Tudo estava sombrio, não se via uma luz, um breu sem fim. Ela estava sozinha, estava com suas pernas, mas a única coisa que aquele local possuía era presença da azulada.

Ela começou a gritar, onde estava Alya? E Nino? E Adrien? Não havia ninguém.

Quando de repente, três luzes surgiram, em baixo de cada uma delas estava um de seus respectivos amigos, o engraçado é que cada um estava com uma cor diferente. Sobre Alya estava uma luz laranja, já em Nino a luz era verde e em Adrien era uma luz preta, podia dizer que conseguir vê-lo era um desafio.

Foi em direção deles, queria saber o que estava acontecendo, até que notou uma coisa, eles também estavam vindo em sua direção, então ela começou a correr ao encontro dos amigos.

Quando estava os alcançando, ouviu uma espécie de explosão ao fundo. Haviam várias mariposas brancas que se juntaram e após se separaram formando um ser, parecia um humano, mas era impossível ver o rosto.

Ouviu a voz de Alya gritando:

—Marinette, corre!

Sem esperar, ela correu a direção contrária do ser misterioso, nem precisava vê-lo para saber que era perigoso. Suas pernas já estavam cansando, há quanto que estava correndo por aquela escuridão infinita? O monstro - Ao menos pensava que era um. – Ainda estava a perseguindo? Ousou olhar para trás, sabia que era perigoso, mas tinha que saber se o ser ainda estava atrás dela.

Ao se virar, viu apenas a criatura. Alya, Nino e Adrien haviam desaparecido, o que aquilo tinha feito com eles? Será que estavam feridos ou pior? Continuou a correr, apesar que seu coração dizia para se virar e enfrentar o ser.

Corria sem parar, não queria ao menos pensar em parar. De repente, a figura de Adrien se fez presente em sua frente, ele gritou:

—Por aqui!

Ela apenas o seguiu e quanto mais se aproximava pode notar outra coisa se materializando em sua frente: Uma porta. Era de vidro totalmente transparente, podia ver que depois dela estaria em um corredor claro, cheio de luz, diferente daquele local em que estava agora.

Adrien já estava parado na porta, mas por que ele não entrava? Marinette finalmente o alcançou:

—Mari, entra!

—O quê?

—Entra na porta, assim você vai ficar segura!

—Mas, e você?

—Alguém tem que distrair ele.

—Não... Dá tempo de você entrar!

—Ele pode nos seguir, não quero correr o risco, um de nós dois tem que se sacrificar!

—Então você entra e eu fico!

—Não! Entra logo na sala!

—Eu não vou te deixar. –A azulada já podia sentir as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. O loiro colocou uma das mãos no rosto dela e acariciou sua bochecha, logo depois a puxou para um abraço.

—Eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você, M’Lady! – Sussurrou no ouvido da azulada.

Adrien havia a abraçado para abrir a porta sem que ela percebesse e a empurrasse para dentro. Ele fechou o local com uma chave, mas a azulada colocou a mão no vidro e começou a chorar, gritava o nome dele. Logo viu uma nuvem de borboletas negras se aproximar cada vez mais do garoto, ela batia a mão no vidro tentando quebra-lo, queria tirar o loiro dali, não queria que nada de ruim acontecesse com ele, porém parecia que era impossível destruir aquela coisa transparente que separava os dois.

As borboletas negras começaram a envolver o loiro, e as últimas palavras que ouviu foi:

—Eu amo você!

Começou a gritar, será que ele havia morrido?

Começou a sentir alguma coisa no seu rosto, parecia que algo estava batendo ali, quando de repente, do fim do corredor, veio um objeto e atingiu-a no rosto, e foi assim que ela acordou. Com uma almofada na cara e Alya dizendo:

—Finalmente, você acordou, hein?

A reação imediata de Marinette foi abraça-la, pronunciando as palavras:

—Que bom que você está bem! – As lágrimas começaram a escorrer de seu rosto.

Alya não estava entendendo nada, apenas retribuiu o abraço da amiga.