Carta para você escrita por Carol McGarrett


Capítulo 1
Primeiro Mês


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei!! Nem demorei tanto assim!

Espero que gostem dessa outra ideia louca!

É uma ideia completamente diferente das outras fics de NCIS que fiz, pois aqui é uma pré série, e como nada disso foi falado durante as temporadas, estou tomando a liberdade de poder inventar.
inventar não somente como seria Kelly Gibbs, como também o passado da Jenny!

Então, boa leitura!!



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— Você já trabalhou com Jenny Shepard?

— Não.

— Você vai gostar dela.

E com essas quatro palavras misteriosas meu chefe conseguiu me deixar curioso.

Eu tinha uma nova missão com uma nova parceira. Shepard era a primeira mulher com quem fazia parceria, espero que tenham me arranjado uma agente, não uma boneca barbie fresca.

Minha primeira impressão da mulher era de que ela era tudo, menos uma agente federal. Aquela ruiva, de olhos verdes e equilibrada em saltos altos não poderia ser a agente designada para atuar do meu lado. Ela tinha cara de inexperiente. Aliás, ela era tudo, menos uma mulher que eu julgaria ser capaz de ser uma agente infiltrada. Mas quem sou eu para falar alguma coisa?

McCallister nos passou os comandos da missão. Duração, alvos e locais seguros para ficar. Por fim, disse que partiríamos em dois dias. Sairíamos da base aérea de Dover, na Virgínia. E qualquer correspondência de parentes e familiares deveria ser endereçada à sede geral do NCIS que de lá eles encaminhariam para os endereços de nossos familiares e para nós.

Eu tinha dois dias para me despedir de minha filha e explicar, da melhor forma que posso demorar até dois anos para voltar, mas que não vou esquecê-la jamais.

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Despedidas nunca são fáceis, mas esta estava sendo a pior possível. Kelly não queria que fosse. Implorava para que ficasse. Ameaçou ir atrás de mim. Desde nova, minha menina odeia despedidas, me lembro de cada vez que tive que deixá-la para poder servir o meu país. Seus olhos cheios de água, a forma como se agarrava em mim, como se ela fosse forte o suficiente para me impedir de ir. E hoje não fora diferente. Ela me abraçou e não queria soltar e chorando, quando viu que suas súplicas eram inúteis, me fez prometer que escreveria para ela toda semana. Não importava o conteúdo ou o tamanho, ela precisava saber que eu estava bem e vivo. Não tive como negar esse pedido, afinal, que mal faria? Prometi com a única condição de que ela me escrevesse de volta. O que ela concordou na hora. Dei-lhe um beijo na testa e um último abraço e fui em direção ao avião da Força Aérea que nos levaria ao nosso primeiro destino, Itália.

Era hora do embarque e confesso que estava curioso para ver como Shepard se apresentaria nesse momento. Será que viria com os saltos ou seria como qualquer outro agente e apareceria com roupas normais?

E lá estava ela. Tudo conforme qualquer outro agente, até que se olhasse para seus pés. Um par de sapatos com saltos tão altos e finos que são impraticáveis para qualquer lugar! Qual será o problema dela? Não consegue ficar sem aqueles sapatos? Mas quem vai quebrar a perna é ela, e não eu. Vai ser cômico vê-la tropeçando atrás de mim.

“Em algum lugar, 1998.

Carta 01

Querida Kelly,

Cheguei bem. Um dia espero que você veja as belezas deste lugar, com certeza adoraria. Estou tirando fotos de todo o que posso, na verdade não eu, mas minha parceira, Jenny. Pedi que ela me desse as cópias das fotos para levar para te mostrar.

Como te disse, não posso dar detalhes, muito menos onde estou. Mas te explicarei quando voltar.

Espero que esteja bem. Que apesar de estar morando com sua avó, que você esteja feliz.

Te amo.

Papai.

P.s.: Vou numerar as cartas, porque pode ser que algumas se percam ou cheguem com atraso.”

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“Alexandria, 02 de fevereiro de 1998.

Carta 01

Oi papai!

Faz somente uma semana eu já sinto tanta saudade de você! Todo dia, a primeira coisa que faço é pedir que o senhor fique seguro e bem! E pode ter certeza que farei isso até que retorne.

