A manhã mal chegou e eu já corri pelas escadas direto para a árvore de natal, mal me contendo de ansiedade para saber quais presentes eu ganhei.

— Já está aqui? — Harry perguntou, vindo da cozinha e beijou meus cabelos.

— Você sabe como eu amo presentes. — respondi, começando mexer nas caixas, separando as que tinham meu nome.

Harry sentou-se à minha frente e pegou os seus.

— Oh, sim. — Ele falou, rindo. Revirei os olhos.

Abri o de mamãe, que era um perfume que eu estava pedindo há dias. O de papai era um relógio bonito. Pansy e Blaise me deram camisas. Rony e Hermione me deram livros e chegou o que eu mais ansiava, o de Harry.

Abri o pacote avidamente e não pude conter o espanto.

— Harry Potter, o que diabos é isso? — perguntei, levantando a calça de cor laranja néon.

— Seu presente. — Ele falou, bagunçando os cabelos. — Gostou?

— Harry, por que você me deu isso? — perguntei, forçando um sorriso.

— Você está gostando daquela banda que os caras usam calça colorida, achei que ia gostar de ter uma. — Ele falou, dando um sorriso amarelo.

— Harry, você sempre me dá presentes ruins, mas esse é o pior! — falei, guardando a calça de volta.

— Ah, então compre seu próprio presente, Malfoy. Não sou obrigado. — reclamou, cruzando os braços.

— Mas é a verdade, seus presentes são horríveis. — falei.

— Fala um que eu quero ver. — Ele desafiou, arqueando a sobrancelha.

— No meu aniversário você me deu uma toalha.

— E o que há de errado nisso?

— Da Frozen!

— Você parece a Elsa. — Ele se defendeu e eu rolei os olhos.

— No dia dos namorados me deu um coelho.

— Ele era fofo.

— Ele comeu os meus sapatos e roeu a madeira da minha mesinha e guarda-roupa.

— Ele era diferente. — resmungou, me fazendo rir.

Levantei-me e sentei atrás dele, passando meus braços ao seu redor.

— Você sabe que eu amo você, não vamos fazer quatro anos de namoro à toa. Mas você me dá péssimos presentes. — falei, encostando o rosto no seu pescoço.

— Eu fico sem saber o que dar para alguém que aparentemente tem tudo. — Ele falou, encostando em mim.

— Ter você comigo já é um presente, eu posso não usar seus presentes, mas guardo todos em uma caixinha. — confessei.

— Sério? — Ele perguntou, virando-se para me olhar.

— Sim, porque eles são especiais para mim, apenas porque você me deu. — falei.

Ele sorriu e se inclinou para me beijar.

— Sabe, esse não era o verdadeiro presente que eu vou te dar.

— Sério?

— Sim. — Ele falou, levantou-se e me levantou junto. — Estamos morando juntos há um ano, eu amo ver você todos os dias, eu amo o fato de você ser a primeira coisa que eu vejo quando acordo. A gente briga muito? Sempre. Mas desde o início foi assim, apesar das briguinhas o nosso amor é maior que tudo, então venho lhe pedir Draco Lucius Malfoy. — Ele falou, ajoelhando-se à minha frente, fazendo minha boca abrir com a surpresa. — Você quer oficializar o que temos e se casar comigo?

Meu coração pareceu perder uma batida, pra logo em seguida bater como um louco. Eu não imaginava que ele faria esse pedido, mas eu sabia o que responder.

— Sim, eu aceito.

Ele abriu um sorriso grande, tanto quanto o meu. Me joguei em cima dele e começamos a rir e trocar selinhos.

— Devo corrigir o que eu falei, você sabe me dar presentes. — falei, fazendo ele gargalhar.

Mas definitivamente, esse foi o melhor presente de natal que eu poderia querer.