Sentidos escrita por Miss Ailee


Capítulo 4
Capítulo 4 - Eu nunca pedi perdão (POV Draco)




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Eu tinha de esperar que ela entrasse na sala antes de entrar, meu plano só daria certo se ela já estivesse lá dentro.

E como ela demorou hoje.

Já não aguentava mais Pansy tagarelando perto de mim, a voz dela era como grunhidos irritantes e tudo que eu queria era mandá-la direto para o inferno, com as amiguinhas dela. Junto com todo mundo deste maldito colégio.

— Vamos entrar logo, Draco! – Crabbe falou impaciente. – A gente já está há meia hora do lado de fora da sala, o povinho da Corvinal vai pegar os melhores lugares!

— Se quiser, pode entrar, Crabbe, vou depois. – Respondi.

— A gente te espera, Draco. – Goyle falou olhando feio para Crabbe.

Crabbe deu um passo para frente, encarando Goyle.

— Se vocês começarem a brigar, eu juro que arrebento os dois. – Falei antes que começassem a se digladiar.

 Então Luna finalmente apareceu, ficou conversando com o babaca do Longbotton a alguns metros da sala, então os dois se despediram e ela entrou na sala. Disfarcei alguns minutos do lado de fora, para não entrar logo atrás dela, então sinalizei para os meninos e entramos. Pansy veio bem atrás de mim, que droga.

Não contava de ter um fantasma na minha cola, seria quase impossível colocar uma pedra na mesa de alguém discretamente com outra pessoa velando seus passos.

Cada passo que eu dava, sentia a respiração de Pansy mais perto de mim, então eu já estava perto demais da mesa de Luna para pensar em algo melhor, o único jeito era agir como sempre, sendo um implicante. Segurei um dos pergaminhos dela que estavam sobre a mesa tempo suficiente para colocar a pequena esmeralda nele, e o joguei no chão. Olhei para trás e tentei meu melhor sorriso. Ela entenderia, apenas ela. Assim espero.

Sentei no meu lugar habitual, e Pansy do meu lado. Será que alguém notaria se eu a transformasse em uma doninha, tipo, para sempre?

— Draco, seu cabelo está desarrumado aqui... – Ela disse passando a mão no meu cabelo. Deixei. Um pouco de ciúmes cairia bem para Luna naquele momento, ela tem que perceber que, se ela não me quer, tem quem queria.

Pansy passou a aula inteira mexendo no meu cabelo, arrumando meu cachecol da sonserina, essas coisas. Parecia se sentir extremamente importante enquanto tocava em mim, ou nas minhas coisas. E eu não estava gostando nada daquilo. Levantei bem rápido assim que a aula terminou, e não teria reparado que Luna me esperava do lado de fora da sala, se ela não tocasse meu braço.

Gelei.

Tudo que eu conseguia pensar era no quanto queria que ela me tocasse para sempre.

— O que você quer, garota? – Falei bem arrogante, tinha muita gente da Sonserina saindo da sala ainda.

— Te devolver. – E ela colocou a pedra na minha mão.

Olhei para os lados para ver se não tinha mais nenhum conhecido, e a puxei pelo braço até a parte de baixo da escada, onde ninguém, além de dois ou três quadros de natureza morta, poderiam nos ver.

— Draco, está me machucando! – Ela falou enquanto tentava acompanhar meus passos rápidos. – Me solta!

— Shiiiii!!! – Falei soltando-a e colocando o dedo sobre os lábios dela. – Luna, esta esmeralda é para você, não me devolva, é um presente. – E depositei a pedra na mão direita dela.

— Você me confunde, sabia? - Ela disse alisando a pele avermelhada onde eu havia a segurado. Preciso aprender a medir minha força.

— Perdoe-me. – Foi a primeira vez na minha vida que pronunciei esta palavra. E não foi tão difícil quanto pensei que seria.

E ela ficou me olhando como se eu fosse outra pessoa. E para ser sincero, naquele momento, a sós com ela, eu realmente era outra pessoa.

— Não quero nada que venha de você. – Ela disse colocando a pedra no meu bolso e dando meia volta.

Tentei segurá-la, mas não consegui. Fiquei com medo de machucá-la outra vez.

Algum tempo depois, saí dali, e encontrei Pansy na porta da sala de feitiços, perguntando ao professor se havia me visto.

— Não, senhorita Parkinson, o menino Malfoy saiu junto com vocês, ele não está aqui.

Tentei passar despercebido, mas o professor me viu.

— Ah, olha só, ele está bem ali!

E Pansy voltou a ser minha sombra irritante sorridente e grudenta, que eu teria de aturar até o fim da aula de poções.


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