Stardust escrita por Tulipa


Capítulo 20
Epílogo - Sistema Solar


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao fim, tá doendo sim...



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Pepper acordou sozinha em sua cama. Depois de anos de casamento, ela foi trocada. No fundo, Virginia Potts sempre soube que um dia isso aconteceria, Tony sempre foi um homem de muitas mulheres, e mais cedo ou mais tarde iria trocá-la por outra. Por outras. Uma mulher só pro resto da vida? Não pra vida de Anthony Stark. Ansiedade. Ciúme.  Choro. Chantagem emocional. Aconteceu de tudo nos últimos anos, e agora ela já estava acostumada a lidar com esse fato. Mas uma coisa não havia mudado.

 

—Sexta-feira  que horas são?— a ruiva perguntou ao sentar na beirada da cama e colocar os pés no chão.  

 

7:03h, sábado,  5 de outubro, em Malibu faz 25 graus.— a I.A respondeu e Pepper agradeceu.  

 

Stella tinha um compromisso importante,  mas ainda era cedo, então ela banhou-se tranquilamente, e depois  escolheu um jeans gasto, uma camisa azul clara e sapatilhas pra usar, terminava de se arrumar quando a filha adentrou seu closet.

 

—Mamãe,  eu não posso atrasar.— Stella disse ansiosa.

 

Pepper imediatamente perguntou o horária à Sexta-feira e então disse —São 8h, você não vai atrasar. Vai chegar no horário como em todos os outros dias de competição.  

 

—Só que hoje é a final, mamãe,  é um dia mais importante.— ela disse cheia de autonomia.  

 

—Eu sei, meu amor. Eu sei que é importante e a mamãe está muito orgulhosa de você.— Pepper a puxou em seu abraço.  7 anos. A sua bebê já tinha 7 anos, um serzinho independente e inteligente que disputaria a final de seu primeiro campeonato de natação interescolar.

 

—Você não descia nunca, achei que você não iria me ver.— a pequena olhou pra mãe,  Pepper se viu em seus olhos, mas ela tinha tanto de Tony também. O cabelo castanho,  o sorriso, o comportamento imediatista.

 

—Eu jamais perderia essa final, você pode ficar calma. Respira.— Pepper deu as mãos pra Stella e juntas aspiraram e expiraram algumas vezes —Mais calma?

 

—Sim.— ela afirmou.

 

—Então bom dia, vai ser um bom dia, certo?

 

—Vai sim!— ela respondeu animada —Papai está lá em baixo.  

 

—Claro que está.— Pepper revirou os olhos.  

 

—E ela também.— a pequena avisou.  

 

—Como ela está vestida?— Pepper perguntou ao olhar-se no espelho.

 

—Normal.— Stella deu de ombros.

 

Quando elas chegaram à cozinha Tony estava lá, sentado à bancada tomando uma xícara de café, mas ela não avistou mais ninguém.  Ele sorriu pra ela. Lindo, tão lindo e charmoso, ainda mais agora com alguns fios de cabelo grisalhos, aquele sorriso sempre acenderia algo dentro dela, não importava quanto tempo passasse.   

 

—Você conseguiu acordá-la, parabéns,  filhota.— ele disse pra Stella quando ela sentou ao lado dele.  

 

—Eu já estava acordada.— Pepper disse —Bom dia.

 

—Se você não estivesse acordada eu mandaria a minha arma secreta.

 

—Arma secreta?  Não estou vendo nada aqui.— Pepper disse.

 

—Porque ela é secreta. Você precisa procurar.

 

—Ah, sim.— ela disse caminhando até o outro lado do balcão —Acho que eu…— ela fingiu suspense, ao ouvir as risadinhas  —Achei! Achei a sua arma secreta!— ela disse ao abaixar —Bom dia, pequenininha!— a ruiva pegou sua caçula no colo.

 

Depois de ter virado pó de estrela e voltado, antes de ter certeza da sua primeira gravidez, Pepper garantiu a Tony que Stella seria a única, e se ela não estivesse grávida nunca haveria um bebê, mas ela já estava lá. Após a chegada da primeira filha, com o mundo calmo, ela passou a querer mais. Pepper nunca gostou de ser filha única, e seu desejo de ter outro bebê foi intensificado quando a primeira filha passou a pedir por um irmão.

