A semana avia passado tranquila, era sábado de manha e eu estava me preparando para ir a com as crianças a pequena feira gastronômica. Assim que abri a porta tive uma surpresa.

 

_Olá. Você é Annelise Johnson?

 

Um homem bem alto e moreno estava na minha porta.

 

_Sim.

 

Respondi meio confusa. Oque sera que ele queria?

 

_Meu nome é Joseph.

 

_Oque posso ajuda-lo?

 

_Eu estou procurando minha filha. Vitoria.

 

_Oh, eu vou chama-la. Por que o senhor não entra. Pode se sentar eu vou chama-la.

 

Tratei logo de subir as escadas correndo e fui direto para o meu quarto.

 

_VITORIA!

 

_Oque foi mulher?

 

Ela deu um pulo da cama.

 

_Seu pai esta lá embaixo.

 

_Meu pai?!

 

_Sim.

 

_Oque eu faço agora?

 

Começamos a andar de um lado para o outro.

 

_Eu não sei.

 

_Como ele esta?

 

_Parece calmo.

 

_Ah, isso é bom.

 

_É. Eu acho.

 

_Oque eu vou fazer?

 

_Descer e falar com ela horas.

 

_Falar oque?

 

_Calma. Muita calma nessa hora.

 

_Vem comigo falar com ele?

 

_Tá.

 

Sai indo em direção a porta quando me lembrei, as crianças.

 

_Espera! Eu tenho que levar as crianças a feira.

 

_O Lucas não pode levar?

 

_Ele tá dormindo. Mais eu acordo.

 

Saímos do quarto e paramos em frente a porta do quarto do Lucas.

 

_Lucas! Lucas!

 

Eu gritei e nada dele responder então abri a porta e entrei. Ele estava lá deitado na cama todo esparramado parecia um bebê.

 

_LUCAS!

 

Dei um enorme grito em seu ouvido o que fez ele pular da cama assustado.

 

_Você fico maluca mulher!

 

_Eu te chamo e você não atende. Achei que estivesse surdo.

 

_O que você quer? Hoje é sábado.

 

Sentei na beirada da cama e olhei seria para ele.

 

_O pai da Vitoria esta aqui.

 

_E agora?

 

_Agora nós vamos conversar.

 

Lucas me olhou com uma expressão indescritível.

 

_Eu preciso que você leve os pequenos a feira e traga legumes.

 

_Quer que eu deixe vocês duas sozinhas.

 

_É ate acalmarmos a fera. Olha ele não parece estar nervoso.

 

_Por precaução eu só vou sair quando estiver tudo resolvido tá?

 

_Ok. Obrigada.

 

Levantei e fui ate o corredor onde Vick já estava aflita.

 

_Vamos.

 

Disse e em seguida descemos ate a sala onde Joseph estava em pé olhando os porta retratos. Assim que ele percebeu a Vitoria sua face preocupada se transformou em uma de alivio na hora. Ele sorriu e isso foi carta branca para Vitoria ir abraça-lo.

 

_Filha. Graças a Deus que você esta bem. - ele disse com lágrimas nos olhos.

 

_Pai. Senti sua falta. Quando o senhor voltou?

 

_Ontem a noite. A maluca da sua mãe me contou tudo. Fiquei desesperado quando ela disse que você avia ido embora.

 

Ela não foi embora foi expulsa.

 

_Como me encontrou aqui?

 

_Bem, você sempre me falou da Annelise e de como ela era sua amiga então o primeiro lugar que me veio a cabeça foi a casa dela.

 

Nesse momento ele olhou pra mim e sorriu.

 

_Obrigada Anne.

 

_De nada. A Vitoria é minha amiga eu não poderia deixa-la na rua.

 

Eu sorri e Joseph e Vitoria se abraçaram de novo. Esta vamos indo bem.

 

_Pai, você sabe da...

 

_Gravidez? Sim eu sei.

 

_E oque o senhor acha?

 

_Você fez uma besteira Vick e isso é a verdade. - ele disse sereno - Mais eu não concordo com a sua mãe. Nada de aborto. Você terá essa criança.

 

Vick abriu um enorme sorriso nessa hora. Que bom!

 

_Obrigada pai.

 

_Mais você precisa voltar pra casa com...

 

_Não. Eu não vou voltar a morar com a mamãe.

 

_Filha...

