Mitos Galáticos - Gaidens Secretos escrita por Anderson Luiz


Capítulo 25
Capítulo 25 - A Missão de Kiki


Notas iniciais do capítulo

Uma semana depois das batalhas que aconteceram nas doze casas zodiacais, Mu de Áries começou os reparos das armaduras de bronze, porém o Mestre Ancião pediu a Mu que ele também reparasse as armaduras de prata, então Mu da uma missão muito importante para Kiki.



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[Casa de Áries, Santuário de Atena]

Uma semana depois das batalhas que aconteceram nas doze casas zodiacais, Mu de Áries um dos ferreiros do Santuário, recolheu todos os fragmentos possíveis das armaduras de bronze de Dragão, Cisne, Pegasus e Andrômeda para que elas fossem restauradas, porém como ele já imaginava as armadura estavam mortas e seria necessário muito sangue de cavaleiro para ressuscitá-las.

— Finalmente terminei de juntar os fragmentos e pedaços das armaduras de bronze, mas para ressuscitá-las vou precisar de bastante sangue…

— Eu posso doar, mestre Mu? - Perguntou Kiki animado.

— Sinto muito Kiki, mas você é muito novo e ainda não concluiu seu treinamento, dificilmente você sobreviveria, mesmo que doasse apenas para uma armadura.

— Por isso, permita que nós façamos isso. Temos uma dívida com os cavaleiros de bronze. - Falou uma voz entrando na casa de Áries.

— Essa voz… é você Aiolia? - Questionou o Ariano.

— Sim, Mu. - Respondeu o leonino chegando no centro do templo de Áries.

— E ele não está só. - Disse outra voz se aproximando.

— Todos nós viemos ajudar na restauração das armaduras de bronze. - Explicou outra voz.

— Milo? Shaka?

 - É como o Aiolia disse, nós temos uma dívida com os cavaleiros de bronze, meu amigo.

— Aldebaran… - Mu sorriu. - Bem, eu fico grato a todos, não deveria esperar coisa diferente dos cavaleiros de ouro.

— Mestre Mu! Mestre Mu! - Gritou Kiki animado por ver os cavaleiros de ouro ali reunidos. - Isso quer dizer que agora nós temos sangue suficiente, não é?

— Sim Kiki. Agora quero que você vá pegar as minhas ferramentas, preciso começar o quanto antes.

— Certo mestre. - Disse o garoto desaparecendo em seguida.

Enquanto Kiki tinha ido pegar as ferramentas do ariano, Shaka se aproximou de Mu.

— Diga-me Mu, você não achou nenhum vestígio da armadura de Fênix, não é?

— Infelizmente não muitos. Mas acredito que isso deva ser uma coisa boa.

— Como assim, Mu? - Questionou o virginiano confuso.

— Pelo que pudemos perceber, Ikki foi atacado por Saga usando a sua maior técnica, a Explosão Galáctica, era para tanto Ikki quanto a armadura de Fênix terem sido pulverizados, porém ainda assim eu conseguiria juntar os fragmentos da armadura de bronze, assim como fiz com as outras.

— Então você acha que o Ikki ainda está vivo? - Perguntou Shaka surpreso.

— Talvez, não sei dizer com certeza o que aconteceu com Ikki, mas ele ainda pode estar vivo de alguma forma.

Momentos depois Kiki retornou com as ferramentas de Mu e ele posicionou as armaduras de bronze em sua frente e pediu que cada cavaleiro de ouro escolhesse uma.

Aiolia foi em direção a armadura de Pegasus. Milo foi na direção da armadura de Cisne. Shaka foi na direção da armadura de Andrômeda e Aldebaran na direção da armadura de Dragão.

— Chegou a hora. Quando vocês estiverem preparados, devem derramar o seu sangue sobre as armaduras…

— Mu, por favor espere. - Disse uma voz ecoando na casa de Áries.

— Mestre Ancião? - Questionou o dourado surpreso.

— Eu gostaria de dar meu sangue para a armadura de Dragão.

— Entendo. Então Aldebaran, o que acha? - Questionou Mu.

— Nada mais justo. Afinal o Shiryu é o seu discípulo Mestre Ancião. - Respondeu o touro com um grande sorriso.

— Muito bem. Kiki, por favor leve a armadura para os Cinco Picos.

