O Amor Mora ao Lado escrita por Aninha_M_Cullen, Andrezza_Prado


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ponto de Vista Edward Cullen!



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Alice não parava de gritar. Ela adorava quando nos mudávamos. Minha irmã adora conhecer pessoas novas. Já eu. Queria continuar aqui, na quente cidade de Phoenix. Com meus amigos e minha namorada Tânia.

Eu não queria me mudar de novo, esta seria a terceira vez em dois anos, e o pior nos mudar para uma cidade que nem existe no mapa. Algum lugar chamado Forks perto de tão, tão distante de lugar nenhum.

Meu pai Carlisle era um médico respeitado e adorava morar em cidades pequenas com menos recursos e que não podem bancar bons médicos. Minha mãe Esme, era arquiteta e decoradora. Ela que projetou e decorou todas as casas em que já moramos nas inúmeras cidades em que moramos, inclusive nessa que já esta a venda.

Viemos para Phoenix porque minha mãe teve uma excelente oferta de emprego e agora que ela já terminou o serviço podemos voltar para algum lugarejo onde tenha um hospital precisando de um bom médico para sua população de classe média baixa. Espero que pelo menos a escola nessa tal de Forks esteja a nossa altura.

Hoje era sexta-feira meu ultimo dia de aula nessa linda e grande escola de Phoenix, eu iria marcar um encontro com Tânia para contar sobre nossa mudança hoje a noite, mudança essa que aconteceria amanhã. Não queria continuar convivendo com ela muito tempo depois de ter que terminar nosso relacionamento. Se é que posso dizer que era um relacionamento, mal no víamos e ela estava sempre cercada de outros rapazes. Tânia era linda, loira, alta e de olhos verdes, todos queriam sua atenção e ela adorava ser o centro das atenções de todos.

Quando Alice e eu chegamos à escola Tânia já estava cercada por todo o time de futebol. Quando ela ouviu meu carro saiu do meio deles acenando graciosamente e veio em minha direção. Alice se aproximou e cochichou em meu ouvido:

-“Boa sorte Dudu, isso vai ser difícil!”

-“Eu sei, e obrigada!” Eu respondi, apesar do sorriso sapeca que Alice tinha no rosto eu sabia que ela falava estava sendo sincera. Tânia era uma pessoa difícil e ela nunca aceitaria que eu terminasse com ela. Ela não gosta de ser rejeitada independente do motivo...

-“Edward, você demorou hoje! Senti sua falta gatinho...” Tânia disse se aproximando de mim e me dando um beijo. 

-“Estava resolvendo umas coisas com meus pais. Tânia... precisamos conversar, a sós...”

-“Claro!” Pela animação de sua resposta e pelo sorriso em seu rosto acho que ela pensou que avançaríamos mais um passo em nosso relacionamento. “Pegue-me as oito!”

-“Tudo Bem, Tânia é algo muito sério e não pode ser adiado. Por favor, não se atrase.” O Olhar que ela me lançou agora parece tê-la colocando em terra firme. Ela ficou com um olhar preocupado.

-“Aconteceu alguma coisa?” Ela me perguntou.

-“Não, ainda não.” Respondi e fomos para a aula.

O dia passou tediosamente lento, sai de minha ultima aula e dei de cara com Alice me esperando dando pulinhos igual a uma criança que acaba de ganhar o presente que queria no natal.

-“Alice, o que você quer?” Eu perguntei já sabendo a resposta. Alice era viciada em moda e roupa apesar de estar no 1º ano se veste como uma modelo internacional. Aposto que ela quer que eu a leve ao shopping para comprar mais roupas para levar para a nova cidade e exibir para suas futuras novas melhores amigas. Argh, me arrepio só de pensar nas figuras, aquele bando de meninas oferecidas que ficam passando na frente da porta do meu quarto a cada 5 segundos.

-“É isso ai que você pensou Dudu, quero que me leve ao shopping.” Alice disse sorrindo largamente.

