Vida com Dragões escrita por benihime


Capítulo 22
Um Lugar para Viver em Paz


Notas iniciais do capítulo

Como prometido no capitulo anterior, vamos fechar com chave de ouro nossa grande história. Grandes emoções a seguir para os leitores que chegaram até aqui.



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Com um mês desde a vitória sobre os caçadores, uma cerimônia de enterro para os vikings e dragões foi feita, muito estava melhor e muito ainda precisava melhorar.

Os cavaleiros que tinham liberdade para ir até Vanaheim eram do grupo de Soluço, Dagur e Heather. Mais ninguém! Os dragões Sentinelas da ilha tinham respeito por eles e era apenas isso que lhes dava esta liberdade. Sendo assim eles levaram os dragões mortos para que as Sentinelas pudessem dar-lhes seu devido funeral.

Valka, Bocão, Mala, Alvin e Atali vieram junto para ajudar e prestigiar o enterro. Os cinco juraram jamais contar sobre a localização da ilha e seguiram todas as orientações que receberam para lidar com as Sentinelas.

O navio com as partes dos dragões foi parado em uma praia e os cavaleiros viram o grandioso trabalho das Sentinelas em ação. Cada parte de dragão era cuidadosamente carregada e instalada em sua tumba especifica e as Sentinelas escavaram uma tumba escura, localizada na lateral menos iluminada do vale rochoso, onde começaram a colocar as peças dos Fúrias da Noite.

Foi uma visão incrível de trabalho e dedicação, que durou até a metade da tarde.

Depois deste grande evento, os vikings se reuniram para prestigiar seus mortos e comemorarem sua grande vitória. Uma festa farta de comidas, bebidas, muita música e com risos de alegria sendo compartilhados por vikings e dragões.

Com uma semana após estes acontecimentos, os outros líderes levaram seus povos de volta a suas ilhas onde reconstruiriam seus lares e Soluço ficou com os habitantes de Berk no Domínio do Dragão. A ilha serviria como lar temporário até Soluço conseguir pensar em uma alternativa.

A verdade era que não mais queria arriscar os dragões e sua família com gente insana. Deveria achar um local ideal para viverem, em paz, afastado de problemas e com apenas o futuro a suas frentes. Um objetivo baseado no grande desejo de Soluço e em uma decisão firme: A era dos dragões não podia continuar!

Com o tempo outros loucos apareceriam e mais ficariam em perigo! Era hora de realmente viver em paz e longe de problemas.

Já tendo conversado com o conselho e consultado Astrid, Soluço estava certo de para onde iria mudar seu povo. Havia uma ilha grande, exuberante e próxima a Ilha Esconderijo da Cachoeira onde eles poderiam erguer um novo lar. Os vikings ficariam nesta ilha e os dragões poderiam ir e vir entre ambas.

Eram locais perfeitamente habitáveis, longe de qualquer problema e em uma região com um clima bem mais agradável que o usual para aqueles lados do arquipélago. Finalmente o seu grande sonho de uma utopia pacifica e organizada poderia ser realizado.

No dia da mudança, as defesas do Domínio foram desinstaladas e os cavaleiros se despediram dos outros dragões para partir. Os muitos dragões do viveiro e de Berk estavam voando juntos e carregando suprimentos, alguns navios, armas e itens de construção para ajuda-los a começar sua nova vila.

No céu, os cavaleiros avistaram a Fúria da Noite branca os acompanhando. Ela parecia se divertir em se camuflar e depois aparecer do nada. Banguela estava feliz que a amiga estava recuperada de seus machucados e iria retornar com eles para o viveiro.

— Que bom que você também veio! – Soluço e os companheiros compartilhavam aquela alegria toda – E eu já escolhi um nome para você! O que acha de Frigg1? – ele questionou e a dragão pareceu se divertir com a forma que o nome soava.

*(1 — Frigg: Mulher de Odin, a deusa da fertilidade veste um manto que parece com as nuvens – e que muda de cor de acordo com seu humor. Representa a feminilidade e era invocada pelas mulheres nos partos. Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-sao-os-principais-deuses-nordicos/)*

Com Frigg parecendo comemorar seu nome, ela veio em um rasante sobre Soluço e o atirou do céu para brincar com ele. Banguela e ela se encararam um pouco e ele mergulhou para salvar Soluço – ele não havia consertado seu traje de voo. Quase caindo na água, Banguela conseguiu alcançar Soluço e leva-lo de volta para a comitiva de mudança.

Os amigos riam da brincadeira de Frigg e ela continuava a se animar em diversas manobras aéreas, que Banguela acompanhava enquanto Soluço fazia o máximo de esforço para se segurar.

Esta brincadeira se seguiu por horas até os dois finalmente pararem e Soluço conseguir se reorganizar. Estava com o cabelo bagunçado, tonto dos rodopios e com a cabeça doendo depois de ser virado de cabeça para baixo e para cima consecutivas vezes; claro que os vikings e dragões estavam achando tudo muito engraçado e risadas e brincadeiras preencheram o caminho até sua nova casa.