Eu estou bem, viver com a vovó não é tão ruim assim. Tá certo que tudo o que digo ou falo, ela diz que tem semelhança com a mamãe. E cada vez que ela faz isso, eu sinto um aperto no peito. Sinto saudades do abraço da mamãe, de poder tê-la do meu lado... mas acho que isso vai passar! É só o início e eu nunca fiquei mais do que alguns dias com ela.

Já temos alguns planos para o ano. Já nas férias de primavera, me prometeram uma visita à Stillwater. Vai ser bom visitar o vovô Jackson. Vou te informando nas futuras cartas.

Só mais uma pergunta, e me responda se puder. Essa Jenny é legal? Ela é boa fotógrafa? Espero que sim, porque o senhor, com todo respeito, não é lá muito bom para descrever as coisas.

Aguardo notícias.

Sinto saudades. Te amo.

Kelly.”

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Em algum lugar, 1998.

Carta 02

Kells,

Você realmente está contando com as habilidades de uma desconhecida para tirar fotos ao invés de confiar na descrição de seu pai? Eu não posso ter lido isso!

Quanto à sua fotografa, te mandei algumas das fotos que ela já tirou. Julgue por você se são boas ou não. E, sim, ela é boa pessoa, um tanto teimosa, cabeça dura, sarcástica e que adora me dar uma resposta atravessada, mas é uma pessoa que dá para conviver.

Confesso para você que não achei que ela viria, sabe aqueles sapatos de salto que você já me pediu? Uns bem altos? Pois é, ela só anda com aquilo, para cima e para baixo. Não sei como consegue.

Não gostei de ler que sua avó anda te entristecendo. Filha, você, em hora nenhuma, deve fazer as coisas como se fosse a sua mãe. Você é você e deve falar isso com a sua avó. Ela tem que entender que, apesar de vocês duas terem suas semelhanças, você em hora nenhuma é Shannon. Se imponha por quem você é, querida.

Cuidado quando for a Stillwater, tanto eu quanto a sua mãe saímos de lá com a intenção de não voltarmos. Mas acho que o velho Jackson pode até valer para alguma coisa.

Também sinto a sua falta.

Te amo.

Papai.”

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Alexandria, 10 de fevereiro de 1998.

Carta 02

“Papai!!!

Eu amei as fotos! Vai ter que me dizer de onde são assim que descer do avião! Eu, com certeza, vou querer visitar um dia! Nossa, é lindo de mais. E diga á Jenny que ela é uma fotógrafa maravilhosa! Falando nela, que jeito de descrevê-la! Até achei que o senhor estava fazendo uma autobiografia! Brincadeira! Mas deve ser por isso que vocês conseguem conviver... por favor, só não brigue com ela. Não sei porque, mas espero que o temperamento dela seja melhor que o da Diane. Porque se for pior, eu tenho medo de um de vocês dois não voltarem...

Eu entendi o recado que o senhor deu... e também entendo o lado da vovó... mas quer uma boa notícia, as comparações diminuíram... acho que foi depois de um jantar, onde, não seu bem como começou a conversa, mas ela disse que a mamãe nunca me deixaria para ir para tão longe fazer nada. Vou resumir a briga e dizer que, depois que te defendi, ela disse que eu tenho muito de você também... principalmente o olhar... E eu juro! Juro mesmo! Não foi por querer. Ela começou. E eu sei perfeitamente bem que o senhor não está aí atoa.

Mas vou mudar de assunto.

A escola! Sim. Estou indo bem. Como sempre fui. Alguns orientadores começaram a falar sobre tentar uma inscrição fora de época para a Faculdade. Tipo uns dois anos antes. Me disseram que tenho notas para tal. O que o senhor acha? Eu, sinceramente, não sei.

Ah! Maddie e Mer, o senhor lembra delas, né? Sei que confunde as duas, mas sabe de quem eu estou falando... pois é, elas fazem aniversário praticamente juntas, e vão dar uma festa, posso ir? Por favor!!!! (Todas estas exclamações sou eu implorando)

 Vou esperar mais fotos e notícias de você!

Beijos!

Te amo.

Kelly.”

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“Em algum lugar, 1998.

Carta 03

Kelly Gibbs!

Que história de festa é essa? Com quem a senhorita vai? Onde vai ser? Os pais de quem estarão lá? Não vai achando que só porque o seu pai está fora, que a senhorita pode fazer o que bem entender! Me passe todas as informações sobre essa festa e eu decido se você vai ou não!

