Carta para você escrita por Carol McGarrett


Capítulo 101
Noiva Neurótica


Notas iniciais do capítulo

Nem preciso introduzir esse capítulo, né? Fiquem com Kelly e seu surto pré-casamento.
E com uma pequena surpresa no final!
Espero que gostem, agora entramos em uma fase casamento... separem seus vestidos, seus sapatos de salto, arrumem o cabelo e façam uma maquiagem... o casório de Kelly está chegando!!
Boa leitura!!



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Duas semanas haviam se passado desde a explosão e a morte de Benoit. Sobre a primeira, não teve uma única pessoa no prédio que não tenha ficado sabendo, já a segunda era um segredo muito bem guardado entre Jethro e eu.

Tony voltou ao trabalho exatamente quinze dias depois de dar entrada no hospital, e como Ziva bem tinha previsto, estava fazendo uso da sua recente hospitalização para delegar a ela e a Tim tudo o que o mandavam fazer. Era possível ouvi-lo dizer que não podia pegar nada pesado ou não podia sair para correr atrás de bandidos, porque ainda não estava liberado pelos médicos, desde minha sala. E cada vez que ele fazia uma careta ou fingia uma cara de coitado eu queria rir, DiNozzo era realmente um palhaço e posso dizer que as duas semanas sem ele dentro do Estaleiro não foram a mesma coisa, apesar do número de fofocas ter diminuído drasticamente.

Outro ponto interessante foi a proximidade entre Ziva e Tony. Se antes todos tinha uma certa desconfiança de que os dois andaram violando a regra #12, agora todo mundo tinha certeza. Principalmente depois que Ziva veio trabalhar usando uma das camisas de Tony, quando ele ainda estava de licença. E, não foi outra pessoa a notar tal deslize do que Sophie.

A ruivinha estava aproveitando que algumas de suas aulas já estavam de férias de verão e apareceu no NCIS para nos visitar. Quando chegou, Jethro, Tim e Ziva estavam fora em uma cena de crime. Assim, ela fez seu caminho direto para a minha sala. Ficou lá, sentada no sofá lendo um de seus livros, tudo bem que em uma posição nada convencional, já que ela estava de ponta-cabeça.

— Vai acabar por passar mal, sentada assim. – Avisei.

Ela nem se mexeu.

— Quer virar morcego? – Perguntei já incomodada com o fato de que ela estava dependurada no sofá.

— A senhora tem que se decidir, mamãe, ou eu sou um morcego ou eu sou um bicho-preguiça. – Ela soltou.

— Sophie, sente-se direito.

Muito a contragosto ela se sentou direito e continuou a sua leitura.

É claro que a presença dela não ficaria incógnita por muito tempo, logo meu telefone tocou, era Abby, que pedia que a Jibblet fosse lhe fazer companhia lá no subsolo.

— Se precisar, Jenny, eu mesma a busco aí em cima! – E eu não sabia o que estava mais alto, a voz de Abby ou a música no fundo.

— Pode deixar que ela desce.

Sophie vendo que era o assunto da conversa, veio pulando e parou do meu lado, tombando a cabeça.

— Abby quer você lá no laboratório dela. – Avisei assim que desliguei o telefone e meu ouvido direito parou de apitar.

— Posso ficar lá um pouco?

— Claro que sim, só não se esqueça de que, assim que as provas chegarem, você não pode tocar em nada e vai subir imediatamente.

— Pode deixar, mamãe. – E ela correu para o sofá, guardou o livro depois saiu em disparada pela porta.

— E não corra dentro desse prédio! – Alertei, mas tenho certeza de que ela não me ouviu.

Voltei ao meu trabalho, certa de que Sophie ficaria bem... ou pelo menos de que Abby teria a responsabilidade de não inventar nenhuma fórmula louca que pudesse explodir o prédio ou a minha filha. Uma hora depois estava saindo do MTAC quando ouvi a conversa que deixou Ziva completamente desconsertada.

Sophie tinha se apossado da mesa de Tony, o que não era raro, pois ela fazia isso até quando ele estava aqui, e muito concentrada, encarava a tia emprestada. A feição de Ziva era tão incomum para ela, que eu parei para prestar atenção.

— Então, tia Ziva... – Minha filha começou. – Eu conheço essa camisa.

Voltei minha atenção para a roupa de Ziva, para mim não tinha nada de anormal ali, só que era um pouco larga demais, mas a israelense era conhecida por gostar de roupas confortáveis, não na moda, e pouco se importava com o que as pessoas diziam de suas escolhas.

Ziva olhou para a camisa azul que vestia e se concentrou com muito afinco na tela do computador. Notei que McGee estava mais interessado na teoria lançada por Sophie do que em trabalhar, e me perguntei onde estaria Jethro para por aquela turma nos eixos. Não precisei procurar muito, pois logo ele se materializou do meu lado.

