Heroes escrita por Madness


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Frio. Meu corpo treme, mesmo que me esforce para não fazê-lo. Arrasto-me até o canto da cama e me sento abraçando minhas pernas, em busca de calor, ajudaram em quase nada. Consigo ouvir a forte chuva que cai do lado de fora, o clarão dos relâmpagos iluminam o minúsculo recinto, totalmente pintado de branco, talvez a melhor cor para deixar alguém louco.

A chuva caí cada vez mais forte, seu som quase ocultava os gritos vindos do lado de fora de meu recinto, mas eu ainda consigo escuta-los, acho que sempre irei. Concentrei-me em sentir as pequenas gotas que caem em minha cabeça, cronometradamente, vindas de um buraco no teto. Fecho os olhos e me imagino em uma floresta, com árvores de copas altas, e o chão coberto por folhas secas, uma forma singela de imaginar algo melhor do que minha realidade. Não me lembro da última vez que senti uma brisa tocar meu rosto.

Sinto meu corpo se energizar, como se uma corrente elétrica fluísse por todas as suas partes, eu não me sentia assim há anos. Olho minhas algemas, e seu habitual brilho verde havia se apagado. Fico atônita, olhando para minhas mãos, sem acreditar que em minutos meu destino pode ter mudado. Sou retirada de meus devaneios por uma explosão que faz todo o cômodo tremer como se fosse feito de palitos, é a confirmação que precisava.

Respiro fundo, estou enferrujada, mas nunca irei deixar de saber como usa-los, encaminho a energia que flui por meu corpo para a palma de minhas mãos, e eles saem em toda sua gloria, os relâmpagos que iluminavam o céu, agora derrubaram a porta de minha prisão.

Receosa, coloco apenas a cabeça do lado de fora do recinto, e vejo caos.

Destroços e corpos estavam no chão, o sistema anti-incêndio foi acionado, e água jorrava do teto, e a fumaça atrapalhou minha visão a longa distância.

Engolindo meu medo, sai em disparada pelo estreito corredor, não faço ideia de qual direção seguir, estou indo apenas por extinto. Sinto uma mão segurar meu pulso, viro-me pronta para atacar, mas uma voz entra em minha cabeça.

“ Se for por esse caminho, vai morrer”

Aquelas palavras me pegam de surpresa, olho para a figura a minha frente, uma garota de enormes cabelos ruivos, me encarava, seus olhos eram de um azul vivido, assim como os meus.

—Venha.

Confiei nela, não tinha motivos para não confiar, ela não era o inimigo. Assenti com a cabeça e ela foi me puxando pelo braço, nos levando pera a direção que acredito ser a saída.

Cada vez mais o fluxo de pessoas ia aumentando em nosso caminho, não havia mais guardas, os que não morreram devem ter fugido, eles não tinham chance contra nós. Não estávamos mais subjulgados.

A instalação tremeu novamente, e uma voz ecoou.

— POR AQUI RÁPIDO.

Um buraco enorme havia sido feito na parede, todos foram em direção à liberdade.

A garota ruiva olhou para mim e sorriu. – Boa sorte-

— Obrigada. Boa sorte.

Ela solta meu pulso, e corre, sumindo dentre os outros, faço o mesmo, indo na direção da mata, caso precise me esconder, teria mais chances lá, usar meu poder só iria atrair mais atenção, preciso evita-lo.

Após correr por um longo período, entrego-me ao cansaço, apoio minhas costas em um troco, e escorrego até o chão, minha camisola estava encharcada, minhas pernas sujas de terra e cheias de arranhões. Enfio meus dedos na terra molhada, usufruindo de uma sensação que me parecia perdida, confirmando que eu realmente estava livre.

Um barulho entre as folhas chama minha atenção, abro meus olhos e vejo um guarda, ele está bem na minha frente, a luz da lua me permite ver seus grandes olhos verdes, e seus cabelos castanhos bagunçados, e seu rosto machucado e sujo, parece ser bem jovem, diferente de outros guardas que sempre vejo. Ele se apoia em seus joelhos, ofegante, posso ouvir sua voz descompassada me dizendo alguma coisa, mas não compreendo o que.

Sua cabeça se levanta em minha direção, e ele grita.

— FUJA!

Ao mesmo tempo, ouço sons de tiro se aproximando, o desespero toma conta. Quando olho novamente para o garoto, e me espanto, seus olhos adotaram um verde brilhante, e sua pele rasgava, revelando algo como escamas, ele caiu sobre os joelhos gritando, e enormes asas negras saíram de suas costas, ele não possuía mais aparência humana, era uma criatura. Seu bater de asas causou um forte vento que me fez cair sentada, indo cada vez mais alto, ele sumiu no céu na noite.

Sou retirada de meu estado de choque por uma bala que acerta minha coxa, caio no chão em agonia, assim vou acabar sendo encurralada, concentro-me ao máximo ignorando a dor. Sinto o vento frio e cortando a minha volta, cada vez mais forte, não sei ao certo o que estou fazendo, mas será a forme que irei me salvar. Cada vez mais forte o vento começa a me tirar do chão, e eu tento guia-lo. Indo sem direção até que minhas forças se acabem.


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Notas finais do capítulo

Se você veio até aqui, não se esqueça de comentar!
Vou adorar saber o que acharam!
Até o próximo capitulo.



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