E, à propósito, eu sei muito bem distinguir a Maddie da Mer. Uma é loira e a outra tem cabelo preto.

E como a senhorita ousa me comparar com a minha parceira. Não temos nada em comum. Pode ter certeza disso! Mas, mesmo assim, estou mandando outras fotos para você.

Você me perguntou sobre a admissão fora do tempo na Faculdade. Filha, você ainda tem três anos até ter a idade certa para entrar, mas se você achar que já é madura o suficiente para poder ir. Não vejo motivos para que não vá. Saiba que apoiarei toda e qualquer decisão que você tomar.

Sobre a missão, o plano inicial de dois anos, continua. Então, devo te ver no Natal de 1999.

Te amo.

Papai.”

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— Está tudo bem, Gibbs? – Uma voz, que já estava ficando mais do que conhecida por mim, veio da parte de trás do pequeno quarto. Acho que a minha reação ao que li na última carta de Kelly foi um tanto violenta.

— Sim. E, você se importaria de me passar mais algumas fotos?

— É claro que não. Espero que quem as esteja recebendo tenha gostado das primeiras.

— Gostou sim. Pediu para te agradecer.

— Não há de que. – Ela me respondeu sorrindo. E, infelizmente, eu já estava me acostumando com esse sorriso. – Quais você quer agora? Tenho muitas ainda de Milão, e algumas da região de Florença...

— Quais são as mais bonitas?

— HA! Fui eu quem tirei as fotos! Para mim todas ficaram boas! Mas....

Levantei uma sobrancelha para ela.

— Acho que sem querer você entrou na frente da câmera quando fui bater essa aqui. Por que não manda essa?

Eu peguei a foto e analisei. Uma foto dessas nunca seria um “Sem querer”. Mas, tendo em vista que já passou um mês desde que eu vira Kelly pela última vez, acho que ela iria gostar.

— Tudo bem. – peguei a foto que ela me oferecia. – Mais alguma?

— Esta! – ela me entregou outra da Toscana. Florença ao por do sol. Jenny nem sabia para quem eram as fotos, mas parecia saber exatamente quais a minha filha gostaria.

— Gibbs? Ei? Você ainda está aí?

— Sim.

— Então pegue a foto e pare de ficar dormindo de olhos abertos! Você fazendo isso até parece que eu ronco tão alto do quarto que não te deixo dormir na sala.

— Shepard. Menos.

— Era só para animar mesmo. – Ela disse dando de ombros – Vou ver o que temos lá fora e tirar mais fotos. Dê lembranças minhas à....

— Kelly. – Saiu sem querer. Ela foi esperta.

— Sim. Kelly. – Ela tinha um sorriso vitorioso.

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“Alexandria, 20 de fevereiro de 1998

Carta 03

Hei Marine! Calma!

Não precisa reagir assim! A festa é na casa da Maddie! E ela mora do nosso lado! E sim, os pais dela estarão lá. E outros adultos também. Além do mais, vovó vai ficar acordada e na sala me esperando voltar. Até onde sei, os pais da Maddie odeiam bagunça até tarde, e a festa deve acabar até as 22:00, ou como vocês dizem na Marinha 2200. O que vai fazer com que eu chegue em casa, precisamente às 22:01, porque só tenho que atravessar nosso jardim! Feliz assim? Vou poder ir? Diz que sim...

Aliás, essa carta demorou para chegar... aconteceu alguma coisa? Espero que não! Vejo que a minha fotógrafa ainda está viva! Pois temos fotos novas... Eu pesquisei o lugar, da do por do sol, e já coloquei na minha lista de lugares que quero conhecer. Leroy Jethro Gibbs, o senhor vai ter que ter muita grana para me mandar para todos esses lugares das fotos!!! Porque eu tenho que ir em todos eles. Mas a minha favorita foi a sua foto. Você pediu para tirá-la, ou foi um acidente? Porque se foi um sem querer, a Jenny (é esse o nome dela, não é?) é uma senhora fotógrafa para pegar o senhor de guarda baixa! Mande um beijo a ela por mim!

Agora indo para um assunto mais sério...

