Miríade escrita por Melry Oliver


Capítulo 18
18. Rendição




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O meu coração estava numa espécie de montanha russa, cheio de sentimentos e emoções que me eclipsava a mente, a sensação de que tudo estava fora do meu controle, me surpreendia e me deixava em estado de êxtase.

A adrenalina impulsionava o sangue a correr com mais velocidade nas minhas veias, então eu literalmente o agarrei com força, o corpo me acolhia com precisão e delicadeza, o martelar do seu coração era um eco do meu próprio coração.

Nossas línguas continuavam a ter um duelo particular de movimentos circulares, enlacei o pescoço dele ao mesmo tempo em que ele apertava a minha cintura, o beijo se tornou mais longo e demorado, as suas mãos vieram para o meu cabelo.

A intensidade foi diminuída lentamente até se tornarem pequenos e tímidos toques de lábios que se transformaram em beijinhos rápidos quase como reticências. Ainda próximos o suficiente Michael me olhava com o parecia ser um ato-reflexo dos meus olhos, eles transbordavam numa força magnética.

Michael levou as mãos para as laterais do meu rosto, em um afago terno com as pontas dos dedos, ele mantinha os olhos tão centrados em mim, que me vi sorri tímida em sua direção.

Quando eu pensei que Michael iria dizer alguma coisa, o som quase inaudível de um baque em encontro a um sólido foi ouvido.

— Oh meu Deus!

Automaticamente nós olhávamos para o acesso de entrada. Uma mulher morena vestida com trajes sociais, numa expressão de surpresa mantinha a mão sobre a boca.

De maneira sincronizada nós voltamos a nos fitar nos olhos, Michael sorria lindamente, completamente despreocupado ele acariciou o meu rosto outra vez. Suspirou resignado e afastou suas mãos de mim, oposta aquela calmaria, eu o encarava de maneira estupefata, havia sido pegos no flagra e ele estava nessa calma toda?

— Me desculpe Sr. Michael, em nenhum momento eu tive a intenção de interrompê-lo.

Michael virou o corpo em direção à recém chegada.

— Está tudo bem Adeline, nós ainda teremos tempo.

Será que ele estava falando sobre nós dois? Ah o meu coração bateu com mais força dentro da minha caixa torácica.

Por favor, não se iluda.

Como ele iria querer algo com vocês depois de tê-lo agarrado?

Acho que fiz cara feia já que o Campion me olhou esquisito, cruzei os braços sobre os seios.

— Que bom, pois ainda temos marcado pra hoje uma sessão fotográfica, gravação no programa Sunday Night e The Tonight Show...

Michael olhou da morena para mim, de mim para ela, fez o percurso umas três vezes.

De uma maneira direta sem deixar de ser gentil ele disse.

—Remarque para outro dia, pois hoje eu vou tirar o dia de folga.

Voltou a me mirar de maneira calorosa até misteriosa, inquieta eu empurrei uma mecha para trás da orelha.

Ele se aproximou e se inclinou para levar a boca ao meu ouvido. — Tem algum compromisso para agora? Perguntou baixinho.

A minha missão ali tinha acabado, entreguei o pen drive da minha mãe ao Carlos, restava-me agora voltar para casa.

Então...

Sussurrei um não.

Michael sorriu de lado, enlaçou as nossas mãos, o toque da sua pele quente e macia, trazia inquietude a minha mente. Sem dizer uma palavra ele procurou uma confirmação silenciosa, eu apertei sua mão com suavidade numa clara aceitação.

Ah o sorriso amplo era quente como um dia de sol surgiu, tão cativante terrivelmente perigoso aos corações fracos.

— Michael a equipe está a sua espera, você não pode...

Ele acelerou o passo em sua direção sem jamais deixar de me soltar, deu-lhe um beijo casto na testa e lhe disse.

— Eu preciso fazer isso Adeline, tudo vai ficar bem, amanhã eu retorno as atividades.

Afastou de maneira apressada da mulher.

—Sr. Campion? Chamou mais uma vez, Michael parou de andar e a fitou sem falar só esperava.

— O Clint e toda a sua equipe estão aí fora, todos nós estávamos preocupados com o seu sumiço repentino, esta sala tem uma saída alternativa que os levará ao térreo, pegue as chaves. Ela o entregou cúmplice.

Com a mão livre ele envolveu as chaves.

— Obrigado, Adeline.

A figura imponente do jovem loiro me conduzia para fora daquela sala, e constatei intimamente que aonde ele quisesse me levar eu iria sem pestanejar.

A alternativa proposta pela morena era claramente uma saída de emergência, que nos levou diretamente a um elevador de serviço, fiquei embaraçada diante do silencioso no espaço, reservado como estava, eu resolvi pregar os meus olhos no painel de controle que diminuía os números conforme descíamos de maneira vertical.

