Hips Don't Lie. escrita por Shadow Shirami Mitsuko


Capítulo 1
My hips don't lie, dear.


Notas iniciais do capítulo

Sim, música da Shakira.
Não sei porque, mas só escrevi porque posso.

FemSonic, HumanStyle.

O Shadow é tipo daqueles caras policiais chatos que não tinha nada pra fazer e foi beber, daí o que acontece vocês saberão lendo, ué.

Não vou marcar como terminada porque talvez eu escreva um extra no futuro e para postar de novo eu teria que encher o saco da Kaline ou Kori ou quem for ler meu ticket no suporte, então estou prevenindo.



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Colocou o copo de bebida no balcão, ignorando o barman que o olhava com receio.

Talvez não tenha sido uma boa ideia vir direto da GUN para o club de sua melhor amiga e parceira. Estava estressado e não estava no clima de dançar, restando-lhe apenas a bebida para lhe distrair.

Ele era o único que bebia por conta da casa, porque era sócio majoritário do estabelecimento, embora o pobre homem que lhe passava shot após shot não tivesse conhecimento disso, apenas que ele podia beber e não tinha conta nenhuma em suas costas.

O olhar carmesim passava pelos clientes dançantes, uma batida latina estava ressoando pelos autofalantes em volume máximo, o cheiro de álcool, perfume e suor impregnava a pista de dança.

Estava um lugar tedioso e não podia ver Rouge em lugar nenhum, talvez estivesse ocupada em seus problemas afazeres ou, aproveitando os quartos privados que tinha nos fundos do club, uma forma garantida de renda gorda no fim do mês. O que funcionava e muito bem.

Mas não estava no clima de foder com alguém, estava aborrecido e o ambiente movimentado não lhe causava nada mais que o sentimento de tédio.

Talvez mais um shot e iria para a cama.

Não estava com sono, mas dormia muito rápido quando queria.

Quando ia abrir a boca para pedir o último da noite, ouviu uma comoção no meio da pista de dança, o som de gritos, palavrões e de socos trocados estava ecoando, mais alto até que a música.

Ignoraria como faria em outra situação e se fosse em outro lugar, mas era a primeira vez que via esse tipo de comportamento dos frequentadores do Club “Rouge”, algo poderia estar acontecendo de diferente, caminhou com a expressão fechada, abrindo caminho a cotoveladas enquanto os mais inteligentes se afastavam dele assim que notavam sua presença, ninguém em sã consciência se metia com Shadow Terios, principalmente por sua aura ameaçadora.

Quando mais se aproximava no centro da comoção, onde o círculo de homens gritavam ao redor de algo, foi percebendo que talvez o problema fosse algo muito maior do que parecia.

— Sem brigas aqui! — Resmungou, fazendo sua voz se mostrar imperiosa. Alguns se afastaram, trôpegos e bêbados, outros ainda insistiram, rodeando como urubus sobre a carniça. — Sem brigas! — Rosnou para os homens que não perceberam que estavam perdendo a compostura.

Onde estava Rouge?

Fechou a para a ausência da responsável pelo estabelecimento. Belo momento para ela desaparecer.

Quando finalmente chegou no centro da comoção e era um dos da fila da frente, viu finalmente o que causava tanta comoção.

Seu corpo balançava como mágica, as luzes dos globos brilhantes cintilavam em sua pele cremosa cor de pêssego, ela rebolava no ritmo da batida da música, os olhos fechados e um sorriso em seus lábios róseos. Usava um short colado azul cobalto, deixando grande parte de suas pernas musculosas e torneadas expostas e um top de mesma cor, seus cabelos longos iam até sua cintura, eram de um azul brilhante e vivo e ondulavam com seu ritmo.

Ela dançava como se fosse um corpo celeste e todos os homens da roda orbitavam ao seu redor, hipnotizados pela forma como seu corpo se movia, seus quadris eram um organismo diferente de seu corpo, se mexendo como se tivessem vida própria.

Shadow se viu preso ali, olhando embasbacado para a dançarina hábil, mostrando todo seu talento na pista de dança, enquanto a música chegava ao seu clímax e ela literalmente se jogava, o grupo ao redor se aquietou, ansiosos para o show da dançarina misteriosa, mas que chegou mostrando para o que veio.

