Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

OIE MEUS AMORES ❤️
Depois de 84 anos eu finalmente voltei aqui (nem sei se ainda tenho leitores ou se sobrou alguém nessa plataforma kkk)!
Começo aqui dizendo que nas notas finais tem uma pergunta muito importante pra vocês, então por favor LEIAM ❤️
Obrigada a todos os comentários, favoritos, acompanhamentos e recomendações! Essa história significa muito pra mim e eu fico feliz em ver ela ganhando tudo isso ❤️



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Os últimos acontecimentos eram quase como um borrão para a garota de cabelos ruivos. Ela se lembrava da briga com a irmã, de como havia ficado assustada, como sua magia simplesmente saiu do controle e por fim, se lembrava dele e seu olhar preocupado.

James a levou para longe e ela nem ao menos se atentou ao caminho. Confiava nele de olhos fechados e só queria que todo aquele sentimento sufocante fosse embora.

Agora, olhando para o quarto grande e luxuoso que trazia uma decoração vermelha, além de diversos itens de decoração sobre Quadribol, ela sabia que estava na casa de James Potter.

Um tanto curiosa, Lily olhou ao redor, não conseguindo evitar se perder em todos aqueles pequenos detalhes do garoto de cabelos arrepiados. Ela conseguia ver todas as nuances do jogador de quadribol presentes nos detalhes e não pôde evitar sorrir ao ver o mural de fotos, recheado de diversos momentos dele com os amigos, com os pais e até mesmo com ela.

Na fotografia, James sorria enquanto a ruiva claramente gritava com ele por alguma coisa. Ele não prestava atenção, o que a deixava ainda mais vermelha de raiva, principalmente porque ela sabia que geralmente após suas repreensões, ele logo mandaria alguma cantada.

—Vou ter que pedir desculpas, não ouvi uma palavra do que você disse nesse dia. -A voz de Potter se fez presente atrás de si.

—Eu imaginei. -Murmurou dando um leve sorriso. -Você nunca ouve as minhas broncas, né?

—Não mesmo. -Ele disse rindo e se aproximando, passando os braços em torno da cintura dela e a abraçando por trás. -Ei, você está se sentindo melhor?

—Não muito. 

—Quer falar sobre o que aconteceu? -Perguntou lhe dando beijos na bochecha e ela se calou, não fazia ideia de como começar. -Chegou uma coisa pra você.

—O quê?

—Uma carta do ministério. 

—Eu fui expulsa? -Sussurrou baixinho, sentindo o peso daquela dúvida em seus ombros.

—Não, ainda não. -A tranquilizou, fazendo com que ela respirasse aliviada. -Eles enviaram obliviadores para a sua casa, mas como descobriram que apenas sua família estava lá, acabou não sendo necessário apagar o incidente.

—Apenas minha família? E o que houve com o namorado da Petúnia?

—Eles não disseram nada sobre ele. -James disse, dando de ombros. -Eles recolheram depoimentos da sua mãe e sua irmã, agora você vai precisar prestar esclarecimentos. Se você não for, vai ser expulsa, mas caso compareça e se explique, meus pais acreditam que vai ficar tudo bem.

—Entendi…

—Depois que você dormiu eu mandei uma carta para os seus pais avisando que estava aqui. Eles estavam preocupados com você.

—Obrigado por fazer isso.

—Lily, eu também tô preocupado com você. -Disse baixinho a apertando em seus braços.

—Ela… -Tentou começar, respirando fundo para conseguir forças. -Ela me expôs como se eu fosse um animal de circo.

—O quê? -Perguntou sério, virando-a para que olhasse em seus olhos, porém sem soltá-la.

—Ela me forçou a usar magia só pra que pudesse provar pro namoradinho babaca dela que eu sou uma aberração. -Contou, secando uma lágrima teimosa que insistia em cair.

—Aquela… -Começou, engolindo o xingamento ao se lembrar que apesar de tudo ela ainda era a irmã de Lily. Ele a puxou para um abraço apertado e a garota descansou sua cabeça sobre o seu ombro, recebendo beijos em seus cabelos de fogo. -Lily, você não é uma aberração.

—Eu mandei os dois pelos ares, James, eu não consigo me sentir de outra forma.

