Vida com Dragões escrita por benihime
Notas iniciais do capítulo
Vamos ver como nossos amados Banguela e Soluço vão se virar em sua nova vida nesta nova sequência dupla de capitulos. Aproveitem e comentem se puderem, porfavor.
Banguela voou rapidamente até o viveiro de dragões e logo foi em busca da amiga que tanto queria continuar a conhecer. Usando a reverberação de sons para se guiar, não deveria demorar.
Dentro do viveiro, os dragões começavam a se aglomerar novamente, mas nenhum atacava Banguela. Ele não deu muita importância a isso, já que ele era um dragão alfa era normal chamar a atenção dos outros dragões. O que realmente queria era encontrar a Fúria da Noite branca, o que não estava dando certo.
Então ele começou a rugir em busca dela e a voar para o fundo da caverna. Na teoria pelo menos. A caverna não tinha um fundo! Aquela parede era apenas uma ilusão de ótica criada ao longe pela similaridade entre o terreno e a pedra. O que realmente havia ali era um extenso e magnifico jardim!
Plantas coloridas, grama verde, flores, árvores, baixas pedras, pequenos lagos de água doce, bastante espaço para voar e ninhos nas paredes. O viveiro ainda escondia muitas surpresas, mas nenhuma como a que chocou Banguela. O dragão alfa de Drago estava sendo alimentado pelos outros dragões enquanto repousava.
Banguela podia ver claramente que o dragão estava ainda cansado e tinha uma grande quantidade de ferimentos, mas, acima de tudo, reparou na ausência de sua outra presa. Quando ele notou que Banguela o observava, o alfa se levantou e todos os dragões se afastaram. Um possível confronto entre dragões alfa estava prestes a começar.
Mas não começou. O alfa fez todo o esforço para cumprimentar Banguela adequadamente (colocando uma de suas patas da frente para trás e inclinando a frente de seu corpo) e foi retribuído por um gesto compreensivo de Banguela (ele fechou seus olhos e fez um rápido ‘positivo’ com sua cabeça). Ali estava a prova incontestável que o alfa dominante era Banguela.
Por mais que aquela comunidade não tivesse um dragão dominante, rugidos começaram no vale e subiram as planícies, reverberando e ecoando nas paredes do viveiro. Os dragões pareciam avisar que havia um alfa e, aqueles que Banguela conseguia ver, se sentavam ou o cumprimentavam em cortesia.
Banguela não pertencia a Espécie Alfa e, mesmo que fosse um alfa em Berk, não esperava que, logo após sua chegada no viveiro, ele seria reconhecido e aceito sem nenhuma demora na comunidade do viveiro. Surpreso ou não, ele ficou feliz quando a comoção de dragões fez a Fúria da Noite branca aparecer, em voo, a sua frente.
Ambos rugiram entre si e ela moveu sua cabeça em uma direção do vale, como se o chamasse para acompanha-la. Sem esperar, ele alçou voo e ambos seguiram pelo vale até uma plataforma rochosa alta, ampla e coberta com musgo fluorescente – esta o hall de entrada para uma caverna com uma rasa cobertura de gramíneas.
A dragão admitia sua curiosidade pelo retorno do Fúria da Noite preto. Ele estava sem o humano que o acompanhou das outras duas vezes e não parecia mais usar aquelas cordas estranhas espalhadas pelo corpo; inclusive, agora, os dois lados de sua cauda tinham a mesma cor e aparência.
Se os dragões do viveiro tinham aceito ele e ele veio sem o humano, então provavelmente poderia ficar ali com ela. A caverna era grande o suficiente para, pelo menos, quatro ou cinco dragões, então ela grunhiu olhando para Banguela e para dentro da caverna. Ele engoliu a seco e entrou devagar no espaço da dragão.
