Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 28
O auge da primavera no Central Park


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo certo?
Mais um capítulo em forma de dilema na vida desses dois personagens. Pouco a pouco e muito lentamente, eles vão se envolvendo cada vez mais, porém, ainda estamos bem longe que os dois possam se entender, mas até lá, garanto várias reviravoltas legais e muita comédia pra vocês rirem e esquecerem dos problemas (eu nem lembro dos meus, porque estou 100% envolvida nessa história e respiro ela 24 horas por dia).
Enfim chega de enrolação e vamos ao capítulo!
Divirtam-se, crianças!



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Darcy se recuperava da ressaca do dia anterior.

Ainda bem que era sábado, pois não aguentaria trabalhar depois do tanto de vodka que bebeu na noite passada.

Se embriagar não estava nos planos, mas ela estava se sentindo imensamente estranha nos últimos dias...

Já estava anoitecendo e a garota voltava da farmácia perto de sua casa, com remédios para azia e dor de cabeça.

Bucky se encontrava fora o dia todo. Saia às vezes e demorava para voltar.

Ele ainda andava pelo mundo como se fosse um espião...

Darcy temia que ele fosse pego pela HYDRA ou pelos federais, mas não havia com o que se preocupar, pois o soldado era um exímio espião de elite e sabia se cuidar mil vezes melhor do que ela, já que qualquer pedra no meio da rua se transformava uma ameaça mortal, fazendo-a tropeçar e cair de cara no chão.

Depois de abrir a porta, percebeu que tudo estava escuro e silencioso.

Bucky ainda não havia chegado?

Quando ergueu a mão para acender a luz da sala, ouviu um barulho estranho.

Suspiros...

Ela sequer acendeu a luz, pois suas pernas já estavam em movimento, porque de longe só conseguia enxergar uma sombra... E então...

A garota deu de cara com Bucky ajoelhado, respirando de forma pesada, como se estivesse com falta de ar.

A sacola caiu de sua mão no mesmo instante.

 - BUCKY!!?

Ela aproximou dele rapidamente, no intuito de socorrê-lo.

— Hey, você está bem!? – Agachada, encostou sua mão nas costas dele... Sua voz salientava preocupação.

James virou o rosto para encará-la naquele momento e por um instante parecia desesperadamente pedir por socorro.

Suas mãos agarraram a gola do casaco dela e a puxou para perto, tentando dizer alguma coisa.

Os olhos dele carregavam o reflexo dela... E tudo o que a garota podia perceber era o tamanho de seu desespero...

— O que está acontecendo...? Me diz!? – Darcy insistia nas perguntas.

O soldado não conseguiu responder. Era como se não conseguisse falar... As palavras simplesmente não saiam...

— Você teve outra crise...?

Ele fechou os olhos e os apertou com força... Podia sentir as mãos dele completamente trêmulas.

— Céus, diga alguma coisa... Eu não sei o que fazer...! – A estudante começava a entrar em pânico, mas a mão humana desfez o aperto em sua roupa e deslizou lentamente até a nuca dela, num toque sutil.

— Está... Tudo bem... Só preciso que... Me ajude a levantar... – O soldado gaguejava, ofegante e de forma pausada, pois não conseguia falar direito por conta da respiração densa.

Então Darcy circulou seu braço direito até as costas dele, forçando-o a ficar de pé.

James conseguia aos poucos se levantar, com muita dificuldade.

Ele respirava intensamente enquanto suava frio...

Darcy exprimia uma feição de compaixão. O sargento vivia tendo crises fortíssimas de amnésia, dores fantasma, pesadelos que o faziam acordar no meio da noite, surtos psicóticos e ataques de ansiedade.

Ele era um homem errático, com uma mente estraçalhada, que tentava todos os dias, desesperadamente, encaixar os pequenos fragmentos de sua memória de volta em seus devidos lugares, como um enorme quebra-cabeças com milhares de peças desordenadas e quase impossíveis de serem remontadas.

Os olhos azuis turquesa o fitavam com comiseração... A estudante se encontrava temerosa por vê-lo naquela condição.

Bucky não gostava quando Darcy o olhava daquela forma. Ele se sentia desarmado e totalmente exposto, mas acima de tudo, não suportava preocupa-la.

Estava complicado passar por tudo aquilo ao lado dela. Teria sido melhor se estivesse sozinho. Poderia lidar com suas dificuldades sem envolver qualquer pessoa.

— Eu não preciso que você... Me olhe desse jeito... Isso... Não ajuda... – Ele diligenciava, consternado.

— Me desculpe... Não foi minha intenção... – Ela virou o rosto, deixando de encará-lo com aquela expressão. Não sabia exatamente como reagir quando o presenciava em situações como aquela, porém já era automático prestar socorro, já que sabia de tudo o que ele vinha passando.