 

A irmãzinha chegou logo após Stella completar 4 anos. Hoje Lunna Potts Stark é uma doce garotinha de 3 anos, com cabelos acobreados como os de sua mãe. Pepper havia perguntado à Stella o que Lunna vestia, pois, às vezes, ela cismava de escolher as próprias roupas, e Tony simplesmente aceitava,  ele era péssimo em dizer não pras meninas, e ela sempre acabava fazendo combinações nada formais, ou escolhendo uma fantasia pra vestir. O normal daquela manhã era uma saia cor-de-rosa, camiseta branca com um unicórnio estampado e uma tiara de unicórnio.

 

—Bom dia,  mamãezinha!— Pepper ganhou um beijo prontamente retribuído.

 

—E o meu bom dia?— Tony perguntou,  Pepper debruçou sobre a bancada e lhe deu um beijo casto —Podia ser melhor.— ele reclamou.  

 

—Podia ser no nosso quarto, mas quando eu acordei você não estava lá.— ela rebateu —Porque vocês levantaram tão cedo?  

 

—Sexta-feira avisou que havia uma mocinha ansiosa andando pela casa em vez de dormir…

 

—Que horas era isso?— Pepper quis saber.

 

—Por volta de 5h da manhã. Então levantei, fiz um chá pra ela…

 

—E eu pedi pro papai ficar comigo.



—Por isso fui deitar com a Stella.— ele justificou. Ele amava Pepper,  amava acordar ao lado dela, mas nunca diria não pra qualquer uma das meninas.  

 

—Filha, eu sei que você está ansiosa, afinal é a sua primeira competição…

 

—Eu quero ganhar, mamãe,  pela nossa escola. Imagina, se eu ganho a medalha pra nossa escola?

 

—Você vai ganhar, Té.— Lunna disse efusiva.

 

—Ganhando ou não, você já tem uma medalha garantida. Não se cobre tanto,  você é só uma criança, tudo o que você tem de fazer naquela piscina é se divertir.— Pepper disse acalmando a filha.

 

—Vou buscar a minha mochila.— Stella avisou assim que reparou que Pepper terminava seu café.  

 

—Você viu como ela fala “Nossa escola”?— Tony disse orgulhoso.  

 

—Como se fosse um fardo?— Pepper rebateu —Ela está agoniada.  O que era diversão está se tornando um peso.— ela disse em desaprovação —Você mais do que ninguém sabe como um nome pode ser um estigma.  

 

—Droga.— Tony praguejou ao compreender o que ela quis dizer.

 

—Mamãe!— Lunna apontou pra Tony pra que Pepper o repreendesse.  

 

—E essa palavra é feia.— ela disse antes de sorver um gole de seu café.

 

—Vamos?— Stella disse ao voltar.  

 

—Vamos.— Tony disse.

 

No caminho até o ginásio ele remoeu o que Pepper dissera, não era mesmo fácil pra filha estar na final daquele campeonato.  Uma Stark representando a Fundação Stark. Sim. O projeto de Pepper, que havia começado como um berçário na empresa, transformou-se em escola de educação infantil e fundamental,  enfim, entre outras coisas a Fundação agora também era um centro educacional, um dos mais conceituados do país.

 

—Meu vovô e minha vovó!— Lunna exclamou,  quando eles chegaram ao local da competição e encontraram com Amélia e Edward.  Os avós estiveram em todas as fases da competição e claro que estariam na final. O avô conversou um pouco com a neta mais velha antes que a caçula tomasse seu colo.

 

—Vou lá com minha técnica, tá quase na hora.— Stella avisou e deu um beijo na avó.  

 

—Lembra do que a mamãe falou, tá? Não se cobre tanto.— Pepper disse e beijou a testa da filha, que assentiu.  

 

—Não quis dizer na frente dela, mas nossa estrelinha está meio apagada,  o que houve?— Edward perguntou quando Stella os deixou nas arquibancadas.

 

—Ela está mais tensa que o normal, acha que precisa ganhar a qualquer custo...— Pepper começou a explicar.