Eu realmente não sei se estou ou não preparada para a faculdade. E como o senhor falou. Eu ainda tenho quase três anos para decidir. Eu nem sei o que vou querer fazer, ou se vou me alistar na Marinha ou ser agente federal... No mais, preciso pensar direito, vou conversando com o senhor e com os professores, talvez eles me deem uma ideia!

Sinto sua falta. Já deu um mês.

Te amo.

Kelly

(aquela que espera poder ir na festa das amigas)

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Europa, 1998

Carta 04

Filha,

Tudo bem, você pode ir a esta festa. Só me prometa que irá se comportar, não irá beber e o mais importante, se algum garoto tentar alguma coisa com você, afaste-o da maneira que te ensinei. Você ainda está muito nova para namorar e rapazes adoram se aproveitar das moças em festas assim. Esteja avisada que eu vou saber o que vai acontecer nessa festa, nem que para isso eu precise escrever para sua avó!

Desculpe-me pelo atraso das cartas, às vezes as coisas ficam complicadas por aqui, e para a sua segurança e para a da missão, tive que atrasar a última, e muito provavelmente esta também chegará com um intervalo maior.

Estou te enviando, ao invés de fotos tiradas pela minha parceira viciada em fotos de diversas cidades, uma pequena lembrança. Espero que goste.

Continue sendo a garota que é, e saiba que mesmo longe, eu estarei sempre do seu lado.

Te amo.

Papai.

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— Você está saindo para um novo round de fotografias? – Ele me perguntou de repente.

— Sim. Há algo que possa fazer?

— Se não for atrapalhar, coloque isso no Correio. – Ele disse me estendendo um envelope endereçado ao escritório de DC.

— Claro que sim! É a carta semanal para a Kelly? – Confesso que estava curiosa sobre essa Kelly. Descobri o nome por acaso, mas ele nunca mais tocou no assunto.

— Sim. – Ele foi lacônico e pude ver que ele já se arrependia de te me entregado o envelope.

— Pode ficar tranquilo, não foi violar a sua preciosa correspondência. Sei que isso é um crime federal. – Disse enquanto pegava a minha câmera e me dirigia para a porta. – Tem certeza que não quer nenhuma outra foto? – Joguei a pergunta no ar.

Não obtive resposta, apenas um menear de forma negativa de sua cabeça.

— Ok, então. Até mais.

Novamente sem resposta. Às vezes me pergunto o motivo de ter aceitado essa missão. Eu sei que será fantástico para a minha carreira. Agentes infiltrados sobem mais rápido, ganham experiências que um simples agente de campo não ganhará jamais. Mas eu fui azarada o suficiente para ter como um parceiro um mudo funcional! Acho até que as cartas que ele vive escrevendo devem ser curtas. Mas pelo menos ele tem alguém para quem escrever. Eu? HA! Quando comentei com meu noivo que iria para um trabalho na Europa por dois anos, a primeira coisa que ele fez foi terminar... Então, bem, estou linda, livre e solta por todo esse continente. Ou nem tanto, já que tenho que fingir que sou casada com Jethro... não que ele seja deformado ou qualquer outra coisa, aliás, ele é incrivelmente charmoso e tem um par de olhos que... nossa! Poderia olhar pela eternidade e me afogar naquele azul maravilhoso, mas ele tinha que ser tão calado? Eu sou falante por natureza, converso até com minha sombra, mas ele! Como posso fingir ser casada com uma pessoa que mal dá bom dia?

Resumindo, ao mesmo tempo em que fui abençoada pelo seu charme, fui amaldiçoada por seu silêncio e sua capacidade de se colocar distante de tudo e de todos. E, é por isso que muitas vezes o deixo sozinho na casa segura e saio para reconhecer o terreno e tirar fotos das cidades e paisagens. É um modo de fazer o tempo passar mais rápido.

Mas seria bom ter uma companhia para dividir o café e poder conversar sobre as coisas absurdas que vejo... mas, talvez assim seja melhor, vai saber quem é essa Kelly! Talvez é uma esposa extremamente ciumenta, mas fiel, pois não o deixou quando ele lhe contou que iria ficar fora por dois anos. Sorte a dele de ter alguém para quem voltar...

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— Vi nossos alvos mais uma vez. Mesmo café! – Entrei no velho sótão de Positano e já fui atualizando meu mudo funcional favorito.

— Bom. – Era melhor do que um mero balançar de cabeça.

