— Eu fico muito feliz por você poder ajudar a gente nesse caso, Lincoln. – Steve sorriu. – Precisamos de um par extra de olhos e talvez armas.

— Bem, que bom que eu posso ajudar. – Lincoln entrou na sede da Five 0. – Qual é o caso?

— Uma mulher de 24 anos foi raptada em casa. – Danno começou. – Não há câmeras na casa, apenas na parte externa. Ela morava sozinha há dois meses. A casa e o carro foram presentes dos pais.

— Ela veio do Brasil. – Tani completou. – Ela queria uma mudança de ares. Mas acho que agora ela se machucou.

— Ela parece feliz na foto. – O rapaz comentou. – E a gatinha?

— Encontrada trancada no guarda roupa. – Junior informou. – Achamos que ela colocou a gatinha por lá em uma tentativa de salvar a felina. Ela está em um abrigo até que consigamos resgatar a moça.

Steve olhou para a foto da garota com a gatinha estilo tigresinha e suspirou. Ele olhou para o novo recruta que parecia estar sentindo a mesma coisa.

— Por que alguém sequestraria alguém que não tem nenhuma infração de transito? – Lincoln olhou para a foto. – Quero dizer, qual é a conexão?

— Talvez ela tenha visto algo de errado e por isso resolveram sequestrar ela. – Lou ofereceu sua teoria. – Deve ser isso.

— Mas o que ela viu que levou essa gente ao extremo? – Lincoln sentiu uma profunda conexão com a garota.

Todos olharam para ele, sabendo que provavelmente ele já tinha sido levado.

Enquanto isso, em uma casa distante de qualquer casa, uma jovem de camisa coral com joias na parte do busto estava amarrada a uma cadeira, com algemas em seus pés e braços. Ela tinha uma mordaça na boca e seus olhos estavam cheios de lágrimas de medo.

Ela não tinha nem uma multa de transito e agora ela estava em uma situação de perigo.

— Nunca deveria ter dado aquele testemunho a polícia. – Um homem se ajoelhou na frente dela, com uma arma nas mãos. – Você sabia que aquele homem merecia morrer e agora, você também vai.

A garota balançou a cabeça tentando negar, mas o homem a acertou com o cabo da arma a fazendo desmaiar. Tudo o que ela queria era sair dali e voltar para sua pequena gatinha.

Indo até o abrigo de animais onde a gatinha estava, Steve, Danno e Lincoln deram uma olhada na pequena Penelope, que era o nome da felina. Ela estava dormindo e Steve com todo o cuidado a pegou nos braços.

A gatinha começou a ronronar para ele e nem se mexeu, voltando a dormir.

Steve estava de volta à casa da garota. Lincoln verificou algumas cartas da menina e descobriu uma da delegacia de Honolulu.

“Sra Linda Sant’Anna.

A delegacia de Honolulu a convoca para testemunhar perante um júri contra o réu Ming Su. Sua presença é fundamental para que o assassinato do Sr Parker seja esclarecido.

Atenciosamente,

Segunda vara de Honolulu. ”

— Steve, acho que descobri algo. – Lincoln deu o papel para Steve. – Talvez seja o motivo do sequestro.

De volta a Five 0, Steve estava descobrindo sobre o sequestro de Parker Shu.

— Ao que parece, a vítima era de uma família abastada na vizinhança de Linda. – Danny falou. – Ele foi morto por Ming Su, da família criminosa Su.

— Yakuza. – Adam logo fez a conexão. – Linda deve ter visto a morte e deve ter falado o que sabia sobre Ming. Ele foi preso e agora quer vingança.

— Acha que ela ainda está viva? – Lincoln perguntou para Adam.

— Eu não sei. – Adam admitiu. – Se ela estiver viva, tem pouco tempo. A casa da gangue dos Su fica na Avenida Kalakaua. Era onde eu ia levar o Wo Fat quando ele matou meu pai.

— Pode nos dar o endereço? – Lincoln surpreendeu a todos. – Por favor, Adam.

— Eu nunca esconderia isso. – Adam enviou o endereço. – Eu vendi aquela casa a muito tempo.

— Ninguém está te julgando. – Steve sabia que o homem tinha uma razão. – Agora, que tal vir conosco?

— Certo. – Adam viu Lincoln se preparando. – Dê uma arma ao rapaz. Ele pode ser de ajuda. Enquanto estamos ocupando os membros, ele pode resgatar a garota.

Steve acenou positivamente com a cabeça. Ele sabia exatamente o que o jovem queria fazer e agora era bom ter uma equipe grande. Especialmente para a vaga que pertencia a Quinn Liu, que pediu demissão.

— Temos que matar ela de uma vez. – O líder da gangue apontou para Linda no chão. – O chefe não quer pontas soltas.

— Me dê mais meia hora. – Um dos outros respondeu.

O líder não sabia o que estava acontecendo.

Steve, Danny, Lou, Adam, Júnior, Tani e Lincoln estavam parados na van estacionada quatro casas antes da casa original. Eles foram informados por Adam de uma entrada secreta por uma das casas naquele bairro.

Felizmente ainda pertencia a Adam e estava vazia no momento. Eles entraram e desceram por um túnel embaixo das casas e acabaram em um dos quartos não utilizados pelo bando.

Steve deixou uma pequena estatua cair de propósito. Danno olhou para ele como se dissesse que eles conversariam depois. Eles ouviram passos e a porta se abriu. Steve deu uma gravata no homem enquanto Lou tapou a boca do homem para manter ele quieto. O homem caiu desmaiado no chão.

— Eder? – Um dos comparsas chamou o “amigo”. – Eder? Você está bem?

O homem apontou a arma, mas antes de poder disparar vários tiros soaram e a Five 0 entrou.

— Five 0! – Steve gritou e todos se dividiram. – Abaixa a arma agora.

— Nem pensar. – O rapaz mirou em Steve, mas logo caiu morto.

Lincoln se concentrou na tarefa e correu para o quarto. Ele deu cotoveladas em um dos sequestradores e depois ainda o fez ficar inconsciente.

Ele entrou no quarto e encontrou a garota desmaiada no chão. Ele pegou o estilete do bolso e cortou as cordas e retirou a mordaça.

Quase como se fosse um cavalheiro de armadura brilhante, ele conseguiu tirar Linda viva da casa. Ele havia achado um dos carros da quadrilha e levou Linda para o hospital.

Ele nunca a deixou sozinha no hospital. Apesar de todos ali serem do exército, ele queria garantir que ela estivesse bem.

Steve e Danny entraram no quarto onde a jovem Linda ainda estava dormindo. Ela tinha uma pequena contusão na cabeça onde a arma foi acertada, mas fora aquilo, ela estava bem.

— Foi um belo trabalho seu, Lincoln. – Steve apertou a mão dele. – Acho que você merece um desses.

Steve retirou um distintivo de seu bolso e olhou para ele.

— Seu trabalho provou que a gente pode sempre contar com você. – Danny completou. – E espero que goste de ser alvo de balas.

Lincoln deu um sorriso e Steve queria fazer algo importante.

— Levante a mão direita. – Steve viu o rapaz fazendo. – Repita comigo. Eu juro solenemente defender as leis e pessoas do estado do Havaí.

— Eu juro solenemente, defender as leis e pessoas do estado do Havaí. – Lincoln se sentiu honrado em ter um distintivo.

Linda abriu os olhos e sorriu para os rapazes que faziam sua guarda. Steve deu um pulo na casa da jovem e trouxe com ele a pequena Penelope, que logo se deitou com sua dona.

Ela e Lincoln começaram a namorar alguns meses depois.