 Kiki se aproxima da armadura de dragão, toca nela e ela volta para dentro da urna, Kiki então coloca a urna nas costas e sai da casa de Áries se teletransportando em seguida para os Cinco Picos. Assim que ele chegou em Rozan, o Mestre Ancião avisou a Mu.

— Vamos começar, estão todos prontos? - Questionou Mu.

— Sim! - Responderam todos em coro.

Aiolia, Milo e Shaka retiraram a proteção do braço direito e fizeram um corte em seus pulsos e em seguida começaram a derramar o sangue sobre as armaduras, assim como o Mestre Ancião também o fez lá nos Cinco Picos.

— Graças a todos vocês cavaleiros de bronze, Atena foi salva e o nome do meu irmão Aiolos foi limpo. Em nome do meu irmão, eu, Aiolia, te agradeço Seiya.

— Hyoga, eu, Milo de Escorpião, cuidarei de você para honrar Camus de Aquário, que deu a própria vida para que você se tornasse um verdadeiro cavaleiro de Atena.

— Ikki, você provavelmente agora está vagando em outra dimensão. Mas tenho certeza que um dia voltará a vida sem ajuda de ninguém. Por isso, eu, Shaka, vou ajudar a reviver a armadura do seu irmão em sua ausência.

— Shiryu, Seiya, Hyoga, Shun e você também Ikki… os cavaleiros de ouro estão dando o próprio sangue para reviver suas armaduras, pois os consideramos os nossos verdadeiros sucessores.

Depois de alguns minutos, os cavaleiros de ouro já tinham derramado quase metade do próprio sangue sobre as armaduras.

— Pronto. Já é o suficiente.

— Tem certeza, Mu? - Questionou Shaka.

— Sim, não se preocupem. Além do mais, mesmo vocês sendo cavaleiros de ouro, perder tanto sangue assim é sempre perigoso.

Então cada um dos cavaleiros de ouro estancou seu próprio ferimento e vestiu novamente a proteção da armadura de ouro.

— Mais uma vez, obrigado a todos. - Disse o ariano.

— Então vamos deixar tudo em suas mãos Mu. - Falou Aiolia.

Em seguida, todos os cavaleiros de ouro deixaram a casa de Áries, exceto Aldebaran.

— Bem, assim como o Mestre Ancião disse, já está mais do que concretizado que esses cavaleiros de bronze um dia irão nos suceder, irão ser capazes de proteger Atena e este mundo das futuras ameaças. Eles herdarão nossas vontades.

— Você está corretíssimo meu amigo. Mas agora se me der licença, vou começar a reparar as armaduras.

— Como eu não tive a chance de dar meu sangue para reviver as armaduras, posso ficar por aqui e dar apoio moral? Hahaha.

— Claro meu amigo, nesta casa você sempre será bem-vindo.

— Sempre quis saber como as armaduras são restauradas.

— Mestre Mu, voltei! - Gritou Kiki entrando com a urna armadura de dragão.

— Muito bem Kiki, mas porque demorou tanto?

— Ah, foi que o Mestre Ancião me pediu para levar a Shunrei para o Japão porque ela queria ficar com o Shiryu por alguns dias. E eu também aproveitei pra visitar eles no hospital.

— Entendi. E como eles estão?

— Eles estão se recuperando, mas eles seguem em coma. Os médicos disseram que não sabem como eles conseguiram sobreviver e nem quando eles vão acordar. - Lamentou Kiki.

— Foi tudo graças a Deusa Atena que conseguiu salvá-los a tempo. A medicina tradicional nunca vai conseguir explicar o que aconteceu. - Comentou Aldebaran.

— De fato, mas agora preciso começar os reparos, Kiki você irá me auxiliar… preste bastante atenção…

— Sim, Mestre Mu!

Depois de várias horas, Mu terminou de reviver as quatro armaduras de bronze, que foi a primeira etapa, a restauração total das quatro armaduras demoraria algumas semanas.

— Mu? - Chamou alguém através do cosmo.

— Mestre Ancião? Em que posso lhe ajudar?

— Você já terminou de reviver as armaduras de bronze?

— Sim, terminei a pouco. Porque Mestre Ancião?

— Muitas armaduras de prata foram danificadas por causa da revolta de Saga, gostaria de pedir que as reparasse também.

— Eu já imaginava que o senhor viria a pedir isso. Dessa forma gostaria de enviar algumas armaduras de prata para o Mestre Adukmaru, para que ele me ajudasse a reparar o maior número de armaduras no menor tempo possível.