— E coloquei sua encomenda no posto do correio. – Complementei.

Recebi um menear de cabeça que entendi como um “obrigado”.

— De nada. – Falei um tanto exasperada para toda a situação. – Não custa falar um obrigado. – Todo esse silêncio às vezes me matava.

Ele nada disse, apenas me lançou um olhar intimidador.

— Sabe, Gibbs, esse tipo de olhada não me assusta! Sou filha de um Coronel do Exército, e ele sim, tinha olhares que me aterrorizavam na adolescência, os seus não chegam nem aos pés dos dele. – Disse com um sorriso sarcástico no rosto me dirigindo para o minúsculo quarto que ele insistiu que me pertencia.

— Costuma funcionar. – Ouvi sua resposta.

— Como é que é? – Voltei para a porta e olhei para ele com a sobrancelha levantada.

— A olhada, costuma funcionar. Meu antigo parceiro ficava aterrorizado e minha filha também.

Kelly é a filha dele!

— Então você achou que funcionaria comigo também? – Perguntei com os braços cruzados o encarando.

Ele somente deu de ombros.

Continuei olhando em sua direção, ainda incrédula com o fato de que ele achou que poderia me assustar com seu olhar gelado de Marine.

— Não contava que você tinha sido doutrinada para aguentar esse tipo de olhar! – Ele respondeu à minha encarada.

— Quer dizer que você não leu meu arquivo?! – Fiquei impressionada. Tinha ouvido falar dele. Na verdade, a fama dele o precede em muitos aspectos, mas o principal é o de que ele não deixa passar nada. Então era mais do que lógico que ele checasse o meu arquivo antes de embarcar nessa missão ao meu lado.

— Você leu o meu? – ele me questionou de volta com uma sobrancelha levantada.

Por um tempo apenas o encarei, sem dizer nada. Mas a resposta era fácil

— Não. Sua reputação te precede, Agente Gibbs. Não precisava disso. – E não sei porque fui sincera...

— Jethro. Se vamos ter que viver tanto tempo um do lado do outro e ainda fingir que somos casados, pode começar a me chamar assim.

Ele havia me pegado de guarda baixa. Por essa eu não esperava.

— Tudo bem, Jethro! – Falei de volta, e posso dizer que gostei de como seu nome soava em voz alta. Poderia me acostumar com isso fácil. – Mais alguma coisa?

— Sim. Vou precisar de mais fotos. Importa-se, Jen?

Jen?! Desde quando eu o permiti me chamar por esse apelido. Eu já tinha um, o que eu usava como nome, e agora ele inventou o apelido do apelido...

— Não. – Respondi enquanto pegava o bolo de fotos que eu já tinha e jogava em sua direção. Não preciso dizer que ele pegou com uma mão e de primeira. – Fique à vontade para escolher.

— Para dizer bem a verdade, gostaria que você escolhesse. Minha filha gostou das outras fotos, e parece que vocês têm o mesmo gosto ou deve ser coisa de mulher mesmo. – Ele disse diminuindo o tom de voz.

— Se você diz. Joga pra cá de volta! – Eu pedi e ele jogou, peguei no ar, mas não tão graciosamente quanto ele. – Por acaso você jogava futebol no Ensino Médio?

Ele me olhou assustado.

Dei de ombros em resposta e esperei. Como não saiu nada...

— Ah! Qual é, Jethro! É uma pergunta boba! Não tô perguntando nada pessoal demais! Sim ou não?

— Por quê?

— Sério?

— Por quê?

Suspirei desistindo da conversa.

— Deixa pra lá! Mas só perguntei porque você pegou as fotos ainda no ar e com uma classe que só os jogadores de Futebol ou de baseball poderiam fazer. Mas não precisa responder. Boa noite.

— Sim. Futebol. Era o quarteback.

— Doeu responder? Espero que não! – Disse com uma piscadinha! – Amanhã as fotos vão estar aqui para você mandar para a sua filha.


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Notas finais do capítulo

Bem... começando como começo com todos os outros capítulos:
Foi devidamente revisado, mas qualquer erro, confusão ou dúvida, pode avisar que conserto!!
E as três primeira frases da história são tiradas diretamente da série (Episódio inimigos internos, da 9ª temporada).

Muito obrigada por ler.

As atualizações dessa fic vão ser mais demoradas, mas não vou desistir dela não!



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