— Da última vez você estava mais falante.

Mordi os lábios numa tentativa de me conter.

Da última vez nós não tínhamos acabado de dar um amasso de tirar o fôlego.

— Está preocupada? Perguntou atencioso.

Eu não tinha coragem para encará-lo ainda.

Uma das suas mãos envolveu a minha cintura, enquanto a outra delicadamente levantou o meu rosto, olhar dentro daquela dimensão azul me fazia querer me jogar neles.

— O que há de errado? Perguntou agora de cenho franzido. — Não quer vir comigo?

Toquei em cima da mão que me tocava.

— Eu quero.

A minha afirmação o tranquilizou, sorriu divertido ao esfregar os nossos narizes de um jeito íntimo para em seguida levar sua boca de encontro a minha mais uma vez.

Em questão de minutos nós estávamos no térreo, Michael segurou a minha mão para sairmos do elevador.

O carro mais chamativo era um range rover branca reluzente que acabará de piscar os faróis.

— Pronta para um passeio?

Eu não estava, entretanto, sorri de um jeito como se estivesse e um minuto depois,  Michael abriu a porta do carona para mim. Entrei no utilitário de interior  aconchegante, acomodei-me no assento de almofadas macias, assim que ele pôs as mãos no volante, os botões do painel de controle ficaram iluminados. Aquele carro moderno era intimidante, o sistema de refrigeração foi ligado e o simples gesto de guiar o carro em direção a saída, atraia os meus olhos para as suas bonitas mãos.

— Aonde você quer ir?

Encostei a cabeça no apoio do banco.

Tentando entender o que estava acontecendo, eu fiquei o encarando

— Surpreenda-me.

Saímos da garagem em direção a rua movimentada.

Eu ainda estava incrédula por causa do meu comportamento imprevisível, encarava as mãos pálidas do Campion sobre o volante em sua condução silenciosa. Atenta ao jeito que ele se movia, a expressão séria o guiar a língua minimante ao redor dos lábios em um gesto distraído, fui flagrada por ele que me devolveu um sorriso divertido.

Observei Michael enquanto seguia pela Bourke Street e naquele momento eu me dei conta que não importava o lugar, aonde ele me levasse eu iria. O magnetismo desenfreado de Michael havia me enlaçado sem ao menos tentar me seduzir.

Eu deveria estar fora de mim, quão louca eu poderia me tornar?

—Uma moeda de ouro pelos teus pensamentos?

Ah meu querido, se você soubesse...

O autocontrole que eu estou tendo para não o atacar.

Não queria assustá-lo, eu queria que ele gostasse de mim e me quisesse por perto, se ele pensasse que eu era uma Groupie em buscar de intimidade, poderia ser um ponto positivo ou perigosamente negativo. Melhor não arriscar.

Manter-se calma era meu principal foco, ele claramente havia gostado da minha espontaneidade, investir nisso seria o certo a ser feito.

Então nada de comportamento exótico ou esquisito, seja você mesmo Destinee Haas.

— Eu não me lembrava de você ser tão quieta assim. –Observou ao olhar para o lado numa manobra de balisse.

Engoli em seco.

— Eu tenho os meus momentos.

Michael ficou em silêncio.

Que ótimo agora ele vai pensar que eu sou uma esquisita.

O cenho levantado parecia ser um gatilho de giro para a chave mestre que coordenava os seus pensamentos.

Era agora que ele me chutaria do carro e eu o chutaria também.

Porém, o olhar pacífico não transpareceu ofensa, apenas apresentava nuances de curiosidade. Silenciosamente ele estacionou o carro perto da entrada e de maneira lenta destravou a porta para sair atravessar o carro e caminhar até a porta de trás. Eu deveria ter saído da cabine e ido ao seu encontro. Mas o que fiz foi esperar ele pegar o que quer que fosse para finalmente vir até onde eu estava e quando isso aconteceu, eu o observei sorri sugestivo ao abrir a porta do carona e estender a mão direita para mim.

Eu nunca havia parado para notar as mãos de outra pessoa, entretanto as deles eram tão bonitas, desenhadas e bem cuidadas com as unhas aparadas, o conjunto era bonito de contornos perfeitos e aparentemente macios.

E mais uma vez eu fui esquisita, como eu cheguei àquela conclusão?

O rosto confuso do Campion  era difícil de identificar as suas emoções. Talvez ele estivesse pensando em algum jeito de me dispensar, não? Todavia, isso não aconteceu, o sorriso bonito foi o início de uma conexão autêntica, aceitei a mão de Michael livre da capa preta que contornava o violão.

