Monstro escrita por ColibriMoriarty


Capítulo 3
Capítulo 3




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— Doutora? – Chamou o rapaz quando a porta automática se abriu, dando-lhe acesso ao laboratório. Ao não receber uma resposta, ele simplesmente caminhou para dentro do recinto, ouvindo um baixo estampido quando a porta de metal cerrou-se atrás de si, lançando o ambiente no mais denso breu.

O lugar encontrava-se tão escuro, que o rapaz teve que estreitar os olhos para poder enxergar ao menos um palmo à frente de seu nariz em meio aquele negrume.

— Doutora? Olá?! Alguém em casa? – Tornou a chamar com as mãos em concha sobre a boca para que sua voz soasse mais alta, todavia, apenas ouviu o eco de sua frase pelo lugar. O jovem deu um passo avante, colidindo com algo metálico e duro por consequência, chutando-o para longe. Instantaneamente ele se retraiu perante ao alto barulho que causou e por ter sido tão desastrado, soltando um xingamento entredentes.

De repente algo lhe agarrou, tampando-lhe a boca, e o empurrando contra a parede. Rex se assustou. Soltando uma exclamação abafada devido à mão que lhe calava, ele começou a se debater na tentativa de se libertar do que quer que lhe neutralizava.

— Rex! Quieto! – Uma voz feminina conhecida sussurrou de maneira ríspida próximo de sua orelha.

— Doutora?! – Reconheceu, sua fala ainda soando abafada pela mão da mulher. Ele piscou aturdido, porém relaxou, fazendo com que Holly lhe soltasse. – O que está fazendo aqui no escuro? – Questionou, porém a doutora apenas emitiu um sibilo pedindo por silêncio enquanto que ela lhe calava novamente.

— Rex, você precisa falar mais baixo ou vai atraí-lo! – Ciciou de maneira nervosa enquanto que se afastava dele.

— Atraí-lo? – Repetiu baixinho sem compreender. – Atrair o quê?

Como que respondendo sua pergunta, um grunhido baixo soou pelo lugar e o som de garras dilacerando algo metálico - provavelmente o objeto que Rex havia chutado anteriormente - fez com que um arrepio gélido descesse pela espinha do rapaz devido a brutalidade com a qual aquilo atacava o metal.

Os dois permaneceram em silêncio colados contra a parede, tão estáticos quanto estátuas de mármore.

O ser emitiu um grunhido ao concluir seu objetivo, alguns minutos depois, e se afastou, sumindo em algum canto do laboratório.

— Doutora... – Murmurou o rapaz quando conseguiu recuperar a voz após aquela experiência assustadora. – O que era aquilo?

— Um rato que se tornou um E.V.O. – Respondeu-lhe aos sussurros enquanto que mexia nas coisas que haviam sobre as bancadas, que estavam ali por perto, à procura de algo. – Ele acabou escapando durante um experimento. Eu estava tentando capturá-lo quando você entrou aqui gritando feito louco, fazendo com que ele ficasse arisco e fugisse. – Ela suspirou e forçou alguma coisa dura contra o peito de Rex. – Coloque isso. São óculos de visão noturna, vão ajudá-lo à não mais tropeçar em lixeiras. – Instruiu, o garoto seguiu suas ordens e vestiu-os.

— Maneiro! – Exclamou baixinho em notória excitação. – Isso é muito legal! Parece com um daqueles filmes de espião! – Comentou animado. – Meu nome é Salazar, Rex Salazar! – Disse com um timbre mais grave e fez “arminhas" com os dedos, emitindo diversas vezes o que seria o som de disparo de uma enquanto que apontava para todos os lados, divertindo-se muito com a situação.

Até que notou o olhar reprovador que Holly lhe lançava, ou o que seria um caso ela também não estivesse usando um par de óculos de visão noturna. Porém o rapaz sabia que, por sua linguagem corporal - braços cruzados e os lábios levemente frisados - indicava que ela não havia gostado nem um pouco da brincadeira.

— Desculpa. – Sussurrou com um sorriso constrangido. A mulher suspirou profundamente.

— Pare de brincar. – Reclamou baixinho enquanto que se afastava dele. – Precisamos capturá-lo antes que fuja pelos dutos de ventilação! – Frisou com seriedade.

