Epílogo

Havia se passado quase um ano desde que Marlene e Sirius formaram-se em Hogwarts. Desde então, os dois tiveram que deixar um pouco de lado os sonhos que tinham quando mais novos e amadurecer mais rápido do que os jovens da mesma faixa etária o fariam, pois, não só havia uma guerra intensa acontecendo no mundo bruxo, como também, cada vez mais pessoas inocentes estavam morrendo e sofrendo com as consequências desta.

E o casal, bem como seus amigos mais próximos, estavam na linha de frente. Em prol disso, o sonho que uma vez tiveram de se aprimorarem para num futuro tornarem-se aurores, tivera que ser abandonado quando integraram a Ordem da Fênix, liderada por Dumbledore na luta contra as trevas.

Mas entre os momentos de preocupações e as missões com a Ordem, eles estavam bem! Juntos tentavam fazer daqueles momentos os mais leves um para o outro, sempre que possível. Poucos meses após se formarem, Sirius alugou um apartamento em Londres e convidou Marlene para morar com ele, e ela assim o fez, afinal, o sentimento de incerteza que os assolara, fazia com que não quisessem ter tempo a perder e estarem juntos o máximo que fosse possível.

Por isso também, os dois estavam bastante animados aquela manhã, pois era o dia do casamento de James e Lily. Poderia até mesmo parecer um pouco precipitado a ideia de casar-se em tão pouco tempo após a formatura da escola, mas como Sirius mesmo havia dito quando os amigos anunciaram a novidade, o amor não espera. E, devido àscircunstâncias atuais, ninguém sabia muito o que esperar do futuro.

— Anda, Sirius, ou iremos nos atrasar! – Marlene gritou da porta do banheiro.

Sentia-se impaciente com a demora do namorado em se arrumar. Parecia até mesmo que quem estava casando era ele.

— Já estou indo! Por Merlin, estamos mais que adiantados – respondeu saindo do banheiro com os cabelos longos, que já estavam na altura dos ombros, despenteados enquanto terminava de abotoar a camisa branca. A gravata que usaria ainda estava pendurada em volta do pescoço.

— Você sabe que eu ainda tenho que ajudar Lily a terminar de se arrumar. E você, tem que se certificar de que James não está passando mal.

O moreno riu antes de continuar:

— Mas vai dar tempo, eu já estou pronto!

— Estou vendo – ela respondeu sarcástica.

Sirius deu um sorriso provocativo e se aproximou da loira, passando os braços envolta de sua cintura.

— Você é linda, mesmo quando está brava.

— Eu não estou brava!

Marlene terminou de abotoar a camisa dele e em seguida fez o nó em sua gravata, ao mesmo tempo em que Sirius a observava atento, com o sorriso divertido ainda seus lábios.

— Obrigado!

— Agora só falta arrumar o cabelo.

— Arrumar? Ele já está ótimo – disse passando a mão os fios escuros e longos. – Você sabe que faz parte do meu chame – e então piscou para ela.

A loira riu, é claro que se tinha uma coisa que jamais mudaria seria o ego do garoto.

— O que foi? Não adianta me olhar assim, porque você sabe que é verdade.

— Tudo bem, bonitão. O cabelo está incrível como sempre!

 Ela deixou um beijo rápido nos lábios dele. No entanto, antes que pudesse se afastar, Sirius completou:

— Você está absolutamente maravilhosa! A mulher mais linda que eu já tive a honra de pôr os olhos.

Marlene estava com um vestido longo, em um tom de rosa-claro, os cabelos loiros caiam com ondas até o meio de suas costas e usava o colar o anel que ele a havia dado.

— Obrigada – lhe deu um sorriso apaixonado. – Você está lindo, como bem sabe.

Sirius gargalhou e a beijou novamente, antes de deixá-la ir.

— Te encontro lá? – ela concordou e após pegarem suas coisas, os dois aparataram.

Quando chegou a casa de Euphemia e Fleamont, visto que o casamento seria nos jardins da residência, fora direto ao encontro de Lily, que estava em um dos quartos terminando de se preparar.

A ruiva estava de tirar o folego e sorrira tímida para amiga, quando a mesma lhe disse que não teria muito o que fazer ali. E Marlene apenas fez uma maquiagem leve e um penteado meio preso, delicado como o vestido Lily que usava, a fim de apenas realçar sua beleza. Mas no fim, o sorriso aberto e feliz era seu melhor acessório.

O casamento foi absolutamente lindo e emocionante para os poucos que ali estavam, uma vez que, em razão do momento que vivenciavam, a comemoração teve que ser íntima e discreta. Mas sem dúvidas foi simbólico para todos ali, poderem se reunir para celebrar o amor em tempos como aquele.

Sirius foi o padrinho de James e Marlene foi a dama de honra de Lily, e os dois estavam muito felizes e orgulhosos de terem sido escolhidos para algo tão especial para os amigos.

Em um dado momento da festa, enquanto tocava uma música lenta e os casais tomavam conta da pista de dança, Sirius puxou Marlene para que se juntassem a eles.

— Sirius Black está mesmo me puxando para dançar? – perguntou divertida.

— Para você ver o que o amor faz com as pessoas – respondeu e ela riu.

Ele a conduziu para um canto mais afastado, envolveu os braços em sua cintura e passou a movimentar-se no ritmo da música.

— Sabe, eles estão certos – disse após parecer refletir e a fitou nos olhos. – Em fazer isso, com tudo o que vem acontecendo...

Marlene arqueou as sobrancelhas, mas tinha um sorriso ameno nos lábios.

— Você foi tocado pelo espírito do casamento?

— Algo assim... – mordeu o lábio inferior. – Mas não pude deixar de pensar que seria legal se fizéssemos uma oficialização.

— Você está me pedindo em casamento?

— Você aceitaria se eu pedisse?

Ela riu e se aproximou de Sirius. Roçou seus lábios aos dele e o observou fechar os olhos. Marlene lhe deu um selinho e então perpassou todo o caminho de sua boca até chegar em seu pescoço, onde deixou um beijo delicado antes de sussurrar:

— Você sabe, uma garota precisa ser conquistada.

Sirius riu baixinho.

— Eu posso te mostrar o quão convincente eu posso ser para te conquistar – ele retrucou com um sorriso maroto nos lábios.

Embora os dois soubessem que ambos já estavam mais que entregues um ao outro.

— Então você está realmente decidido? – ela fez graça.

— Me casar com você e construir a nossa família, é a minha concepção de paraíso.

Marlene então o beijou, com a certeza de que estar com ele era também sua concepção de paraíso.

FIM.