Depois de ajudá-lo a se levantar, a estudante tirou o braço das costas dele lentamente, enquanto olhava fixamente para o chão, apenas para não deixa-lo desconsertado com sua expressão melancólica por se compadecer do mesmo.

— Eu... Posso fazer algo pra te ajudar agora...? Qualquer coisa...? – A garota tentou quebrar o silêncio, com intenção de auxiliá-lo com algo que o mesmo precisasse naquele momento.

— Eu preciso respirar... Estou me sentindo sufocado...

Então, Darcy se afastou e correu para abrir as janelas e a sacada da sala.

Bucky ergueu o braço para se encostar na parede, pois ainda estava sem equilíbrio.

O vento começou a soprar para dentro, de forma irregular... levemente gélido...

Na penumbra da sala, ela ainda via o vulto do entardecer, engolido pela intensa noite...

O silêncio exalava uma atmosfera asfixiante... Era Assustadoramente implacável...

Darcy o observou atentamente por alguns segundos, mas desviou o olhar mais uma vez. Se aquilo o incomodava, era indevido permanecer ali.

— Essa é a hora em que você prefere ficar sozinho, então eu vou indo... – A estudante caminhou alguns passos, prestes a sair dali para deixa-lo mais tranquilo.

James traçou uma linha invisível em torno das costas dela com os dedos de metal e no meio do caminho, Darcy sentiu um toque gelado em seu braço, lhe parando no mesmo instante.

A garota estremeceu com o contato.

— Não...

— Não o quê...? – Indagou-o, confusa.

— Não quero ficar sozinho...

— Mas...-

.

— Fica...

.

Ele sussurrou, enquanto sua mão metálica segurava o braço feminino com muita delicadeza.

A voz do soldado soou melancolicamente vazia...

Darcy podia deduzir o que estava acontecendo com ele...

Seu passado estava lhe atacando mais uma vez, deixando-o atormentado com as lembranças terríveis do Soldado Invernal, conflitando diretamente com a natureza de James Buchanan Barnes e quase lhe fazendo enlouquecer...

— Você tem certeza que quer que eu fique...? – Inquiriu, incerta se realmente podia ajuda-lo.

— Por favor... - Ele implorou, totalmente vulnerável...

Darcy era a única em que podia confiar. A única que lhe estendeu a mão, mesmo sabendo que era um perigoso assassino sem memória, procurado pelo governo e por todas as agências de espionagem do mundo.

— Eu... – Ela tentou formular uma frase, mas...

James não esperou que a estudante continuasse, por que a interrompeu antes, puxando seu braço e fazendo com que seu corpo se aproximasse rapidamente, fechando completamente o espaço entre ambos, para então a puxar contra o seu ombro direito...

.

Num toque...

Desesperado...

.

Darcy foi pega de surpresa. Ele estava debilitado mentalmente e precisava de algum contato físico compassivo, tamanha a dor que estava sentindo.

Ela não sabia se era boa nisso. Segundo Jane, não era, mas pelo menos tentaria.

Bucky a pressionou contra seu ombro direito, envolvendo-a com seu braço humano. Eles estavam muito próximos... Mais próximos do que jamais estiveram antes... Em todos os sentidos...

Seus pulmões estremeciam, ainda no anseio de respirar...

Ela virou a cabeça para o lado, tentando observá-lo, mas o rosto dele estava inclinado para o lado contrário.

A garota percebeu que o soldado estava hesitando tocá-la completamente, por causa de seu braço de metal.

James não se sentia confortável em sequer encostar nela com aquele braço cibernético duro e desconfortável, temendo machucá-la.

Darcy se sentiu tocada por seu gesto zeloso, porque ainda que estivesse passando mal, Bucky também conseguia pensar em não a assustar...

E ela sabia que ele jamais a machucaria...

— Você pode me abraçar com o braço esquerdo... Não tem problema... Eu não tenho medo... – A voz afetuosa e condescendente da garota, fez com que virasse e a encarasse um pouco surpreso.

Era impressionante o fato de Darcy não sentir medo... Ou mesmo desprezo por seu braço de metal...

Ele estava com sua autoestima baixa. Não era o popular sargento James Buchanan Barnes. Era um homem incompleto, sem uma parte de seu corpo... olhos tristes... cicatrizes e traumas...

Como ela podia ser tão gentil e afetiva...?

— Me desculpe... Você não deveria se importar comigo... – Ele abaixou a cabeça, temendo encará-la de novo. Ela o deixou sem palavras e um pouco encabulado.

— Hey... Olha pra mim... – Levou a mão direita até o rosto dele, tocando-o sem hesitação.

O soldado mirou os olhos femininos com precisão, sem desviá-los... E Darcy se via facilmente perdida na imensidão do olhar azul que transmitia tanta frieza a ponto de sentir seu coração estremecer a cada batida...

Seus olhos traçavam poesias de suplícios que jamais seriam entendidas pelos olhos de quem não sabia o que era sentir dor...