 

_Ela quer tirar o meu filho pai. E onde meu filho não é bem vindo eu também não sou.

 

_Tudo bem. Você vai ter que me dar um tempo para eu arrumar um lugar pra gente ficar.

 

_Como assim pai?

 

_Eu e sua mãe iremos nos separar.

 

_Oque?

 

_Não dá mais Vitoria. Nós já aviamos brigado por vários outros motivos. E agora essa, de colocar você para fora de casa. Foi a gota d'água.

 

_Eu sinto muito pai.

 

_Não sinta. Vai ser melhor assim.

 

Joseph sorriu mais se via que não estava nada bem. O que sera que esta acontecendo com a família da minha amiga?

 

_Agora temos que ver onde você ira ficar.

 

_Ela pode continuar aqui. - Me pronunciei.

 

_Não Anne. Foi muita gentileza sua mais ai já estaria abusando.

 

_Que isso. Eu já imaginava a Vick morando aqui pra sempre. - rimos e depois a Vick disse:

 

_Eu me sinto muito bem aqui pai.

 

_Então tá. Você ficara aqui ate eu achar um apartamento pra gente.

 

 

Joseph se levantou abraçou Vitoria e fomos ate a porta. Depois da despedida ficamos mais tranquilas estava tudo indo bem. Sorrimos uma para outra e depois no jogamos no sofá. Lucas vinha descendo as escadas e nos viu sentada.

 

_O que aconteceu?

 

_Deu tudo certo Lu.

 

Disse Vick com um sorriso enorme.

 

_Graças a Deus.

 

_Viram? Ninguém escapa de uma boa conversa.

 

_É dono Lucas. Como sempre você tem razão.

 

_Achei isso irônico Annelise.

 

Cheguei perto do meu irmão e disse.

 

_E foi.

 

_Bem gente eu vou dar uma saída e já volto.

 

_Onde você vai?

 

_Pegar os meus equipamentos.

 

Vitoria e eu nos olhamos confusas.

 

_Equipamentos? - ela perguntou curiosa.

 

_Não faço ideia.

 

Subimos para o quarto e ficamos um bom tempo conversando quando ouvimos a campainha. Eu desci para abrir a porta.

 

_Oi. - ele disse sorrindo.

 

_Oi Matheus. O que você quer?

 

_Nossa é assim que você trata as visitas?

 

_As inconvenientes sim.

 

_Quer dizer que eu sou inconveniente? - ele disse se aproximando do meu rosto.

 

_Claro que é. - disse me afastando e indo em direção a cozinha.

 

_Onde está seu irmão?

 

_Ele foi pegar os ''equipamentos''. Que historia é essa.

 

_''Equipamentos'' ''Futebol''.

 

_Hum.

 

_O que esta fazendo?

 

_Lanches.

 

_Que cheiro bom. Você cozinha bem.

 

_Desculpe mais eu me recuso a aceitar elogios do cara que colocou areia nos meus cabelos.

 

_Foi por isso que você pintou de roxo? - disse ele rindo como uma hiena.

 

_Não eu pintei por que acho bonito. E você por que escureceu o seu? Pra não pensarem que você é mais burro do que aparenta?

 

Ele parou e estava com uma expressão triste e depois seria.

 

_Posso esperar seu irmão na sala? - ele disse sereno.

 

_Claro.

 

Ele caminhou ate a sala e eu me senti culpada. Depois que terminei de fazer os sanduíches fui até a sala levar um pra ele.

 

_Aqui seu lanche.

 

_Obrigado.

 

_Disse alguma coisa que errada?

 

_Não.

 

Fiquei meio sem graça então continuei ali sentada.

 

_Pode ir empregada.

 

_Como?

 

_Eu gosto de comer sozinho.

 

_Que abuso. Olha aqui por que você não para...

 

Antes que eu pudesse terminar a frase ouvimos a porta se destrancar era Lucas.

 

_Oi gente. - Lucas parou e nos olhou _Algum problema?

 

_Nenhum. Sua doce irmã me preparou um lanche enquanto você não estava.

 

_Ótimo. Poe pra mim também Anne.

 

_Por que não coloca você mesmo.

 

Saí e deixei os dois sozinhos.

 

_O que deu nela.

 

_TPM.

 

Fui correndo para o meu quarto e bati a porta bem forte. Quem ele pensava que era? Garoto estranho.

 

_O que foi que aconteceu?

 

_Nada Vick.