-“Como você sabe que eu pensei isso?” Perguntei confuso.

-“Você fez a mesma cara que sempre faz quando eu peço para me levar ao shopping e depois tremeu inteiro.” Ela respondeu toda orgulhosa com sua observação. Eu não fazia idéia que era tão transparente, todos falam que sou mistérios e instigante, se bem que na situação em que me encontro não posso parar para cuidar de minha reputação e minha aparência. As vezes me imagino como um vampiro de alguma série de livros onde ele se apaixona por uma humana e se torna peça mais misteriosa e atraente da história.

-“Edward, vai me levar em casa agora?” Tânia surgiu na minha frente empurrando minha irmã quase a derrubando. Que Tânia e Alice não se davam não era novidade para ninguém mas Tânia adorava dar um jeito de perturbar ou provocar minha irmã. Alice por sua vez não deixava por menos, apesar de ser uma menina baixinha e franzina era forte e sagaz. Criava coisas que até o Capeta duvida. Claro sempre apostava em Alice e sempre ganhava.

-“Abominável criatura oxigenada, não me viu aqui não garota?” Alice disse se recompondo.

-“Não te vi aí Lice, desculpe, mas você tem que entender, você é muito pequena...” Tânia disse debochada. E como sempre a resposta memorável de Alice:

-“Eu entendo não dá para enxergar nada tenho 3 km de nariz no meio do rosto. Eu já falei cirurgias plásticas existem para pessoas como você. Se não tiver dinheiro para pagar uma eu te empresto algum.” Alice era perversa, e eu adorava seu gênio petulante e seu raciocínio rápido. Tânia já estava bufando de raiva e as pessoas a nossa volta morrendo de rir, eu também não pude segurar, tive que fingir tossir para esconder a gargalhada que escapou de minha boca.

Tânia se virou para mim cuspindo fogo e atirou:

-“Vamos, ou não?” Quando estava prestes a responder Alice o fez para mim.

-“Na verdade queridinha, o Dudu vai me levar ao shopping agora, você vai ter que caminhar até a caverna onde você se esconde.” Mais um estouro de gargalhadas a nossa volta, dessa vez consegui contar a minha. Olhei para Tânia e disse:

-“Querida, vou levar minha irmã, e nos encontramos a noite. Não se esqueça!”

-“Não vou me esquecer, tchau Edward!” Tânia disse e saiu bufando e pisando duro no chão. Olhei para Alice ela sorrindo como um anjo.

-“Alice, você não presta.” Eu disse rindo enquanto passa o braço em seus ombros e pegava seu material.

-“Quem mandou ter dedo podre para mulher. É a segunda namorada e você não acerta nunca” Alice sempre colocava defeito em minhas namoradas. Confesso que não tive muitas, sou bem reservado, mas as duas que tive, ela detestou.

Ficamos a tarde inteira no shopping, perdi as contas de quantas lojas visitamos compramos em quase todas. Nossa família não era milionária, mas o salário do meu pai era bem farto e minha mãe herdara uma grande fortuna de seu pai e seus trabalhos como decoradora sempre gerava uma boa renda, por isso tínhamos tudo o que quiséssemos.

Depois que chegamos em casa fui me arrumar para o encontro com Tânia. Estava um pouco nervoso e preocupado com a reação dela. Não queria magoá-la, mas nenhum relacionamento resiste a distância e eu não queria fazer papel de palhaço. Eu conhecia muito bem Tânia para saber que ela não é daquelas garotas que ficam sozinhas por muito tempo.

Às oito horas em ponto meu Volvo estava estacionado na porta de Tânia que ao ouvir o barulho do motor do meu carro saiu correndo pela porta. Ela estava linda, com um vestido preto e justo salto alto e o cabelo loiro preso em uma trança bamba. Com certeza ela não fazia idéia do que estava por vir.

Ao chegarmos ao restaurante pedi a mesa reservada para a recepcionista. Acomodamo-nos e Tânia curiosa como só ela foi direto ao assunto.