 

—Vou falar com ela.— Edward disse após ouvir tudo.  

 

—Não,  sogro, eu vou.  

 

—Quero ir também.

 

—Vem, pequena.— Tony pegou Lunna e foi atrás de Stella. Ele chegou no vestiário e bateu na porta.

 

—Sr.  Stark…— a técnica abriu a porta.  

 

—Oi, Ellen, sei que esse tempo de concertação é importante,  mas posso falar com a minha filha um minuto?

 

—Claro.— embora fosse o vestiário feminino a técnica deixou que ele entrasse,  afinal, apenas ela é Stella estavam lá. Ela esperou do lado de fora dando privacidade pra conversarem.

 

Tony entrou e colocou Lunna no chão,  Stella estava sentada no banco, já havia trocado sua roupas pelo maiô vermelho com a logomarca do colégio.

 

—Filha,  o papai tá aqui pra te dizer que você não deve se cobrar tanto…

 

—Mamãe já disse isso, tenho que me divertir.— ela balbuciou.  

 

—Sim, mas eu tenho que te dizer mais.— ele agachou diante dela —Eu não sei quando você se deu conta do nome que carrega, você tá crescendo muito rápido e não devia ser assim.— ele disse —Mas você precisa ser a melhor por você, e não por causa desse nome. Tudo o que eu e sua mãe temos um dia será  seu e da sua irmã, isso é inevitável, mas não é um fardo que vocês precisam carregar. Você nada porque é algo que gosta de fazer, por isso a mamãe pede que você se divirta, desde bebê você ama água, mas pode ser que ser nadadora não seja o seu futuro e tá tudo bem. Tá tudo bem não ganhar. Eu tive um pai que me cobrava demais, e eu era um merda com as coisas da empresa,  com a maioria das coisas, na verdade, achava tudo uma droga...

 

—Papaiê!— Lunna o censurou.  

 

—Desculpa, filha.— ele pediu, afinal, Lunna sabia todas as palavras feias que não deviam ser ditas  —Eu era péssimo, porque havia me dado conta de que aquilo não era pra mim, mas seu avô insistia que tudo era meu, minha responsabilidade, e eu tinha que cuidar de tudo, no entanto eu não tinha e ainda não tenho  nenhum talento pra gerir um negócio. Ao contrário da sua mãe, que é espetacular. Ela desenvolveu um projeto pra que vocês ficassem mais próximas e olha no que se transformou.

 

—Mamãe é incrível.— Stella disse orgulhosa.  

 

—Mamãe é linda!—Lunna comentou um pouco alheia ao assunto.

 

—Sim, ela é. E vocês também serão,  seja o que for que decidam fazer das suas vidas.— ele disse pras duas —Nós nunca chegamos em você e te obrigamos a nadar pela escola,  certo?

 

—Eu que quis.  

 

—Papai e mamãe só querem que vocês sejam felizes, e se notarmos que você está se sobrecarregando vamos ter que rever algumas coisas, porque você é pequena demais pra ficar agoniada assim.

 

—Eu apenas quero ganhar.

 

—Ok. Mas é por você?— Tony saber.  

 

—Por mim.— ela garantiu.  

 

—Você vai ganhar, Teté,  já disse!

 

—Eu sei, unicórnio. Me dá um abraço da sorte.— ela pediu e Lunna a abraçou.

 

—Papai também vai entrar no abraço da sorte.— ele abraçou as duas.

 

(...)

 

—E então?— Pepper perguntou quando Tony chegou ao lugar onde estavam.

 

—Tá tudo bem.— ele garantiu.  

 

Não demorou pra que o sistema de som anunciasse as finalistas, Pepper não pode não notar a diferença na postura de Stella. A pequena acenou pra família, sorriu e fez coração com as mãos.  

 

—Seja lá o que vocês conversaram, acho que deu certo.— Edward observou.  

 

—A gente deu abraço da sorte, vovô.

 

Stella e a outra garota se posicionaram sobre os blocos de partida e saltaram na piscina após o anúncio. Foram 25m em 18 segundos, mas  pareceu uma eternidade, até que a pequena Stark bateu em primeiro lugar na borda na outra extremidade da piscina.

