Rio na Lua

Doce é a melodia que se entoa na noite

Como a carícia de alguém amado

Eu vejo estrelas brincando no céu de Platiplanto

Onde os sonhos persistem, mesmo que timidos.

Em cada janela aberta, existe um canção

Um pedaço de teu sonho, ilusão

Como o sorriso amigo ofertado

E o abraço esperado

O meu amigo sempre estará  lá

Como tardes de verão sem fim

E mesmo que algum dia ele esqueça

Ainda haverá a lembrança em mim

Toda a eternidade é um rio prateado

Que podemos escolher seguir

Ele está logo ali na esquina

Esperando por segredos susurrados

Ainda que lágrimas caiam

Ainda que tolo possa ser

Cada sentimento ofertado

Para sempre é guardado

A noite entoa canções

Os poetas com suas imaginações

Perduram os sonhos perdidos

Que não queremos esquecer

Por isso, só mais um pouco

Fico aqui olhando a Lua

Contando cada estrela

Cada Arco-Íris

Esperando naquele casebre abandonado

Esquecendo os momentos, os dias parados

Pelo o eterno anoitecer

E por tudo que ainda há para se ver

Pois se a infância é uma ilusão

Janelas abertas podem perdurar

E os poetas podem sonhar

Meu doce amigo e eu

Nós estamos atrás do mesmo fim do arco-íris

Esperando naquela esquina

Meu doce amigo

Rio da lua e eu

“Para as amizades que perdemos”

“Inspirado na canção Moon  River”

Luciene –Luna

2010