—Eu sei, mas tenho certeza que a culpa não foi sua, meu amor… -Ele disse, descendo as mãos até que estivessem segurando as delas. -Vem comigo, você precisa comer alguma coisa.

—James, os seus pais… 

—Está tudo bem, ruiva. -Ele sorriu. -Eles estão felizes em receber você e em te conhecer melhor. Além disso, Padfoot está aqui.

—Sirius?

—É, ele agora mora conosco.

—Aconteceu alguma coisa?

—Os Black o acusaram de ser um traidor do sangue pela milésima vez, só que as coisas ficaram um pouco mais complicadas e ele precisou fugir.

—E como ele está? -Questionou, preocupada. 

—Ele diz que nunca se sentiu tão feliz em toda a vida e que a partir de agora vai se apresentar como Sirius Potter - ela deu um leve sorriso -, mas ele tá mal. Ele sempre quis sair de lá e a família dele é complicada pra caralho, mas ele não queria deixar o Regulus.

—Entendi. -Respondeu com um suspiro. -Espero que ele saiba que se precisar de qualquer coisa eu também estou aqui.

—Oh, ele sabe, ele já está te chamando de cunhadinha e fazendo planos.

—E eu posso saber que planos são esses? -Evans riu, se deixando ser conduzida pelos corredores da grande mansão de James. Ele andava de costas, olhando fixamente em seus olhos, em direção à sala de jantar.

—Você não vai gostar nada. Um deles basicamente é nos convencer a colocar o nome do nosso primeiro filho de Bambi.

—Bambi? -Arqueou as sobrancelhas sem acreditar no que ouvia. -Por quê nós faríamos isso?

—Porquê, minha cara Evans… - o Black surgiu no corredor, se enfiando na frente do outro e tomando a ruiva para si, passando um de seus braços ao redor da cintura dela. - Licença um minutinho, meu consagrado.

—Claro. -Potter revirou os olhos, observando que a expressão triste dela havia dado lugar a um sorriso, o que o deixou ainda mais aliviado. A energia caótica dos Marotos sempre a fazia sorrir.

—Continuando, o filho de vocês deve se chamar Bambi simplesmente porque assim como o nosso querido Prongs, ele também é um veado e o seu patrono é uma belíssima corsa, o que faz desse nome simplesmente perfeito.

—Você está brincando? -Ela disse, buscando o olhar de James. -Ele tá brincando, não tá?

—Pense com carinho, minha querida, ainda teremos muito tempo pra vocês perceberem que essa é uma ideia genial. -Sirius continuou.

—Padfoot, eu já disse que o meu filho não vai se chamar Bambi Potter.

—Você não é tão inteligente, não espero que você compreenda a magnitude desse nome, eu confio na Evans.

Soltando a garota, o de cabelos longos seguiu andando na frente, deixando-os a sós. James segurou a mão de Lily e eles desceram as escadas caminhando lado a lado.

—Lily, eu estava pensando…

—Se disser “até que não é uma má ideia” eu juro que jogo você dessa escada.

—Que bom que eu não ia dizer isso, né? - Recebendo um olhar ameaçador da grifinória, eles enfim chegaram até a cozinha.

Lá, já sentados, estavam o senhor e a senhora Potter. O jantar já estava servido na mesa grande e repleta de opções e pratos que ela nunca havia visto na vida, mas que pareciam deliciosos e por isso a deixavam ainda mais ansiosa para provar.

—Boa noite, querida. -Euphemia sorriu se levantando e se dirigindo até ela. -Fico feliz que esteja se sentindo melhor.

—Obrigada por me receberem. 

—Nós ficamos felizes em ter você. -O pai de James disse, observando quando ela era conduzida até a mesa, sentando-se ao lado de seu filho. 

—Eles estão loucos pra perguntar sobre o namoro.

—Sirius! -A mais velha o repreendeu e ele lhe deu uma piscadela. -Deixe a garota se sentar primeiro!

—Oh, então vocês já sabem?

—Achou mesmo que o Prongs não chegaria aqui soltando fogos? Nós quase o trancamos no porão de tão insuportável que ele estava! -Expôs enquanto se servia. -Ele até pediu que nós parassemos de chamá-lo de James e chamassemos apenas de namorado da Lily.

—Ei, eu não fiz isso! -Se defendeu, empurrando o irmão e arrancando uma risada da garota.