— Ela está perturbando a Ziva desde o momento em que a viu. E Ziva está impassível. Não dá corda, mas também não encerra o assunto. – Ele me disse, se escorando no corrimão do meu lado e observando a filha tentar interrogar a oficial do Mossad.

— Sabe, tia. – Lógico que ela não iria desistir. – Eu nunca te vi vestindo azul... já te vi de preto, branco, um monte de cores que podem te camuflar nos lugares, mas nunca de azul... eu nem sabia que você gostava de azul.

Vimos McGee se esconder atrás de uma das telas de seu computador e rir.

— Não posso ter roupas novas? – Ziva, enfim, falava algo.

— Roupas novas, sim. Mas essa camisa não tem cara tem nova... como eu já te disse, eu já vi essa camisa...

— Então você já me viu usando azul, Pingo de Gente.

Sophie se levantou e se apoiou na mesa de Ziva, olhando bem nos olhos dela, disse, cheia de certeza:

— Eu vi o Tony usando essa camisa.

Eu acho que era a primeira vez que alguém pegava Ziva de surpresa, pois a famosa Ninja deu um pulo da cadeira e se afastou da mesa. E como eu conhecia minha filha muito bem, tinha certeza de que ela estava sorrindo inocentemente para a “tia”.

McGee quase se engasgou com a frase, Jethro do meu lado balançou a cabeça, o restante do andar tinha parado tudo o que estava fazendo para ver como Ziva sairia dessa saia-justa. E eu, eu estava torcendo para que Ziva assumisse logo que ela e Tony estavam juntos, aí Sophie pararia de ficar bolando planos e mais planos mirabolantes para unir o seu casal preferido.

— Você, Sophie. – Ziva começou. – Foi muito má influenciada por Tony, todo lugar que você olha, você vê uma teoria da constipação.

Conspiração, Tia. Conspiração. Só que essa camisa não é uma teoria da conspiração... – Sophie retrucou. E o silêncio no terceiro andar continuava.

— Que seja. Pode parar com isso! E volte a se sentar antes que o seu pai apareça e te mande para a sala da sua mãe.

Sophie fez o que Ziva lhe mandou, mas ao invés de ficar caladinha, se sentou e tirou o telefone do gancho.

— Vai brincar de secretaria, Pequena? – Tim perguntou, vendo o movimento de Sophie.

— Não, Tim, vou fazer uma ligação.

Jethro que já estava se encaminhando para a escada, parou e me perguntou para quem ela ligaria. 

— Kelly, talvez? - Dei de ombros, eu não fazia ideia!

— E vai ligar para quem? – McGee continuou a conversa.

Eu só vi um pedaço do sorriso travesso dela antes de se virar para o telefone e discar os números.

— Vai ver que é para a mãe. – Ziva disse.

Não demorou muito e escutamos:

— Oi Tony!! Como você está? Sim, sou eu, esperto!! Eu só tenho uma pergunta para te fazer...

Silêncio enquanto Tony respondia qualquer coisa.

— O que é? – Sophie continuou. – Por acaso tem uma camisa azul sumida do seu guarda-roupas?

Ziva deu um pulo e gritou:

— Não responda, Tony!

McGee olhava espantado para a audácia da minha filha. Jethro desceu as escadas correndo e antes que Sophie pudesse dizer alguma coisa, ele encerrou a ligação. Eu desci mais lentamente e parei no primeiro patamar da escada, às costas da ruiva.

— Agora você vai subir. – Jethro ordenou. Ela ia protestar, mas quando viu onde eu estava, só falou:

— Tudo bem, papai.

Ziva ainda estava em estado de choque e completamente vermelha.

— E todo o resto, voltem ao trabalho! – Ordenei enquanto esperava por Sophie.

Ela veio andando normalmente e parou do meu lado, só fiz menção para que ela subisse, o que ela fez sem reclamar. Chegando no meu escritório, Sophie se encaminhou para o sofá, pegou o seu livro e se ajeitou para voltar a ler.

— A mocinha não está achando que vai escapar dessa sem um castigo, está? – Inquiri, parada na sua frente.

— Eu não fiz...

— Sim, fez. Uma coisa é perguntar uma vez sobre a camisa, outra é se intrometer na vida particular da Ziva. Isso é muito feio, Sophie. Todos têm direito à privacidade e você violou isso. Se a Ziva quisesse te contar de quem era a camisa que ela está vestindo, ela te contaria. Não quero que tal atitude se repita, ouviu bem? E você vai se desculpar com Ziva, antes que o expediente acabe!

— Sim, mamãe. Isso não vai mais acontecer e eu vou me desculpar.

— Ótimo. E esse é o último aviso, mais uma dessas e estará de castigo por todo o verão!!

Ela assentiu e pegou o livro. Eu voltei para a minha mesa e estava concentrada em um dos relatórios quando Sophie engatinhou por baixo da minha mesa e se sentou no meu colo.

