Vida com Dragões escrita por benihime
Notas iniciais do capítulo
Como prometido no capitulo anterior, vamos fechar com chave de ouro nossa grande história. Grandes emoções a seguir para os leitores que chegaram até aqui.
Com um mês desde a vitória sobre os caçadores, uma cerimônia de enterro para os vikings e dragões foi feita, muito estava melhor e muito ainda precisava melhorar.
Os cavaleiros que tinham liberdade para ir até Vanaheim eram do grupo de Soluço, Dagur e Heather. Mais ninguém! Os dragões Sentinelas da ilha tinham respeito por eles e era apenas isso que lhes dava esta liberdade. Sendo assim eles levaram os dragões mortos para que as Sentinelas pudessem dar-lhes seu devido funeral.
Valka, Bocão, Mala, Alvin e Atali vieram junto para ajudar e prestigiar o enterro. Os cinco juraram jamais contar sobre a localização da ilha e seguiram todas as orientações que receberam para lidar com as Sentinelas.
O navio com as partes dos dragões foi parado em uma praia e os cavaleiros viram o grandioso trabalho das Sentinelas em ação. Cada parte de dragão era cuidadosamente carregada e instalada em sua tumba especifica e as Sentinelas escavaram uma tumba escura, localizada na lateral menos iluminada do vale rochoso, onde começaram a colocar as peças dos Fúrias da Noite.
Foi uma visão incrível de trabalho e dedicação, que durou até a metade da tarde.
Depois deste grande evento, os vikings se reuniram para prestigiar seus mortos e comemorarem sua grande vitória. Uma festa farta de comidas, bebidas, muita música e com risos de alegria sendo compartilhados por vikings e dragões.
Com uma semana após estes acontecimentos, os outros líderes levaram seus povos de volta a suas ilhas onde reconstruiriam seus lares e Soluço ficou com os habitantes de Berk no Domínio do Dragão. A ilha serviria como lar temporário até Soluço conseguir pensar em uma alternativa.
A verdade era que não mais queria arriscar os dragões e sua família com gente insana. Deveria achar um local ideal para viverem, em paz, afastado de problemas e com apenas o futuro a suas frentes. Um objetivo baseado no grande desejo de Soluço e em uma decisão firme: A era dos dragões não podia continuar!
Com o tempo outros loucos apareceriam e mais ficariam em perigo! Era hora de realmente viver em paz e longe de problemas.
Já tendo conversado com o conselho e consultado Astrid, Soluço estava certo de para onde iria mudar seu povo. Havia uma ilha grande, exuberante e próxima a Ilha Esconderijo da Cachoeira onde eles poderiam erguer um novo lar. Os vikings ficariam nesta ilha e os dragões poderiam ir e vir entre ambas.
Eram locais perfeitamente habitáveis, longe de qualquer problema e em uma região com um clima bem mais agradável que o usual para aqueles lados do arquipélago. Finalmente o seu grande sonho de uma utopia pacifica e organizada poderia ser realizado.
No dia da mudança, as defesas do Domínio foram desinstaladas e os cavaleiros se despediram dos outros dragões para partir. Os muitos dragões do viveiro e de Berk estavam voando juntos e carregando suprimentos, alguns navios, armas e itens de construção para ajuda-los a começar sua nova vila.
No céu, os cavaleiros avistaram a Fúria da Noite branca os acompanhando. Ela parecia se divertir em se camuflar e depois aparecer do nada. Banguela estava feliz que a amiga estava recuperada de seus machucados e iria retornar com eles para o viveiro.
— Que bom que você também veio! – Soluço e os companheiros compartilhavam aquela alegria toda – E eu já escolhi um nome para você! O que acha de Frigg1? – ele questionou e a dragão pareceu se divertir com a forma que o nome soava.
*(1 — Frigg: Mulher de Odin, a deusa da fertilidade veste um manto que parece com as nuvens – e que muda de cor de acordo com seu humor. Representa a feminilidade e era invocada pelas mulheres nos partos. Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-sao-os-principais-deuses-nordicos/)*
Com Frigg parecendo comemorar seu nome, ela veio em um rasante sobre Soluço e o atirou do céu para brincar com ele. Banguela e ela se encararam um pouco e ele mergulhou para salvar Soluço – ele não havia consertado seu traje de voo. Quase caindo na água, Banguela conseguiu alcançar Soluço e leva-lo de volta para a comitiva de mudança.
Os amigos riam da brincadeira de Frigg e ela continuava a se animar em diversas manobras aéreas, que Banguela acompanhava enquanto Soluço fazia o máximo de esforço para se segurar.
Esta brincadeira se seguiu por horas até os dois finalmente pararem e Soluço conseguir se reorganizar. Estava com o cabelo bagunçado, tonto dos rodopios e com a cabeça doendo depois de ser virado de cabeça para baixo e para cima consecutivas vezes; claro que os vikings e dragões estavam achando tudo muito engraçado e risadas e brincadeiras preencheram o caminho até sua nova casa.
