

José de imediato ficou rígido e o meio sorriso que estava em seu rosto sumiu dando lugar a raiva que tinha dele por abandonar sua filha grávida depois de tê-la feito sua amante por anos. Maria encolheu os ombros e suspirou mais uma vez querendo que ele desse uma solução para aquela situação que teriam que enfrentar dali em diante.

Ela sabia perfeitamente que Estevão tinha direito, mas somente em pensar ter que conviver com aquele covarde ela estremecia com medo, não por ela mais sim pelas filhas.

— E por que não me chamou? Eu queria ver a cara desse desgraçado e acertar as contas com ele!!! - ficou vermelho. - Mal nascido!!! - esbravejou.

Maria levantou no mesmo momento do colo dele e foi para o outro lado da sala com uma mão na testa e a outra na cintura.

— Justamente por isso que eu não o chamei! - girou em seus saltos e o olhou. - Ele acha que depois de todo esse tempo tem o direito de vir aqui e reivindicar a paternidade de minhas filhas? Acha que tem o direito de querer estar com elas?! - falou com raiva e medo ao mesmo tempo.

— Eu acabo com ele antes!!! - falou serio e ela negou com a cabeça.

— Papai, brigando não vai resolver nada!!! - suspirou. - Eu vou falar com os advogados pra ver como eles podem nos auxiliar, mas o senhor sabe que por lei ele pode estar com elas, mesmo não merecendo!!! - passou a mão nos cabelos.

Tinham se passado tantos anos e as filhas tinham sido somente dela e do pai que agora ter Estevão por perto era temeroso e ela sentia que não podia confiar e não podia mesmo já que ele tinha sido um completo covarde e ganancioso. Não iria deixar que suas meninas sofressem por ele, não iria mesmo.

— Então vamos conversar com eles agora mesmo!!! - quebrou aqueles segundos de silêncio e foi até Maria e os dois saíram da sala para ir ao advogado.

José não iria dar se quer uma chance a Estevão com suas netas. Disso ele tinha certeza...

(...)

LONGE DALI...

Estevão entrou em sua casa e deu um suspiro a solidão morava ali junto a ele e ele sentia tanto pesar por suas escolhas que nem conseguia distinguir qual doía mais, foram cinco anos de inferno dentro daquela casa e agora estava ali com a solidão colhendo o que plantou. Foi direto ao bar e pegou um copo com uísque e pensando por um momento sorriu ele tinha duas filhas com Maria, gêmeas que deveriam ser lindas como a mãe.

— Você é um completo idiota, Estevão!!! - disse para si mesmo e sorveu de seu copo.

Tinha tanto que se recriminar naqueles anos e o filho morto era o que mais doía, ele sabia que não estava indo procurar as filhas porque tinha perdido seu menino, mas sim porque tinha perdido tempo demais sendo um idiota. Ana Rosa também tinha contribuído nisso já que sempre ameaçava a integridade de Maria e mesmo que ela não soubesse que ela estava grávida tinha se mantido longe para proteger as duas.

Os pensamentos eram o seu maior inimigo naqueles momentos em que estava só e ele se perguntava tantas coisas que não podiam se enumerar naquele momento e em um suspiro se sentiu derrotado por si mesmo, tomou mais um gole e se colocou de pé para subir ao andar se cima, mas foi interrompido no meio do caminho pela campainha. Ele voltou e a abriu dando de cara com seu advogado.

— Pela cara são más notícias!!! - soltou a maçaneta e virou as costas voltando a sala e o advogado o seguiu.

— Pelo contrário... - disse com calma com aquela maneira dele ser.

— Então diga de uma vez!! - o encarou.

— A primeira coisa é que essa casa foi vendida!!! - Estevão levou as mãos ao bolso. - A segunda é que se você quiser com esse dinheiro pode reerguer a empresa!!! - sorriu de leve e esperou a reação dele.

— E arriscar que Ana Rosa volte e pegue o resto que me sobrou? - negou com a cabeça. - Primeiro temos que encontrá-la e fazer com que devolva o que é meu!!! - respirou pesado.

— Encontramos uma pista dela também!!! - sorriu mais.

— E por que não começou por aí? - falou arrogante. - Onde está?

— Las Vegas!!! - abriu sua pasta e entregou um envelope a ele.

— Maldita segue gastando todo meu dinheiro!!! - falou com ódio ficando vermelho. - Compre uma passagem para mim hoje mesmo!!!

O homem assentiu e de imediato pegou seu telefone e ligou para a companhia aérea. Estevão passou as mãos pelo cabelo enquanto bufava e respirando pesado sentenciou o fim de Ana Rosa e se assim não fosse ele sabia que estaria perdido e aí sim estaria em completa falência de sua empresa. Tudo foi resolvido ali entre os dois rapidamente e logo Estevão arrumou uma pequena mala e os dois partiram para o aeroporto.

No caminho Estevão ficou em completo silêncio e com seu celular em mãos começou a pesquisar a vida de Maria e não foi difícil para que conseguisse encontrar, buscou fotos dela para ver se encontrava alguma dela com as filhas, mas somente encontrou dela e do pai. Ele sorriu e leu a matéria que ali tinha e ficou feliz por ela ter conseguido crescer na vida.

Estevão sabia que Maria não era para ficar atrás de uma mesa sendo secretaria de alguém, ela tinha potencial para ser grande como estava sendo naqueles últimos anos. Abriu uma foto dela e a admirou com aquele belíssimo sorriso...

— Sempre bela... - deu um suspiro e Leonel que estava a seu lado o observou, mas nada falou mantendo a discrição.

Quando chegaram ao aeroporto não demorou muito para que eles embarcassem e Estevão respirou fundo e rezou a Deus para que desse tudo certo...


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