Consequences escrita por espairecidas
Notas iniciais do capítulo
UzuNHBH: Eu queria agradecer pela oportunidade de estar escrevendo e elaborando essa fanfic com a @espairecidas. Espero que gostem da Historia.
espairecidas: Ah, acho que não tenho muito oque falar...
Queria agradecer a oportunidade de estar escrevendo essa songfic, já que eu nunca escrevi uma antes. Espero que gostem da nossa Historia
Concequences - Prólogo
Dirty tissues, trust issues
Glasses on the sink, they didn't fix you
Lonely pillows in a strangers bed
Little voices in my head
Secret keeping, stop the bleeding
Lost a little weight because I wasn't eating
All the souls that I can't listen to
To tell the truth
All the souls that I can't listen to
To tell the truth
Loving you was young, and wild, and free
Loving you was cool, and hot, and sweet
Loving you was sunshine, safe and sound
A steady place to let down my defenses
But loving you had consequences
1989
Acho que aquele era nosso destino.
Era uma manhã fria de inverno e eu apenas queria dar uma volta e passear como toda criança de seis anos. Meu pai não poderia me acompanhar já que teria que ficar em casa com minha mãe que estava doente fazia alguns dias. Eu sabia que perto de minha casa havia um parquinho em que todas as crianças do bairro iam para brincar nos balanços e escorregadores; seja com seus pais ou colegas. Mas não era isso que eu queria. Queria estar sozinha.
Alguns dias atrás, enquanto o doutor, amigo da família, foi fazer a consulta de rotina da minha mãe, pude ouvir da sala de espera a conversa que ele estava tendo com meus pais. Não que desse para ouvir muita coisa, mas o que consegui já foi o suficiente para me deixar inquieta; naquele momento descobri que nossa família teria um novo integrante. Eu teria uma nova irmãzinha para cuidar.
Quando saíram do consultório, estavam mais sorridentes do que nunca. Também quem não estaria? Mais um fruto do amor de ambos viria ao mundo, e juro que pude ver os olhos de minha mãe brilharem mais que qualquer constelação. Então sorri de volta.
A partir daquele dia, minha mãe começou a passar mal constantemente e a ficar apenas na cama. Para dar um apoio, me recusava a sair de seu lado e sempre a ajudava no que fosse preciso, mas ela dizia sempre que eu deveria sair e brincar como toda criança deveria fazer e não ficar em casa fazendo coisas de adultos.
Era por isso que naquele momento eu vagava por entre as árvores secas com seus galhos cobertos de neve e com um cachecol cobrindo quase todo o meu rosto. Não estava um dia tão frio como os outros, mas era muito sensível ao mínimo frio que fizesse.
Ao longo do caminho eu pude avistar um grupo de meninos que brincavam de fazer bolas de neve e jogarem uns nos outros. Queria arrumar um jeito de passar até o parque evitando-os, porém não tinha sequer outro caminho que eu poderia tomar. Conhecia aqueles meninos, eram meus vizinhos; mas mesmo morando ao lado deles, nunca tinha falado com os mesmos. Na verdade eu não falava com ninguém. Preferia ficar em minha própria companhia, de meus pais e até mesmo do meu primo Neji, entretanto, eu tinha pouco contato com ele.
Tive que juntar toda minha coragem para conseguir caminhar até aqueles meninos que tinham a mesma idade que a minha, sem ter que dar meia volta e sair correndo. Enquanto me aproximava sentia meu coração cada vez mais rápido em meu peito, mas me mantive firme e forte passando por eles. Estava quase chegando no parquinho, quando senti uma mão segurar fortemente meu pulso.
— Olha gente, é aquela menina estranha que mora na casa ao lado!
— P-Por favor, pare! — puxei meu pulso da mão daquele menino que aparentava ser um pouco mais velho do que os outros, que agora se dirigiam até mim.
— É mesmo! Olha como ela é estranha! — senti uma bola de neve ser jogada em minha cabeça — Tão esnobe que nem brinca com a gente! Não passa de uma menina irritante.
