OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 34
Capítulo XXXIII - Poison


Notas iniciais do capítulo

Boa tardee. Muito obrigada Derek Stefan, Jace Jane, Carol Marque e Peh M Barton por comentarem ♥

Espero que gostem. Bjs *.*



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O caos estava formado no tribunal. Pessoas fugiam do local, com medo de serem atacadas e feridas. Duas ilusões de Loki, no centro da sala, com as aparências do deus e do homem-aranha estavam mantendo parte dos agentes e policiais ocupados. Todos pensavam que eles realmente estavam ali, e ainda não haviam percebido a farsa. Enquanto isso, um outro grupo de homens procurava pelos corredores pela verdadeira Evie. A notícia já havia se espalhado por todo o prédio - a prisioneira havia escapado. E, quem tentasse ajudá-la, seria considerado traidor.

Mary agarrou uma arma e a engatilhou. A morena saiu da sala e se escondeu em um dos corredores, com seu corpo rente à parede creme. Ela olhou para todos os lado, segurando o revólver para cima, com suas duas mãos, na altura do ombro. Mary controlou sua respiração, para ficar em mais silêncio que fosse possível. Ela contou mentalmente os segundos e escutou passos se aproximando. Eram três pessoas, ela sabia. Seu treinamento na S.H.I.E.L.D foi eficaz, Mary sabia que eram três homens apenas pela forma de pisar. A morena guardou sua arma rapidamente. Quando viu os três policiais virando em seu corredor, ela imediatamente se preparou, esticando uma de suas pernas com uma ginasta profissional. O movimento foi rápido e no tempo certo. Os três homens não tiveram tempo de perceber a sua perna, e tropeçaram, caindo um por cima do outro. Mary recolheu a perna rapidamente, fingindo surpresa.

— Ah, meu Deus! Desculpa. - Ela fingiu estar arrependida. - Eu não os vi passando. - Mary ofereceu a mão a um deles, com a desculpa de querer ajudá-lo a se levantar. Com suas mãos se tocaram, Mary liberou uma quantidade considerável de eletricidade de seu corpo, fazendo o corpo do homem de debater por causa do choque. Antes que os outros dois pudessem reagir, ela repetiu a ação, apagando-os. O choque não foi o suficiente para matá-los, mas, sem dúvida, ficariam desacordados por um bom tempo. - Oops! Eu sou tão desastrada. - Falou consigo mesma, contendo um sorriso malicioso.

Mary pulou pelos corpos desacordados dos três, tendo cuidado para não pisá-los com seu salto fino. Ela seguiu em frente, fingindo não ter visto nada. A morena seguiu em frente em passos largos e elegantes e virou à direita em um outro corredor, dando de cara com Natasha.

— Mary! - Exclamou. Ela estava a procurando. - Preciso que venha comigo! - Pediu. Mary sorriu.

— Vamos apagar alguns policiais e agentes? - Perguntou despreocupada. - Vamos ser consideradas traidoras se os impedirmos de encontrar a Evie. - Comentou enquanto analisava o esmalte da unha. A ruiva arqueou uma sobrancelha.

— Impedir? - Natasha fingiu não entender. - Não vamos fazer isso. Jamais. Trabalhamos para a S.H.I.E.L.D.  - Mary franziu o cenho, confusa. - Mas, vamos dificultar o trabalho deles um pouquinho. - A morena sorriu. - Precisamos encontrar a Evie antes que os outros a encontrem. - E as duas seguiram juntas pelo corredor.

 

***

O laboratório do dr. Banner não era tão longe assim do tribunal. Mas, não era perto o suficiente para ir à pé, sendo praticamente arrastado. No entanto, Nerfi não se importou nem um pouco em praticamente arrastar Banner pelas ruas da cidade, com ilusões em suas aparências para que ninguém pudesse reconhecê-los. Bruce não teve tempo de protestar ou tentar entender o que estava acontecendo. Quando os dois adentraram na sala de seu laboratório, que estava vazio, Nerfi trouxe as aparências dos dois de volta, fazendo o médico respirar aliviado. Seu alívio se foi novamente quando ele viu o garoto improvisando uma cama cirúrgica e aparelhos para um suposto paciente apressadamente. Nerfi não deu nem uma palavra sequer, enquanto arrumava tudo.

— Pode me explicar o que está acontecendo? - Bruce franziu o cenho. Nerfi não parou de fazer o que estava fazendo.

— Acho que não vai querer saber. - Deduziu.

— Acho que eu preciso saber.

Nerfi deu um longo suspiro e finalmente o encarou.

— Eu vou resumir para você. Meu pai achou uma fórmula para o vírus da Evie e, nesse exato momento, eles devem estar à caminho daqui.

Bruce franziu a testa.

