Last Chance escrita por Rayanne Reis


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
Estou com problemas na internet, então resolvi postar enquanto ainda tenho conexão.

Aurora está com 3 anos.



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—Félix! - Edward o cumprimentou como se fossem velhos amigos, enquanto que Félix procurou pela arma, mas para o desespero dele, Edward a segurava apontada para ele. - Senta aí. - Indicou com a arma a cadeira de frente para ele. - Vamos bater um papo enquanto decido exatamente como vou te matar.

—Achei que fosse mais inteligente. - Félix permaneceu de pé. - Meus homens estão lá fora e você não vai conseguir sair daqui.

—Ah é? Que homens? Os cinco que estão apagados nesse momento?

—Você os matou? - Ele começou a temer pela vida dele. Ouviu boatos sobre Edward, mas não imaginava que ele fosse tão competente assim.

—É claro que não. Que tipo de monstro acha que sou? Agora sou um homem de família e jurei que as únicas pessoas que iria matar seriam os integrantes da máfia dos Volturi. Agora que sei o significado de família, posso dizer que vocês não são uma. - Mirou no joelho. - Agora sente antes que eu puxe o gatilho.

—Você não vai… Merda! - Félix se contorceu de dor ao ser acertado no joelho.

—Não seja um chorão. Senta aí. - Ordenou e dessa vez foi atendido. - Tente não desmaiar.

—Me mate logo. - Pediu pressionando as mãos no joelho ferido.

—E qual seria a diversão? Matar o seu irmão já foi rápido demais. Quero vê-lo sofrer um pouquinho.

—Como vai a Felícia? - Provocou e Edward sorriu.

—Acha mesmo que registraria a minha filha com esse nome?

—E qual é o nome dela?

—Você não é digno de pronunciar o nome dela. - Balançou a arma. - Quero que conte por que envolveu a Bella nessa história. Seu problema é comigo e não como ela.

—Foi a forma mais fácil que achei de te encontrar. Sabe como ela é, abre o bico fácil e no mesmo dia em que nos conhecemos ela já estava contando tudo sobre o pai da filha dela. Era só uma questão de tempo até você aparecer. Enquanto isso poderia me divertir um pouco com ela. Escolheu bem, Cullen. - Edward levantou e desferiu um soco no nariz dele.

— Não ouse falar dela.

—Não precisa ficar com ciúmes. Ela é toda sua agora. Ah não, ela está quase morta, não está? - Já que iria morrer, Félix queria morrer de cabeça erguida.

—Ela vai acordar e vai viver muitos e muitos anos feliz e ao lado da filha. Já você, vai morrer sozinho. Mas não se preocupe, vai encontrar o seu bando todo no inferno. A próxima vai ser a sua irmãzinha. Aposto que o seu pai vai ficar muito feliz ao vê-la por lá. Peça a Jane para explicar a ele o porquê me pediu para matá-lo.

—O quê? - A dor de Félix foi esquecida por uns instantes e a surpresa o dominou. - Jane não teve nada a ver com isso. Ela amava o nosso pai.

—Amava é? Seu pai abusava dela e quando ela engravidou, decidiu fazer aquilo parar. E eu fiz o serviço para ela com o maior prazer. Embora tenha me arrependido por vocês terem entrado na minha vida.

—Você está mentindo. Meu pai seria incapaz de fazer isso. Jane era filha dele.

—Não vou discutir essa questão. Poderá perguntar pessoalmente a ele daqui uns minutinhos.

—Você é um mentiroso e deveria de ter matado a sua mulher e filha. - Edward atirou mais uma vez nele, dessa vez no braço. Félix urrou de dor.

—Nunca mais fale das duas. - O alertou puxando os cabelos dele para que olhasse nos olhos de Edward. - Bella é uma boa pessoa e não merecia isso. Você não tinha o direito de ter entrado na vida dela. Era para ter vindo atrás de mim, como um homem de verdade, mas você foi covarde e nem teve a coragem de fazer o serviço com as próprias mãos.

—Você mexeu com a minha família, eu só dei o troco. - Félix mal conseguia falar, ele sentia a inconsciência o envolver.

—Fique acordado. - Edward o sacudiu. - Nossa conversa ainda não acabou. Como conseguiu me encontrar? - Gritou tentando fazê-lo ficar acordado.

