Travelers escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Travelers




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P.O.V. Jean.

Tem algo que não se encaixa. Trevor Holden, o maior babaca da escola, capitão do time de futebol ajudou uma garota ontem se colocando contra a própria namorada.

E eu vou descobrir o que tá acontecendo. Eu o segui até um prédio abandonado e ouvi uma conversa interessante.

Entrei no prédio pelo telhado e fiquei escondida, pendurada de ponta cabeça. Sou boa com levitação.

—O que foi esse barulho?

—Eu não sei. Vão verificar.

Eu conheço aquele lá. Ele é amigo da minha mãe, é o Agente Grant MacLaren. Ele é do F.B.I.

Os outros saíram só ficou ele. Então, decidi testar a teoria.

—Oi tio Grant.

—Oi. Querida...

—Você não faz ideia de quem eu seja, faz? Viajante.

—Não tinha... Você?

—Eu sabia que o Travor Holden tava bonzinho de mais. O cara era um babaca, ele era um encrenqueiro de primeira. Mas, você não é o Travor Holden, é?

Puxei a faca, mas ele não reagiu como deveria. Ele não ficou chocado, ou assustado.

—Ok. Agora eu to confusa. Um viajante que não tem medo dessa faca?

—É apenas uma faca.

—Ou você é um ótimo mentiroso ou realmente não faz a menor ideia do que eu estou falando.

Liguei a minha telepatia e as mentes deles eram diferentes. Não havia mais de uma mente, só uma.

—Só uma consciência. Só o viajante não o passageiro. Isso não faz sentido, mesmo com o feitiço correto, o passageiro ainda fica dentro do próprio corpo. Ele não some.

—Feitiço?

O viajante dentro do corpo do tio Grant me apontou uma arma.

—É. Você definitivamente não é o tio Grant. Porque se fosse, saberia que...

Ele disparou. Dois tiros no meu peito.

—Essa coisa não vai me machucar.

Coloquei-o facilmente contra a parede.

—Fala. Quem é você? E o que fez com o tio Grant?

—Nenhum ser humano se move tão rápido.

—Correto. Agora responde antes que eu quebre o seu braço.

—Ai. Você é forte demais para alguém da sua idade. 

—Tudo bem, talvez... eu deva usar uma aproximação alternativa.

Soltei ele.

—Relaxa, o seu braço não tá quebrado.

—Eu atirei no seu peito. Você devia estar...

—Morta? É. Tudo bem. Ele não é o tio Grant, então... nada de promessa quebrada.

—O que?

P.O.V. Travor.

Ela olhou nos olhos do MacLaren e começou a perguntar e ele começou a responder. A verdade.

—Quem é você, de verdade?

—Eu sou o viajante dois quatro seis oito.

—De onde você veio?

—Do futuro.

—Porque?

—Para salvar a humanidade.

—De que?

—De si mesma.

—Todos os outros que estão aqui são como você?

—Sim.

Então ela parou.

—Cacete.

—O que... Porque eu disse isso?

—Esqueci uma pergunta.

Ela forçou o MacLaren a olhar pra ela.

—O que aconteceu com as almas que estavam dentro dos corpos? O que aconteceu com os hospedeiros?

—Eles morreram.

—Como você se fez passageiro dentro do tio Grant?

—Sobreposição de consciência.

Então ela começou a chorar.

—Você matou ele?

—Não. Grant MacLaren iria morrer de qualquer forma.

—Quando ele morreu?

—Vinte de abril de dois mil e dezoito.

Ela parou de novo.

—Você tá louco MacLaren?! O Diretor vai...

—Eu não queria falar. Eu só... falei. Tentei evitar, mas...

—Não pôde. Viajantes do futuro. E como é o futuro?

—É horrível.

—Então, a humanidade finalmente conseguiu. Os mundanos finalmente conseguiram. Apertaram o botão de auto-destruição? Uau! To chocada. 

—Está sendo irônica.

—É bem o que vocês merecem mesmo. Porque não adianta, falar, não adianta escrever. Não desperdicem água, não joguem poluentes na atmosfera, preserve a natureza. Sou  uma ecologista hippie maluca. Eu posso ver?

—O que?

—Eu quero acessar as suas memórias. Eu quero ver a humanidade se afogando na própria merda. Eu posso ver?

—Isso te deixa feliz?

—Pra falar a verdade, sim e não. Não porque nós fracassamos, enquanto servas da natureza é nosso dever manter o equilíbrio e proteger a vida em todas as suas formas. Mas, sim porque finalmente a humanidade começou a dar valor á tudo o que tinha e jogou fora. Vocês tem tudo. Água, colheitas saudáveis, ar pra respirar, terra pra plantar. Mas, derrubam árvores para que suas casas sejam maiores que as outras casas. Queimam florestas inteiras pra plantar grama. Então, eu sinto muito se eu não tenho pena de vocês.

—Está certa. Mas, estamos aqui para tentar concertar as coisas.

—Vocês já foderam tudo mesmo. O que tem á perder?

—Nada eu suponho.

—Menino, você fede a heroína. Eu sinto o cheiro da droga no seu sangue á quilômetros.

—Sente o cheiro do sangue dele?

—Eu sinto o cheiro do sangue de todo mundo. E eu vou te ajudar a ficar limpo, quer você queira ou não.

—Eu preciso da droga se não...

—Suas mãos tremem, você tem cólica no estômago e parece que a sua cabeça vai rachar. Acertei?

—É. Você...

—Não. Mas, estou tentando salvar a humanidade de se auto-destruir a mais tempo que você. Tenho uma coisa que vai te ajudar com as crises de abstinência. Eu sou a Jean Mikaelson, á propósito.

—Marcy Warton.

—Philip Pearson.

—Carly Shannon.

—Muito prazer. Amanhã eu volto e trago seu remédio.

 


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