— Adukmaru? Acho que já ouvi esse nome antes… - Comentou o Mestre Ancião fazendo uma careta ao forçar a mente para tentar se lembrar.

— Sim, provavelmente o senhor ouviu esse nome pelo Mestre Shion. Adukmaru é um dos ferreiros que trabalham para o Santuário, ele possui incríveis habilidades de restauração.

— Entendo, então Mu, eu darei a você carta branca para agir sobre essa questão das armaduras. A batalha contra Hades se aproxima e talvez nesse meio tempo surjam novos cavaleiros.

— Está certo Mestre Ancião, farei isso o mais rápido possível.

Mu então olhou para Kiki e o chamou fazendo um gesto com a sua mão. - Escute Kiki, quero que você faça um relatório sobre todos os cavaleiros de prata que morreram durante o conflito contra Saga e quantas armaduras ainda estão fora do Santuário.

— Pode deixar, mestre Mu.

Algum tempo depois Kiki retorna ao templo de Áries com o seu relatório.

— Já voltou Kiki? - Questionou Mu parando o concerto das armaduras.

— Sim Mestre. Pelo que eu descobri, dez cavaleiros de prata foram enviados ao Japão e desses dez cavaleiros, oito morreram lutando contra o Seiya e os outros. E parece que mais três foram enviados para vigiar o Aiolia quando ele foi para o Japão, mas acabaram lutando contra o Seiya e perderam. E apenas essas três armaduras ainda não retornaram para o Santuário.

— Quais são as três faltantes?

— Cão Maior, Mosca e Hércules. Ah, também tem o cavaleiro de Cepheus da Ilha de Andrômeda que foi morto a mando do Grande Mestre e sua armadura continuou na ilha. Então na verdade são quatro armaduras de prata.

— Muito bem, quero que você vá até a Ilha de Andrômeda e recupere a armadura prata e depois a leve para o mestre Adukmaru, e como você sabe ele mora no Monte Osore, que fica no Japão. Depois disso, você deve encontrar as outras três armaduras restantes e levá-las uma por uma ao Monte Osore. E não se esqueça de trazer os corpos dos cavaleiros de prata para o cemitério do Santuário para que eles tenham um descanso merecido.

— Quê!? Mas porque eu? - Reclamou o garoto fazendo uma careta.

— Nessas próximas semanas eu ficarei bem ocupado com o reparo das armaduras de bronze e você ficará sem treinamento, então encare essa missão como um treinamento de resistência. Antes de você ir, vá falar com Aiolia, talvez ele possa lhe dar alguma informação que lhe ajude a encontrar mais facilmente os cavaleiros de prata. 

— Mas que droga… tudo eu, tudo eu!

— Se você quiser, pode vir treinar comigo. Será um prazer treinar o pupilo do meu amigo… - Falou Aldebaran sorrindo.

— Err.. Nã-não… obrigado… - Falou Kiki que tentou se teletransportar e não conseguiu. - Ué, o que aconteceu?

— Kiki, você sabe muito bem que a barreira do Santuário impede que as pessoas se teletransportem entre uma casa zodiacal e outra, e os efeitos da barreira também se aplicam a nós cavaleiros. O máximo que conseguimos fazer é nos mover dentro da própria casa zodiacal.

— Ah, é mesmo. - Falou Kiki colocando a mão atrás da cabeça e fazendo uma careta ao sorrir sem graça. Em seguida, o pequeno aspirante saiu correndo rumo a casa de Leão.

— Hahaha, esse seu garoto é uma figura Mu. E deu pra perceber que ele aparenta ostentar excelentes habilidades.

— Sim, o Kiki é bem habilidoso pra alguém tão jovem. Bem, agora vou voltar ao trabalho. Você vai me ajudar ou só vai ficar olhando? - Perguntou Mu sorrindo.

— Pra mim deu, eu não consigo te acompanhar, hahahaha. Vou treinar um pouco pra abrir o apetite. - Disse o taurino sorrindo e saindo da casa de Áries.

 

[Ilha de Andrômeda]

— Que lugarzinho mais feio e absurdamente quente… Quem foi o burro que desperdiçou um nome tão legal com esse lugar? - Reclamava Kiki enquanto vasculhava a ilha.

Assim como Kiki notou, aqueles que julgassem a Ilha de Andrômeda pelo seu belo nome cometeriam um erro fatal. Ela é uma ilha vulcânica situada na Somália no oeste do Oceano Índico. E tem variações climáticas rigorosas e extremas, fazendo com que seja um deserto escaldante durante o dia e um inferno gelado à noite.