-“Bem, o que você quer me dizer?” Tânia disse em uma voz bem sedutora e imprópria para a ocasião.

-“Tânia, acho melhor jantarmos primeiro e depois conversamos. Você não vai querer continuar aqui depois do que tenho a lhe dizer.” Eu disse sério encarando minhas mãos sobre a mesa. As feições de Tânia saíram de totalmente sexy para 100% preocupada.

-“Edward, você sabe que eu detesto ficar curiosa e pior ainda preocupada. Diz logo o que você tem a dizer e pode ter certeza que reagirei muito melhor do que você pensa.” Tânia disse em um tom quase insolente. Estranhei mas fiz o que ela pediu.

-“Tânia, eu vim aqui para terminar com você.” Eu disse olhando em seus olhos. Tânia parecia ter perdido o ar ela não disse nada e nem se moveu. Ela estava em choque.

-“VOCÊ O QUE?” Ela gritou finalmente, depois de longos minutos.

-“Eu vim terminar tudo com você, não podemos mais continuar...” Tânia não me deixou terminar.

-“Edward, aquele beijo não significou nada pra mim Peter chegou e me agarrou eu só correspondi porque tinha medo que ele tentasse alguma outra coisa. Seja o que for que te disseram não acredite eu te amo. Não quero que um beijo estrague tudo o que construímos juntos.” Agora foi a minha vez de ficar em choque. Essa desqualificada tinha me traído? Bem não preciso ter perdão afinal.

-“Não era pó esse motivo que estou terminando contigo, mas já que é assim você poderá continuar passando o rodo no resto dos meninos da escola já que essa é a única coisa que você faz bem.” Tânia estava prestes a falar, mas eu fui mais rápido.

-“Amanhã de manhã não estarei mais em Phoenix estou me mudando e você estará livre para poder beijar quantos você conseguir. E talvez até...”

-“Você está me ofendendo Edward, e que história é essa de se mudar?” Tânia disse confusa e com raiva.

-“Meu pai pediu transferência para outro hospital e estamos nos mudando amanhã de manhã, essa é a última vez que você me verá.”

-“Para onde estão se mudando?” Tânia quis saber.

-“Não é da sua conta.” Disse de forma ríspida, ainda não conseguia aceitar o fato de que ela havia me traído, quantas vezes isso aconteceu? Aposto que inúmeras vezes e o palhaço aqui preocupado em ferir os sentimentos dela. Idiota! Saí de meus pensamentos quando vi que Tânia não respondera nada. Olhei para ela e seu rosto estava sem expressões. Depois de alguns minutos ela falou novamente.

-“Tudo bem, eu não quero mais você! Nosso namoro não tem nenhuma emoção é sempre a mesma coisa. Você é muito monótono. E se você quer saber eu adorei o Beijo do Peter ele é bem mais quente que você.” Sabia, ela agora estava virando o jogo para parecer que ELA estivesse me dispensando. Essa nunca mudaria.

-“Pra mim não faz diferença nunca te amei de qualquer forma.” Ao dizer isso seus olhos se arregalaram e se encheram de água. Será que eu peguei pesado demais? Mas essa era a verdade, nunca amei Tânia, nosso relacionamento era estritamente pela atração.

-“Agora você conseguiu me magoar. Como você pode dizer que nunca me amou? Eu não sou bonita o suficiente para você?” Tânia disse em um sussurro.

-“Tânia a gente não se apaixona pela aparência de alguém, mas pela sua personalidade. E a sua personalidade não fez com que eu me apaixonasse por você. Sinto-me atraído por você como todos na escola, mas não estou apaixonado nem nunca estive.” Eu disse sinceramente, ela secou as lágrimas que agora escorriam pelo seu rosto.

-“Eu sei que não tenho muita coisa além da minha beleza. Mas quando você veio conversar comigo eu achei que teria a chance de conquistar uma pessoa diferente desses meninos que só tem músculos que me cercam. Eu queria que alguém visse além da minha beleza. Mas acho que não tenho nada além dela.” Tânia disse totalmente frágil.

