Last Chance escrita por Rayanne Reis


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.

Teremos alguns flashbacks ao longo da fic e eles estarão em itálico para diferenciar do presente.

Espero que gostem do capítulo.



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—Oi. - Edward foi até Rosalie, queria notícias sobre Bella, mas não queria incomodar os pais dela. Apesar de Renée ter sido gentil com ele, os dois evitavam falavam com ele. - Como ela está?

—Como o Jason falou, eles conseguiram retirar a bala, mas têm muito inchaço no cérebro, então eles a colocaram em coma.

—E quando ela vai acordar?

—Esperamos que quando o inchaço diminuir, mas não quero te dar falsas esperanças. Pode ser que ela não acorde, que demore meses ou anos ou até mesmo que tenha algumas sequelas quando acordar. Ela está em boas mãos e eles farão de tudo para que ela acorde, mas depende muito do paciente também.

—O que posso fazer?

—Cuide da nossa pequena, ela vai precisar de um dos pais.

—Pode me manter atualizado?

—É claro. E pode contar comigo para o que precisar. Aqui está a chave do apartamento da Bella. - Estendeu a mão trêmula. – Renée disse que você iria ficar lá.

—Não sei se consigo fazer isso. Ela tem que acordar logo. Não posso cuidar sozinho da Aurora.

—Sua família não vai te ajudar?

—Acredito que sim, mas eles não vão ficar 24 horas ao meu lado e ela é minha responsabilidade. - Rosalie colocou as mãos no ombro dele.

—É normal ter medo, mas vai fazer um bom trabalho. Você não está sozinho. Pode me ligar a qualquer hora e eu vou correndo.

—Muito obrigado, Rosalie. A Bella disse que você era uma boa amiga e você realmente é.

—Preciso te perguntar algo e quero que seja sincero, por favor. - Pediu e ele respirou fundo. Já imaginava o que ela perguntaria e não poderia ser sincero com ela, ou eles jamais o deixariam chegar perto da filha. - O Charlie acha que você é culpado pelo que aconteceu a Bella. Eu o defendi e disse que você não tinha nada a ver com isso. Estou enganada quanto a você?

—Eu não atirei nela, se é isso o que está perguntando. Eu daria a minha vida para que isso não tivesse acontecido a ela. Se eu colocar as mãos em quem fiz isso, eu mato a pessoa.

—E eu te ajudo. Meu namorado é do FBI e está investigando. Vamos pegar quem fez isso.

—Por que me defendeu? - Ele não a conhecia, mas mesmo assim o tratava com gentileza e como se fossem amigos.

—Não acho que uma pessoa que fez a minha amiga tão feliz seria capaz de machucá-la.

—Ela te contou sobre a viagem?

—Somos confidentes. - Rosalie fungou segurando as lágrimas. - Ela é minha melhor amiga e quero muito que ela acorde logo. Você mudou a vida dela, Edward. Ela voltou completamente diferente dessa viagem.

 

[...]

 

—Não precisava ter vindo me buscar. - As duas abraçaram como se não se vissem há anos.

—A última vez que te vi estava saindo correndo e chorando. Precisava ver se estava bem, e é claro, saber como foi a sua “lua de mel” antes de todo mundo.

—Até parece que eu contaria para mais alguém. Depois dos últimas acontecimentos, só confio em você e nos meus pais. E certamente não contaria a eles o que aconteceu.

—Por falar nos seus pais, eles estão bravos com você.

—Comigo? - Bella pegou uma mala e Rosalie a outra.

—O que tem nessa mala, o seu bonitão? - Perguntou puxando com dificuldade.

—Comprei algumas lembrancinhas. - Bella explicou trocando de lugar com ela, a outra mala estava mais leve. - Não falo com os meus pais desde o jantar, mas vi as mensagens raivosas deles.

—Seu pai disse que eu deveria ter te impedido de viajar com um estranho e foi por pouco que ele não foi atrás de você.

—Ele não tem passaporte. Disse que não tinha intenção de sair do país, nunca. - Bella sorriu aliviada.

—Eles estavam preocupados com a sua segurança, mas os tranquilizei dizendo que pesquei sobre a vida do cara e que ele não era nenhum criminoso.