Ele lentamente explorava os cantos do local, até ela começar a emitir alguns chiados e correr animada. Banguela se sentiu mais à vontade e acompanhou a animação dela; até ambos precisarem parar para ver o que era a comoção que vinha de fora. Altos sons de asas batendo e rugidos baixos de dragões entravam pela caverna.
Na beirada da plataforma de pedra, ambos viram inúmeros dragões do viveiro reunidos. Filhotes, adultos, pequenos, grandes, classe marinha e a Espécie Alfa, todos juntos ficaram em silencio e encarando quando Banguela apareceu. Sem entender o que acontecia, ele olhou para sua amiga e ela apenas lhe deu espaço, de cabeça baixa, com três passos para o lado.
O movimento dela foi acompanhado pelos outros dragões e foi neste momento que Banguela entendeu aquilo como uma cerimonia de aceitação dele como o alfa do viveiro – não que eles precisassem ou ele quisesse, mas a ideia de poder ajudar seu novo lar com sua experiência era ótima. E ele a aceitou!
Rugindo alto e de forma prolongada, o eco varou o lugar e, quando parou, um coro conjunto de rugidos dos outros dragões gerou o novo eco. Agora era definitivo a nova responsabilidade de Banguela e o começo de sua nova vida – pela qual ele nunca poderia agradecer Soluço o suficiente ou se esquecer de tudo que viveram.
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Em Berk, Soluço e sua turma mantinham a ordem.
Ele avisou aos seus aliados sobre a partida de Banguela e que, mesmo assim, deveriam ficar em alerta para o ataque já prometido por Harlock. Manter-se focado no trabalho estava ajudando Soluço a não pensar na partida de Banguela, mas Astrid insistia parra que em algum momento, dos últimos 3 dias, ele se desse o direito.
Seu apoio e companhia eram todo necessário para Soluço poder pensar em seu amigo e aceitar sua partida. Astrid tinha que admitir que preferiria estar enfrentando uma batalha a ter que passar por tamanha dificuldade, mas os conselhos de Valka e a ajuda dos amigos tiravam muito do peso de seus ombros e conseguiam manter Soluço firme e forte.
Invariavelmente, ela não podia deixar de entristecer quando Soluço parava estático e pensativo frente a estátua de Stoico ou encarando o horizonte e o céu.
Durante o período de alerta em que se manteriam, ele suspendeu as corridas de dragões e incentivou que o povo revessasse um trabalho conjunto de suporte e preparação. Quem não estava ajudando com treinos, vigia ou preparação do arsenal podia ajudar com alimentação, apoio moral, checagem de estoque, controle de informações, correspondência com aliados e preparação do Domínio do Dragão – algumas defesas precisavam ser reerguidas.
Manter o trabalho em grupo e focado estava ajudando a evitar tensão e medo pela batalha que deveria vir – algo mais que necessário depois de mais de uma semana de espera pelo ataque que ainda não veio.
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Harlock recebia de Bartok as atualizações sobre seus preparativos de guerra.
— Navios? – Harlock questionava.
— Toda frota está pronta! Com os reforços estruturais que pediu e separadas pelos ataques planejados. – Bartok imediatamente respondia e Harlock passava para próxima.
— Artilharia de primeiro ataque?
— Todos os dragões Fornalha que reunimos estão em espera.
— Prazo?
— Ainda estamos dentro das duas semanas previstas de preparação. Apenas estamos esperando a atualização de informações que nos foi prometida.
— Entendo. Gastos?
— Foi preciso acionar nossas reservas para nos prepararmos de forma preventiva contra o Domador de Dragões; mas a vitória desta batalha irá garantir a reposição destes gastos e lucros inimagináveis com os dragões raros que iremos adquirir.
— Muito bem. Estamos prestes a começar nossa caçada. – admirando o horizonte com um sorriso cruel de satisfação e ansiedade, Harlock terminava – Apenas me aguarde! Eu juro que você será meu, dragão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Um desfecho com epilogo e espaço para descobrir o que o 2º capitulo da sequência aguarda!