Um coro de palmas no ritmo da música começou, primeiro tímido, depois mais forte e firme.

Shadow estava tão concentrado na forma como os quadris serpenteavam que mal percebera que ele era um do grupo da salva de palmas, até que ela deu um giro em seu próprio eixo e abriu os olhos lentamente, seu corpo ainda no ritmo da música.

Ela olhava diretamente para ele, sem desviar ou olhar ao redor. Eram joias verdes esmeraldas brilhantes que pareciam olhar através dele, vendo seu interior e lendo seus pensamentos. A impressão que passava era que ela sabia que estava com tedio e se oferecera para seu entretenimento, embora talvez nem fosse verdade. Não se conheciam, mas adoraria conhece-la.

A mulher começou a andar lentamente pela pista, seus quadris sacolejando e seus braços balançando, parecia um convite irrecusável. Ela acenou com os dedos, chamando-o para o meio, para dividir o show.

Shadow não acreditou, gesticulou para seu peito e ergueu uma sobrancelha, o sorriso dela se alargou enquanto acenava minimamente para ele.

Ele foi o escolhido.

Deu passos vacilantes até ela, tonto não de embriaguez, mas por sua presença e sensualidade. O grupo de homens que formavam a rodinha fecharam a cara para a cena, de todos eles, admirando-a desde o começo, porque escolhera logo Shadow? Ele não parecia melhor que qualquer um deles ali.

Mas ela não parecia ter segundos pensamentos. Tampouco dava atenção aos fãs que os rodeavam, suas esmeraldas brilhantes só ficam um foco e este foco estava caminhando até ela, não pode reprimir o sorriso agraciado.

Shadow parou a poucos centímetros dela, não sabendo muito bem o que fazer, mas daquela distância conseguia sentir seu perfume misturado com suor, o que surpreendentemente parecia combinar com ela. Algo que denuncia misticismo, magia e sensualidade.

— Segue o ritmo. — Convidou com a voz rouca, podia sentir que estava se esforçando mais que normal.

— Como? — Perguntou. Não sabia se poderia acompanha-la, nem mesmo sabia porquê de tantos outros, logo ele fora o escolhido.

— Assim. — Pegou as mãos dele e colocou em sua cintura gente e suada. Conseguia sentir a textura sob sua palma.

Ela colocou sua mão nos ombros dele e ainda com seus quadris sacolejantes, colocou seus braços nos ombros dele, ao mesmo que, audivelmente a música mudou, a batida mais lenta, como se ela tivesse previsto a mudança.

Shadow nem mesmo tinha percebido quando se moveu com ele pelo espaço, os telespectadores abrindo a roda para o casal incomum.

— Me siga. — Ela instruiu com a voz satisfeita. — Não seja tímido. — Sua risadinha musical fora como uma melodia agradável para os ouvidos de Shadow.

Seguiu o ritmo dela com fluidez surpreendentemente para alguém que detestava dançar. A verdade era que não estava prestando atenção no que estava fazendo, mas sim na forma como seus corpos estavam ligados, sentindo sua respiração. Seus passos eram ações segundarias, instintivas.

— Como se chama? — Perguntou sem fôlego, tentando acompanhar o ritmo dela.

— Me chamam de Sonic, mas você pode me chamar do que quiser. — A voz dela soou sedutora propositalmente, Shadow percebeu que ela parecia muito interessada nele. — E você?

— Shadow. — Depois deu um meio sorriso. — Mas acho que já sabe, não é?

— Acreditaria se eu dissesse que nunca soube seu nome? Sempre te vi por aqui, noite após noite. Queria uma desculpa para me aproximar de você. — Sonic riu agraciada.

— Então esse show é especifico para mim? — Levantou a sobrancelha para ela que apenas respondeu com um ar de ombros.

— Meus quadris não mentem, eles querem você. — Sussurrou em seus ouvidos, depois se afastou e piscou.

— Por... Quê...? — Ele perguntou quando as mãos dela foram descendo por seu peito, brincando com os botões de sua camisa social, descasando o primeiro botão distraidamente.

— Não pense, docinho. Estão nos olhando, não é divertido? — Riu jogando a cabeça para trás, como em um convite para que ele desse o primeiro passo.

Decidiu fazer o que ela pedira e sem pensar, seus lábios foram para seu pescoço, beijando, lambendo mordiscando.