 

—Aaaah!! O abraço da sorte funcionou.— Amélia comemorava junto com os outros enquanto Tony desceu pra falar com a filha.

 

—Parabéns,  meu amor!!!— Tony exclamou, ela correu pra ele e o abraçou o molhando completamente, mas ele não se importou —Tem alguém querendo falar com você.— ele entregou o celular pra ela.  

 

Parabéns, Estrela do Mar!— Peter Parker disse na vídeo-chamada.  

 

—Eu diminuí dois segundos,  você viu?— ela disse eufórica.

 

—Não vi muito, porque seu pai está péssimo com transmissões,  e eu fiquei vendo apenas a cara dele, mas pelo tempo que os gritos duraram deu pra ver que você foi bem rápida.— ele disse e ela riu.

 

—Tô com saudade, volta logo?

 

No começo do mês que vem estarei aí.— ele respondeu.  Peter estava fazendo um curso fora dos EUA —Amassa bastante a Sailor Moon por mim até lá, ok?— ele nunca deixou de usar suas referência à cultura pop.

 

—Sempre. Beijos.— ela encerrou a ligação —Eu ganhei.  Ganhei. Ganhei.— Stella comemorava saltitante indo em direção a Pepper.  

 

—Parabéns, meu amor. A mamãe está muito feliz por você.— a ruiva disse.  



Após a cerimônia de entrega das medalhas eles voltaram pra casa,  os pais de Pepper iriam almoçar com eles antes de viajarem de volta a Pasadena, Amélia se comprometeu a cozinhar o prato favorito de Stella e Pepper a ajudou na cozinha enquanto Tony conversou por horas com o sogro.  

 

—Olha quem adorou a minha medalha.— Stella disse ao surgir na sala de jantar quando sua mãe ajeitava a mesa para o almoço.

 

—O J é um campeão.— Lunna disse. Elas haviam colocado a medalha no pescoço do cachorro.

 

—Cãopeão.— Edward brincou.

 

—Isso é péssimo, nem o Morgan faria esse trocadilho.— Amélia zombou.  

 

—Ah,  faria sim.— Tony observou.  

 

—Deixem o J em paz e vão lavar as mãos.— Pepper mandou.  



Enquanto a família almoçava J acomodou-se em seu cantinho na sala de jantar, ele tinha pontos de descanso estratégicos espalhados pela casa, afinal já não era mais tão jovem. As meninas foram mimadas pelos avós durante todo o dia, e no fim da tarde Edward e Amélia deixavam a mansão.  

 

—Eu queria viajar com o vovô e a vovó, nunca andei de navio.— Stella disse.

 

—Vamos fazer uma viagem nas férias, ok?— Tony prometeu.

 

—Eeee!— as pequenas comemoraram, ele sempre cumpria todas as promessas.

 

—Tomem cuidado na estrada, e me avisem quando chegarem em casa, ok?— Pepper pediu ao abraçar o pai.

 

—Sim, senhora.— Edward brincou.

 

—E me liguem quando embarcarem amanhã, e em cada porto que o navio atracar, me mandem fotos…

 

—Mais alguma coisa?— Amélia quis saber.  

 

—Divirtam-se e comemorem muito, porque não é  todo mundo que completa 45 anos de casados.— Pepper disse orgulhosa do relacionamento duradouro de seus pais.  

 

—Vamos nos divertir,  pequena…

 

—Mamãe não é pequena, vovô.— Lunna riu.

 

—Pro vovô e vovó ela sempre vai ser.— Edward beijou o rosto de Pepper e a soltou.  

 

—Mais uma vez obrigada pelo presente, meu amor.— Amélia abraçou Pepper agradecendo pela viagem —Todos eles.— agora ela se referia às netas.

 

—Eu amo vocês.— ela disse

 

—Nós amamos você também.— Amélia replicou, deu adeus a Tony,  beijou as meninas e embarcou no carro assim que Edward abriu a porta pra ela.

 

—Fiquem bem, pequenas.— Edward beijou suas 3 meninas, despediu-se de Tony e sentou ao banco do motorista. Após deixarem a mansão o aperto no peito de Pepper só passou quando eles avisaram que estavam em casa.

