Sobrevivente escrita por Bê s2
Notas iniciais do capítulo
E aí? O que estão achando?
Boa leitura!
Quando chegaram ao hospital, Grissom acompanhou Sara até a recepção, onde foi barrado por uma enfermeira. Foi levado a aguardar em uma sala de espera vazia.
Seus pensamentos estavam disparados quando ouviu várias vozes se aproximando.
—-Como ela está? --Greg disparou preocupado.
—-Ela vai ficar bem? --Nick indagou no mesmo tom.
—-Ah, Gil! --Catherine o sufocou em um abraço. --Eu disse que a encontraríamos.
Um a um, os CSIs adentraram na sala de espera que, rapidamente, se tornou apertada. Warrick, Greg, Catherine, Nick, Brass, Sofia, Hodges e alguns policiais se acomodaram nas poltronas e cadeiras disponíveis. O tom das conversas já era bem mais ameno.
—-Já faz uma hora que ela está lá dentro. --Grissom disse impaciente para seus subordinados. --Uma hora!
—-Eles estão fazendo exames e mantendo ela estável, Gil. --Brass tentou acalmá-lo.
Grissom revirou os olhos irritado. Nesse momento, um homem de terno impecável adentrou na sala.
—-Era só o que me faltava. --Grissom murmurou para si.
—-Hey, Gil. Como ela está? --O homem perguntou.
—-Ainda não sabemos, Conrad.
Ecklie o encarou e disse num tom de amizade:
—-Ouvi alguns boatos interessantes quando estava no laboratório, agora há pouco. Tenho certeza que não são verdade, mas...
—-Boa noite. --Um médico alto os interrompeu. Só depois dessa saudação que eles perceberam que já escurecera lá fora. --Quem é o responsável por Sara Sidle?
Grissom se adiantou e todos os olhares se voltaram para ele.
—-Gil Grissom. --Se apresentou.
—-Preciso de um familiar, senhor Grissom. --O médico disse, observando seu colete de CSI.
—-Sou a família dela, doutor. Nós moramos juntos. --Os demais se entreolharam.
Ecklie bufou e o médico acreditou:
—-Bem, se é assim… A senhorita Sidle está estável. Passou por uma desidratação e insolação fortes. O braço sofreu duas fraturas, além de vários arranhões e machucados pelo corpo. Ela está medicada, consciente e vai ficar bem.
A comemoração foi geral. Esquecendo-se de que estavam em um hospital, os presentes se abraçaram e riram.
Grissom, muito mais leve, perguntou:
—-Posso vê-la?
—-Claro! Cinco de cada vez. E o senhor pode passar a noite acompanhando-a.
Grissom agradeceu e seguiu ansioso com a sua equipe para o quarto de Sara.
—-Sara! --Os meninos gritaram alegres e se aproximaram da cama da amiga.
Sara estava deitada. Eles podiam ver seu braço engessado, vários curativos espalhados pelo rosto e a medicação presa em sua veia no braço bom. Mesmo estando daquele jeito, Grissom não conseguiu conter um sorriso aliviado.
—-Oi, gente. --Sara disse baixinho. --Preciso de ajuda para me sentar.
Grissom e Nick se adiantaram e a ajudaram a se sentar, encostando-a em um travesseiro alto. Ela agradeceu e sorriu:
—-Obrigada por me encontrarem.
—-Obrigada por nos deixar aquelas marcas… --Catherine disse.
—-Obrigado por ter saído debaixo daquele carro, isso sim! --Greg brincou.
Eles riram. O olhar de Sara encontrou o de Grissom, que a olhava sem piscar. Não sabia se seu segredo havia sido revelado, ou como seu namorado estaria se sentindo naquele momento. Queria ouvi-lo, queria seu abraço… Por meio daquele diálogo de olhares, Grissom sabia o que precisava dizer:
—-Obrigado por não ter desistido, honey.
Ela sorriu e seus olhos marejaram. Os amigos se afastaram e o entomologista se aproximou, sentando-se ao lado dela. Ele segurou sua mão boa, beijou sua testa e disse baixinho:
—-Nunca mais me assuste desse jeito.
Os CSIs sorriram ao ver o casal se abraçando. Percebendo a deixa, saíram discretamente.
—-Não conseguiu se segurar? --Sara perguntou depois de algum tempo.
—-Como eu poderia? --Ele retrucou.
Ela sorriu de lado e ele acariciou seu rosto.
—-Eu fiquei com tanto medo! --Confessou. -- Só conseguia pensar em tudo o que eu devia ter lhe dito antes!
Percebendo que Grissom estava emocionado, ela disse com carinho:
—-Vamos ter uma vida inteira pela frente para dizermos tudo o que for preciso.
Eles se encararam por alguns instantes, mas o momento foi quebrado pelo retorno dos amigos. Eles traziam cafés.
—-Obrigado. --Grissom agradeceu quando Catherine lhe estendeu um.
—-Sara, quando vai poder voltar pra casa? --Nick perguntou.
—-Um dia ou dois. --Ela respondeu. --Um pouco mais para poder voltar ao trabalho.
—-O importante é você se cuidar para se recuperar mais rápido. --Warrick disse.
Os olhares indiscretos pousaram em Grissom.
—-Vou cuidar bem dela. Fiquem tranquilos. --Ele sorriu. --Enquanto isso, a Catherine vai cuidar de vocês… e da minha papelada.
A loira gemeu de sofrimento, arrancando risos dos amigos.
—-Não pensem que vão escapar de um interrogatório. --A loira retrucou.
—-Mas vamos ser mais gentis que o Ecklie. --Greg brincou.
Sara e Grissom se entreolharam aflitos.
—-Não se preocupe com isso agora. --Grissom a acalmou, sorrindo de lado. --Vamos ter longos dias de folga antes do Ecklie voltar.
—-Dá tempo até de fugir! --Nick sussurrou, arrancando uma gargalhada dos demais.
Sara bocejou alto.
—Você precisa descansar, honey. -Grissom disse suavemente.
—E você precisa ir para casa e tomar um banho. -Sara disse sorrindo.
—Vou ficar aqui.
Greg tomou a palavra:
—Grissom, você vai tomar um banho e eu fico aqui com ela até você voltar. --Ele encarou o chefe. --Com todo respeito, mas você está fedendo.
Os amigos caíram na risada e Grissom olhou Greg ofendido.
—-Vamos, Gil! Aproveite a disposição do Greg e vá para casa. --Catherine reforçou.
—-Eu vou ficar bem. --Sara disse, piscando para o namorado.
Ainda relutante, o entomologista cedeu:
—-Ok. Eu volto logo.
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