-“Você é uma pessoa maravilhosa Tânia, mas não me apaixonei por você. Tenho certeza que você encontrará uma pessoa legal que veja além desse rosto lindo e que se apaixone pelo que verá.” Eu disse da forma mais carinhosa possível.

-“Obrigada Edward! Você sempre muito gentil.” Tânia disse com um sorriso que não atingiu seus olhos.

-“Desculpe se te magoei e se fui rude anteriormente. Bem as circunstancias não ajudaram muito né?!” Eu disse um pouco envergonhado.

-“Não se preocupe Edward, eu entendo, não agi de forma correta também. Amigos daqui pra frente?” Tânia estendeu sua mão pela mesa.

-“Amigos.” Eu disse pegando sua mão e beijando as costas da mesma.

O jantar chegou nessa hora. Comemos sem falar nada. Depois da conta paga levei Tânia para sua Casa.

-“Eu te amo!” Ela disse depois de me beijar. Saiu do carro e foi para casa.

Fiquei alguns segundo parado em frente a casa dela e depois segui rumo minha futura ex casa. Tinha que terminar de encaixotar minhas coisas, para partirmos.

“Eu te amo!” ficou ecoando em minha cabeça durante todo o caminho de volta para casa. Alice me esperava na varanda, batendo os pezinhos no chão. Ela queria saber como foi, e queria detalhes. Ela é muito previsível. Estacionei na garagem e fui em direção a varanda. Alice correu para o meu lado em silêncio, me acompanhou até meu quarto e começou a me ajudar a arrumar minhas coisas.

-“Você está esperando que eu te conte tudo o que aconteceu no jantar com a Tânia não é?” Eu disse sem olhar para ela, mas sabendo que era exatamente isso.

-“Não... eu vim te ajudar para podermos dormir mais cedo já que sairemos amanhã praticamente de madrugada. Mas sou todo ouvidos!!!” Ela disse sorrindo largamente. Era uma menina muito meiga, mas muito sapeca também.

-“Bem resumindo...” Eu comecei a dizer, mas Alice me interrompeu.

-“Se for para contar quero com detalhes, sem resumo. Quero saber até a cor que o salmão tinha.” Ela disse.

-“Como você sabia que jantamos comida Japonesa?” Perguntei espantado.

-“Tânia não aceita jantar em outro lugar se não naquele Restaurantezinho Japonês cafona do tio dela. Tenho que admitir que a comida lá é ótima, mas a decoração é de muito mal gosto...” Ela disse balançando a cabeça.

Não pude deixar de rir. Enquanto contava tudo, com detalhes, do que aconteceu no jantar, Alice e eu desmontamos e encaixotamos todos os itens do meu quarto e do quarto de música onde tinha meu piano e a bateria dela.

-“Acabamos!” Alice disse orgulhosa.

-“A história também acabou. Estou exausto. Onde vamos dormir?” Eu disse me espreguiçando Eu iria tomar um banho e cair no canto reservado para a soneca de hoje.

-“Bem acho que não vamos ter muito tempo para dormir, já são 4 da manhã e Carlisle quer sair às 7. De qualquer forma tem um colchonete na antiga sala de jogos.” Alice me respondeu saindo do quarto.

Tomei um banho rápido, e deitei no colchonete. Fechei os olhos para descansar a cabeça, hoje foi um dia muito difícil. Os olhos lacrimejantes de Tânia surgiram para mim repetindo que me amava. Aquilo me deixou mal, como eu podia ferir os sentimentos de alguém? Mas depois me lembrei dela falando da traição que me fez e toda a pena que senti dela se desfez. Carlisle entrou no quarto me chamando para partirmos. Hoje começaria uma nova página no livro de minha vida. Queria saber quanto tempo esse conto duraria.


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Notas finais do capítulo

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