— Sabe o que o Tony me disse, mamãe?

Eu estava pronta para responder que não queria saber, mas ela não me deu chances.

— Que a camisa é mesmo dele!!! Eu te falei que antes do casamento da Kells eu juntava os dois! Eu consegui! – Falou com um enorme sorriso no rosto. – Agora meus três casais favoritos estão juntos.

Levantei uma sobrancelha para ela.

— Ora, Kells e Henry. Tony e Ziva e a senhora e o papai. – Me respondeu e se ajeitou no meu colo, como se fosse dormir.

E olhando para o alto da cabeça dela eu só pude me perguntar:

— O que eu vou fazer com ela, meu Deus?

—---------------------

 E a data que eu estava tanto ansiando e temendo tinha chegado! Não, ainda não era o casamento, era o jantar de ensaio.

Verdade seja dita, era, literalmente, o ensaio para o próximo final de semana pois, pela primeiríssima vez, nestes quase nove anos, eu teria toda a minha família e a família de Henry no mesmo espaço, ao redor de uma mesma mesa.

Sim, meu pai conhecia os pais de Henry. E as irmãs também.  Metade da família de Henry conhecia Sophie. O Senador e a Sra. Sanders sabiam sobre Jen.

Porém, jamais todos ficaram no mesmo cômodo. Isso sem contar a minha família estendida.... sim, Ducky, Abby, Tony, Tim, Jimmy e Ziva estariam presentes assim como o meu avô. E isso estava me tirando o sono.

Passei uma semana miserável na Academia. Estava há duas semanas de me formar. É, eu me casaria na semana que vem, na outra deixaria de ser cadete da Marinha e passaria a Sub-Oficial por conta da minha graduação e especialização. E, como eu tinha deixado para me casar praticamente já formada na Academia, foi conversado que eu teria sete dias de licença para a Lua de Mel, e mais quinze dias para me preparar para a minha primeira convocação. Ou seja, eu poderia ter uma Lua de Mel de quinze dias e ainda ficar uma semana em terra para me despedir da minha família. Acontece que eu pensei em tudo, menos na Lua de Mel... provavelmente eu ficaria em casa mesmo...

Falando em casa... o jantar seria na minha casa. É, minha casa. Isso soa tão estranho que eu tenho até dificuldades de falar.

Em uma semana eu seria uma mulher casada e teria a minha própria casa. E só de pensar nisso eu ficava enjoada, assim precisei parar o carro para poder respirar. O que era ridículo, porque eu escolhi a data, eu escolhi todos os detalhes e mesmo assim...

Eu daria tudo para voltar a ser criança e me esconder debaixo da cama, como eu fazia, crente que, se meu pai não me encontrasse, ele não iria partir para a sua última designação.

Meu pai.

Como conciliar o fato de que agora, oficialmente, eu estava deixando a casa dele? Sim, eu sei, eu saí de lá para ir para faculdade, mas eu voltei! Eu sei que passei boa parte dos últimos vinte e quatro meses entre Alexandria e Georgetown... mas eu nunca saí de verdade... Nunca tive a coragem de deixá-lo lá.

E nem sei como vai ser quando ele me levar até o altar... até Henry e, por mais antigo que o gesto seja, ver ele me entregando a Henry... eu tenho certeza de que não poderei olhar a expressão de seus olhos quando isso acontecer.

Tudo bem, ele vai ter a Jen do seu lado, e eu sei que ela vai fazer piada da cara dele, vai rir da sua expressão fechada, vai fazê-lo se sentir melhor quando eu disser “sim!”; e tem a pestinha da minha irmã também. Sophie ainda vai ficar do lado dele por muito tempo, ela só tem sete anos, ainda vai dar trabalho para ele... E tem a equipe, todos aqueles filhos adotivos que ele trouxe para a nossa vida, cada um com a sua particularidade, eles também não o deixarão só.

Só eu.

Por que viver é tão complicado?

Apoiei minha cabeça no volante, minha cabeça doía, meus olhos ardiam... nada era para ser assim, eu não precisava estar surtando desse jeito! Eu queria me casar! E não queria deixar meu pai só! Pensamentos conflitantes que só eu posso ter.

Por que eu sou tão complicada?

Estava para desistir de tudo e fugir, quem sabe virar dançarina em Las Vegas fosse melhor? Ou talvez eu pudesse ir para o México, e abrir uma barraca na praia... em outro país, com um clima completamente oposto a esse, eu não me lembraria de nada!

Mentirosa!!

É, eu estava mentindo para mim mesma. Eu era incapaz de fugir, não tive coragem de fazer isso nem quando a louca da minha sogra quis se intrometer nos preparativos do meu casamento! Quem dirá agora!

Respirei fundo e tentei organizar minhas emoções. Era engraçado, um monte de gente me falou sobre esse momento, desde pessoas na Marinha, até mesmo as costureiras quando fui provar meu vestido. Todos me perguntavam se eu já tinha surtado quanto a deixar a minha infância, a minha casa, o calor da minha família, para poder ter a minha própria casa, a minha própria vida.