Passando pela Ilha Esconderijo da Cachoeira, indo para oeste de sua costa, chegava-se em uma ilha extensa de planícies e rochedos, com florestas densas e rios e lagos em boa quantidade. Ela parecia perfeita e era, pelo menos, o triplo da extensão de Berk. Construir uma vida ali seria uma grande aventura e o maior prazer.

Com tudo descarregado, Soluço apontou para a direção que os dragões poderiam voar para alcançar o viveiro novamente. Banguela iria com eles e Frigg, integraria Faísca e seu bando de Fornalhas a família do viveiro e, quando fosse possível, viria para a ilha visitar Soluço. Os desafios que enfrentaram, as aventuras que viveram, as decisões que tiveram que tomar e os anos que estiveram juntos, não mudariam aquela amizade tão forte.

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Meses de trabalho para as melhores notícias de todas!

Alvin havia reerguido sua ilha e agora haviam mais Suspiros da Morte morando no local e fazendo seus ninhos. Heather usou os restos da montanha para ajudar na reconstrução de sua vila e de artilharia para catapultas – incluindo em suas notícias que Tesoura de Vento não mais carregava a cicatriz de seu machucado, ela estava muito feliz e satisfeita.

Os Defensores de Asa comemoraram por dias o retorno do Eruptidão e a reconstrução de seu vilarejo. Mala, Dagur, Throk, Mestre Estilhaço e Scorpion estavam muito animados e até mesmo o Eruptidão participou das festividades.

Para as Moças com Asas não foi fácil reconstruir e monitorar os nascimentos em massa dos Chicotes Cortantes. Naquele período muitas fêmeas fizeram ninhos e a desordem na ilha depois do ataque dificultou o controle de proximidade dos machos com os filhotes. Com muito esforço elas conseguiram controlar a situação e vários filhotes escolheram suas Moças.

Soluço se mantinha vigilante sobre seu novo lar. A ilha foi batizada de Nova Berk – pouco original, mas Astrid pensou que simplificar seria o ideal desta vez. Agora havia uma vila grande na extensão da clareira que tinha vista no sentido da Ilha Esconderijo da Cachoeira. Os vikings ainda estavam aprendendo como era o clima da região, mas não demorariam a aprender.

Perna de Peixe se divertia indo até o viveiro ver os dragões, aprender sobre seus hábitos e realizar o primeiro senso anual do grupo. Alguns dragões ainda moravam no vilarejo com as pessoas e outros se mudaram para o viveiro. Havia muito espaço e alternativas, então todos podiam escolher.

Eret era, talvez, o que mais havia mudado. Estava muito mais participativo nas atividades do vilarejo e queria se integrar mais com os moradores. Ele finalmente entendia que nada poderia quebrar os laços entre aquele povo, que suas forças permaneceriam sempre unidas e que, mesmo que discordasse ou brigassem as vezes, sempre que alguém precisasse todos iriam ajudar. Nunca se sentiu em casa daquela forma e finalmente entendia o que Soluço tanto protegia e prezava: a esperança de continuar para o futuro e uma grande família.

Na Ilha dos Caçadores, muito havia mudado. Bartok não conseguia compreender a lição que Soluço deu para Harlock e se arriscou a tentar pratica-la – sua curiosidade devia ser saciada! Harlock também não entendia o que, teoricamente, aprendeu e ainda não conseguia encontrar uma resposta para Soluço sobre a Última Grande Caçada.

Uma vida inteira de caçadas e comércio de dragões agora parecia diferente. Harlock nunca ligou para como os dragões os olhavam quando iam mata-los ou se deveria entender seus sentimentos. Bartok um dia tentou usar a aula de Soluço e todo vilarejo ficou em choque!

Um Nadder estava na ilha e Bartok se ofereceu de isca. Ele guiou o dragão, parou estático de lado, abaixou sua cabeça e estendeu o braço exatamente como Soluço mostrou. O dragão suspeitou no começo, mas estendeu seu rosto até a mão de Bartok. Rugindo com as asas arqueadas, ele se virou e foi embora da ilha.

Aquela lição era um mistério que os caçadores gastariam todo o tempo do mundo para desvendar!

O caminho até ali foi árduo e muito mudou; foi preciso amadurecer e enfrentar barreiras; e um momento épico foi gravado para sempre na história sob a Lenda do Treinador de Dragões.  Mas, pela promessa de paz e esperança conquistada para o futuro, valeria retrilhar o caminho quantas vezes fossem necessárias.


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Notas finais do capítulo

Este é o fim! Me digam o que acharam da história - se puderem - porfavor. Irei adorar saber e esperarei para ve-los em futuras histórias!
Até a próxima.



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