Razão ou Paixão? escrita por Divka Duch


Capítulo 3
Entre fadas e monstros.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!Fiz com todo carinho!



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              Shikamaru caminhava para sua casa. Já estava perto quando viu uma banca de jornal. Ele estranhou, eram quase 13:00h e tinha uma banca de jornal aberta.Normalmente estariam almoçando.Não ligou e seguiu.Passou enfrente a banca.

-Ei, Shikamaru!-Um velho sentado num banco disse. Era o dono da banca.

-He, he.O senhor me conhece?-Perguntou Shikamaru confuso com a situação.

-Claro.E não conheceria?Você passa todo dia na frente da minha banca. -O velho diz. -Não quer comprar nada?

-Bem. O que tem para me oferecer?

-De tudo um pouco!-O velho falou mostrando o jornal. -Mas esse jornal é de hoje. Ainda tá quentinho,super novo!

-É mesmo?É o jornal da cidade?

-Garoto, a cidade só tem um jornal . Então eu acho que é!

-Pare de ser besta, seu velho. -Shikamaru resmunga. -É esse o jornal que tem as crônicas com fadinhas e bosque encantados?

-Sim. -O velho responde. -Você gosta de contos de fadas, garoto?

-Sempre sonhei em ser a Cinderela. -Ele diz. -Mas aí descobri que era um sonho estranho para um garoto de 7 anos.Vamos,me passe esse jornal.

-Aqui!Não quer mais nada?

-Tem balinha de hortelã?

-Pretende beijar alguém?

-Talvez, mas com certeza não é você,seu velho!-Shikamaru diz.-Tome aqui o dinheiro.Amanhã eu passo para pegar o troco.

-Amanhã?Amanhã eu vou está bem longo e vou levar seu dinheiro.

-Pretende me roubar?

-Já roubei!-O velho diz com um sorriso e começa a correr.

-É isso, néh?-Shikamatro grita. -A gente confia nas pessoas e elas nos roubam. OK.Não queria esse dinheiro mesmo!

             Ele chega a sua casa. Abre a porta. Não era grande nem pequena. Dois andares, confortável, diria.

              Caminha até o sofá e desaba sobre ele. Folhea o jornal e acha a página de crônicas.

Shikamaru - Vamos ver. Vamos ver. Aqui!Temari.Uma visita ao meu quarto.Capítulo 1.

           "Estava pronta para dormir.Pijamas confortáveis,janelas fechadas,porta trancada.Tudo ótimo.Pelo menos era o que eu achava.O relógio alarmou 22:00h.Já era hora de dormir.

            Deitei-me, descansei minha cabeça no travesseiro. Como era bom senti a seda suave dos meus lençóis.Adormeci.E isso se estendeu até aquele horário,3:00h da manhã.Senti que alguém entrava,mas eu tinha fechada a porta,estava tudo lacrado.Quando percebi que 'aquilo' não precisava de porta para entrar.Com um suspiro forte de quem estava com medo eu me levantei.Meu quarto estava escuro,não sei se assim era melhor.Não queria acender a luz e me deparar com a imagem de quem estava ali,me observando.

            Olhei ao meu redor na esperança de enxergar algo. Nada. Estremeci quando ouvi uma respiração forte,quente,bem ao meu lado.Me deitei depressa.Fiquei acordada,sabia que 'ele' ainda estava ali.As horas pareciam não passar,meus lençóis de seda pareciam espinhos.Até que percebi que não podia continuar assim.Sou adulta,não posso ter medo do Bicho-Papão.Me levantei depressa e acendi a luz.Nada.Não vi nada.Mas sabia que alguma coisa esteve ali,no meu quarto.

           Tentei passar meu dia normal. E até fingi bem,nada estava acontecendo,tentei-me convencer disso.

           A noite chegou rápida. Estremeci, ainda estava assustada. Não, isso é apenas minha imaginação, pensei. Deitei na cama.

           O relógio avisou 3:00h da manhã.Não teria percebido se aquela atmosfera de tensão e medo não tivesse invadido meu quarto.'Ele' estava ali.Eu sentia sua respiração.Apenas o ignorei e dormi.

          Teria ficado tudo bem se aquilo apenas viesse me visitar.Já nem ligava mais.Claro,não podia bobear,dormia com um faca debaixo do travesseiro,mas 'ele' nunca fazia nada.Até que começou a falar comigo.Eram palavras que eu não conhecia.Alguma língua morta talvez.Conseguia identificar ele falando 'Temari' ali e aqui.Apenas isso.E foi o suficiente para que meu medo voltasse.

         Foi apenas aquela noite. Depois não senti mais sua respiração, não vinha me visitar, não falava mais. Fiquei aliviada. Não por muito tempo.

         'Ele' voltou. Mais forte e aterrorizante. E falou comigo. Só que eu podia entender. Ele me mandou...matar alguém."

           Shikamaru acabou de ler e estremeceu. O que era aquilo?

Temari...está tentando me dizer algo?-Ele se perguntou. -Por que me falou sobre suas crônicas?Não pode falar diretamente comigo sobre o que está acontecendo! O que era aquilo no seu quarto?

           A tarde se transformou em noite e Shikamaru andava de um lado para o outro dentro de sua casa. Ele repetia "O que ela quer me dizer,o que ela quer me dizer".Quando olhou para o relógio,20:00h.

Um jantar fora seria bom. -Ele disse sorrindo. -Melhor ainda se for à casa de um amigo... Ou amiga.

          Ele tomou um banho rápido e fez questão de usar seu perfume mais forte. Correu para o estacionamento, pegou seu carro e foi para casa de uma amiga, Temari.

          Ela estava fazendo uma macarronada italiana digna de um troféu quando ouviu uns passos fortes e uma batida em sua porta.

Temari?-A voz dizia. -Eu vim para jantar!

          Ela abriu a porta e o encarou com aquele olhar de desaprovação que só ela sabia fazer.

Jantar?Por quem você foi convidado?

Disse que eu podia vir para seu apartamento se quisesse, não é?Eu pensei que queria que eu jantasse aqui, já que não gosta de sair, ou estava apenas dando em cima de mim,hein?-Ele falou com um sorriso convencido.

Dar em cima de você?Por favor..Agora se me aparecesse um L na minha vida,aí sim.Ah..sim!-Ela falou com voz de deboche.

          Ele entra e se senta no sofá.

L?Então você gosta de investigadores?-Ele pergunta rindo.-Não se preocupe que em breve eu estarei prendendo um assassino.

C-Como assim 'em breve'?-Temari pergunta assustada.

Temari,eu li sua crônica.Sei de muita coisa.Pode me falar.

          Shikamaru olha para ela e sorrir como se tivesse pegado um peixe grande.


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Notas finais do capítulo

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