— E como faremos isso? Por acaso você tem alguma super ratoeira para E.V.O's por aqui? – Indagou enquanto que observava os restos mortais do que uma vez fora uma lixeira metálica. “Descanse em pedaços, lixeirinha.”, pensou enquanto que cutucava uma grande tira de metal amassado com a ponta de seu sapato.

— Eu ainda estou pensando nisso, mas, com certeza, suas habilidades serão de grande ajuda. – Comentou, ela ficou em silêncio por alguns segundos enquanto que ponderava seu próximo passo. – Há algumas gaiolas na saleta que usamos de depósito. Vá lá e pegue uma, vou tentar rastrear o E.V.O.

— Ok, mas por que estamos no escuro? Não seria mais fácil ligar as luzes? – Questionou Rex. – Ratos não são seres noturnos? Com certeza as lâmpadas o cegariam. – O rapaz recebeu um aceno negativo de cabeça como resposta.

— Os nanites causaram uma mutação que aumentou a sensibilidade das retinas e tímpanos do roedor. Mas, ainda bem, diminuiu a capacidade olfativa a quase zero. – Explicou. – O E.V.O não consegue enxergar no escuro, está se guiando apenas pela audição.

— O que os olhos não vêem, o coração não sente. – Disse ao compreender sua linha de pensamento.

— Sim, agora vá pegar a gaiola antes que ele fuja e fique solto pelo QG. – Mandou enquanto que se dirigia cuidadosamente na direção de onde, supunha, que o roedor havia ido.

— Sem problemas. – Respondeu-lhe. Ele caminhou silenciosamente pelo local, olhando ao redor à procura da dita sala. – Vejamos, onde será que ela está... ? – Questionou-se em um sussurro enquanto que corria o olhar pelo ambiente esverdeado devido aos óculos.

De súbito, algo caiu de uma das prateleiras a sua frente, fazendo com que congelasse onde estava. Engolindo em seco, Rex se aproximou do pote que havia sido derrubado e o pegou em suas mãos, curioso, baixando sua guarda.

O que foi um erro.

Um guincho agudo lhe fez erguer a cabeça no exato instante em que o E.V.O pulava em seu rosto, arranhando e mordendo com selvageria. O ataque fez com que o rapaz perdesse o equilíbrio e caísse de costas no chão.

— Sai de cima de mim, seu rato de esgoto nojento! – Ele conseguiu agarrar o animal e lançá-lo contra a parede, fazendo com que ficasse estirado no chão, sem tornar a se mover. O rapaz se colocou de pé. – Eu espero que o Ibama não me prenda por bater em um rato mutante do tamanho de um extintor de incêndio. – Ponderou enquanto que se aproximava do roedor. – Você é o E.V.O mais feioso que eu já vi... – Comentou enquanto que cutucava o mutante. A criatura silvou e lhe mordeu o dedo, provando que ainda estava consciente. – Ai! – Rex recuou com um gemido de dor. – Okay, eu não vou mais pegar leve com você! – Cerrando seus punhos, suas mãos foram revestidas por metal e o rapaz ficou em posição de luta. – Manda ver, bola de pelos!

O E.V.O guinchou em desafio, porém fugiu, saindo em disparada na direção de um duto de ar.

— Aonde você pensa que vai?! Eu não terminei com você ainda! – Gritou correndo atrás do roedor. Ele esticou uma de suas mãos robóticas e agarrou o bicho, conseguindo impedir que ele fugisse pelo sistema de ventilação. – Rex 1, roedor feio que dói, 0. – Sorriu, porém seu sorriso presunçoso não durou por muito tempo. O rato começara a roer o metal que consistia as mãos de Rex, fazendo com que ele gritasse de dor.

Em impulso, o rapaz começou a sacudi-las na tentativa de se livrar do E.V.O enquanto gritava. O ato fez com que derrubasse vários objetos e virasse várias bancadas, causando grande barulho.

— O que está acontecendo aqui?! – Gritou Holly aparecendo correndo por um corredor. – Rex! O que está fazendo?!

— Ele está dentro do meu braço! Ele está dentro do meu braço! Tira! Tira! – Respondeu enquanto que usava uma de suas mãos para socar a outra, sentindo o roedor andar por dentro do metal e roê-lo. A mulher olhou ao redor procurando uma forma de ajudar o rapaz desesperado.