—Estávamos apostando que esse seria o seu próximo passo, filho. -Fleamont contou.

—Se vocês continuarem me expondo ela vai acabar terminando comigo, sabiam?

—Só quero que ela abra os olhos e perceba que escolheu o pior Potter pra namorar, eu sou muito mais legal.

—Vai dar em cima da minha namorada, agora?

—Se ela resistir, saberemos que ou ela te ama de verdade ou ela tem muito mal gosto. Na verdade, acho que uma opção completa a outra.

—Lily, por favor, me desculpe por esses dois, eles são impossíveis quando estão juntos.

—Está tudo bem, senhora Potter, faz eu me sentir bem. 

—Viu, Prongs? Já está funcionando, eu faço ela se sentir bem. 

Recebendo um tapa do melhor amigo, Sirius continuou com as brincadeiras e piadas durante todo o tempo do jantar. Os Potter estavam completamente encantados com a inteligência e simpatia da ruiva, além de felizes com a oportunidade de poder conhecê-la melhor, agora como namorada do filho.

—E então, ruiva? Quer que eu te deixe em casa na minha moto legal ou vai querer que o Potter te leve na vassoura velha dele?

—A minha vassoura é nova, eu comprei no início do ano! -Rebateu.

—Na verdade, eu acho que não estou me sentindo bem para voltar pra casa agora. -Confessou. -Será que poderiam me deixar na casa da Lene? Eu posso usar a rede de flu para não incomodar ninguém.

—De forma nenhuma, meu bem. -A senhora Potter foi logo dizendo. -Pode ficar conosco até se sentir melhor, tudo bem? Vou pegar cobertores e você pode se acomodar no quarto de hóspedes.

—Quando a gente começa a se sentir especial eles começam a chamar todo mundo pra morar aqui também.

—Sirius! -A bruxa o repreendeu, arrancando dele uma risada.

—É brincadeira, eu to feliz em passar mais tempo com a minha cunhadinha.

—Tem certeza que não vou incomodar?

—Claro que temos, você sempre será bem-vinda nesta casa, Lily. -Fleamont completou.

—Muito obrigada por me deixarem ficar.

—Sinta-se à vontade. -O mais velho sorriu. -Agora vou me deitar um pouco, minhas costas estão me matando. Boa noite, crianças!

—Boa noite e juízo!

—Pode deixar, mãe. -James respondeu.

—Vou deixar tudo arrumado para você se deitar, Lily.

—Quer ajuda, senhora Potter?

—Não se preocupe, posso resolver tudo com um movimento de varinha. 

—Também vou subir, dar um tempo pra vocês se pegarem, essas coisas. -Sirius falou acenando e deixando os dois a sós.

—Estou feliz por ele estar em uma casa que realmente o acolha agora.

—É, eu também. -James disse pegando a mão da ruiva. -Vem comigo.

Com isso, ele a conduziu em direção ao jardim. Os dois se sentaram no banquinho que lá havia e a ruiva foi logo encostando suas costas no peito do artilheiro, que passou os braços ao seu redor. Trocando olhares cúmplices, eles selaram seus lábios de maneira calma e cuidadosa, apenas aproveitando a noite fria. A grama antes verdinha agora estava coberta por uma camada de neve branca.

—Está se sentindo melhor?

—Acho que vou precisar de mais beijos pra ter certeza. 

Com um sorriso, ele foi logo a puxando novamente para si, em um beijo que começou em sua boca, mas que logo depois foi se transformando em pequenos selinhos por todo o rosto da ruiva. Ela se sentia mais leve, sentia também o carinho e o cuidado com que ele a tratava.

E naquele momento até mesmo se esqueceu das coisas ruins que a assombravam e faziam com que ela tivesse medo.

Medo que Petunia estivesse certa, medo de ser expulsa, medo de perder o lugar em que se encontrou e descobriu quem era a verdadeira Lily Evans. 

—Ei, eu estava pensando -James começou, acariciando seus cabelos -, nós recebemos um convite do Ministério para um baile amanhã à noite. O que acha de ir comigo? 

—Um baile?