Até hoje eu não tinha surtado.

Surtei agora.

E estava surtada!

Eu não tinha condições de dirigir, eu não tinha condições de me mexer. Abaixei o banco do motorista e me encolhi ali, começando a chorar copiosamente.

Eu queria ser uma criança de novo. E poder chorar no colo da minha mãe. Contudo, minha mãe não estava mais aqui! Mas eu tinha uma mãe, adotiva e de coração, mas eu tinha.

Chorando e tremendo, liguei para a Diretora do NCIS. Jen me atendeu no segundo toque.

— Diga, Kelly! Já chegou?

Eu funguei.

— O que aconteceu? – A voz dela passou de feliz para alarmada em um segundo.

— Eu... eu... – Recomecei a chorar.

— Kelly, você está me assustando! O que houve? – Escutei, no fundo, uma porta ser aberta, os passos dela ecoando em algum lugar e depois descendo as escadas.

— Jen... eu preciso... – Funguei, eu mal falava.

Ouvi ela dar uma ordem a McGee, pedindo que ele parasse o que ele estava fazendo para rastrear o meu celular. Nesse ponto três cadeiras foram arrastadas.

— Jen, o que foi? – Ouvi o meu pai e comecei a chorar ainda mais.

— Kelly. – Ela respondeu e me chamava o mesmo tempo.

— Eu não posso dirigir... – outro soluço. – Eu não consigo sair daqui. – Murmurei para o telefone.

Jenny suspirou alto. Ouvi Tim dar a minha localização. Eu não estava perto de onde eles estavam.

— Kelly, me escuta. Tranca o carro, fique quietinha. Nós vamos até você. E por favor, respire. Não tem nada de errado acontecendo. – Ela dizia

— Nós?! – Perguntei.

— Sim, eu preciso que alguém dirija o seu carro, porque eu não vou conseguir fazer isso tendo que conversar com você.

— Papai?

— Do meu lado. E Tony e Ziva também.

— Por favor, não deixem a Ziva dirigir. Sophie precisa de vocês.

— Sophie está em casa, com o seu avô e nem um pouco desesperada igual a você! – Jen me disse e a medida que ela falava eu me acalmava um pouco mais.

— Papai tá muito bravo?

— Ele está.... – Ela parou por um tempo, creio que o analisando. – Preocupado. – Terminou.

— Vai demorar muito para chegar até aqui? – Funguei de novo, eu era uma criança que tinha caído da bicicleta e precisava de ajuda.

— Seu pai vai dirigir. – Foi a resposta dela.

— Não sei se fico aliviada ou com medo... – Falei. E eu recomecei a chorar. Até da maneira alucinada como meu pai dirigia eu sentiria falta.

A risada de Jen me fez sorrir.

— Eu vou falar isso para ele. – Ela disse. E tenho certeza de que meu pai encarou Jen, levantando uma sobrancelha, querendo saber sobre o que falávamos. – Kelly está com medo da maneira como dirige. – Ela o respondeu, e eu ouvi aquele tom petulante e irônico que ela tinha quando conversava comigo e com ele pelo telefone.

Eu sentiria falta disso também.

Ao fundo, ouvi duas gargalhadas. E as reconheci, Tony e Ziva. Meus irmãos de tantas maneiras.

Eu estava muito emocional. Algo estava errado comigo.

— Falta muito? – Perguntei.

— Sophie é você!? – Jenny me perguntou. – A Pestinha que fica me perguntando isso.

— Mas ela nunca ficou parada no acostamento de uma estrada, chorando... – Retruquei.

— Não... e duvido que ficaria... Sophie, muito provavelmente jamais surtará assim, Kelly. Ela vai....

— Chutar tudo o que estiver na frente dela e atirar no que estiver muito longe. – Completei.

— Algo mais ou menos assim... – Jen concordou com uma risada.  

— Não quero ser chato... mas conversa de um lado só é muito ruim... se importa de explicar o motivo de estarmos voando.... Ai Chefe!! Pisar no freio faz bem!! – Tony disse alto.

— Ziver, por favor! – Ouvi a voz de meu pai. E logo em seguida um guinchado, que identifiquei como sendo de Tony. Creio que Ziva tinha dado um senhor tapa na cabeça dele.

E foi quando eu gargalhei. Minha família era doida... e eu os amava por isso.

Não falei muito mais... mas não desliguei a chamada, tinha medo do pânico me tomar, e fui ouvindo os conselhos de Jen, a reclamação de Tony e de tempos em tempos, papai mandar Ziva dar um jeito no italiano. Quando notei, ouvi pneus cantando... levantei minha cabeça e o carro de Jen fazia uma conversão proibida no meio da rodovia e parava atrás do meu.