— Rex! – Chamou após correr até o outro lado da sala. – Desconstrua! Agora!

O rapaz deu um último soco que destruiu sua mão metálica, as peças caíram no chão junto do roedor. A doutora foi rápida e se jogou sobre o E.V.O, capturando-o e prendendo-o dentro de uma gaiola que havia pego momentos antes.

Ofegante, Rex sentiu seus joelhos fraquejaram e ele caiu no chão.

— Rex! – Exclamou a mulher indo socorrê-lo. – Você está bem? – Indagou, preocupada.

— É oficial... – Disse entre arquejos. – Eu odeio ratos... – Um sorriso surgiu na face da doutora devido a frase. Ela lhe ofereceu a mão para que levantasse, o rapaz aceitou a ajuda, colocando-se de pé com dificuldade.

Os dois se aproximaram da gaiola, observando o mutante chilrear furioso enquanto que mordia e arranhava as barras de seu confinamento.

— Ele não vai fugir? – Questionou Rex enquanto que assistia a doutora se abaixar e tomar o objeto em suas mãos com cautela.

— É feita com amálgamas de titânio. – Comunicou, ela fez menção de deixar a gaiola nas mãos de Rex, porém ele recuou.

— Eu não toco nessa coisa nunca mais. – Disse sacudindo as mãos em negação.

— Deixe de reclamar e segure o E.V.O. – Demandou enquanto que forçava o objeto nas mãos do rapaz e se afastava para mexer nas bancadas que haviam sido derrubadas por ele anteriormente. O garoto afastou a gaiola de si o máximo que pôde. Holly voltou a se aproximar dele, portando uma seringa em suas mãos. – Fique parado. – Comandou. Em um rápido movimento, ela espetou o rato e injetou todo o conteúdo do embolo no mutante.

O bicho ainda silvou e correu por alguns minutos pelo espaço diminuto, até que finalmente soltou um último guincho e tombou imóvel no fundo da gaiola.

— Você o matou? – Questionou Rex.

— Não, eram sedativos aquilo que injetei nele. – Tranquilizou a doutora enquanto que mexia no mecanismo de tranca da gaiola, abrindo-o.

— Você não vai pegar essa coisa, não é?! – Exclamou ele, assustado.

— É apenas um rato, Rex. – Retrucou a doutora pegando o E.V.O inconsciente no colo.

— É um mutante perigoso que roeu meus constructos! – Apontou injuriado.

— Ele está sedado, não oferece mais nenhum perigo. – Frisou Holly acariciando as costas peludas do bicho como se este fosse um gato ou algo do gênero. – Agora, cure-o.

— Curar? – Repetiu. – Não, não, não. Eu não toco nessa coisa! De jeito nenhum!

— Pare de ser infantil! Logo o efeito passará e aposto que você não vai querer capturá-lo de novo. – Insistiu. O rapaz fez uma careta enquanto que pesava suas decisões. Ele suspirou, derrotado, e ergueu sua mão na direção do E.V.O adormecido, porém o rapaz não concluiu o ato. Sua mão enluvada pairou, hesitante, a centímetros da pelagem clara do rato. Então ele a cerrou, afastando-se de Holly.

— Eu... Não consigo. – Confessou envergonhado. – Eu não consigo curá-lo, doutora.

— Não consegue ou não quer? – Questionou de forma impassível.

— Eu não sei... – Respondeu simplesmente.

— Rex. – Chamou a doutora, pousando sua mão livre no ombro do rapaz. – Isso tem alguma relação com o ocorrido de hoje mais cedo? – Indagou.

— Você sabe? – Disse surpreso. Ele cerrou seus punhos, assolado por uma raiva súbita, livrando-se de seu toque. – É óbvio que sabe! Toda a Providência já deve estar sabendo de como fui um inútil hoje! – Exclamou. – Eles devem estar rindo e fazendo piadinhas sobre isso exatamente agora! É muito engraçado mesmo! A arma mais poderosa da Providência é, na verdade, um garoto covarde e inútil! – Gritou, deixando que sua raiva e seu ressentimento explodissem em cada frase proferida.

