Oneshots Havaianas escrita por Any Sciuto


Capítulo 42
Como Steve Conheceu Anna




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Steve estava passeando pelo parque depois de um caso extremamente difícil. Ele havia encontrado fotos de crianças no porão de um rapaz que ele achava ser bom.

Ele precisava de um pouco de ar. E parecia que Danno o havia deixado em paz com seus pensamentos um pouco.

Caminhando pelo rio, ele se sentou e observou dois patinhos se beijando. Ele desejava ter esse amor de volta. Alguém que ele podia acordar e beijar.

Anna andava pelo parque. Ela havia rompido com seu namorado Aaron depois de descobrir que ele era apaixonado por sua melhor amiga. Felizmente ele havia sido homem o suficiente para lhe contar antes que algo rolasse, mas ela não pode deixar de se sentir traída.

Ela estava com sua bolsa da Prada, seus cartões, dinheiro e celulares. Ser representante de uma das empresas mais fashion do Havaí tinha seus próprios encantos.

Um homem estava olhando para Anna andando distraída e correu em direção a ela, arrancando a bolsa. Ele deu risadas quando viu a cara da garota, mas logo começou a correr o mais rápido que conseguia.

Ela ficou puta da vida ao ver a bolsa que gostava ser arrancada do nada de seu braço e tirando os saltos, ela começou a correr atrás do homem.

— Volte aqui, seu canalha! – Anna correu atrás dele, saltando alguns pequenos carrinhos de brinquedo no chão.

Steve ouviu a comoção e viu um homem correndo passar por ele e logo em seguida uma garota de vestido. Ele começou a seguir de perto a movimentação. Algo naquela garota que ele mal conhecia o fez sair para ir atrás dela.

— Volte aqui com a minha bolsa! – Anna estava quase chegando perto quando o safado atravessou uma rodovia.

Steve puxou Anna bem a tempo de impedir um caminhão de atropelar ela, mas quando o perigo passou, ela apenas saiu correndo.

— Meu tipo de mulher. – Steve correu atrás, sabendo que ela ou o ladrão iriam precisar de ajuda.

— Você não me pega princesa. – O ladrão parecia ter superpoderes porque agora eles estavam quase chegando ao final do parque.

— Pense de novo. – Anna literalmente pulou nele, o jogando no chão. – Essa bolsa é minha.

Steve queria intervir, mas ele estava querendo muito descobrir o que ela faria.

Anna pegou a bolsa e ao invés de apenas ir embora, ela bateu no ladrão. Ela deu a primeira direto na cara do homem, a segundo na barriga e a terceira em seus ovos cozidos.

— Nunca roube uma garota que sabe se defender sozinha. – Anna continuou batendo no homem até sentir alguém a pegar. – Me solte, seu idiota. Eu posso ter batido nele, mas ainda me sobra muita energia.

— Eu não estou tentando te impedir de bater nela, garotinha. – Steve a segurou. – Eu não quero que você vá presa.

— Eu posso até ir presa, mas ele vai para o hospital. – Anna sentiu Steve a colocando nos ombros. – De todas as coisas neandertais, me solte agora!

— Você é bem brava, senhorita. – Steve levou Anna e sua bolsa longe do homem, que estava sendo algemado.

— Ela é louca, tentou me matar com aquela bolsa. – Ele tentou se defender.

— É estou sabendo. – Duke disse irônico. – Que pena.

Anna sentiu que estava sendo colocada no chão e então olhou para o homem que havia levado ela para longe e pela primeira vez, ela aproveitou a vista.

— Você está mais calma agora? – Steve olhou para a bolsa. – Hum, Prada, coleção de 2015. Uma beleza dessas não sai por menos de três mil.

— Você conhece bolsas? – Anna estava espantadas. – Você tem alguém em sua vida, garoto?

— No momento, eu estou procurando. – Steve sorriu. – Eu poderia aceitar isso como uma cantada.

— Então, aceite. – Anna sorriu e bebeu seu copo de suco de laranja. – Eu ainda não entendi o porquê de você ter me comprado suco de laranja quando eu preferia uma vodca.

— Você sóbria já é perigosa ainda mais com a bolsa. – Steve a olhou profundamente nos olhos. – Não quero arriscar ser o próximo a levar bolsada.

— Eu me chamo Anna. – Ela tomou a frente na questão de nomes. – Sou editora chefe da Marie Claire do Havaí. E estou solteira.

— Steve McGarrett, agente da Five 0. – Ele apertou a mão dela. – Comandante e ex Seal da marinha. Estou solteiro também.

— Que bom. – Anna sorriu e viu quando Kamekona lhe trouxe raspadinhas. – Obrigada.

— É obrigado, Kamekona. – Steve tirou uma nota de cem. – Que tal trazer mais duas e ficar com o troco?

Kamekona apenas acenou. Ele estava chocado por Steve nem ao menos perguntar o valor e ainda mais por ele ter pago alguma coisa para começo da história.

Steve olhou para Anna quase como se desejasse saber mais sobre a mulher. Ele estendeu a mão para ela, que a pegou sem hesitar.

— Eu vim para esse parque hoje porque meu ex namorado me contou que estava apaixonado pela minha melhor amiga. – Anna começou a se abrir com Steve. – E sabe qual a pior parte? Eu não senti nada. Nem raiva, nem felicidade. Nada.

— Eu acho que você sempre soube que ele não era sua alma gêmea. – Steve viu Anna olhar para ele com uma sobrancelha arqueada. – Quero dizer, eu acho.

— Mas e quanto a você? – Anna queria saber mais sobre Steve. – O que veio fazer nesse parque?

— Um caso extremamente ruim. – Steve não queria assustar Anna. – Envolvendo crianças. Eu precisei vir aqui e ver qualquer coisa para saber que ele não ganhou no final.

— E o que aconteceu ao assassino? – Anna viu Steve hesitar. Ela pegou a mão dele e a colocou na dela. – Não se preocupe, eu adoraria saber que ele morreu.

— Eu o matei. – Steve a viu sorrir. – Você gostou disso?

— Ele era mau, Steve. – Anna tocou o rosto dele e sorriu. – Homens maus e especialmente que fazem mal a crianças merecem a morte.

— E você merece alguém que te ame. – Steve se inclinou e a beijou. Ele se afastou quase como se estivesse arrependido, mas Anna o puxou para ela e o beijou com todo o amor.

Parecia uma daquelas cenas clichês de filmes românticos bobos, mas os dois estavam se beijando de frente ao lago. Na frente do lago onde ele a viu pela primeira vez.

— Eu curti muito esse beijo. – Anna sorriu. – E eu curti ainda mais você, Steve.

— Eu estava me perguntando se é cedo demais te pedir em namoro. – Steve sorria como se tivesse ganhado muitos drinks. – Porque tudo o que eu quero é gritar aos quatro ventos que eu consegui alguém.

— Então, pode gritar. – Anna sorriu contra o peito dele. – Acho que tudo o que aconteceu aqui foi mágico.

— Bem, eu tenho uma coisa mais mágica para te mostrar. – Steve sorriu. – Mas antes, um jantar, filme, qualquer coisa que você queira.

— Qualquer mesmo? – Anna deu um olhar travesso.

Steve sabia então que ele era um homem condenado. E Deus, ele adorava ser.


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