—Também não entendi, eles não disseram porque vão fazer, só nos convidaram. -Esclareceu. -McKinnon vai ser a acompanhante do Padfoot e pensei que como você está aqui talvez quisesse se distrair um pouco. O que acha? Se não quiser tudo bem, nós também podemos ficar aqui.

—Acho que vai ser bom se eu sair um pouco. Além disso, estou curiosa para saber o verdadeiro motivo desse baile.

—Pads acha que eles vão pedir dinheiro.

—Por que fariam isso? -Ela riu.

—Ele acha que pode ser um daqueles bailes beneficentes ou algo do tipo. -Deu de ombros.

—Só temos um problema.

—Qual?

—Eu não tenho nem roupas para usar aqui, James…

—Pode usar as minhas.

—...quem dirá um vestido para um baile do Ministério.

—Também pode usar o meu.

—O quê? -Ela gargalhou alto.

—Não, espera. -Falou com um sorriso. -E se você usasse aquela coisa, acho que se chama tefelone, para falar com a McKinnon? Talvez ela possa te emprestar algum.

—É telefone. -Corrigiu.

—Telefone. -Repetiu baixinho.

—Essa não é uma ideia ruim. -Evans disse. -Não sabia que você tinha telefone aqui.

—Não usamos muito, nós não entendemos bem como funciona, mas meu pai acha que é bom ter, pode ser necessário.

—Entendi. -Sorriu. -Eu vou ligar pra ela amanhã cedo.

—Tudo bem, meu amor. -Os dois ficaram em silêncio por mais um momento e a ruiva o beijou mais uma vez, deitando sua cabeça e respirando fundo aliviada pela maneira como ele deixava as coisas mais leves. -Lily?

—Sim?

—Hoje é noite de lua cheia. -Ele a lembrou, fazendo com que a ruiva se afastasse e o olhasse bem em seus olhos azuis.

—James…

—Eu sei e eu entendo que esteja preocupada depois do que aconteceu, mas nós prometemos ao Remus que ele nunca mais passaria pelas transformações sozinho e eu não me sinto bem em deixá-lo assim. -Interrompeu. -Eu prometo que não vamos sair, vamos ficar presos no celeiro da casa dele cercado por feitiços de proteção e também vamos tomar cuidado.

—Você é inacreditável, sabia?

—Lily, ele é um dos meus melhores amigos e eu sei que ele já fez isso sozinho inúmeras vezes quando era criança, mas eu não quero que ele passe por isso novamente. Por favor, eu prometo que vou me cuidar, só entenda que eu não posso deixá-lo passar pelos piores momentos dele sem apoio nenhum dessa forma.

—Está pronto, Prongs? -Black disse abrindo chegando ao jardim para encontrar Potter. -Que caras são essas?

—Se vocês se machucarem outra vez, se qualquer outra mínima coisa acontecer, eu juro que mato os dois.

—Então eu só sou incluído quando o assunto são ameaças? Que divertido, ruiva, me sinto amado agora.

Puxando-a para um beijo apaixonado, James sorriu para a namorada, lhe dando um beijo na testa logo depois.

—Eu amo você.

—Eu também amo você. -Disse lhe dando um beijo na ponta do nariz. -James, eu juro que se eu souber que vocês saíram por aí daquele jeito eu mesma vou atrás de vocês quatro pra gritar no ouvido de todo mundo.

—Eu prometo que não vou. -Respondeu rindo, a puxando mais uma vez para si e roubando-lhe um último beijo.

—Eu dou cobertura.

—Obrigado, namorada.

—Tchau, namorada! -Sirius gritou, puxando-o para que eles pudessem ir ao encontro de seu amigo antes que a transformação tivesse início.

[N/a: LEIAM AS NOTAS FINAIS]


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Notas finais do capítulo

JILY NAMORADINHOS É A COISA MAIS FOFA DO MUNDO SIM ❤️

Então gente, eu sei que a história não é muito grande por aqui, mas ela até que tem um cadinho de leitores no Wattpad, então eu até perguntei lá e vou perguntar aqui também como vocês se sentiriam se eu transformasse ela em um livro físico? Lógico que eu teria que fazer modificações porque o universo não é meu, então eu teria que criar um novo que comporte bem a história.

Enfim ❤️ Se ainda tem alguém aqui, por favor, manda um oizinho pra eu saber hahaha

Beijinhos, até mais!! ❤️



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