— Vocês sequestraram uma prisioneira? - Perguntou pasmo.

— Eu não sequestrei ninguém. - Defendeu-se. - Eu estou bem aqui, não está vendo? - Nerfi voltou sua atenção para a engenhoca médica que estava preparando. Uma batida forte na porta fez os dois pararem. Os dois se entreolharam, tensos, e Nerfi arrancou um revólver da cintura e se aproximou da porta em passos lentos. - Faça silêncio. - Cochichou para dr. Banner, que fechou a cara numa expressão de puro pavor.

— Onde arranjou uma arma? - Cochichou ainda pasmo.

— Sério, você não vai querer saber! - Sorriu. Nerfi abriu a porta de uma vez só, com a arma apontada para frente. Ele respirou aliviado quando viu que era Peter com sua irmã e mais uma garota e guardou a arma novamente. - Entrem! - Pediu. Os três obedeceram imediatamente e Nerfi trancou a porta. - Alguém viu vocês? - Peter negou com a cabeça. Ele ajudou Evie a deitar-se na cama cirúrgica improvisada. Ela estava quase inconsciente. Seu corpo tremia um pouco e estava à beira do delírio, respirando com dificuldade. Nerfi encarou Peter, sério. - Mas que merda, Peter! - Esbravejou irritado. - O que aconteceu?

— O óbvio. - Cruzou os braços, preocupado. - Essa fuga deixou ela mais fraca. - Ele encarou o dr. Banner. - Precisamos da sua ajuda, dr. Banner! - Ele entregou o caderno vermelho ao homem, que franziu o cenho. - A fórmula está aí. Eu não sei o que é. Não identifiquei as substâncias, apesar delas me parecerem familiares.

Gwen abraçou seus braços, apenas observando. Não sabia o que fazer ali. Bruce leu o que estava escrito no caderno e um vinco de preocupação se formou em sua testa.

— E então? - Perguntou Peter ansioso. Bruce balançou a cabeça.

— Também não conheço. - Respondeu por fim. Nerfi bufou, impaciente. - Quero dizer, pela formação química, parece alguma espécie de… - Ele ajeitou o óculos em seu nariz. - Veneno?

Todos franziram o cenho, enquanto Evie se encolhia na cama, sentindo espasmos de dor em seu corpo.

— Eu posso ver? - Gwen falou pela primeira vez desde que entrara naquela sala. Bruce passou o caderno para ela imediatamente. Ela leu a fórmula sob os olhares curiosos dos outros e seus lábios se entreabriram de surpresa. - Eu conheço essa fórmula. - Anunciou.

— Você conhece? - Peter perguntou surpreso. Ela assentiu, séria.

— Eu lembro bem dessa fórmula de quando eu trabalhava na Oscorp. - Explicou.

— E o que é? - Nerfi a encarou.

— A Oscorp tinha um projeto com aranhas modificadas. - Contou. Peter arregalou os olhos, quase em choque. Ele conhecia essas aranhas muito bem. - Eu lembro. Tenho certeza. Essa fórmula é do veneno extraído das aranhas modificadas da Oscorp. - Peter passou uma mão pelo rosto.

— Mas a S.H.I.E.L.D interditou a Oscorp. - Bruce respondeu. - É impossível ter acesso ao prédio e aos experimentos.

— Sem isso, não tem como matar o vírus da Evie! - Nerfi deu um longo suspiro, controlando suas emoções.

— Há um jeito. - Disse Gwen baixinho, chamando a atenção de todos novamente. - Nem todas as aranhas estão com a S.H.I.E.L.D. - Acrescentou cautelosamente. - Eu tenho uma. Viva. Guardada. - Confessou. Peter franziu o cenho, desconfiado.

— E por que você tem uma aranha guardada com você, Gwen? - Perguntou pausadamente. Ela o encarou. Gwen deu longo suspiro. Ela tinha um segredo. Segredo esse que não fazia sentido ela continuar guardando. Ela deu um longo suspiro, até que decidiu falar.

— Porque eu fui picada por uma. E peguei outra para estudar.

Bruce e Nerfi se entreolharam.

— Você… - Peter abriu a boca, atônito.

— Eu sou a mulher-aranha, Peter!

O garoto quase caiu no chão, em choque. Peter nunca imaginara que Gwen era a mulher-aranha. Sua amiga. Alguém que ele via quase todos os dias. Como ele nunca tinha pensado nisso? Em sua mente, tudo parecia fazer mais sentido agora.

— Espera aí - Bruce franziu o cenho. - Tem um homem-aranha e uma mulher-aranha? - Ele estava incrédulo. - O que está acontecendo com o mundo?

Peter respirou fundo antes de falar.