O ritmo da música passou a não significar mais nada para os dois, presos em sua própria bolha. Não importava se estavam no meio do salão, não importava que tinha uma plateia os observando, nem que estavam daquela forma intima e constrangedora. Tudo o que importava era ela, a pele dela na sua, seu nariz absorvendo seu perfume, inebriante, delirante.

Tudo o que mais desejava naquele momento, era fodê-la ali mesmo, mostrar para todo mundo sua expressão de satisfação enquanto a levava ao gozo. O pensamento era excitante, mesmo que a parte lúcida de seu cérebro estivesse lhe alertando das consequências, do quanto aquele simples desejo poderia arruinar a sua vida, havia uma outra voz interior que, tomava pela luxuria, mandava sua sanidade se foder.

Seus dedos finos abriam sua camisa com uma lentidão enlouquecedora, entrando pelo tecido e espalmando em seu peito, brincando com seus pelos, puxando-os, causando dor e um estremecimento.

Shadow que tinha sua boca no pescoço de Sonic, mordeu-a de susto, com a investida inesperada. Ela gemeu alto, aquele som afetando-o diretamente de forma grave, despertando seu pênis que já estava dando sinal de vida pela dança compartilhada.

Se afastou alarmado, temendo que, por sua imprudência, ela poderia desgostar daquele momento, mas o aperto repentino em seus mamilos, provava que ela não estava nenhum pouco ofendida pela sua ação.

— Por que parou? — A pergunta foi seguida pelo torcer de seus dedos em seus mamilos, fortes e firmes. A respiração de Shadow engatou, seus dedos na cintura contraíram automaticamente.

Seus lábios voltaram para seu pescoço com um gemido rouco, quando deu por si, sua camisa estava no chão e seu peito nu. Os que estavam assistindo, fitaram a cena boquiabertos, desacreditados do show extra que a dançarina misteriosa estava lhes proporcionando e putos porque não era nenhum deles ali.

A raiva e a incapacidade de compreender porque ela escolhera ele, ao invés de qualquer um deles ali, lhes faziam sentir inveja. E uma vontade incontrolável de tirar Shadow dali e tomar seu lugar.

Nada os impediam e era apenas um contra eles todos, não tinha como vencer. E ela seria deles.

Avançaram contra a dupla, os punhos levantados e as expressões furiosas prometendo violência.

 

.

 

Os dois saíram trôpegos e risonhos para o corredor, um arranhão no rosto bronzeado de Shadow escorria um filete solitário de sangue enquanto a blusa amassada e o cabelo desgrenhado de Sonic despontava para todos os lados. Ela tinha um sorriso divertido no rosto, enquanto ele demonstrava uma séria irritação.

— Foi divertido, admita, gatinho. — Provocou, passando o dedo pelo corte em seu rosto e colocando na boca, chupando sugestivamente.

— Que tipo de garota acha excitante briga de bar? — Fez uma careta.

— Não foi uma briga de bar. Quase isso, eu chamaria de agressão coletiva. Uns otários. — Deu de ombros, como se não fosse nada do que já tivesse visto antes.

— Você anda se envolvendo com brigas de ruas? — Parou a mão que descia por seu peito, se direcionando para baixo.

— Não! Quer dizer, algumas, às vezes. — Desviou o olhar enquanto mordia o lábio.

— Me pergunto de onde você veio... — Murmurou pensativo.     

— Vamos deixar isso para lá e continuar de onde paramos? — Usou toda sua força para o empurrar contra a parede, seu braço de cada lado de sua cabeça. — Vai deixar uma mulher como eu esperando?

Esfregou seu corpo ao dele, soltando um gemido.

— Está mesmo afim de mim? Tanto assim? — Perguntou rouco.

— Sinta — colocou as mãos dele nos seus quadris, um sorriso brincando em seus lábios rosados. — Meus quadris não mentem. — Se esfregou contra o volume nas calças de Shadow. — Eles querem você. Dentro de mim.

Shadow riu sem fôlego. Quando seus dedos desceram e apertaram sua bunda.

A noite seria muito, muito interessante.


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Notas finais do capítulo

Comenta ae, parça, dá aquela moralzinha nunca pedi nada.

Até~

ShadowShirami



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