 

(...)



—Então, banho e cama, né?— Pepper ordenou quando o filme que eles estavam assistindo acabou.  

 

—Aahhh— elas opuseram.

 

—Sem chororô,  vocês vão tomar banho juntas ou cada uma no seu canto?— ela quis saber,  mas as duas apenas se entreolharam em cumplicidade —Já entendi.— ela disse e subiu com as garotas para o seu quarto, encheu a banheira da sua suíte e as duas comemoraram ao submergir na água cheia de  espuma —Volto já, já com as toalhas.

 

—Tá bom.— elas disseram juntas.

 

As meninas tinham cerca de 3 anos e meio de diferença de idade, mas a sintonia e a cumplicidade eram surpreendentes. Os pais deram as opções e foi Stella quem escolheu o nome da irmã, e não podia ter sido uma escolha melhor,   afinal uma estrela precisava de uma lua e vice-versa. Sabendo que aquele banho seria demorado, ao descer, Pepper passou pela cozinha e serviu uma taça de vinho tinto.

 

—Olá, Sra Stark.— Tony disse quando ela voltou à sala —Quanto tempo temos?

 

—Uns 30min.— ela respondeu, caminhou até o sofá e sentou-se em seu colo, Pepper deu um gole no vinho e depois o beijou lenta e sensualmente.

 

—Senti falta disso o dia todo.— ele disse.

 

—Você sabia que hoje era um dia de pais e filhos e o que isso significa.— ela disse.  

 

—Por falar em pais, o que foi aquilo com o seu pai,  senti ciúme daquele abraço.

 

—Papai vai completar 70 anos durante a viagem e eu me dei conta de que nunca faltei a um aniversário dele.

 

—Você quer ir ao cruzeiro? Podemos comprar as passagens agora,  as meninas iriam adorar.— ele disse.

 

—Claro que elas iriam adorar faltar na escola por dias.— Pepper comentou —Mas essa é uma viagem deles.

 

—45 anos de casamento, daqui a pouco seremos nós.— Tony disse.  

 

—Sim, só faltam 37 anos e alguns meses, a gente chega lá.— ela riu e o beijou. Eles namoraram no sofá tempo o suficiente para quererem mais —Comporte-se, Sr Stark.— ela disse entre beijos pra que ele tirasse a mão de dentro da sua roupa

 

—Estou super comportado.— ele riu correndo as mãos pelas pernas dela.  

 

—Estou vendo,  na verdade estou sentindo.— ela disse —Vou colocá-las pra dormir, vai ser rápido.  

 

—Nunca é.— ele lhe deu um último beijo antes dela deixá-lo.

 

Quando Pepper chegou ao seu banheiro a banheira tinha muito mais espuma do que ela se lembrava.  Stella jurou que ela não haviam colocado mais sais de banho na água.

 

—A gente só bateu bastante as pernas.— ela justificou.  

 

—É.

 

—Sei.— ela disse desconfiada, afinal, quase não havia água no chão —Pro chuveiro,  devagar pra não escorregar.

 

Minutos depois as meninas já estavam na cama de Stella. Embora Lunna tivesse um quarto só pra ela, elas quase sempre dormiam juntas.  

 

—Eu não dei boa noite pro papai.— Stella lembrou e fez como se fosse levantar da cama.  

 

—Eu também…

 

—Quietinhas, as duas.— Pepper as impediu —Sexta-feira,  peça pro Tony subir, por favor.

 

—E peça pra ele trazer o J pra dormir, obrigada.— a mais velha pediu.

 

—Mamãe,  você pode cantar,  obrigada.— a mais nova pediu.  

 

—Cantar? Faz tempo que a mamãe não canta, né?  Vocês sempre preferem as histórias do papai.— ela fingiu ressentimento.

 

—Porque as histórias do papai tem super-heróis e viagens no espaço.— Tony vangloriou-se ao surgir na porta —Foi daqui que pediram beijos de boa noite?

 

—Sim!— elas responderam, ele andou até a cama e as beijou em suas testas. J foi para o seu tapete ao lado da poltrona.

 

—Então sem história hoje?— Tony perguntou.