O contato das nossas mãos desencadeou a adrenalina, até então, reprimida e o meu coração começou a bater mais forte.

— Sempre carrega um violão com você?

— Na maioria das vezes. Sorriu fraco.

A vista dos Jardins de Carlton que se caracterizada por uma botânica de coníferas, carvalho-roble, plátano e outras árvores da região, o jardim típico do paisagismo da era vitoriana, tão lindo que poderia concorrer diretamente com a beleza desenfreada de Michael se houvesse uma competição.

Michael estava tão relaxado, em seus posicionamentos, quando sentamos em um banco.

— Talvez não seja um lugar ideal para termos essa conversa, mas eu realmente não tive tempo para me atentar aos detalhes, eu só pensava em quando teria a chance de ti ver novamente.

Isso explicava muita coisa, mesmo assim eu tive que perguntar.

—Você queria me encontrar?

Michael me olhou de cima para baixo.

— Como eu poderia esquecer a loira corada mais linda que eu já vi na minha vida.

Eu só corava quando sentia muito calor ou vergonha e como o clima ambiente estava refrescante, tive que me esforçar para disfarçar o início de um embaraço. Michael não escondia o seu interesse em querer me conhecer de perto, queria saber sobre a minha rotina meus gostos e passa tempo favorito, com toda paciência eu o contei, achei bonita a sua atitude de ouvir-me em silencio.

— Você parece ser popular na escola. Afirmou um tempo depois.

— Porque diz isso?

Aquela mistura de humor e serenidade nos olhos que cantavam para mim guardava alguns lembretes que eu gostaria de ter acesso.

— Você já ouviu dizer que o óbvio é uma verdade que na maioria das vezes passa despercebido por alguns?

Neguei.

— Tem algo em você que se destaca e chama atenção para si. Uma pausa. — Eu percebi que não se trata de uma ação proposital. É algo particular talvez seja de essência. Da sua essência.

Michael era muito bom com as palavras e pelo visto de me deixar sem palavras.

Sorri meio sem jeito.

— Você é muito bom nisso.

Pela sua reação ele não havia entendido.

— Em quê?

—Ser gentil.

O jeito que ele me olhou foi cheio de profunda afeição era como... Como se ele quisesse me beijar. Sorriu divertido ao olhar em direção onde repousava seu instrumento. Ele se inclinou para pegar o objeto e o trazer para perto, tirou de dentro da capa um bonito violão acústico.

— Você já ouviu falar da canção inesquecível garota? Perguntou daquele jeito centrado.

Assenti.

Eu tinha o visto cantar no show que levei a Megan, no mesmo show que eu sair corrida, controlei a careta que queria aparecer.

Michael posicionou o instrumento em suas coxas e guiou as mãos até as cordas. Os acordes da sua composição saiam do violão numa singela cadencia sem todo o apoio dos outros instrumentos o som de voz e violão trabalhava numa sequência genuína, tão bonita e limpa, eu jamais veria uma pessoa tocando violão da mesma maneira.

Existem pessoas que nascem com o dom tão natural como o simples respirar e o Michael Campion fazia parte dessa porcentagem.

O que dizer daquela voz?

Um vocal que se expandia em nota precisa, tão sedutora naquele timbre rouco inconfundível. Ele descrevia a beleza de uma inesquecível garota dos cabelos de ouro, olhos azuis que brilhavam como uma noite estrelada seria por surpresa ou ira? De lábios vermelhos tão atraentes que pareciam uma deliciosa  maçã.

Eu viajava nos acordes, na voz, no conjunto sinfônico, a cada movimento até mesmo os imprevisíveis, pois aquela bela canção aquecia o meu coração se eu não tomasse cuidado eu iria agarrá-lo outra vez, fazendo-o acreditar que eu era mais uma possível groupie.

O que uma simples garota de classe media poderia fazer? Quando se tinha um delicinha que propositalmente escolheu aquela música para me fazer derreter.

E adivinha? Ele estava conseguindo.

Fiquei hipnotizada do início ao fim naquela canção que denotava muito mais sentimento do que eu esperava. Nos acordes finais eu disse.

— Você definitivamente está na profissão certa.

Michael deixou o violão de lado.

— É um elogio?

Como não seria? Esse garoto era talento puro.

Sem sombra de dúvidas.

— Pode apostar que sim.

— Obrigado.

Fiz um gesto cálido

— Disponha.

Ele sorriu fraco, de olhos fortes e olhar inquisitivo.

— Eu não quero parecer precipitado nas minhas palavras mais eu acho que já perdi tempo demais. Quero esclarecer alguns pontos o que você acha? Sorriu minimamente.

— Acho que você tem razão.

— Posso ti perguntar uma coisa?