No meio daquela escuridão, seu rosto era iluminado pela luz que vinha do lado de fora, provinda da agitada Nova York e da linda lua cheia no céu, numa visão digna de ser infinitamente contemplada...

Darcy estava presa em um frenesi... Divagando entre os tons de azul dos olhos deslumbrantemente esplêndidos de James...

O olhar quieto e concentrado do soldado, atentava para cada traço do rosto dela, deixando-a um pouco perdida...

A imagem do sargento reverberava majestosamente em sua mente, incapaz de desviar seus olhos, fascinados...

Mas teria de lutar contra o desvairo...

— Eu não tenho medo de você, Bucky... então, eu posso te tocar... e você pode fazer o mesmo... – E então, um sorriso simplório e gentil floresceu, e James pensou o quão irresponsável ela estava sendo em dizer tais palavras e sorrir daquele jeito para um homem, ainda que fosse um ex-assassino em redenção como ele.

Qualquer homem poderia interpretar a sua amabilidade como um gesto que demonstrasse outras intenções...

O sorriso dela estava apenas a uma distância de um abraço... E decidiu que não hesitaria diante do seu consentimento.

Lentamente, ele girou a outra metade de seu corpo, e por fim...

A abraçou...

Timidamente...

Mas diferente dele, Darcy se lançou com ousadia, e o abraçou de volta, levando seus braços em torno das costas masculinas, subindo as mãos por seu ombro, apoiando-as ali.

Naquele momento, as batidas do coração dela ressoaram até a ponta de seus dedos...

Bucky estava um pouco desconsertado pela coragem da garota em tocá-lo sem modéstia alguma, e aos poucos foi se entregando ao contato entre ambos, com muita hesitação.

Percebendo o quanto ela não somente aceitava, mas retribuía o abraço de forma afável, aos poucos, seu aperto foi se intensificando, e finalmente ele a envolveu ainda mais, comprimindo o enlace entre os dois, pressionando-a contra seu peito.

A garota não conseguia aceitar sua capacidade de ser tão frágil ao ponto de se sentir dissolver naquele abraço...

Se sentia intoxicada por seu magnetismo...

O soldado fechava os olhos e descansava o queixo no topo da cabeça dela, sentindo facilmente o aroma de seu xampu e o efeito aconchegante de estar tão próximo de alguém que conhecia a sua dor... Os seus maiores medos, problemas e pesadelos...

As janelas do apartamento iluminavam suavemente os cômodos por conta da luz da cidade... E da lua... Mas a escuridão predominava muito mais...

A brisa levemente fria, meneava o cabelo do soldado de modo delicado, esbarrando no rosto feminino, pois mesmo sendo alto, ele facilmente se encolheu sobre ela, apenas para abraça-la e sentir seu toque plácido, numa mistura de aflição, tormento e desespero...

Darcy era como flores... Sua essência acalmava suas dores...

Um inestimável sedativo, que aos poucos lhe ajudava a recuperar seu fôlego...

Sentindo todo o calor que o corpo dela possuía...

Porém, diante de tudo aquilo, ele se lembrou de algo que tinha lido em um livro...

.

Dizem que quando você abraça uma pessoa com os olhos fechados, é porque você realmente sente algo por ela...

.

Ele sentia algo por ela...? Aquela dúvida lhe deixava extremamente desconfortável... mas não era o momento de divagar entre tais desvairos...

Darcy não estava arrependida de ceder... Mas depois de um longo tempo naquela posição, tão próxima dele, as coisas estavam ficando cada vez mais estranhas dentro de seu coração. Não somente queria ajudá-lo a se recuperar de todo aquele pesadelo em que o mesmo viveu com a HYDRA, mas também queria se manter perto dele... Porque aos poucos estava ficando insuportável saber que tudo isso ia acabar um dia...

Seu coração tremia em ritmadas batidas...

“Droga... Tô precisando ficar rica, não apaixonada...” – Pensava enquanto percebia seu coração traiçoeiro vacilar e seu corpo derreter em meio ao abraço...

Seus sentimentos eram frívolos... e se sentia um pouco indigna de tê-los desenvolvido... Mas não poderia estragar o relacionamento de companheirismo e confiança que ambos tinham começado... Ela não deixaria que tamanha trivialidade permanecesse.

Ele era tão alto, que para abraça-lo daquela forma, precisava ficar na ponta dos pés...

Permaneceram naquela posição por muito tempo, e a estudante notava o coração dele acelerado... Porém, sabia que não era por causa dela, mas sim por seu imenso sofrimento pela instabilidade em ser James Buchanan Barnes e o Soldado Invernal ao mesmo tempo.

A estudante deslizou a mão direita pelo ombro de metal, suavemente, até chegar em seu pescoço, vagueando os dedos sobre o cabelo do sargento, num meigo gesto de carinho...