Me abaixei e me encolhi, abraçando meus próprios joelhos, para me proteger. Meus olhos já começavam a lacrimejar. Quem sabe se eu chorasse eles não me deixassem em paz? Não viam que eu não gostava daquilo?
— Por favor…parem… — minha voz estava embargada e via algumas lágrimas caírem sobre a neve branca e logo sumirem.
— Não vêem que ela está pedindo para pararem?!
Foi ali em que eu o vi pela primeira vez. Ele usava um casaco de lã laranja e em seu pescoço tinha um cachecol vermelho. Mas o que me deixou curiosa foi a determinação que vi em seus olhos azuis como um céu de primavera. O sorriso que exibia também era de alguém com coragem. Ele era de se admirar
— Quem é você pirralho? Por que não procura um outro parquinho pra brincar e deixa a gente aqui, hum? — o mais velho deles debochou.
— Me desculpe, mas acho que isso não vai ser possível. — o sorriso que mantinha em sua face aumentou.
Naquela tarde, o menino loiro apanhou daqueles meninos para me defender. A “luta” não foi uma coisa justa, porém o mais estranho foi o fato de que ele nem me conhecia, mas me defender. No final, terminou no chão com seu cachecol todo rasgado.
— Você está bem? — sentou-se rapidamente olhando para mim. Não deveria ser eu quem a perguntar aquilo?
— S-seu cachecol… — foi tudo que consegui formular.
— Ah isso? — olhou para o objeto caído no chão e sorriu coçando a parte de trás de sua cabeça — Não se preocupe!
— Ahn... sinto muito. — disse tão baixo que pensei que ele nem tivesse ouvido.
— Já disse que tudo bem. Mas, tudo bem com você?
Me limitei a acenar de leve com a cabeça mantendo meu olhar no chão, até ouvir um “Se cuide, então”. A última imagem que tive do mesmo, foi sorriso determinado enquanto ele acenava de longe. E então, por algum motivo, eu sorri de volta.
Hesitation, awkward conversation
Running on low expectation
Every siren that I was ignoring
I'm paying for it
Loving you was young, and wild, and free
Loving you was cool, and hot, and sweet
Loving you was sunshine, safe and sound
A steady place to let down my defenses
But loving you had consequences
2018
Durante toda minha vida sofri com altos e baixos; como a morte da minha mãe no parto de Hanabi. Meu pai se manteve ocupado por todo esse tempo e sua vida se tornou trabalhar no hospital. Enquanto isso, eu fiquei cuidando da minha irmã mais nova. Mas de todos esses altos e baixos, o que mais mexia comigo se chamava Uzumaki Naruto. O menino que me salvou em um dia frio de inverno sem nem me conhecer. Ele é filho do dono de uma das maiores empresas do Japão, sendo assim um jovem promissor. Porém de tudo isso, o mais importante é que ele estudava em minha turma.
Como todo jovem, ele era cercado de amigos e mesmo sendo de uma família de grande nome, não se importava muito com isso, nem desprezava os outros ou agia com mesquinhez. Após um dia marcado com a chuva, encontros estranhos e coincidências, nos tornamos amigos; os melhores. E de um dia para o outro, vi um certo loiro chegar de repente e colorir todo os meu dias com seu sorriso radiante. Um sorriso que carrega em seu rosto até hoje e que me ilumina a cada dia.
Minha vida também foi marcada por muitas mudanças. No decorrer da minha vida, me vi mudar de uma garota tímida, para uma cheia de amigos e com Naruto ao meu lado. Me vi mudando de melhor amiga para namorada, de namorada para noiva e de noiva para sua mulher e mãe de seus filhos. Eu vivia feliz com minha família e o amor que escolhi para mim.
Acho que esse era nosso destino; sermos felizes. Mas me pergunto, o que aconteceu. O que mudou, para as coisas estarem como estão…Naruto?
Loving you was dumb, dark and cheap
Loving you still takes shots at me
For loving you was sunshine, but then it poured
And I lost so much more than my senses
'Cause loving you had consequences
Aah, loving you
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Esperamos que tenham gostado!
Abraços e Beijos
Uzu e Espairecidas