Passando pela Ilha Esconderijo da Cachoeira, indo para oeste de sua costa, chegava-se em uma ilha extensa de planícies e rochedos, com florestas densas e rios e lagos em boa quantidade. Ela parecia perfeita e era, pelo menos, o triplo da extensão de Berk. Construir uma vida ali seria uma grande aventura e o maior prazer.
Com tudo descarregado, Soluço apontou para a direção que os dragões poderiam voar para alcançar o viveiro novamente. Banguela iria com eles e Frigg, integraria Faísca e seu bando de Fornalhas a família do viveiro e, quando fosse possível, viria para a ilha visitar Soluço. Os desafios que enfrentaram, as aventuras que viveram, as decisões que tiveram que tomar e os anos que estiveram juntos, não mudariam aquela amizade tão forte.
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Meses de trabalho para as melhores notícias de todas!
Alvin havia reerguido sua ilha e agora haviam mais Suspiros da Morte morando no local e fazendo seus ninhos. Heather usou os restos da montanha para ajudar na reconstrução de sua vila e de artilharia para catapultas – incluindo em suas notícias que Tesoura de Vento não mais carregava a cicatriz de seu machucado, ela estava muito feliz e satisfeita.
Os Defensores de Asa comemoraram por dias o retorno do Eruptidão e a reconstrução de seu vilarejo. Mala, Dagur, Throk, Mestre Estilhaço e Scorpion estavam muito animados e até mesmo o Eruptidão participou das festividades.
Para as Moças com Asas não foi fácil reconstruir e monitorar os nascimentos em massa dos Chicotes Cortantes. Naquele período muitas fêmeas fizeram ninhos e a desordem na ilha depois do ataque dificultou o controle de proximidade dos machos com os filhotes. Com muito esforço elas conseguiram controlar a situação e vários filhotes escolheram suas Moças.
Soluço se mantinha vigilante sobre seu novo lar. A ilha foi batizada de Nova Berk – pouco original, mas Astrid pensou que simplificar seria o ideal desta vez. Agora havia uma vila grande na extensão da clareira que tinha vista no sentido da Ilha Esconderijo da Cachoeira. Os vikings ainda estavam aprendendo como era o clima da região, mas não demorariam a aprender.
Perna de Peixe se divertia indo até o viveiro ver os dragões, aprender sobre seus hábitos e realizar o primeiro senso anual do grupo. Alguns dragões ainda moravam no vilarejo com as pessoas e outros se mudaram para o viveiro. Havia muito espaço e alternativas, então todos podiam escolher.
Eret era, talvez, o que mais havia mudado. Estava muito mais participativo nas atividades do vilarejo e queria se integrar mais com os moradores. Ele finalmente entendia que nada poderia quebrar os laços entre aquele povo, que suas forças permaneceriam sempre unidas e que, mesmo que discordasse ou brigassem as vezes, sempre que alguém precisasse todos iriam ajudar. Nunca se sentiu em casa daquela forma e finalmente entendia o que Soluço tanto protegia e prezava: a esperança de continuar para o futuro e uma grande família.
Na Ilha dos Caçadores, muito havia mudado. Bartok não conseguia compreender a lição que Soluço deu para Harlock e se arriscou a tentar pratica-la – sua curiosidade devia ser saciada! Harlock também não entendia o que, teoricamente, aprendeu e ainda não conseguia encontrar uma resposta para Soluço sobre a Última Grande Caçada.
Uma vida inteira de caçadas e comércio de dragões agora parecia diferente. Harlock nunca ligou para como os dragões os olhavam quando iam mata-los ou se deveria entender seus sentimentos. Bartok um dia tentou usar a aula de Soluço e todo vilarejo ficou em choque!
Um Nadder estava na ilha e Bartok se ofereceu de isca. Ele guiou o dragão, parou estático de lado, abaixou sua cabeça e estendeu o braço exatamente como Soluço mostrou. O dragão suspeitou no começo, mas estendeu seu rosto até a mão de Bartok. Rugindo com as asas arqueadas, ele se virou e foi embora da ilha.
Aquela lição era um mistério que os caçadores gastariam todo o tempo do mundo para desvendar!
O caminho até ali foi árduo e muito mudou; foi preciso amadurecer e enfrentar barreiras; e um momento épico foi gravado para sempre na história sob a Lenda do Treinador de Dragões. Mas, pela promessa de paz e esperança conquistada para o futuro, valeria retrilhar o caminho quantas vezes fossem necessárias.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Este é o fim! Me digam o que acharam da história - se puderem - porfavor. Irei adorar saber e esperarei para ve-los em futuras histórias!
Até a próxima.