Uma nova Saga escrita por s2R


Capítulo 11
Capítulo 11 . Família




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Meus olhos examinavam a floresta minuciosamente à procura dos outros lobisomens. Quando eles apareceram entre as árvores, eles não eram como eu esperava. Eu tinha a imagem dos lobos gravada em minha cabeça. Estes eram só quatro garotos seminus realmente grandes. 

Novamente, eles me lembraram irmãos quadrigêmeos. Algo na forma que se moveram, quase sincronizados, para chegarem até nós, a maneira que todos tinham os mesmos músculos grandes e redondos sob a mesma pele cor de cobre, o mesmo cabelo preto curto, e a maneira que suas expressões mudavam exatamente ao mesmo tempo. 

Eles começaram com curiosidade e cautela. Quando me viram ali, os quatro se enfureceram no mesmo segundo. Sam continuava sendo o mais velho, mesmo assim Jacob estava quase o alcançando. Sam não contava como um garoto de verdade. Seu rosto parecia mais velho – não porque tinha rugas ou sinais de envelhecimento, e sim pela maturidade, a paciência de sua expressão. 

— O que você fez, Jacob? – ele demandou. 

Um dos outros, o qual eu não reconheci – Jared ou Paul – se pôs na frente de Sam e falou antes que Jacob pudesse se defender. 

— Por que você não consegue simplesmente seguir as regras, Jacob? – ele gritou, agitando os braços no ar. – Em que diabos você está pensando? Ela é mais importante que tudo? Que toda a tribo? Que as pessoas sendo mortas? 

— Ela pode ajudar. – Jacob disse calmamente. 

— Ajudar! – o garoto furioso gritou. Seus braços começaram a tremer. – Claro, é provável! Tenho certeza de que a adoradora de sanguessugas está doida para nos ajudar! -senti meu sangue ferver mas Jacob tomou a frente

— Não fale assim dela! – respondeu Jacob, irritado pela crítica do garoto. 

Um calafrio percorreu os ombros e a coluna vertebral do outro garoto. 

—Paul! Se acalme! – Sam lhe ordenou.

Paul balançou a cabeça de um lado para o outro, não em sinal de desafio, mas como se ele estivesse tentando se concentrar. 

— Caramba, Paul – um dos outros garotos murmurou, provavelmente. – Controle-se. 

Paul virou a cabeça para Jared, seus lábios se apertando em sinal de irritação. Depois voltou seu olhar fulminante para minha direção. Sustentei o olhar!

Jacob deu um passo à frente para se pôr na minha frente. 

Aí aconteceu. 

— Certo, proteja ela! – Paul rugiu em afronta. Outro arrepio, uma convulsão, percorreu seu corpo. Paul virou sua cabeça para trás, um verdadeiro rosnado surgiu dentre seus dentes. 

— Paul! – Sam e Jacob gritaram ao mesmo tempo. 

Paul pareceu cair para frente, movendo-se violentamente. 

A meio caminho do chão, houve um barulho de rasgado, e o garoto explodiu. 

Uma pele cinza escuro apareceu no garoto, transformando-se em uma forma cinco vezes maior do que seu tamanho – uma figura peluda, abaixada, pronta para pular. 

O lobo enrugou o focinho amostrando os dentes, e outro rosnado saiu de seu peito colossal. Seus olhos negros e raivosos se cravaram em mim. 

A meia passada, um forte arrepio passou pela coluna vertebral de Jacob, que saltou de ponta-cabeça no ar vazio. 

Com outro afiado som de rasgado, Jacob explodiu também. Ele explodiu sua pele – pedacinhos pretos e brancos de roupa voaram pelo ares. Tudo ocorreu tão rápido que se eu tivesse piscado, eu teria perdido a transformação inteira. Um segundo antes, Jacob saltava de cabeça, e um segundo depois havia se transformado em um gigantesco lobo de cor marrom avermelhado - tão enorme que eu não pude entender como aquela massa havia se ajustado de alguma maneira dentro de Jacob – que se jogava contra a besta cinza. 

Jacob chocou-se contra o ataque do outro Lobisomem de cabeça. 

Seus furiosos rosnados ecoaram como trovões entre as árvores. 

Os farrapos brancos e pretos – restos da roupa de Jacob – caíram no chão onde ele tinha desaparecido.

Os lobos, se mordiam e arranhavam buscando a garganta do rival com seus afiados dentes. Jacob parecia ganhar: era visivelmente maior que o outro lobo, e também parecia muito mais forte. Ele lançou seu ombro de novo e de novo no lobo cinza, jogando-o de volta para as árvores. 

— Leve-a para casa da Emily – Sam gritou para os outros garotos, que estavam distraídos assistindo a briga. Jacob empurrou o lobo cinza para fora do caminho com sucesso, e eles estavam desaparecendo na floresta, mas o som de seus grunhidos ainda eram altos. Sam foi atrás deles, tirando seus sapatos no caminho. Quando se lançou entre as árvores, ele estava tremendo da cabeça aos pés. 