— Rex! Acalme-se! – Disse a doutora lhe agarrando o pulso. – Você não é inútil, muito menos um covarde! Você é um ser humano, um adolescente, é normal cometer falhas às vezes... Até eu já cometi erros, porém é para isso que eles servem, para ensiná-lo a fazer o que é certo. – Expôs, compreensiva. Rex lhe encarou, piscando aturdido.

— Eu... Me desculpe, doutora. – Disse recompondo-se. – Eu sinto muito mesmo... – Ele desviou o olhar, sentindo-se envergonhado por suas ações.

— Escute, eu sei que anda sendo difícil ter que carregar esse fardo sobre seus ombros, mas você não pode deixar que os comentários de outrem acabem por lhe machucar. – Aconselhou ela soltando-lhe o pulso. – Tente focar nas coisas boas que vêm acontecendo, nas vidas inocentes que vêm salvando. – Falou, atraindo o olhar do rapaz.

— Mas do que adianta isso, sabendo que há E.V.O's que nem meus poderes podem curar? – Questionou entristecido. – Você deveria ter visto a cara que aquele menino fez quando eu disse que a mãe dele era incurável... – O recinto caiu em um longo silêncio insuportável. A mulher pareceu lembrar de algo.

— Venha. – Disse Holly indo na direção de um monitor. – Há algo que quero lhe mostrar. – Anunciou, teclando em alguns botões enquanto que segurava o E.V.O com a outra mão. Uma sirene soou baixinho e os computadores começaram à reiniciar. – É melhor você retirar os óculos ou ficará cego. – Instruiu retirando os seus próprios. Rex fez o mesmo, e as luzes piscaram, acendendo novamente. De súbito, uma chapa metálica deslizou, revelando uma janela na frente dos dois. – Dê uma espiada. – Instigou a doutora.

Rex inclinou-se para poder enxergar melhor o que estava atrás do vidro. Ele soltou uma exclamação de assombro.

— Como é possível? – Indagou chocado. – Ela havia sido destruída!

— Sim, porém eu encontrei um banco de dados repleto de anotações das pesquisas do doutor Branden Moses e as plantas de sua máquina para E.V.O's incuráveis. Veja bem, os cálculos não estavam de todo errados...

— E você decidiu reconstruí-la?! – Cortou o rapaz. – Essa coisa quase matou o Seis!

— Porém essa mesma coisa curou minha irmã. – Retrucou de forma áspera. – Rex, não vê? Talvez quando estiver pronta, eu possa curar a mãe daquele garoto. Não apenas ela, mas todos os outros Incuráveis que há no zoológico e no mundo afora! Poderemos devolver mães a seus filhos, entes queridos a seus familiares! Poderemos dar fim a eles de uma forma mais apropriada. Poderemos curá-los!

— Você tem certeza disso? – Questionou voltando a observar a máquina parcialmente construída.

— Sim, absoluta. Eu já chequei os cálculos, tudo que preciso agora é terminar de montá-la.

— Isso é incrível. – Comentou, após um tempo, fantasiando aquela utopia.

— Não é mesmo? – Concordou aproximando-se dele. Ela fez um gesto na direção do mutante que havia começado a se mexer em seus braços. O efeito do sedativo estava passando.

Rex olhou mais uma vez para aquele estranho maquinário que prometia um futuro melhor através do vidro, ainda hesitante. Então inspirou profundamente e sorriu ao descansar sua mão sobre o roedor. Seus nanites receberam a ordem, e o roedor começou a mudar, diminuindo de tamanho até voltar a ser apenas um simples rato de laboratório.

O animalzinho se espreguiçou, bocejando, e foi esfregar seu focinho róseo de encontro à palma enluvada do rapaz.

— Você tem razão... – De súbito, ele se encolheu gemendo com dor, apertando seu braço ferido.

— Você está bem? – Questionou a mulher prendendo o roedor de volta na gaiola para que pudesse assistir o garoto.

— Sim... Eu devo ter exagerado e aberto o ferimento novamente. – Explanou. – Não é nada de mais.

— Deixe-me ver.

~X~

— Vai demorar muito? – Questionou o rapaz com uma careta.

— Esse é o último. – Disse a doutora dando o ponto final no ferimento e enfaixando o braço machucado de Rex.