— Você pode chorar... Se quiser... Eu prometo que não vou contar pra ninguém que o Soldado Invernal é um bebê chorão. – Darcy sorriu, marota.

James ouviu a piada e a interpretou como uma forma grotesca de tentar animá-lo.

Ele sorriu singelamente...

— Vê se cresce, Lewis... – Bucky ficava impressionado, vendo o quão boba ela podia ser nessas horas, transformando um momento de suplício numa cena patética.

Já Darcy, ouvia um sorriso naquelas palavras, e deixou uma risada boba escapar, pois gostava de ironizar nas piores horas, porque sabia que isso aliviava o apocalipse da situação.

A garota desfez o abraço e resolveu pegar a mão metálica, entrelaçando seus dedos nos dedos metálicos, segurando-a com firmeza.

— Você tem um braço biônico futurístico super legal... Então pare de achar que é o fim do mundo. – A garota fez uma careta, ficando vesga e colocando a língua para fora.

Bucky arqueou uma sobrancelha e exprimiu uma feição desacreditada.

— Claro... Até porque ter um braço biônico futurístico é melhor do que ter coragem de fazer uma careta tão feia como a sua...

— Ah, qual é!? Estou fazendo isso pra te animar!

— Você não existe... – A expressão dele estava bem melhor.

— Se eu não existisse, o que seria de você!? – Darcy virou de costas e o deixou no vácuo. Seu bom humor sempre era o melhor remédio em horas como aquela.

.

Depois de meia hora, Bucky parecia ter seus batimentos cardíacos controlados e sua respiração voltou ao normal. Ele não sabia o que estava acontecendo, mas seu corpo costumava se comportar daquela forma frequentemente. Talvez não estivesse mais acostumado a ficar tanto tempo fora da criogenia e de tantas lavagens cerebrais que recebeu, porque seu cérebro parecia confuso. Não era só um aspecto emocional, mas físico, porém, para reestabelecer o controle de sua mente, ele precisava recuperar toda a sua memória, entender, aceitar e se convencer sobre tudo o que fez como Soldado Invernal.

Havia uma luta diária entre seu eu e a natureza sombria do assassino que ainda habitava dentro dele. O Soldado Invernal era o seu maior inimigo, acima até mesmo da HYDRA.

Ele estava sentado no sofá, fazendo respiração por diafragma, quando Darcy lhe tirou do transe, aparecendo repentinamente em sua frente.

— Quer fazer alguma coisa agora? Está passando uma série engraçada num canal da TV à cabo! Acho que isso vai te animar! - Ela pegou o controle para ligar a televisão, mas...

— Não quero ver TV... – Redarguiu desanimado.

— Hmmm... Então quer ouvir música? Tem uma estação de rádio que toca músicas dos anos 60... Acho que isso é o mais próximo da sua época. – A garota já se preparava para ligar o rádio, mas foi surpreendida novamente.

— Não quero barulho...

— Tá... Então... Ah! Já sei! Vamos jogar banco imobiliário! É super fácil e- Ele rapidamente a impediu, segurando sua mão quando a mesma já ia pegar a caixa do jogo em uma das prateleiras da sala.

— Eu não quero jogar nada.

— Então o que você quer...? – Contestou, confusa.

— Eu não quero ficar aqui...

— Como assim? Você quer sair?

— Sim...

— Pra onde?

— Pra onde você quiser. - Ele esboçou um meio sorriso desanimado e enfadonho.

— O quê!? Mas pensei que odiasse sair comigo por aí...

— Vou abrir uma exceção hoje.

— Por quê? - Ela indagou desconfiada. Não entendia o que estava acontecendo com ele, por escolher sair em vez de ficar em casa.

— Por que sim... - James não podia deixá-la saber que era por que estava um pouco enfeitiçado pelo jeito engraçado e aconchegante que ela tinha em fazê-lo rir.

A companhia de Darcy era o melhor de todos os remédios...

— Tudo bem... Mas não vale se arrepender depois!

— Impossível... - Ele a fitou por longos segundos. Sua feição se encontrava totalmente diferente. Darcy estranhou o jeito como ele a olhou. Parecia que estava mais paciente com ela. Não que antes não estivesse, mas toda vez que o mesmo tinha uma crise, ele normalmente se mantinha distante, pois não tinha paciência de aguentar as perguntas que a garota lhe fazia.

— Já que eu posso escolher aonde vamos, podemos ir ao Central Park? - Ela sorriu, matreira.

— Você quem sabe... Vou apenas te acompanhar...

— Já é! – A garota não pensou duas vezes e foi logo pegando sua mochila, repleto de botons de bandas de rock.

— Então vamos, Astro Boy! - Ela sorriu abobalhadamente e abriu a porta, esperando que ele saísse primeiro.

— Você deve sair primeiro.

— Por quê?

— Primeiro as damas... – O soldado sorriu de forma singela e Darcy ficou com uma cara meio abismada.

Cavalheirismo.