Segundos se passaram e tanto meu pai quanto Jen desceram do carro. Eu abri a porta do motorista e saí, para encontrar os braços de meu pai me segurando.

— Kells! Mas o que...

— Jethro... deixe ela respirar e...

Eu chorei como nunca abraçada ao meu pai.

Mais duas pessoas se juntavam a nós, uma andava firme, a outra cambaleava. Ziva e Tony, nessa ordem.

— Jen... o que é isso? – Ouvi meu pai sussurrar para noiva, sem me soltar.

— Pânico pré-casamento. – Foram as palavras certeiras da mulher que era como uma mãe para mim.

Não vi a expressão do meu pai, nem podia, eu estava chorando pra caramba, uma pequena parte de mim estava me xingando por conta de toda essa histeria, a outra parte, e bem maior, mandou essa parte pequena se calar. E eu continuei chorando.

Aos poucos fui me recompondo, e imaginando o que as pessoas na estrada pensavam quando passavam por nós.

— Kelly? – A voz de meu pai estava assustada. E era a primeira vez que eu o via assim.

— Eu... – Engoli o bolo de desespero. – Acho que vou ficar bem.

Tony me estendeu uma garrafa de água, Ziva uma caixa de lenços, Jenny estava parada logo atrás de mim, me sustentando de pé.

— Aconteceu algo a não ser esse... – Meu pai não terminou.

Meus olhos se encheram de água ao vê-lo e eu me senti tão culpada de sair de casa e tão envergonhada por estar fazendo essa cena no meio da estrada que me virei para Jen e recomecei a chorar.

— Você consegue andar? – Ela me perguntou.

Só balancei a cabeça. E ela com muito jeito, me levou até onde o carro dela estava, papai a ajudava me levar.

— Tony, Ziva, levem o carro de Kelly até a casa de Jen, por favor. – Meu pai, realmente, disse por favor.

— Sim, Chefe! – Os dois responderam. Por um breve momento, escutei os dois brigando sobre quem iria dirigir e me preocupei.

— Eu quero meu carro inteiro. – Gemi.

Os dois entenderam a mensagem e ouvi Tony comemorar que não enjoaria dessa vez.

Jenny me colocou no banco de trás do carro e se sentou do meu lado.

— Você quer me contar por que só agora você resolveu surtar? – Me perguntou gentilmente.

Olhei nos olhos verdes da mãe da minha irmã caçula e entendi tudo.

— Você chegou a surtar assim?!

Ela só riu.

— Me diga uma noiva que nunca surtou, Kelly?

Por essa eu nunca esperava!!

—---------------------

Não posso dizer que não me assustei quando Kelly começou a chorar no telefone. Contudo, quando fiz a associação de qual poderia ser o motivo não me preocupei tanto assim.

Kelly, às vezes, era até previsível. Eu achei que ela surtaria mais cedo, quando começou a organizar tudo, porém ela se manteve firme. Até mesmo Cynthia me perguntou se a garota já tinha dado um ataque, seja com o vestido, ou com o bolo, ou com a organização.

E até aquele dia a resposta era não.

Antes tarde do que no dia da cerimônia, Kelly surtou. No dia do jantar de ensaio. Parada no meio da rodovia, ela simplesmente congelou no lugar.

Eu não sabia dizer com o que ela tinha surtado. São vários os motivos, só sei que ela chorava muito no telefone. Chorava até mais do que Sophie já havia chorado na vida.

Não sei se levar Jethro comigo foi uma boa ideia, mas ele iria de qualquer jeito, Tony e Ziva eram os motoristas caso viesse a precisar.

E eu não estava errada. Assim que Jethro parou o carro atrás do Mercedes de Kelly eu sabia o que me esperava. Jethro não. E com a feição mais assustada do mundo abraçou a filha que se jogou nos braços dele.

Mais afastados, Ziva e Tony observaram a cena, Ziva calma como sempre, Tony tinha um tom esverdeado no rosto. Se não fosse por Kelly eu teria rido da expressão dele. Quando a dupla chegou perto de mim, me perguntaram o que era aquilo tudo.

Respondi baixo, Kelly não me ouviu. DiNozzo fez uma careta, Ziva ficou pensativa, creio que tentava se imaginar na pele de Kelly.

Levou quase quinze minutos e Kelly finalmente conseguiu se acalmar o suficiente para poder nos encarar, porém não durou muito tempo. Um gole d’água e uma tentativa fraca de se ver livre das lágrimas depois, ela se virou para mim e recomeçou a chorar.

E eu entendi o motivo do surto dela.

Ela estava com medo. Com medo de ser dona da própria vida. De ter a própria casa e de deixar o pai sozinho.

Com a ajuda de Jethro, a levei para o banco de trás de meu carro. Ele pediu que Tony levasse o carro da filha até a minha casa.

Já acomodada no banco de trás, tive que tentar deixar o clima mais leve.