— Eu achei que meus nanites haviam dado um jeito nisso. – Comentou, levemente injuriado enquanto abaixava a manga de sua camiseta, seu casaco encontrava-se ao seu lado.

— E cuidaram, porém você demorou muito para vir aqui me ver, e, quando você destruiu seu constructo, sua biometria quase zerou. – Explicou. – Agora fique quietinho. – Aconselhou pegando uma seringa de uma gaveta.

— Ei, o que você vai fazer com isso?! – Questionou ao ver a doutora se aproximar com aquele objeto em mãos.

— Vacina antitetânica. Melhor prevenir do que remediar. – Disse enquanto que aplicava a injeção no braço, que não estava enfaixado, do rapaz.

— Arght. – Gemeu fazendo uma careta. – Mas o tiro foi de raspão.

— Porém, apesar de roedores pequenos como o rato que você curou não transmitirem raiva, ainda sim há chance de eles transmitirem tétano por sua mordida. – Rex resmungou alguma coisa inaudível perante a informação, talvez um xingamento direcionado à mãe do roedor que havia lhe mordido. – De agora em diante, quando se machucar durante as missões, você virá diretamente a mim. Ok? – Ordenou, bagunçando-lhe os cabelos escuros. O rapaz reprimiu um bocejo, concordando com um acenar de cabeça. – Melhor ir descansar agora, já deve ser alta madrugada.

— Eu estou bem, só um pouquinho cansado. – Contestou, pulando da maca onde havia estado sentado. Ele vestiu seu habitual casaco rubro, tomando cuidado para não arrebentar os pontos. – Obrigado, doutora. – Agradeceu dirigindo-se para à porta do laboratório. – Muito obrigado, mesmo.

A porta se cerrou atrás de suas costas com seu estalar usual, e a doutora se dispôs a guardar os equipamentos de primeiros socorros que havia usado no rapaz. Porém, ela ouviu a porta automática abrir-se atrás de si novamente, fazendo com que  se virasse e se deparasse com Seis.

— Eu não acredito que você deixou um E.V.O escapar de propósito apenas para massagear o ego de Rex. – Reprovou o agente de terno.

— Ele estava precisando daquilo. Você talvez não vá entender, porém o Rex, apesar de fingir ser durão, ainda é um adolescente. O Branco pode chamá-lo de “Arma da Providência” o quanto quiser, mas não mudará o fato de que ele é suscetível à falhas quando está chateado. – Externou guardando os objetos em uma gaveta. – O peso do mundo está sobre ele neste exato momento, e ele é apenas um garoto!

— Está bem, mas como você acha que ele vai reagir quando descobrir que você mentiu sobre a máquina de cura? – Indagou Seis a cruzar seus braços.

— Mentir? Seis, eu não menti quanto àquilo. – O agente ergueu sua sobrancelha, perplexo. – A máquina é real, e estou bem perto de fazê-la funcionar! Apenas mais alguns ajustes e teremos um mundo livre de E.V.O's incuráveis.

— Você realmente acha que isso é uma boa ideia, Holly? Da última vez as coisas deram errado.

— Porque haviam equações erroneamente escritas pelo doutor Moses. – Insistiu ela, teimosamente. – Acreditei em mim, Seis, dessa vez não haverá falhas... Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

Eu tive que fazer algumas pesquisas extras para escrever esse capítulo, principalmente a questão de continuidade pois eu não lembrava se o Rex ganhava aquele óculos super maneiros com visão noturna e etc do Seis antes ou depois do episódio em que a irmã de Holly, Berverly, é curada. Aparentemente o EP da cura é na segunda temporada, enquanto que o dos óculos é na terceira. Então tudo certo.
Outra questão que tive que procurar foi o nome desse safado, as wikis não concordam entre si quanto ao nome do doutor Branden Moses (Brandon Moisés na dublagem brasileira, se não me engano), então vou manter dessa forma.
A questão dos ratos é verdade, eu até pesquisei para confirmar, já que tenho duas sobrinhas - https://sta.sh/0dphioefv4p - que são duas ratas de laboratório de nome Flora e Lola. Vivendo e aprendendo. Obrigado, tio Google.
E gente, a Holly não teria feito o que fez se não tivesse plena certeza que Rex daria conta do recado.
E aí? Gostaram?



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