Não estava acostumada com essas coisas e James só ganhava mais pontos com ela, toda vez que agia assim.

.

A dupla decidiu ir ao local de moto. Depois da noite anterior, Darcy percebeu o quanto Bucky era bom em conduzir uma moto, mas não sabia se era uma habilidade do Sargento Barnes ou do Soldado Invernal.

Depois de estacionarem em lugar seguro, passaram a caminhar pelas ruas mais movimentadas antes de chegarem ao Central Park. No caminho, eles conversaram sobre muitas coisas.

— Esses dias a Jane pediu minha ajuda com algumas coisas do novo projeto dela... Fazia um tempo que não ficávamos juntas, só nós duas, mas mesmo assim, ela continua contra a minha pesquisa de conseguir pistas sobre o garoto abduzido no Missouri.

— Garoto abduzido...?

— Sim. O nome dele é Peter Jason Quill. Há relatos de pessoas que moravam perto do hospital onde a mãe dele estava internada, que viram um óvni. As marcas desse acontecimento ficaram no chão e muitos tiraram fotos, já o garoto, nunca mais foi visto.

— Mas por que você está se aventurando nessa área? Seu curso é sobre Ciência Política, e não Ciência Cósmica.

— Ciência cósmica não existe... Mas me deixe perguntar uma coisa... Você conhece alguns casos secretos do governo americano, certo?

— Depende muito... – Bucky já revirava os olhos, pois sabia que Darcy era viciada em teorias da conspiração envolvendo o governo.

— Você sabe o que tem na área 51? Dizem que eles escondem muitas coisas sobre ufologia ali. É verdade?

— Como eu vou saber? Não sou um banco de dados humano. Não sei nada sobre ufologia relacionada a área 51.

— Mas você é um espião! Como pode não saber!?

— Um ex-espião desmemoriado. Lembra? – Seu tom foi de deboche, e Darcy fez uma careta de raiva.

— Muitas coisas estranhas aconteceram nos últimos anos... Seres de outros planetas surgiram e a terra parece totalmente fora de órbita agora...

— Acho que isso começou muito antes de agora, pois na segunda guerra mundial enfrentamos Jöhann Schmidt e ele era a personificação de tudo que existia de mais estranho no mundo... – Bucky se referia ao caveira vermelha.

— Provavelmente ele deve ter ido para alguma outra dimensão, pois nunca mais foi visto. – Darcy especulava com entusiasmo. Adorava falar sobre aquelas coisas.

— Como pode ter tanta certeza? – Bucky indagava confuso.

— Você não leu sobre como o Capitão América derrotou o Caveira Vermelha? Ele praticamente desapareceu sem deixar rastros por causa do Tesseract, o artefato que Loki, irmão do Thor estava procurando... Você não sabia disso...?

— Eu optei por ler sobre essas coisas apenas quando estivesse... Preparado...

— Então você não viu nada dos artigos e documentários sobre a última década que eu deixei na mesa!?

— Não...

— Ooh céus... Você está mesmo por fora da batalha de Nova York...! A cidade quase ficou toda destruída por causa de uma invasão alienígena! – A voz da estudante soava eufórica e ao mesmo tempo abismada.

— Você mencionou sobre isso uma vez, quando quase perdi o controle, mas... Ainda não tive coragem de saber sobre esse acontecimento... Estou indo aos poucos... – A feição do soldado entoava em diversos tons de tristeza. Ele tinha medo do presente, que para ele, era o futuro... Muitas coisas que desconhecia e não conseguia compreender lhe faziam ter pavor de entender o seu verdadeiro sentido e fazê-lo voltar a enlouquecer...

— Eu entendo... – Darcy resolveu encerrar aquele assunto. Se ele não estava pronto, ela não falaria mais nada.

Eles estavam perto do Central Park. A cidade estava muito iluminada e o lugar, repleto de árvores no auge de sua beleza, pois era primavera.

— Me diz uma coisa....Você se lembrou de mais alguma coisa de antes da guerra?

— De antes e durante a guerra. – Replicou convicto.

— Eu te invejo... Deve ser legal ter o Capitão América como amigo... – A garota chutava algumas pedras no meio da calçada, enquanto mantinha os braços para trás e as mãos cruzadas.

— Você só diz isso por que deve ser mais uma fã dele... – Sem perceber, Bucky dizia um pouco cismado, porque depois que Steve se transformou num super soldado na segunda guerra mundial, sua popularidade com as mulheres aumentou em níveis surpreendentes, deixando o sargento invisível...

— Claro que não! Eu gosto mais do Homem de Ferro! Ele faz mais o meu estilo. – Um pequeno sorriso presunçoso brotava em seus lábios.

— Não sabia... – O soldado não conhecia muito sobre as figuras heroicas daquele tempo, mas sabia que Tony Stark era filho de Howard Stark...