—Só me mate logo. - Choramingou.

—Não, Félix. Quero que você sofra o tanto que estou sofrendo. Você machucou uma pessoa inocente e isso eu não vou perdoar. Última chance, como me encontrou? - Edward precisava daquela informação para saber se outras pessoas poderiam descobrir a identidade dele.

—Não te chamam de Fênix? Você não é o melhor? Descubra sozinho. - Cuspiu nos pés dele.

—Se é assim que você quer, é assim que vai ser. Vamos nos divertir bastante. - Edward virou e abriu a maleta. Dar uma morte rápida a ele seria muito fácil. Queria que ele sofresse e morresse lentamente. - Que tal começarmos com isso? - Ligou a furadeira e Félix berrou.

[...]

—Princesinha. – Edward ergueu a filha e a encheu de beijos.

—Senti sua falta. – Ela fez um bico e o abraçou bem forte.

—Também sentia a sua falta meu anjo. Como foi a festa? – Renée ainda estava com visitas em casa e mal teve tempo para contar algo a ele, apenas se despediu da neta e entregou as coisas dela para ele.

—Foi legal. – Balançou as pernas na cadeirinha, assim que ele a colocou lá e prendeu o cinto. - Tinha muita gente e todo mundo ficou falando da mamãe.

—É mesmo? – Ele a olhou pelo retrovisor central e ela balançou a cabeça concordando. Ele não estava surpreso com aquilo. Provavelmente a maior parte dos Swan só estavam ali para saber das últimas notícias de Bella. Ele sentiu alguns olhares desconfiados lançados em direção a ele quando foi buscar Aurora, mas ainda bem que Renée foi rápida o suficiente e ele permaneceu por pouco tempo e só uma senhora teve a oportunidade de perguntar se ele era o namorado de Bella e pai da criança. Ele respondeu sim para os dois. Não queria ter que dar maiores explicações e nem ouvir julgamentos.

—Comi bastante. – Ergueu um pouco da blusa para mostrar o tamanho da barriga.

—Vai ter que comer só alface pelos próximos dias. – A provocou e ela cruzou os braços, indignada, e igualzinha a mãe dela.

—Não vou não, papai. Quero sorvete.

—Aposto que a vovó já te deu bastante sorvete. – Aproveitou que parou em um sinal vermelho e virou para ver a cara dela.

—Só um pouquinho, papai. – Fez um bico e ele riu.

—Sei... – Voltou para o lugar. – Outro dia tomamos sorvete. Hoje já está tarde e você precisa tomar um banho e ir dormir. – Como se esperando uma deixa, ela bocejou bem alto. – Brincou muito, meu anjo? – Perguntou tentando mantê-la acordada. Não queria que ela pegasse no sono, pois depois ficaria com dó de acordá-la e ela teria que dormir sem tomar banho.

—Sim. Tinha muitas crianças. – Falou animada e um pouco mais desperta.

—Que ótimo. Amanhã vamos almoçar na casa do vovô e da vovó e vai poder brincar com o seu primo. – Ela soltou um gritinho de animação. O filho de Alice tinha seis meses, mas isso não impedia os dois de brincarem.

[...]

—Está pronto, papai. - Edward guardou o celular na hora, não queria chegar atrasado para o chá da tarde. A última vez em que isso aconteceu ele foi penalizado e só pode tomar uma xícara de chá.

A hora do chá da tarde tinha muitas regras e ele ainda não compreendia muito bem todas, mas se esforçava muito para ser um bom convidado, principalmente, agora que ele foi promovido a Sir. Edward.

Um dia ele levaria a filha a Inglaterra, ela gostava muito de ver filmes sobre princesas e ficou surpresa quando o pai lhe contou que lá existiam princesas, príncipes e rainha. Ele também falou sobre outros países em que ainda havia monarquia, mas a Inglaterra conquistou o coração da garota.

—Boa tarde, senhor, senhora e senhorita. - Ele fez uma reverência a cada um dos convidados. O que incluía, a princesa Aurora, madame Liz (a boneca favorita de Aurora) e o conde Fofura (o urso marrom).

—Sir, Edward, seja bem vindo. - Na hora do chá eles precisavam ser formais. E essa era a primeira regra.

