Feelings escrita por Miris
Notas iniciais do capítulo
Gente, eu estava super tranquila ontem na aula quando - DO NADA - o Universo da Criatividade me manda essa ideia.
Escrevi de ontem pra hoje, eu amei e achei hilária (mas com respeito)!
Aproveitem ♥
Três amigos que trabalham na mesma empresa e que se conhecem desde a faculdade decidem sair em uma sexta-feira à noite depois do expediente para que pudessem afogar as magoas em um bar, enquanto tentavam, inutilmente, esquecerem o motivo de estarem ali.
Um deles começou a falar sobre o porquê se sentia tão desgraçado. Havia se mudado no inicio do ano para um bairro tranquilo e se apaixonou pela linda e encantadora vizinha que estava prestes a se casar com um cara que não era bom o bastante.
— E você é?
O primeiro rapaz ignorou o sarcástico questionamento do amigo presente e continuou a falar sobre seu problema. Sua amada era filha de mãe francesa e pai angolano, além de ser meiga, bonita, cuidadosa e formada em Engenharia Aeronáutica. Eles já haviam saído juntos, assim como cozinhado, ido ao cinema, fazer compras e até limpeza e jardinagem. Era um caso perdido, estava muito mais do que apaixonado. Estava amando.
Ele continuou a falar e contou que um dia, o noivo dela viu os dois em um restaurante e o ouviu falando que gostava muito dela, mas não queria estragar a amizade. Disse que preferiria vê-la feliz com outro do que arriscar e poder perder sua amizade. O resultado foi muito mais do que óbvio, ele entrou lá dentro deu-lhe um soco no olho e levou a mulher embora, acarretando em uma feia briga. Querendo evitar mais conflitos, ele se afastou dela.
O segundo amigo riu da situação e disse que a dele ainda era fácil de resolver e não poderia se comparar a dele. Estava quase desesperado e não sabia o que fazer.
— Pelo menos você pode correr para qualquer uma que aparecer na sua frente, já eu...
Ele começou a narrar o acontecido. Ele e uma amiga do seu setor começaram a sair juntos apenas por diversão, afinal não tinha nada demais e eles estavam desocupados. Acontece que o “coleguismo” passou para uma amizade, que acarretou em beijos e em algumas transas. E ele admitiu que nunca ficou tão viciado em alguém como está nessa garota, mas o problema é que acabou começando a ter sentimentos por ela.
As saídas se tornaram mais rotineiras, a conversa foi sendo desenrolada e fazê-la sorrir era a coisa mais importante para ele. O que era para ser apenas saídas e sexo casual acabaram virando outra coisa.
Para ele, isso era quase um pecado. A garota que ele estava apaixonado queria ter com ele algo sério, sendo que era o tipo de cara que nunca seria capaz de se amarrar como apenas uma mulher. Ele era o típico cara que queria todas e ao mesmo tempo nenhuma.
Com mais alguns goles de vodca misturada com uma cerveja qualquer, ele começou a falar mais ainda. Ele queria sim estar com ela sempre, mas tinha medo. Medo de se machucar e machucar ela, medo de não aguentar ficar longe dessa farra que ele é acostumado e ama, por mais que esta lhe trouxesse um imenso vazio no peito.
O terceiro suspirou e virou o restante da bebida que sobrava no copo em sua boca. Engoliu de uma só vez enquanto sentia aquilo queimar enquanto descia. Afinal, era a sua vez de falar e desabafar sobre seu caso.
— Vocês que não sabem o que é estar desgraçado no amor...
Havia um sorriso amargurado em seu rosto. Ele encheu seu copo mais uma vez de forma desajeitada e tornou a virar a bebida na boca, engolindo de uma vez. Podia sentir o álcool voltando e o deixando meio zonzo.
Porém, isso não o impediu de começar a contar sua história. Desde pequeno, sua família tinha uma rixa com outra família que morava na rua de trás, então para deixar a situação divertida ele sempre aprontava com eles.
No Halloween, encheu as portas e janelas da casa com ovos que foram jogados por ele e alguns primos, além de cobrirem a árvore de papel higiênico. No Dia da Independência, estourou várias bombinhas nas plantações de flores da mulher, acabando com o churrasco.
Todas as vezes que ele tinha uma chance de estragar alguma coisa da família rival, ele estragava – normalmente tinha até ajuda de alguns primos. Em frente a sua casa, morava uma senhora muito amável e sua neta, que por anos foi a sua paixão.
Eles estudaram juntos, saíram e se beijaram. Até que um dia ele a pediu em namoro, no Ensino Médio, logo decidindo que iria até a casa de seus pais para tornar oficial para todos.
A surpresa veio quando descobriu que seus pais moravam na rua de trás e que, na verdade, era a família a qual ele atormentou em todos os anos de sua vida. Ele até tentou se redimir, mas os pais foram rudes e proibiram o namoro. Ele e a garota nunca voltaram a se falar durante todo o Ensino Médio.
Na formatura, alguns amigos levaram bebidas e ambos beberam até quase cair. Acabaram em seu carro transando, mas foram pegos pela irmã mais nova da garota, o que os distanciou ainda mais.
Ele nunca mais ouviu falar dela quando se mudou para fazer faculdade. Isso até descobrir que ela é uma das acionistas da empresa em que trabalham, saírem para jantar por ordens do seu chefe e descobrir que ainda se gostam, mas ela está casada e tentando engravidar do marido.
— Cara, você tá fudido.
— Muito obrigado por me lembrar.
Respondeu ironicamente ao comentário de um dos amigos. No fim das contas, os três estavam perdidos. Um amava, mas estava prestes a perder a garota para seu rival. O outro gostava da mulher, mas não queria ter um relacionamento sério com ela. E o último perdeu a mulher que amava por conta de rixa de família, e atualmente, ela está tentando engravidar do marido – que no caso, não é ele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gente, espero que tenham gostado!
Beijos de Flores com Pó de Fada ♥
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