Os grunhidos e estalos estavam ficando distantes. De repente, o som acabou e a estrada ficou muito quieta. 

Um dos garotos começou a rir. 

Virei-me para olhá-lo fixamente.

— É  o lobo foi revelado!

        ..........................

No fim de uma rua havia uma casa pequena que um dia já havia sido cinza. Havia apenas uma janela apertada do lado de uma porta pintada de azul, mas havia uma caixa embaixo da janela que estava cheia de margaridas laranjas e amarelas, dando ao lugar todo uma aparência alegre. 

Embry abriu a porta da caminhonete e inalou. “Mmm. Emily está cozinhando”. 

Jared pulou da carroceria da caminhonete e foi caminhando na direção da porta, mas Embry parou ele com uma mão no peito. Ele olhou pra mim significantemente, e limpou a garganta. 

Eles passaram por cima do único degrau e entraram na casa sem bater na porta. Eu segui os dois. 

A sala da frente, como na casa de Billy, era em grande parte a cozinha. Uma mulher jovem com a pele cor de cobre e com um cabelo cor de corvo longo, liso, estava de pé no balcão perto da pia, tirando muffins grandes de uma bandeja e os colocando num prato de papel. Por um segundo, eu me perguntei se o motivo de Embry pra que eu não encarasse era porque essa garota era tão linda. 

E então ela perguntou. “Vocês estão com fome?” com uma voz melódica, e ela se virou pra nos encarar de frente, um sorriso na metade do rosto. 

O lado direito do rosto dela estava marcado da linha do cabelo até o queixo com três linha finas, vermelhas, numa cor vívida apesar delas Já terem sarado há muito tempo. Uma das linhas havia puxado pra baixo um canto do seu olho com formato de amêndoa, e a outra havia virado o canto direita da sua boca como numa careta permanente. 

Agradecida pelo aviso de Embry, eu me virei rapidamente pra olhar para os muffins na mão dela. O cheiro deles era maravilhoso - como amoras frescas. 

“Oh”, Emily disse, surpresa. “Quem é essa?” 

Eu olhei pra cima, tentando me concentrar em olhar para a parte esquerda do rosto dela. 

“Bella Swan”, Jared disse pra ela, levantando os ombros. 

Aparentemente eu já fui o tópico de uma conversa antes. “Quem mais?” 

“Deixe que Jacob arrume um jeito pra contornar isso”, Emily murmurou. 

Ela me encarou, e nenhuma das duas partes do seu rosto uma vez lindo era amigável. “Então, você é a garota vampira”. 

Eu me enrijeci. 

“E você, é a garota lobisomem?” 

Ela sorriu, e Embry e Jared também. O lado esquerdo do rosto dela se amenizou. 

“Eu acho que sou”. Ela se virou para Jared. “Onde está Sam?” 

“Bella, er, surpreendeu Paul essa manhã”. 

Emily rolou seu olho bom. “Ah, Paul”, ela suspirou.

“Você acha que eles vão demorar? Eu ia começar a fazer os ovos”. 

“Não se preocupe”, Embry disse a ela. “Se eles se atrasarem, nós não vamos deixar nada se desperdiçar”. 

Emily gargalhou, e então abriu a geladeira. “Sem dúvida”, ela concordou. “Bella, você está com fome? Vá em frente e se sirva com um muffin”. 

“Obrigada”. Eu peguei um do prato e comecei a mordiscar pelas Beiras. Estava delicioso, e caiu bem no meu estômago delicado. 

Embry pegou o seu terceiro e enfiou inteiro na boca. 

“Deixe algum pros seus irmãos”, Emily castigou ele, batendo na cabeça dele com uma colher de pau. 

“Porco”, Jared comentou. 

Eu me inclinei no balcão e observei eles três brincando como uma família. A cozinha de Emily era um lugar amigável, brilhante com armários brancos e madeira pálida no chão. Na pequena mesa redonda, um vaso chinês azul e branco estava lotado de flores selvagens. Embry e Jared pareciam completamente á vontade aqui. 

Emily estava misturando uma quantidade enorme de ovos, várias dúzias, em uma grande tigela amarela. Ela tinha levantado as mangas da sua camisa cor de lavanda, e eu podia ver que as cicatrizes se estendiam por todo o seu braço e sua mão direita. Andar Por aí com lobisomens tinha seus riscos, assim como Embry havia dito. 

A porta da frente se abriu, e Sam passou por ela. 

“Emily”, ele disse, e tanto amor transbordava da voz dele que eu me senti envergonhada, uma intrusa, enquanto observada ele atravessar a sala com uma passada e pegar o rosto dela entre suas mãos grandes. Ele se inclinou e beijou as cicatrizes escuras na bochecha direita dela antes de beijar seus lábios. 

“Ei, para com isso”, Jared reclamou. “Eu estou comendo”. 

“Então cala a boca e come”, Sam sugeriu, beijando a boca arruinada de Emily de novo. 

“Ugh”, Embry gemeu. 