— Hmm... Mas eu não sou uma fã tiete de ninguém! Aliás, olha só a Jane! Mesmo com o seu jeito peculiar, toda jogada, maníaca por experimentos que comprovem a física quântica, conseguiu fazer o deus do trovão se apaixonar por ela!

— E o que tem isso?

— Eu pensei que eu pudesse conseguir alguém à altura também! - Ela sorria, cínica.

— E o que te leva a pensar que pode? A Jane Foster é uma cientista brilhante e você... Bem, você é só uma garota abobada. – Bucky conseguia ser muito mal quando queria.

— Como sabe que a Jane é brilhante!? – Contestou um pouco abismada.

— Porque você deixou vários artigos científicos dela na mesa, e eu li.

— E desde quando você entende sobre coisas científicas!?

— Sou um homem fora do tempo... Mas não sou analfabeto...

— Hmmm... Darcy semicerrou os olhos e o encarou por alguns segundos, tentando digerir o “abobada” que acabara de ouvir.

Os dois caminhavam lentamente, se aproximando de uma das entradas do parque.

O clima estava agradável e a brisa que transcorria irregularmente, causava certo arrepio na estudante, que se praguejava por não ter se agasalhado direito.

Já Bucky, estava muito bem. Ele era um homem que não sentia frio. Talvez porque seu corpo havia se acostumado com o gelo da criogenia, e quando fora dela, mesmo em baixas temperaturas, não se incomodava.

Alguns segundos se passaram e do nada, Darcy começou a observá-lo, um pouco preocupada.

— Agora que lembrei! Você esqueceu de colocar os seus acessórios como disfarce...? – A garota indagava, um pouco apreensiva de alguém reconhece-lo.

Ele estava sem seu boné e óculos. Apenas com roupas simples... Calça jeans, tênis, uma blusa e um casaco preto.

— De noite é mais difícil ser reconhecido, então não preciso me preocupar tanto... Pelo menos quando saio a noite...

— Aaah...?? – Darcy ficou boquiaberta.

— Estou aqui há mais de um mês e até agora nenhum deles fez contato, tirando a vez em que fomos atacados pelos agentes da BND disfarçados...

— Ainda assim é perigoso!

— Nem tanto... talvez esses caras não queiram se aproximar por estarmos num lugar como uma metrópole e a presença deles pode acabar chamando a atenção dos federais, mas de qualquer forma, chegará o dia em que devo partir e não acho que está muito longe...

— Como assim!? Você não me disse nada! – A voz de Darcy ficou mais grave. Parecia ter tomado um choque naquele mesmo instante.

— Eu te disse antes... que um dia teria de partir dos Estados Unidos...

O semblante feminino que antes se encontrava despreocupado, se rompeu e foi petrificado por uma expressão assustada...

— E...? – Indagou, um pouco chocada, mas tentando não deixar tão na cara que estava apreensiva.

Temia que ele dissesse que ia embora naquele exato momento.

— Eu realmente estou grato por você ter me tirado de Washington DC, me trazido para Nova York e me orientado sobre esse século... Mas eu conheço o meu destino e sei quem devo enfrentar...

Darcy não estava gostando nada daquelas palavras...

— Eles por acaso vieram atrás de você!? – O rosto dela transparecia descontentamento. Bucky percebeu, mas manteria sua linha de raciocínio por ora.

— A HYDRA ainda existe... Alexander Pierce está morto, mas ainda há algumas pequenas cabeças que não foram cortadas... Eles não foram dizimados como o governo americano e o mundo pensa... E com toda a certeza, estão esperando o momento certo para virem atrás de mim.

— Por quê...? Quem seria o chefe da HYDRA no lugar de Alexander Pierce?

— Eu não sei e ninguém do governo sabe... Mas com certeza eles estão por aí... Só preciso descobrir onde.

— Mas você não disse que queria retomar a sua vida como James Buchanan Barnes? – Por dentro, Darcy começava a ficar um pouco trêmula.

A estudante estava fazendo um grande esforço para que o soldado não percebesse. Porém, ele já havia notado.

— Sim, mas preciso me livrar do que restou da HYDRA e restaurar a minha mente por completo... Porque no momento, o Soldado Invernal ainda está vivo e isso é um grande risco... É um perigo iminente.

— Perigo para quem...?

— Pra todos. – Finalizou, tentando não dar mais detalhes.

— Mas você não representa todo esse perigo mais! Eu li os seus arquivos... Não há o que temer, porque a HYDRA não te controla mais! – A garota insistia, como se quisesse convencê-lo do contrário.

— Tudo o que você sabe é o que o governo sabe. Não posso revelar minhas memórias como Soldado Invernal para você. São coisas terríveis.

— Por quê? – Replicou, consternada.

— Apenas por que são. Isso é tudo o que posso te dizer.

Darcy apenas parou.

