Risky Proposal escrita por SurvivorJauregui


Capítulo 14
Capitulo 14




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— E se eu me casar ou estiver com outra pessoa? Vai continuar mantendo esse contato comigo? 

O estômago de Thiago se contraiu.

 – Acho que este é um assunto o qual teremos que falar quando aconteça. - Contestou ele. 

 – O que eu realmente quero é que você desapareça, que vá para Buenos Aires e me deixe sozinha. - Disse ela violentamente, tanto que até achou que tinha exagerado. 

Thiago reprimiu a raiva que sentiu naquele momento.

 – Você acha que eu não sei? Não sou estúpido, Mar. Mas é isso, essas são minhas condições. Ou você as considera, ou não vai ter filho nenhum comigo. É só isso!

 Ela queria que o pai de seu filho fosse um homem de princípios, e o preço para conseguir isso estava claro. Ela teria o bebê trezentos e sessenta e cinco dias por ano. 

Uma vez ao ano não era tão frequente.

Mar se endireitou na cadeira para responder.

— Está bem, Thiago. Aceito suas condições. 

Thiago deixou seu café de lado, se colocou de pé e puxou as mãos de Mar, fazendo-a se levantar.

— Então podemos seguir adiante? Vai sair tudo bem, te dou a total certeza. 

Ele ia beijá-la novamente. Ela já tinha lhe dado sua palavra. 

Mar fechou os olhos e sentiu a insistência do novo beijo. Ele parecia querer ela apenas para si. E por que não? Ela já tinha lhe dado o direito para fazê-lo. 'Meu Deus... O que eu fiz?' Se perguntava. 

 – Relaxa. - Murmurou ele a centímetros de sua boca, roçando seus lábios. - Por que não vamos para o andar de cima? 

— Agora? 

— Por que não? 

— Eu... Pensei que faríamos isso no fim de semana. 

— Vou adiar meu voo até domingo a noite. Então teremos a partir de agora para começar. 

— Mas...

Ele levantou a cabeça.

— Você quer ficar grávida ou não? 

— Sim, sim. Claro que sim. Acho que eu imaginava estar em seu hotel, nada mais. 

— Essa casa parece o centro da sua vida. Onde seria melhor que aqui? 

Aquela casa era o lugar onde ela se relaxava. O lugar onde descansava das exigências de seu trabalho. 

— Não gosta que eu esteja aqui. É isso, não? – Thiago disse de repente. 

— É verdade. Nunca trouxe ninguém pra essa casa.

— Você está assustada... - Sussurrou ele. 

— Assustada? Sim, óbvio. Mesmo com tudo isso, você continua sendo um desconhecido para mim, Thiago. 

— Então vamos fazer algo para solucionar isso. Porque fazer amor com alguém é uma das melhores maneiras de se conhecer. 

Se seu propósito era tranquilizá-la, não havia escolhido a melhor forma para fazê-lo. Ela não queria revelar seus segredos a um homem como Thiago. 

Tinha que fazer amor com ele ou renunciar todo o plano que tinha criado, e ela tinha plena convicção disso, porque nunca mais teria coragem o suficiente para se deixar amar alguém novamente. Nem a Thiago, nem a qualquer outro homem. 

— Não deveríamos deixar o fogo aceso. - Disse Mar. 

— Não tem perigo. - Contestou ele, agarrando-a pela mão para subir as escadas até o andar de cima. - Mar, pode ser que não estejamos apaixonados, mas eu me importo muito com você, e pode ter certeza que vou fazer tudo que for possível para que isso seja algo bom pra você. Não precisa ter medo. 

Ele parecia um homem bem sensível, mas ela sabia que não era assim. 

— Meu quarto é a primeira porta depois das escadas. 

Ela tomou a dianteira. O quarto era pintado em tons claros e alegres. Os móveis eram feitos de madeira antiga e a colcha parecia ser feita à mão. Sobre a mesinha do canto tinha uma planta.

— Seu quarto se parece contigo. - Disse ele, sentando-se na cama para tirar suas meias. 

Mar se direcionou ao outro lado da cama. Não sabia o que fazer porque não estava usando meias, nem nada além daquele vestido. E não podia tirá-lo agora!

Thiago colocou suas meias em uma cadeira que estava alí perto, logo a camisa, e depois começou a tirar o cinto, mas o silêncio do quarto o deteve. Alçou o olhar. A mulher que estava a sua frente parecia uma estátua. Era incapaz de se mover. 

— Vamos deitar. 

Mar não disse nada quando Thiago a ajudou a se deitar, mas era evidente a resistência que colocava no ato. Ele a envolveu com seus braços para tranquilizá-la. Respirou o aroma de seu cabelo, sentiu o contato com os seios  cobertos pelo vestido da mulher, e disse a si mesmo: 

'Thiago, não a assuste. Só não deixe ela assustada!'

E fez todo o possível para resistir à excitação que sua beleza e aproximação o provocava. 

Ela estava tensa. Ele acariciava sua cintura calmamente, logo seus ombros tensos, e seguiu por sua coluna até seu quadril. A beijava suavemente, eram beijos pequenos que tratavam de fazê-la perder o medo, como se ela fosse um filhotinho desconfiado o qual ele tinha que ganhar confiança. 

As mãos de Mar, que estavam sobre o peito dele como um nó, logo foram se soltando lentamente, como rosas abertas pelo calor do sol. Ele a beijou na bochecha, e notava que ela estava cada vez mais relaxada e com a respiração mais pesada. O corpo da mulher foi se encaixando no de Thiago sem que ela percebesse. Ele já conseguia sentir seu desejo, mas se conformou em acariciar suas mechas castanhas. 

— Quando eu tinha doze anos, adotei um cachorrinho. O pelo dele era da mesma cor que seu cabelo. – Dizia ele na tentativa de tornar o ambiente mais leve. 

Então contou em voz baixa como tinha o encontrado, e a beijava durante o relato, uma e outra vez. 

Ela o escutava atentamente. De repente sentiu as mãos do homem passar por debaixo do pano que a cobria, e não pôde resistir ao prazer que ele lhe provocava. Ele desejava tirar seu vestido naquele momento, deixar de contar a história e demonstrar com seu corpo o quanto a desejava... Decidiu continuar com a carícia, aumentando a velocidade, mais e mais. 

— Thiago... – Murmurou Mar em um gemido baixo.

Ele a beijou. Sua língua abriu espaço entre os dentes dela. Thiago dizia a si mesmo para ir devagar, mas finalmente notou que ela também o beijava. Era um beijo tímido, um beijo que calmo que mostrava que ela estava deixando o receio de lado. Se não soubesse que ela já tinha sido casada, a julgaria como uma mulher sem muita experiência vivida. 

Seria por isso que ela estava imunizada contra o amor? 

 

Continua...


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