—E você pesquisou?

—Tentei stalkear nas redes sociais, mas não achei nada. Ele é bem misterioso.

—E como é.

—Então, vai me fazer esperar até chegarmos ao seu apartamento para contar sobre a viagem?

—Posso dizer que foi bem interessante e melhor do que teria sido a minha lua de mel de verdade.

—Não é para menos. Você estava acompanhada de um deus grego e não daquele traste. Fale mais. - Pediu impaciente por maiores informações. - Conte-me tudo e inclua todos os detalhes picantes.

—A Grécia é maravilhosa.

—Eu sei, assisti Mamma Mia e Falando Grego, sei tudo sobre lá. - Revirou os olhos e a ajudou a colocar as malas no carro. - Você sabe bem do que estou falando e está me enrolando. - As duas entraram no carro, mas Rosalie não deu a partida.

—O que você quer saber? Que foi a melhor viagem da minha vida ou que me sinto mais viva do que nunca?

—Nossa. Tudo isso é?

—Sim. - Bella suspirou. - Sinto que estou diferente. Mais ousada, corajosa, determinada e mais bonita.

—Você está mesmo. Sua pele está incrível. E como é o bonitão?

—Ele tem uma pose de bad boy. E o engraçado é que nunca me senti atraída por esse tipo, mas com ele foi diferente. Desde o primeiro momento senti algo por ele. Uma atração enorme. Achei que fosse porque ele é muito bonito e o oposto do Traste, mas não. Ele finge que não se importa, quando na verdade ele é super atencioso e gentil. Ele esconde algo e torço para que um dia ele encontre o amor.

—Então ele não era um psicopata ou maníaco?

—Se ele é nunca saberei. Nosso acordo era de passar quinze dias juntos e depois cada um seguiria com a sua vida, sem mais contatos. - A expressão dela mudou para tristeza.

—Parece que você não ficou muito satisfeita com isso. - Rosalie observou segurando a mão da amiga.

—Nenhum pouco. Eu aceitei o acordo, mas não imaginei que me apaixonaria por ele. Eu sou uma tola mesmo, não sou?

—Não, você não é. Aposto que ele também ficou apaixonado. As fotos de vocês eram tão fofas.

—Isso é passado. Aproveitamos muitoooo, mas acabou.

—Pode me contar com detalhes o que significa esse muitoooo. - Pediu rindo e ligou o carro.

 

[...]

 

—Ela que mudou a minha vida. Foram duas semanas incríveis e agora me deu o melhor presente que um homem poderia receber. Nunca achei que isso fosse possível, mas o amor que eu sinto pela minha filha vai além de tudo o que já senti. Eu acabei de vê-la e não consigo mais imaginar a minha vida sem ela. Só que ao mesmo tempo não sei o que fazer. Ela é tão frágil e eu não sei nada sobre bebês.

—Posso conversar com a Renée e o Charlie, eles podem ficam com ela até tudo se ajeitar.

—Não. – Edward balançou a cabeça. – Ela é minha filha e tenho que ficar com ela. Prometi isso a Bella. Vocês não precisam se preocupar com nada. Quando posso leva-la para casa?

—Ela deve ficar por mais uns dois dias, só por garantia mesmo. Ela é muito saudável, mas como nasceu um pouco antes do tempo e foi um parto de emergência, ela precisa de cuidados. Vão ficar mesmo no apartamento da Bella?

—Acho que vai ser melhor. Eu nem tenho um apartamento aqui.

—Você não é daqui? – Rosalie estava curiosa para saber mais sobre ele.

—Eu sou, mas trabalho viajando. Quando estava na cidade ficava na casa dos meus pais ou em um hotel.

—Se precisar de alguma coisa é só me ligar. Vá descansar um pouco.

—Estou bem. Quero ficar de olho na minha filha.

—Vá descansar. Você está um caco. – Apontou para a camisa dele suja de sangue e para os cabelos desgrenhados. – Aurora está sendo bem cuidada e vai precisar de você inteiro para ficar com ela.

—Obrigado, Rosalie. Eu volto amanhã bem cedo. Me ligue se algo mudar.

—Pode deixar e obrigada por estar aqui por elas.