A garota ficou imóvel enquanto fitava o chão. Ela não pensava que Bucky iria embora tão cedo. Já havia advertido a si própria sobre isso, mas por que estava ficando tão difícil de aceitar?

O sargento olhou para trás, reparando no choque dela. Ele sabia que era perfeitamente normal que talvez a estudante se importasse, mas estava ficando nítido que ela não estava aceitando.

Por mais que desejasse descobrir qual era o nível de importância que ele tinha pra ela, não queria se apegar aquilo, ou tornaria as coisas mais difíceis...

Estava se sentindo estranhamente envolvido por ela e não queria que tais efeitos se intensificassem...

Ele voltou alguns passos e se colocou na frente dela, enquanto a observava olhando para o chão.

Os cabelos longos da garota, esvoaçaram suavemente, cobrindo parte de seu rosto.

O silêncio entre ambos se ampliava, mas James resolveu quebra-lo...

— Eu ainda posso sentir o cheiro da pólvora e ouvir os gritos das pessoas... De muitas missões que o Soldado Invernal completou... Foram inúmeros assassinatos... Coisas horríveis que você sequer pode imaginar... E eu não quero te envolver no meio disso.

A estudante continuou imóvel e olhando fixamente para o chão, impassível.

Aos poucos, ainda cabisbaixa, seus lábios se abriram para dizer algo, e ele estava um pouco receoso do que poderia ser...

.

.

— Estou montando uma lista de coisas que eu quero fazer antes de me apaixonar por você... Me matar é a primeira...

.

.

O rosto do sargento se converteu em espanto...

Muito espanto...

E então...

— O quê...? – Bucky indagava, completamente atônito, assombrado com as palavras obscuras da garota.

Mas Darcy levantou o rosto e sorriu como uma criança.

— BRIN-CA-DEI-RA! – E começou a rir como uma louca, caminhando e deixando-o para trás.

— Qual é, Sargento!? Eu tava zoando... Você não precisa levar minhas brincadeiras tão a sério... O clima estava ficando muito tenso por conta das suas revelações sobre a HYDRA, então tentei quebrar esse clima com uma piada...

— Piada...? – Ele ainda não estava acreditando que aquilo era uma piada...

Por um momento...

.

Pensou que fosse sério...

.

Perplexidade decorria pelos olhos azulados do sargento...

— Sim, isso se chama ironia e usamos com frequência! Ainda precisa aprender muitas coisas sobre esse século!

Ele arqueou uma sobrancelha, confuso e desconfiado. Se questionava como a garota conseguia ser uma pessoa tão imprevisível e bipolar.

— Acho que não te conheço tão bem como pensava, Darcy... – Ele redarguiu, ainda um pouco chocado.

— Não mesmo... – Ela andava na frente, tentando se desvencilhar do sentimento estranho que insistia em atormentá-la naquele momento.

O sargento via o quanto ela parecia bem atrapalhada enquanto andava.

Seus gestos satíricos, suas caretas grotescas e seu senso de humor sarcástico faziam tudo ficar mais leve...

Darcy era como um pequeno botão de flor que desejava que nunca murchasse...

Na verdade, ela parecia um lírio... Não conseguia associar nenhuma outra flor com ela, senão lírios...

E mesmo depois de tudo o que lhe disse, sentia que precisava fazê-la se sentir melhor, pois era nítido que a estudante não gostou de ouvir que partiria um dia.

— Hey, boneca...-

— Não sou um brinquedo... – Respondeu na lata, ainda sem olhar para trás.

Ela estava magoada?

Finalmente os dois chegaram na entrada do Central Park, e Darcy por fim virou-se, acenando para que entrassem.

Ele se aproximou, ficando frente a frente com a estudante.

Primorosos olhos azuis em tons gélidos perfuraram os dela quando eles se entreolharam... Meticulosamente.

Bucky piscava lentamente... Sem quebrar o contato visual... E Darcy não entendia...

— Olha... Você está fazendo eu me sentir uma idiota de novo... - Ela franziu o cenho, fazendo uma cara de reprovação, mostrando que estava zangada, mas...

O perfume do xampu podia ser sentido de novo... Bucky adorava aquela fragrância de maçã verde...

O vento soprou um pouco forte, fazendo seus cabelos deslizarem suavemente de modo ondulado... Cobrindo parte de seus olhos...

James então se aproximou e ergueu a mão humana, num gesto automático, no ímpeto de afastar as longas madeixas castanhas da frente dos olhos da garota.

Passou a segurar uma das mechas lisas, deslizando seus dedos entre os fios sedosos, tentando ajeitá-los de modo organizado e reparando como era diferente vê-la de tempos em tempos com o cabelo liso.

Os olhos femininos, emoldurados por cílios longos, que pareciam lhe pesar as pálpebras, piscavam... fracamente...

Ele tentava decifrar sua feição enquanto a mesma o olhava tão claramente...

Que expressão era aquela, que Darcy sempre direcionava para ele quando estavam tão próximos...?