— Você quer me contar por que só agora você resolveu surtar?

E a garota me encarou com seus grandes olhos azuis cheios de água e espanto, para depois concluir:

— Você chegou a surtar assim?!

Só me restou rir.

— Me diga uma noiva que nunca surtou, Kelly?

— Eu não te vejo surtando... com nada. Você não ficou nem um pouco nervosa nem quando Sophie chorava com cólicas ou quando os dentinhos estavam para nascer...

— Se você não percebeu, Kelly, quando se trata de Sophie eu sempre tive ajuda de Noemi...

Ela não acreditava em mim.

— Ainda não te vejo surtando.... quando foi?

Vi que Jethro tinha ficado muito interessado no meu surto pré-casamento. Assim, resolvi fazer hora com a cara dele e me pus a pensar.

— Sabia que você está mentindo. – Kelly murmurou e assoou o nariz.

— Foi com o buffet. E não foi bonito. Pensar que no final acabei cancelando tudo... ganhei cabelo branco à toa!

— Com o buffet?! Justo com isso? – Kelly disse incrédula e Jethro reprimiu um sorriso.

— Você não faz ideia do que eu tinha escolhido!

— Mas mesmo assim... não foi com o vestido... não... você se desfez dele. E o que aconteceu?

— Acho melhor eu não falar, você vai me taxar de louca... – Comentei.

— O que você fez com o seu vestido de noiva, Jen? – Jethro quis saber.

Olhei para Kelly e ela retornou o olhar:

— Eu o queimei. – Disse simplesmente.

— Você fez o que? – Ele retrucou.

— O que eu faria com aquilo?!

Kelly começou a rir.

— Eu disse Jen, nenhuma noiva queima vestido.

— Acho bom isso ser verdade, Kelly, porque eu não gastei uma pequena fortuna no seu para ver você queimá-lo.

— Mas eu vou me casar, pai. – Ela respondeu séria.

Jethro a olhou pelo retrovisor, e essa resposta nos trouxe ao ponto inicial da conversa.

— Eu surtei sobre o buffet, e você? – Perguntei calmamente.

Vi a torrente de lágrimas descer pelos olhos dela. Seria difícil fazê-la falar.

— Kelly... – Ia começar quando fui surpreendida pela força com a qual ela me abraçou, foi tão forte e tão repentino que me tirou o ar.

Ela não falou nada até minha casa. E foi um custo tirá-la do carro. Literalmente Kelly tinha entrado em pânico.

Tony e Ziva já estavam na minha casa e pelas sombras que eu via, estavam treinando algum movimento de autodefesa. E Kelly ao ouvir as risadas, só se encolheu.

— A Sophie vai se apavorar se me ver assim... – Resmungou.

— Com certeza ela vai querer saber o motivo de você estar chorando... e nós também.

— Por que um de vocês não a distrai?

Kelly não fechou a boca e a porta foi aberta pela própria ruivinha, que veio tranquilamente até o meu carro, parando ao lado da minha porta.

— A Kells já parou de chorar? A Tia Ziva falou que ela tá com alguma coisa como pânico pré casamento... foi o Henry que fez ela chorar? Porque se foi, eu já tô treinando para bater nele.

— Pelo menos uma segurança você já tem, filha. – Jethro disse do banco da frente.

Da porta vi Tony e Ziva nos esperando.

Kelly tentou se fazer apresentável, mas depois do tanto que ela havia chorado, era impossível, e saiu do carro. Jethro a segurou, certo de que ela ainda seria capaz de tropeçar em algum lugar. Na hora que viu a irmã fora do carro, Sophie correu até ela e, ao invés de despejar um milhão de perguntas por segundo igual sempre fazia, simplesmente a abraçou pela cintura e disse:

— Não se preocupa, Kells. Vai ficar tudo bem.

Kelly só se engasgou e abraçou a irmã de volta.

— Eu sei que vai... eu só sou uma boba por estar chorando tanto... – Disse entre soluços.

Entramos e Sophie arrastou a irmã para a sala, depois saiu correndo e voltou com um enorme caixa de chocolates e uma caixinha de lenços.

— Toma... chocolate sempre deixa tudo melhor. – Falou entregando as duas caixas para a irmã. Kelly se encolheu no sofá e puxou a irmã para um abraço, Jethro a cada segundo ficava ainda mais ansioso com a choradeira da filha.

Tony e Ziva, muito discretamente, se despediram de nós.

— Muito obrigada por terem trago o carro de Kelly. – Falei na porta.

— Que isso, Jenny. É família! – Tony respondeu.

— E se precisar de alguma coisa... não hesite em pedir. – Ziva completou.

Estendi a chave do meu carro para eles.

— Não precisa! – Ziva recusou. - Abby trouxe o meu carro. Aliás, Cynthia deixou suas coisas. Sophie as colocou no seu estúdio. Nos vemos mais tarde no jantar? – Perguntou.