 

—Você pode cantar junto com a mamãe.— Stella sugeriu.

 

—Já sei qual música cantar.— ela disse e então começou a cantar Fly me to de moon, do Sinatra,  pois era ótima pra interagir com ambas —Fly me to the moon...— Pepper tocou no nariz de Lunna com seu indicador —...Let me play among the stars...— tocou no nariz de Stella —...Let me see what spring is like on a, Jupiter and Mars. In other words, hold my hand. In other words, baby, kiss me.— Tony a surpreendeu com um beijo casto.— elas sorriram.

 

—Fill my heart with song and let me sing for ever more...— Tony começou —You are all I long for all I worship and adore. In other words, please be true. In other words, I love you.

 

—Agora vocês duas junto com mamãe e papai Pepper disse —Fill my heart with song, let me sing for ever more. You are all I long for all I worship and adore. In other words, please be true. In other words, I love you.

 

Pepper repetiu a música sozinha por mais duas vezes, mas só Lunna pegou no sono.  

 

—Ok.— Stella sussurrou —Agora podem levá-la pro quarto dela. Eu amo a minha irmã, mas ela me chuta à noite.

 

—O papai vai levá-la.— Pepper sussurrou e riu da sinceridade —Boa noite, meu amor.— Pepper levantou da cama para que Tony conseguisse pegar Lunna.

 

—Boa noite, mamãe.  Te amo.

 

—Boa noite, princesa.— Tony disse já com Lunna em seus braços.

 

—Boa noite, papai. Te amo.  

 

Eles deixaram o quarto da mais velha e Tony se dirigiu pro quarto da mais nova. Pepper foi pra sua suíte o aguardou por algum tempo, e nada do marido retornar.  Só havia uma explicação, a pequena havia acordado.

 

O Sr Stark está lendo pra ela.— Sexta-feira avisou quando Pepper quis ter certeza.  Ao ouvir a resposta ela decidiu entrar no banho.

 

—Você podia ter me esperado.— ele disse ao surpreendê-la, quando Pepper já havia terminado.

 

—Se eu tivesse esperado talvez já estivesse dormindo.— ela disse ao encostar-se na pia  —E eu já acordei sozinha, não queria dormir sozinha também.

 

—Hoje de manhã foi por motivo de força maior.— Tony justificou chegando mais perto.

 

—E agora à noite seria por um motivo de força menor.— ela ironizou se referindo ao tamanho das meninas  —A sua vida mudou, mas você não mudou de vida, já notou?

 

—Notei que o seu cheiro é bom.— ele desconversou ao afundar o rosto na curva do pescoço dela.

 

—Você sempre viveu rodeado de mulheres que sempre queriam um pouco mais de você, e olha o que você tem agora, três mulheres loucas por você.

 

—Uma lua, uma estrela e um sol.— Tony respondeu  a segurando pela cintura —Eu sou apenas um planeta avulso orbitando esse sistema solar.  

 

—Eu sou o sol?— languidamente  ela envolveu os braços ao redor dele. No fundo a ruiva sabia que ela era o centro de tudo.

 

—Não poderia ser mais ninguém. Sem você eu viveria no escuro completo.— ele disse agradecendo por tê-la em sua vida.

 

Ela sorriu.

Ele sorriu.

Eles jamais seriam imunes àqueles sorrisos. 

E então chegando mais perto o beijo aconteceu.

E mesmo que os pés de Tony Stark estivessem bem presos ao chão a plenitude daquela relação sempre o faria gravitar.  Depois de se perder no espaço e viajar no tempo, ele orbitaria pro resto da sua vida por entre seu pequeno sistema solar.




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Notas finais do capítulo

Chega ao fim mais uma história dessa autora que vos escreve há tanto tempo.
A gente vai encerrar outro ciclo daqui a alguns dias (eu vou ver o filme na sexta, 26, e vcs?) e as minhas histórias só existem por causa desses 11 anos de MCU.

Eu, sinceramente, espero que o final do nosso casal favorito seja tão feliz quanto esse que eu acabo de escrever. Mas se não for, é claro que eu vou criar um.

Até uma próxima ;)

Starkisses,
Tulipa ❤️



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