Isso era pior do que qualquer filme romântico; isso era tão real que cantava com a alegria e o amor verdadeiro. Eu abaixei meu muffin e passei meus braços ao redor do meu peito vazio. Eu olhei para as flores, tentando ignorar a paz dominante do momento, e a dor pulsante das minhas feridas. 

Eu fiquei agradecida pela distração quando Jacob e Paul entraram pela porta, e depois fiquei chocada quando vi que eles estavam rindo. 

Enquanto eu olhava, Paul deu um murro no ombro de Jacob e Jacob retribuiu com um soco nas costelas. Eles riram de novo. Os dois pareciam ainda estar inteiros. 

Jacob procurou pela sala, os olhos dele pararam quando ele me encontrou inclinada, no balcão perto do fim da cozinha.

“Ei, Bells”, ele me cumprimentou alegremente. Ele pegou dois muffins enquanto passava pela cozinha pra vim ficar do meu lado. “Desculpa por antes”, ele murmurou por baixo do fôlego. “Como é que você tá?” 

“Não se preocupe, eu estou bem. Bons muffins”. Eu peguei o meu de volta e comecei a mordiscar de novo. Meu peito se sentiu melhor assim que Jacob estava ao meu lado. 

“Oh, cara!”, Jared gemeu, nos interrompendo. 

Eu olhei pra cima e Embry estava examinando uma linha cor de rosa que estava desaparecendo no antebraço de Paul. Embry estava sorrindo, exultante. 

“Quinze dólares”, ele declarou. 

“Você fez aquilo?”, eu cochichei pra Jacob, me lembrando da aposta. 

“Eu mal toquei nele. Ele vai estar perfeito no por do sol”. 

“No por do sol?” Eu olhei para a linha no braço de Paul. Estranho, mas ela parecia já estar lá a semanas. 

“Coisa de lobo”, ele cochichou. 

Eu balancei a cabeça.  

“Você está bem?” eu perguntei pra ele por baixo do fôlego. 

“Nenhum arranhão”. A expressão dele era de zombaria. 

“Ei, caras”, Sam disse numa voz alta, interrompendo todas as conversas que estavam acontecendo na pequena sala. 

Emily estava no fogão, mexendo a mistura de ovos numa frigideira grande, mas Sam ainda estava com uma mão tocando a parte de baixo das suas costas, um gesto inconsciente. “Jacob tem uma informação pra nós”. 

Paul não parecia surpreso. Jacob já devia ter explicado isso pra ele e pra Sam. Ou... eles já haviam ouvido os seus pensamentos. 

“Eu sei o que a ruiva quer” Jacob dirigiu suas palavras pra Jared e Embry. 

“Era isso que eu estava tentando te contar”. Ele chutou a perna da cadeira onde Paul havia se sentado. 

“E?”, Jared perguntou. 

O rosto de Jacob ficou sério. “Ela está querendo vingar o seu parceiro - só que o parceiro dela não é o sanguessuga de cabelos pretos que nós matamos. Os Cullen mataram o parceiro dela no ano passado, e agora ela está atrás de Bella”. 

Jared, Embry e Emily olharam pra mim com as bocas abertas de surpresa. 

“Ela é só uma garota”, Embry protestou. 

“Eu não disse que fazia sentido. Mas é por isso que a sugadora de sangue está querendo passar por nós. Ela está a caminho de Forks”. 

Eles continuaram a olhar pra mim, ainda com as bocas abertas, por um longo momento. 

A expressão deles era compenetrafa...

No fim das contas, isso não era exatamente o que eu esperava de um bando de lobisomens. 

Eu passei o dia em La Push, em grande parte na casa de Billy. Ele deixou mensagens no telefone de Charlie e na delegacia, e Charlie apareceu quase na hora do jantar com duas pizzas. Foi bom que ele tenha trazido duas grandes; Jacob comeu uma inteira sozinho. 

Eu vi Charlie olhando pra mim com olhos suspeitos a noite inteira, eu sabi qur assim qur chegasse em casa teria que exolicar tudo.

Ele perguntou sobre o cabelo; Jacob levantou os ombros e disse que isso era mais conveniente. Realmente o dia de hije serviu para me comprovar que os lobos dessa geração não possui todo o conhecimento. Charlie respeitou o espaço que Billy o pediu e não insistiu.

Eu sabia que assim que Charlie e eu fossemos pra casa, Jacob ia se mandar - ele ia sair por aí como lobo. 

Ele e os seus irmãos meio que mantinham uma ronda constante, procurando por algum sinal de que Victória havia voltado. Mas desde que eles a caçaram nas piscinas termais ontem á noite ela continuava desaparecida. 

Eu não tinha a mínima esperança que ela fosse simplesmente desistir. 

Jacob me acompanhou até a caminhonete depois do jantar e ficou grudado na janela, esperando que Charlie fosse embora primeiro. 

“Não tenha medo essa noite”, Jacob disse enquanto Charlie fingia estar tendo problemas com o cinto de segurança. “Nós vamos estar lá, observando”.


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