Edward levantou e caminhou para fora do hospital. A vida dele havia dado um giro completo e ele não sabia o que fazer. Teria que ir atrás dos Volturi e cuidar da filha. Ele não era ingênuo a ponto de achar que Bella recuperaria tão rápido. Já tinha sido um milagre ela sobreviver a cirurgia e dificilmente sairia dessa sem nenhuma sequela. Ele teria que ficar com a filha pelo tempo que fosse necessário. Não poderia deixá-la sem nenhum dos pais.

Colocou o endereço do apartamento de Bella no GPS e dirigiu sem prestar atenção no caminho. Os pensamentos dele estavam fora de ordem e tudo o que ele queria era tomar um banho e descansar um pouco. Rosalie estava certa, ele precisaria estar inteiro para cuidar da filha.

Entrou no apartamento e se sentiu em casa. Tudo nele lembrava Bella, o local era bem colorido e exalava paz. Apesar de ser pequeno era bem confortável. Tinha dois quartos e um quartinho minúsculo que deveria ser o escritório de Bella. O quarto da filha era maravilhoso. Bella havia realmente pensado em todos os detalhes.  O quarto era rosa e com vários ursinhos espalhados. Edward mal conseguiu conter a emoção. Aurora seria muito feliz e amada, isso ele garantiria, nem que fosse a última coisa que faria na vida.

 

[...]

 

Edward entrou com a filha no apartamento. Até então estava tudo indo bem. Ele conseguiu montar a cadeirinha no carro e ela dormia tranquilamente. Todos que encontraram com eles pelo caminho admiraram Aurora e ficaram muito tristes por saber o que aconteceu a Bella. Ela deveria ser muito querida pelos vizinhos, assim como era pelos colegas de trabalho. Todos desejaram boa sorte a ele e deram várias dicas. A cabeça dele estava cheia de informações e ele não sabia o que fazer com elas. Precisaria da ajuda de alguém que o conhecesse bem. E só conseguia pensar em uma pessoa. Colocou a filha no berço e pegou o celular.

—Olha se não é o ser que eu chamo de irmão me ligando.

—Oi para você também Alice. - Estava envergonhado por ligar para ela. Não era justo envolvê-la naquela situação, mas não via outra solução. - Como está?

—Agora quer saber como estou? - Gritou e ele afastou um pouco o telefone.

—Sinto muito por ter perdido o seu casamento…

—Que tipo de irmão perde o casamento da única irmã? – Ele saiu do quarto para não acordar a filha.

—Eu sou um péssimo irmão, Alice. E sinto muito mesmo. Você merecia algo melhor.

—Quando te ver vou socar a sua cara. - Ameaçou e ele riu. Por mais que vivesse ausente, a família sempre o recebia de braços abertos.

—Poderá realizar o seu sonho dentro de poucos minutos. Está livre agora?

—Não me diga que está na cidade. - Ela soltou um gritinho. Estava brava com o irmão, mas o amor que sentia por ele era maior.

—Vou ficar por um tempo. Pode anotar um endereço e vir me encontrar?

—Sempre, Edward. Depois de te socar vou te esmagar com um abraço.

—Sinto tanta falta de você. - Sussurrou e ela secou uma lágrima.

—Não suma mais. Seja lá o segredo que guarda, podemos dar um jeito.

—Vejo você em breve, irmãzinha.

Edward não sabia como a família reagiria ao saberem sobre Aurora, mas torcia para que eles a recebessem bem e o ajudasse. Se sentia bem egoísta por estar procurando a família apenas porque precisava de ajuda. Não os via a mais de um ano. Perdeu o casamento da irmã, Natal, ação de graças, aniversários e todas as datas importantes... Não sabia como eles ainda falavam com ele.

—Sua tia está quase chegando. - Entrou no quarto e retirou a filha do berço. - Ela vai me ensinar como trocar a sua fralda, aguenta só mais um pouco, filha. – Ela choramingou abrindo os olhos. – Oi minha princesinha linda. Quer conhecer a sua tia e os seus avós? Eles vão te amar muito. Olha que lindo o seu quarto. – Deu um giro mostrando tudo para ela. – Sua mãe caprichou bastante. Opa. – Ela começou a remexer e a chorar. – Calma filha. – Começou a balança-la, mas não surgia efeito nenhum, ela continuava a chorar, cada vez mais alto. – Está com fome? É a sua fralda? Está com dor? – Ele já estava entrando em desespero quando a campainha soou. – Deve ser a sua tia, já volto. – A colocou no berço e correu até a porta.