— Ela não vai cancelar o jantar. Daqui a pouco passa.

Tony fez uma careta quando ouviu Kelly recomeçar a chorar.

— Tomara que ela não chore assim no dia do casamento... – Comentou. Ziva imediatamente, deu um tapa atrás da cabeça dele.

— Obrigada, Ziva. E Tony... guarde as suas opiniões para si.

— Pode deixar, nos vemos daqui a pouco. – Ele respondeu já com um sorriso, definitivamente DiNozzo não batia bem.

Fechei a porta e fui para a sala, onde Kelly, Sophie e Jethro estavam. Kelly ainda chorava e os outros dois estavam em silêncio, sem saber o que fazer.

Me sentei ao lado de Kelly e olhei para ela.

— Eu sei... – Ela murmurou chateada. - Nem eu sei o motivo disso tudo...

Olhei para ela.

— Tá, eu sei. – Admitiu e escondeu o rosto.

Jethro, sem saber o que falar ou fazer, se levantou e foi para a cozinha. Sophie ficou entre acompanhar o pai e confortar a irmã.

— Ele saiu. Pode falar. – Instei.

— Acho que é pânico, misturado com o fato de que eu estou com medo do que está por vir – parou para respirar. – E... estou me sentindo muito culpada por deixar o papai sozinho.... – Kelly soltou o que a vinha perturbando.

Sophie franziu a testa e encarou a irmã, estava pronta para falar algo, mas eu a impedi.

— Kelly, você não está deixando ninguém. Você está se casando, não sentenciando todos à morte... você sabe que pode voltar quando bem quiser, sua casa nem é tão longe. E seu pai não ficará sozinho...

— Eu sei disso!!! – Ela falou. – Mas mesmo assim, eu me sinto tão culpada!!! Parece injusto deixá-lo depois de tudo o que ele fez por mim! – Recomeçou a chorar.

Sophie encarava a irmã com os olhos arregalados e só se limitou a abraçá-la apertado.

— Kells... você vai ver o papai... eu sei que vai! E o papai não vai deixar de ir te ver, ou de te ligar, ou de pegar no pé do “Engomadinho”! – Fez aspas com os dedos ao citar o apelido que Jethro dera para o genro. – Ele pode ter desmiolado no ano passado, mas já tem um ano... e ele tá bem agora. Não é papai? – Ela olhou para o pai e Kelly deu um pulo, não tendo notado que Jethro tinha voltado.

A noiva neurótica do dia só ficou muito vermelha e tentando ignorar o olhar do pai sobre si, virou-se para a irmã e disse:

— Quer me fazer me sentir muito melhor, Moranguinho?

Sophie, ansiosa para tirar a irmã desse estado deprimido, balançou avidamente a cabeça.

— Então me prometa que você vai tomar conta do papai. Que vai ficar do lado dele quando eu não estiver e que não vai deixá-lo fazer mais nenhuma besteira. – Ela dizia séria.

Sophie abriu um enorme sorriso.

— Nem precisava pedir! Eu já faço isso, mas se é para você parar de chorar e se arrumar para o jantar de ensaio, eu prometo!! – Deu um beijo na bochecha de Kelly, depois correu e pulou nos braços abertos de Jethro.

— Era isso, Kells? – Jethro perguntou. Eu tentava me manter séria, mas a cena entre pai e filhas era muito linda para que eu não sorrisse de volta, decidi que era melhor deixá-los à sós.

— Aonde você está indo, Jen? Ainda tenho que fazer você me prometer que vai cuidar dele!! – Ela protestou segurando o meu braço.

— Preciso?! – Minha pergunta não era direcionada à Kelly, mas sim à Jethro. – Porque eu acho que faço isso há um tempo.

— Me promete que vai ficar do lado até quando ele for um velho ranzinza e começar a reclamar com as paredes que nenhuma das filhas dele está em casa?

— Isso aqui virou um casamento?! – Perguntei.

— Soou como um, né?

— Sim! – Tanto eu quanto Jethro respondemos.

Kelly nos encarou, Sophie, a essa altura tinha saído correndo para o quarto, gritando que tinha um presente para Kelly.

— Eu acho que posso aceitar os sorrisos de vocês como resposta. – Falou. – E só para encerrar, devo me preocupar com o que quer que ela tenha para me dar?

Sophie voltou e pulou em cima do sofá, fazendo Jethro xingá-la. Ela sabia muito bem que não deve subir nos móveis.

— Isso aqui é um presente meu, do vovô, da Noemi, da Cynthia, da Abby, do Jimmy, do Tim, do Tio Ducky, da Tia Ziva e do Tony. Foi muito difícil que todo mundo concordasse, mas conseguimos. A Tia Ziva ia te entregar, mas como você tava chateada com... com o que quer que seja, porque eu não entendi nada, ela me pediu para te entregar. – Sophie entregou uma caixa na direção da irmã.