Fiquei preocupada, mas se for para por as cartas na mesa por mim tudo bem.

— Pergunte.

Ele não se mexeu, na verdade, não precisava, era só ficar sustentando o olhar naquela pose de superstar e assim ele fez. O clima mudou drasticamente, sem nenhum vestígio daquele humor leve.

— Porque você fugiu de mim? Inquiriu sério.

Eu poderia me fazer de desentendida, mas eu não conseguiria nem se tentasse, Michael se referia a uma cena específica que ocorreu após o encerramento do seu show quando me levaram a força até os bastidores, assustada eu conseguir fugir.

— Eu estava com medo.

A expressão incrédula que surgiu parecia quase como se eu o tivesse ofendido.

— Medo de mim?

Virei de lado para olhá-lo melhor.

— Eu não sabia que iria vê-lo, ninguém me falou nada e não me deixaram ir embora, fiquei assustada, sejamos honestos o que aconteceu não foi comum.

— Eu ti esperava ansioso e quando soube da sua fuga...

Eu tinha acabado de falar que não haviam me deixado ir embora e o que ele tem a destacar era a minha fuga?

— Fiquei triste a garota que eu mais queria ver havia fugido de mim... Mais uma vez. Pontua.

Eu não era adivinha para saber que ele queria me ver, na minha cabeça eu só pensava em salvar a minha pele de qualquer coisa me trouxesse problemas.

— Pensei seriamente em voltar para os Estados Unidos, mas a esperança foi mais forte.

As suas palavras eram tão doces que eu tive medo de ao escutá-las pudessem me convencer a acreditar nele não ajudava sentir aquela conexão assustadora que insistia em aparecer, e se tudo fosse um engano?

—Você não pode me dizer essas coisas Michael.

Ele olhou nos meus olhos.

— Por que não? É o que eu estou sentindo. Uma pausa — Você não foi tocada? Por essa conexão misteriosa?

Michael tocou em meu rosto numa carícia leve quase como se eu fosse quebrável.

A maciez do seu toque junto com o aroma de alcaçuz do seu hálito me inebriava.

— Seja o que for. Eu quero ter a chance de descobrir, me dê à oportunidade minha Destinee, por favor...

O sussurrar das suas palavras revelavam o que ambos sentíamos e queríamos.

Numa fração de segundos eu miro suas esferas, decidindo o que eu iria dizer, vislumbro nos seus olhos suplicas. Ele me pedia que o aceitasse e como uma garota inconsequente que me tornei, eu me joguei nos seus braços.

— Que assim seja. Disse em aceitação.

Eu o agarrei pela segunda vez no dia, o beijei com todo o regozijo que me preenchia a alma, sem pensar em quem ele era ou sequer quem eu era.

A simples garota do ensino médio sem talento para esportes estava beijando com voracidade um cantor de lábios desejosos tão desesperados quanto os meus.

Puxei a sua nuca, as mãos dele alisavam os meus cabelos o duelo íntimo manifestado em nossas línguas traziam até mim novamente o delicioso sabor de doce.

Sem mais espaços para beijos, eu me afastei, perdida na neblina da satisfação e completamente sem ar.

— Desculpe por isso.

— Disponha sempre que quiser. Ofereceu sorridente, apesar da respiração falha.

— Não quero que pense que eu sou uma garota maluca. Falei após renovar o fôlego nas vias aéreas.

— Você é o que eu imaginei que era e isso me faz muito feliz. Ele mexeu nos fios de cabelo que caiem na sua testa — De um jeito surreal.

Quem imaginaria que um encontro do acaso me faria sentir tanto.

— Isso é bom?

Seus dedos correram na lateral do meu rosto.

— Muito melhor, só me deixa ainda mais curioso para saber mais sobre a minha garota misteriosa.

Os nossos desencontros eram os responsáveis por ele pensar assim.

— Não sou misteriosa a sua vida que deve ser mais agitada que a minha.

O Campion continua sério. — Não tenho como discordar. Um tempo depois ele me questiona. — O que você foi fazer naquele escritório?

— Sarah Stoltz é a minha mãe.

— Isso explica muito coisa.

O olhei inquisitiva.

— O que significa tudo isso?

Ele sorriu minimamente quase como se fosse óbvio a resposta.

— Você estava todo esse tempo perto.

Não tive como não corresponder aquele sorriso.

Só me faltava agora ficar imaginando coisas para criar uma fanfic mental, e acredite-me eu tinha muita criatividade para isso, mas naquele momento, eu só queria atacá-lo numa chuva de beijos.

Se aquela era a intenção dele, então ele teve êxito em seu objetivo.

Eu estava caidinha por ele e pela sua força magnética.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou grandinho.



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