—Edward! – Alice se jogou nos braços no irmão e o abraçou bem forte. – Seu idiota, não sabe como me deixou preocupada. Custa ligar pelo menos uma vez por mês? – Afastou e deu um soco no ombro dele. – Se eu não te amasse tanto, te odiaria.

—Eu sinto muito Alice. – Voltou a abraça-la. – Muito obrigado por ter vindo e eu te amo irmãzinha. – Ela levou as mãos ao coração.

—Você falando que ama alguém? Não pode ser o meu irmão.

—Aconteceu uma coisa que mudou a minha vida. Entre. – Deu passagem e ela o seguiu até o quarto. – Conheça a Aurora, sua sobrinha. – Alice parou ao lado do berço e ficou admirando a sobrinha.  Os médicos disseram que poderia trazê-la para casa, mas não faço a mínima ideia do que fazer. Ela não para de chorar. Me deram um pouco de leite, eles doam no hospital. - Ele falava sem parar e ela passou por ele e pegou o pequeno embrulho no colo.

—Ela é muito linda e perfeita. - Deu um beijo na testa dela. - Nunca te imaginei sendo pai. Oh meu amorzinho, a titia vai cuidar de você. - Sussurrou e franziu o nariz ao sentir um odor. - Acho que sei o porquê ela está chorando. Precisa trocar a fralda. Você tem alguma?

—Acho que sim. - Pegou a bolsa de cima da cômoda e abriu em busca de fralda e lenços. - A mãe dela tinha tudo pronto, mas eu não tenho nada. - Entregou os objetos para a irmã. - Obrigado, Alice. Está me salvando.

—Fiquei surpresa quando me ligou. Tem andado tão sumido e nem contou que ia ser pai. - O repreendeu, mas a atenção dela estava no bebê que a encarava com curiosidade.

—Eu sei. - Esticou para ver o que ela estava fazendo, precisava aprender, já que ele seria o responsável por trocar as próximas fraldas. - Meu trabalho é complicado e não quero colocar vocês em perigo.

—A mesma conversa fiada de sempre. - Resmungou pegando a sobrinha no colo. - Agora vamos alimentar essa princesinha linda. Vem vou te ensinar a preparar. - Ele a seguiu até a cozinha. - Posso perguntar quem é a mãe dela e onde ela está? - o irmão era tão reservado e falava tão pouco sobre a vida pessoal dele. Passava semanas sem falar com a família e quando falava era tão rápido que conseguiam poucas informações sobre o que ele estava fazendo. Por isso foi tão difícil para ela acreditar quando viu o bebê chorando. Achou que fosse algum tipo de brincadeira, o que não era do feitio dele.

—É muito complicado, Alice. - Precisava ser cuidadoso, não queria que a família descobrisse o segredo dele. - A mãe dela está em coma e não sei se vai sair dessa. Como vou criar uma criança?

—Edward, pode contar comigo e com a mamãe. Ficaríamos felizes em ajudar você. Posso ficar com ela até você ajeitar as coisas. - Alice era recém-casada e ainda não tinha filhos.

—Não. - Pegou a filha no colo para que a irmã pudesse preparar o leite. - Eu agradeço muito, mas prometi a Bella que ficaria com ela e é isso que vou fazer. Só preciso que me ensine a ser um pai. - Ela gargalhou.

—Posso te ensinar a cuidar de um bebê, mas não a ser pai. Vai ter que aprender sozinho. - Sorriu em solidariedade. - Agora pode me dizer como isso aconteceu?

—É uma longa história… - Edward suspirou e ajeitou o bebê no colo.


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Notas finais do capítulo

Edward pisou bastante na bola com a família, mas foi só para tentar protegê-los. Eles não sabem a verdade sobre ele, mas ele vai contar para um membro da família e vocês saberão a história dele por completo.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.