Jethro me cutucou querendo saber o que era, eu não fazia ideia de que todas essas pessoas tinham se juntado para dar um presente para Kelly.

Kelly, ainda surpresa, desembrulhou a caixa, que se revelou ser uma caixa de joia, mais precisamente, um cordão.

Sem querer, dei um passo à frente, curiosa para ver o que eles haviam escolhido. Só que antes de abrir a caixa, Kelly notou que tinha um cartão. Abriu o envelope e começou a ler.

— Ah.... não precisava!! – Ela recomeçou a chorar! – Noemi!! Eu sei que você está aqui!! Vovô, pode aparecer!! – Ela se levantou e foi atrás dos dois.

Sophie, que tinha se sentado no braço do sofá nos olhou.

— Eu acho que a Kelly é muito dramática... – Soltou.

— O que é? – Perguntei.

— Um colar e um par de brincos. Pérolas. – Ela nos respondeu. – Deu trabalho para todo mundo aceitar que as pérolas eram mais bonitas e que Kelly as usaria mais. – Explicou.

— E quando vocês compraram isso? – Jethro quis saber.

— Vish papai... tem tempo... foi logo que compramos a sua roupa. Parece que a Abbs deu um jeito de conversar com o vovô e ele topou entrar no presente. O restante da equipe já queria dar algo. E quando a Tia Ziva comentou comigo aqui em casa, a Noemi quis participar também.

— E como a senhorita entrou nisso?

— Bem... eu peguei o meu dinheiro que guardei para nos levar para a Disney.... foi o suficiente, ou pelo menos o Tony disse que foi...

Kelly falava qualquer coisa com a Noemi. Depois passou correndo e subiu em direção ao quarto de Jackson, que tinha chegado no dia anterior e passado um tempo com Sophie.

— Acho que ela está muito mais feliz agora! – Sophie comentou.

— Parece que sim, e que tal a senhorita ir se apressando e começando a arrumar o seu banho?

— Tuuuuuddddoooo bem!!! – Ela soltou e subiu a escada cantando.

Kelly encontrou a irmã no meio do caminho e deu nela um abraço de urso tão apertado que Sophie soltou um guinchado igual ao de Tony.

— Obrigada, Moranguinho!!! De coração! Eu amei!! – Beijou a testa da irmã e depois desceu as escadas para abrir o presente de verdade.

— Ah... Kellss... – Sophie a chamou do alto da escada. – A rodada de presentes só está começando.

Kelly olhou para mim e para Jethro tentando ler nossas expressões. Ficamos impassíveis.

— Desse jeito eu vou chorar a noite toda!! – Comentou ao abrir a caixa e ver o colar. – Não sei quem deu o voto de Minerva, mas é lindo! – Murmurou ao nos mostrar o conteúdo. – Claro que vou usá-los hoje.

— Se você se apressar, ainda vai dar tempo. – Jethro comentou olhando para o relógio.

— É... chegou a hora.... – Kelly respirou fundo, se levantou, deu um abraço no pai, outro e mim e foi para quarto.

Quando ficamos sozinhos, Jethro muito deliberadamente perguntou:

— Então quer dizer que você também surtou antes do seu casamento que não aconteceu?

Dei um soco no braço dele e apenas disse:

— Hoje não é dia de fazer esse tipo de pergunta. – Respondi o deixando só na sala.

— Eu só quero ter certeza do que me espera. Vai que você resolve surtar no dia do nosso... – Deixou a frase no ar.

— Nosso?! – Não contive a surpresa na minha voz.

— Você não achou que estas alianças estavam nas nossas mãos sem nenhum propósito, achou Jen?

Eu fiquei sem voz e Jethro abriu um sorrisinho presunçoso na minha direção, sabendo que tinha me pegado despreparada pela primeira vez em muito tempo.

Estava pensando em uma ótima resposta para dar, quando ouvi Sophie me chamando. Desisti de encará-lo e fui ao socorro de minha filha, completamente atordoada com a inusitado e inesperado pedido de casamento que tinha recebido.

— Eu não ouvi a sua resposta, Jen! – Jethro gritou quando cheguei no segundo andar.

Balancei a cabeça e me concentrei na minha filha, era uma tarefa fácil e com toda a certeza, distrairia a minha mente.


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Notas finais do capítulo

Sophie é terrível, não respeita nem a Ziva!! Credito essa confiança insana à convivência com Tony...
E a única pessoa que soube lidar com o surto da Kellynha dfoi Jenny, isso porque ela já surtou!! Imagina essa ruiva surtada?! Deve ter sobrado pra todo mundo!
E o que acharam do finalzinho??
No próximo capítulo o jantar de ensaio e a Família Gibbs (toda ela, pq aqui conta-se a estendida) encontrará a Família Sanders... (Cristina Rocha poderá ter seus serviços solicitados...)
Muito obrigada a quem leu.
Até sábado com O Jantar!



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