Era belíssima e tão emblemática... qual era o significado...?

O Central Park estava repleto de árvores das mais diversas espécies, e o chão coberto por muitas folhas e pétalas de flores... Entre elas, magnólias rosas, que naquele momento, se espalhavam levemente pelos arredores...

Em meio ao ambiente airoso da primavera em seu ápice, uma pequena pétala de magnólia pousava sobre o cabelo dela, tornando a imagem da estudante ainda mais bela e esplendorosa...

Desfocando as fronteiras do sonho com a realidade...

Ele retirou a pequena pétala de cima do cabelo castanho, delicadamente...

Darcy abriu um pouco mais os olhos, surpreendida pelo gesto. Sorriu docemente, de forma esplêndida, surpreendida com o que o mesmo oferecia de mais gentil a ela até então...

Mas não sabia se ficava feliz por senti-lo lhe tocar de maneira tão natural, ou se ficava triste por saber que talvez nunca mais o veria sendo tão sensível como jamais foi...

Bucky sentia-se enternecer diante da paisagem atrás e da figura diante de si...

Tentando sair daquela situação onde o mesmo a fitava tão intensamente, ela arriscou dizer a primeira coisa que veio em sua mente.

— Ontem você disse que queria me dizer algo, mas como saí para o evento, não tivemos tempo... – Ela o indagou, um pouco curiosa sobre o dia anterior.

— Bem... queria compartilhar algumas lembranças da minha família... – Ele esboçou um meio sorriso, puro e modesto.

— É mesmo!? E o que é!!? Eu quero saber!!! – Darcy o contestava, empolgada.

— Bem... acho que teremos que adiar essa conversa de novo, porque essas lembranças estão um pouco confusas... preciso ordená-las para encontrar o contexto real...

— Mas eu quero saber!!!

— Eu prometo que te direi no futuro...

— Você promete mesmo!?

— Sim...

— Bem... você também disse que me ensinaria regras de etiqueta sobre as mulheres de sua época! Então são duas promessas!

— Ok, senhorita... eu prometo que faremos isso numa outra oportunidade... – Ele sorriu, singelamente.

— Se você não cumprir, saiba que vou cobrar com juros e correção! – Ela exibia uma careta birrenta, de uma criancinha de 5 anos.

— Não costumo quebrar minhas promessas, então fique tranquila... Mas agora me esclareça uma dúvida... Por quê uma hora você está com os cabelos ondulados e depois lisos...? Isso é diferente. – Ele contestou, encantado.

— Ah! O nome dessa tecnologia é Prancha alisadora! Nós usamos esse aparelho para esticarmos os fios e deixá-los lisos.

— Isso é bem diferente. – Ele sorriu, de modo singelo.

— Isso é legal! - Replicou empolgada, e a doçura de sua voz, entoada em meio aos risos e um pouco cantarolada, reforçava ainda mais as suas expressões...

— Eu acho que gosto dos dois tipos. – Ele revelou, olhando fixamente para as madeixas castanhas.

— Liso e ondulado?

— Sim...

— Ótimo saber!

— Não imagine coisas... – Seu rosto ficou sério no mesmo instante, temendo que a garota pudesse interpretar seus gestos e falas com segundas intenções...

— Eu sei! Pare de me tratar como uma criança! - Ela correu e virou o rosto logo depois, sorrindo largamente.

Bucky vislumbrou a expressão terna e livre, e passou a velejar naquele sorriso...

Entretanto, embora não soubesse o porquê...

.

Aquilo era fascinante...

.

Se perguntava que janela ela abria para seus sonhos nascerem... Que porta fechava para o medo não entrar... Qual era a cor do sol que ela enxergava... Se a alegria entrava ou emanava de si mesma...

Qual o lado da vida ela vivia...? O avesso ou o outro lado...?

O que ela demonstrava ser... Era apenas metade do que era, ou ela por completo...?

Era uma realidade ou um sonho...?


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Notas finais do capítulo

Resumo desse capítulo: Os dois estão em perfeita negação. Já estão no primeiro estágio da paixão, mas ainda não perceberam.
O próximo capítulo sai no domingo de manhã e nele teremos uma Darcy sendo sequestrada pela HYDRA e um soldado indo atrás dos sequestradores, full pistola, com sangue nos olhos, totalmente equipado e com seu clássico uniforme tático de Soldado Invernal. Vai ser perigoso, mas ao mesmo tempo muito engraçado. E claro, que essa miniaventura perigosa será dividida em dois capítulos e serão cruciais para o desenvolvimento da relação deles, principalmente quando um deles se dá conta de que está apaixonado. Qual dos dois será? :P
COMENTEM, PELO AMOR DE DEUS PQ EU PRECISO SABER SE ESSES CAPÍTULOS ESTÃO BONS *desespero
O próximo sai no domingo de manhã. Marquem em suas agendas ;D



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