— Preciso contar que eu…

— Você é o homem-aranha? - Gwen interrompeu. Peter piscou rápido, ainda mais surpreso. - Eu sei! - Deu de ombros.

— Co-como você sabe?

— É meio óbvio, né? - Ela deu um sorriso fraco. -  Vocês dois nunca estão no mesmo lugar ao mesmo tempo. Naquela operação da S.H.I.E.L.D, na Oscorp, você sumiu e ele apareceu, e ainda discutindo com a Evie. - Continuou. - E a voz é a mesma.

Ah! — Respondeu sem jeito. Nerfi revirou os olhos.

— Ah, desculpa atrapalhar o momento fofo de revelação dos insetos aranha. - Disse debochadamente. - Mas, caso não tenham reparado, a minha irmã está morrendo! - Completou impaciente. Peter e Gwen se entreolharam.

— Vou buscar a aranha. - Respondeu decidida.

 

***

Meia-hora. Exatamente meia-hora depois de sair, Gwen retornou com um pequeno vidro e a aranha modificada. Ela tinha ido o mais rápido que pôde. A mesa de cirurgia improvisada já estava pronta, e Evie estava ligada à aparelhos que mediam seus batimentos cardíacos. Ela estava ainda mais fraca e havia perdido a total consciência. Sua testa suava frio e seu coração estava acelerado, fazendo a máquina apitar freneticamente. Banner não esperou mais e extraiu uma grande quantidade de veneno da aranha, colocando-o numa seringa esterilizada. Ele fez algumas pequenas anotações e testes rápidos antes de decidir se aquilo realmente faria efeito sobre o vírus. Eles não tinham muito tempo. Ou Evie não aguentaria, ou alguém da S.H.I.E.L.D poderia os encontrar ali. Até então, Loki e os outros não haviam dado sinal de vida. Eles estavam por conta própria.

Peter não parava de andar de um lado para o outro, tenso.

— Então, depois de colocar o veneno no corpo da Evie, ela vai virar tipo uma mulher-aranha também? - Perguntou. Bruce balançou a cabeça.

— É provável que não. - Respondeu sem tirar a atenção de suas anotações. - Quando a aranha picou você e a Gwen, vocês estavam saudáveis. Tudo o que o veneno teve que fazer foi mutar o corpo de vocês. - Explicou. - No caso da Evie, ele vai ter que entrar na corrente sanguínea e matar o vírus como um remédio. - Simplificou. - Além disso, o metabolismo dela é diferente do humanos comuns. Não é fácil para um organismo como o dela sofrer mutações. - Bruce parou sua fala e bufou.

— O que foi? - Nerfi aproximou-se do médico. Banner suspirou. Ele havia acabado de terminar seus cálculos e não tinha uma boa expressão. Peter e Gwen também aproximaram-se.

— Eu tenho que ser honesto. - Respondeu baixo. - Isso é uma espécie de veneno. Creio que vocês imaginem como um veneno age no corpo de alguém. - Peter franziu o cenho. - Uma vez que ele estiver na circulação sanguínea da Evie, a frequência cardíaca dela vai aumentar em um nível que eu não posso controlar.

— O que quer dizer?

— Pode levar horas ou minutos para o veneno fazer efeito e acabar com o vírus. - Bruce suspirou e fitou Evie. - Não sei se ela vai aguentar. O corpo dela está fraco e o coração…

— A Evie vai aguentar! - Disse Peter decidido, completamente tomado pela emoção. - Sei que vai. Ela é forte. Vai resistir. - Repetiu mais para si mesmo do que para os outros.

— Como médico, não posso assumir esta responsabilidade sem ter certeza que o responsável dela aprove. - Ele encolheu os ombros. - Preciso ter certeza. É uma decisão difícil, que precisa ser pensada com calma. A Evie pode morrer no mesmo instante que o veneno entrar no organismo dela.

— Não temos tempo, dr. Banner! - Rebateu Nerfi, impaciente. O garoto respirou fundo, até que tomou sua decisão. A decisão mais difícil de toda a sua vida.  - Eu assumo a responsabilidade.

— Não pode assumir a responsabilidade pela vida da sua irmã.

— Claro que posso. - Deu de ombros. - Tenho feito isso a minha vida inteira. - Nerfi agarrou a seringa que estava apoiada numa bandeja em cima da mesa e seguiu direto até Evie. Ninguém tentou o impedir. Estavam em choque.

— Nerfi, não faça isso. - Bruce alertou. O garoto suspirou, encarando a irmã desacordada. Ele encarou a seringa em suas mãos por um breve momento. Precisava fazer isso. Não tinha outra saída.

— Vê se não morre, está bem? - Murmurou baixinho. Em um movimento só, Nerfi injetou o veneno na veia da mão direita de Evie. Estava feito.


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