—Muito obrigado, princesa Aurora. - Como não cabia na cadeirinha, ele tinha que sentar em cima de uma almofada e manter a postura reta.

—Chá preto ou normal? - Perguntou pegando o bule e despejando o conteúdo na xícara dele.

—Chá preto, por favor.

—Só tem normal. - Nunca tinha chá preto, mas ela oferecia mesmo assim. Edward encarou o líquido com aspecto estranho. O chá era de verdade, mas por ser feito com água fria, já que a filha não poderia mexer com água quente e nem o deixava preparar o chá, o gosto era horrível.

—Está uma delícia. - Ele conteve uma careta e bebeu apenas um pouco, pois de acordo com as regras de etiquetas, o chá deveria ser tomado em pequenos goles e nunca de uma vez só. Aurora o encarava e ele se perguntou o que teria feito de errado dessa vez.

—Sua tiara. - Apontou e só então ele se lembrou de colocar a tiara. No chá da tarde todos usavam tiaras, meninos ou meninas.

—Peço perdão, princesa Aurora. - Ele colocou a tiara rapidamente, pelo menos não se esqueceu da capa dessa vez.

—Sir, Edward, tem que vestir direito para o chá. - O repreendeu e ele fingiu estar arrependido.

—Peço desculpas mais uma vez, princesa Aurora. São muitas regras e eu sou um cavalheiro há pouco tempo.

—Tudo bem. - Ela colocou a mão sobre a dele. - Eu vou te ensinar tudo. - Garantiu e ele sorriu. Ela realmente o ensinava tudo. O ensinou a ser um pai, a ser paciente e cuidadoso. A respeitar mais os pais e a amar incondicionalmente. Cada dia ao lado dela era um aprendizado diferente e ele amava aprender.

—Vossa Alteza é muito generosa com seu humilde servo. - Ela deu uma risadinha.

—Aceita um biscoito? - Pelo menos os cookies eram comestíveis. Eles compravam especialmente para os chás da tarde. - Pode pegar mais um, o conde Fofura está de regime. - Edward não quis ser deselegante, mas o conde realmente precisava de uma dieta urgente, o terno dele estava muito apertado. Talvez fosse hora de comprar roupinhas novas.

—E a madame Liz?

—Ela só vai comer um. Vai viajar hoje e não pode perder o avião.

—Oh, não sabia dessa viagem. Qual o seu destino, madame Liz? - Virou-se para a boneca. Aurora não gostava quando ele não conversava com os convidados.

—Ela vai visitar a família na Inglaterra.

—Faça uma boa viagem, madame Liz. E o conde Fofura?

—Ele vai ficar aqui. - Falou triste e Edward se perguntou se aquela história sobre viagem tinha algum significado oculto.

—Princesa Aurora, gostaria de viajar um dia? - Os olhos dela arregalaram como se não acreditasse no que o pai perguntou. Eles nunca viajaram.

—Eu quero. - Declarou sorrindo e ele pensou que poderia levá-la a Disney. É claro, lá seria o lugar perfeito. Cheio de princesas e príncipes. Poderia fazer o próximo aniversário dela lá.

—Seu desejo é uma ordem. Prometo que em breve faremos uma viagem e você vai se divertir bastante.

—Obrigada, papai. - Deixando a etiqueta de lado, ela se jogou nos braços dele e o abraçou.

—Tudo para te deixar feliz, minha princesinha. - Beijou os cabelos dela.

—Aqui. - entregou outro cookie a ele. - Madame Liz não precisa, eles dão comida no avião.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Deu para ver o lado perigoso do Edward e também o lado fofo dele.

Depois de ler alguns comentários e mensagens, decidi informar quando a Bella irá acordar. Será no capítulo 24. Sei que para alguns vai parecer muito tempo e podem decidir que não vale a pena continuar acompanhando. Gostaria muito que continuassem lendo, mas respeitarei quem optar por não o fazer. Desde que comecei a escrever a fic já tinha em mente quanto tempo a Bella ficaria em coma. É triste ela perder tanto da vida da filha, mas foi uma decisão criativa e não posso alterar agora porque os capítulos já estão prontos.
Espero que entendam e que deem uma chance a fic.

Bjs e até mais.