Depois que Daidalos de Cepheus foi morto, a ilha ficou abandonada, e os poucos aspirantes que restavam na ilha foram enviados para o Santuário. Por isso Kiki demorou um pouco para localizar onde o mestre da ilha havia sido enterrado.

— Eu consigo sentir um resquício de cosmo emanando desse túmulo. Eles provavelmente o enterraram com a armadura… deve ser isso…

Kiki se aproximou do túmulo, porém algo o impediu de avançar. O garoto então percebeu que tinha algo amarrado a sua cintura.

— Quem é você? O que está fazendo aqui? - Perguntou uma voz feminina que surgiu nas costas do garoto.

— Eu que pergunto… - Disse Kiki desaparecendo.

— Ele desapareceu? Mas como…

— Quem é você? - Gritou Kiki surgindo de surpresa e lançando vários pedregulhos.

A dona da voz facilmente destruiu todos os pedregulhos com o seu chicote.

— Hã? Uma máscara e uma armadura? Você é uma amazona? - Perguntou Kiki surpreso. - Porque está me atacando? - Gritou fazendo uma careta.

— Você estava prestes a violar o túmulo do meu mestre, o que mais eu deveria fazer?

— Mestre? Você era pupila do cavaleiro de Cepheus?

— Sim, eu sou June de Camaleão. - Disse ela ainda em pose de ofensiva.

— Eu me chamo Kiki, e vim aqui a mando do Santuário para levar o corpo e a armadura.

— Você veio a mando do Santuário? Tem como provar? - Questionou June.

— Provar? - Repetiu Kiki confuso.

— Então não permitirei que ninguém viole o túmulo do meu mestre! - Falou a amazona estalando o seu chicote no chão.

Nesse momento June sentiu uma presença familiar ao seu lado e uma voz sussurrou em seu ouvido.

— Minha querida June… está tudo bem… você precisa seguir em frente e lutar por Atena…

A amazona de Camaleão começou a olhar para os lados procurando de onde vinha aquela voz, ela então olha para Kiki no intuito de perguntar se ele também havia ouvido. Mas antes de falar qualquer coisa o garoto apontou para o túmulo.

E quando ela olhou, pôde ver uma pequena centelha de cosmo brilhar e desaparecer.

— Mestre, foi o senhor? - Falou a amazona emocionada.

— Provavelmente. Quando eu cheguei aqui senti um resquício de cosmo emanando do túmulo, acho que seu mestre estava aguardando para se despedir, então eu só dei uma ajudinha.

— Ajudinha? Entendi. Eu poderia pedir um favor? - Falou June finalmente se desarmando.

— Um favor? O que seria? - Perguntou Kiki um pouco desconfiado.

— Você poderia deixar o corpo do mestre sepultado aqui na Ilha de Andrômeda? Esta ilha sempre foi muito importante para ele, foi aqui que criamos muitas lembranças, fomos todos muito felizes aqui…

— Err… Normalmente os cavaleiros são enterrados no cemitério do Santuário… Mas acho que tudo bem… de toda forma eu preciso ver se a armadura de Cepheus necessita de reparos…

— Espere, para fazer isso você teria que...

— Não se preocupe... - Disse Kiki interrompendo June.

Ele então fecha os olhos e junta as mãos, depois arquea todos os dedos, mantendo as pontas dos dedos tocando-se, uma energia cósmica começa a se concentrar no espaço entre as mãos de Kiki e ao separá-las acontece um flash de luz muito forte e quando a luz cessa, lá estava a armadura de prata de Cepheus flutuando diante deles.

— Incrível... como conseguiu fazer isso? - Pensou a amazona de bronze surpresa com a façanha dele. — Kiki, você consegue controlar as armaduras? - Indagou June.

— Não é bem assim. As armaduras estão vivas e tem vontade própria, controlar uma armadura contra a vontade dela é muito difícil e quando um cavaleiro está usando a sua armadura é ainda mais difícil dela ser retirada à força.

— Acho que entendi... Mas Kiki... tem alguma coisa errada com a armadura... Ela está perdendo o brilho, tá ficando escura e opaca... - Comentou a amazona.

— Como eu disse, as armaduras tem vida e a vida da armadura de Cepheus está acabando... ela está muito avariada e provavelmente aquele resquício de cosmo que eu senti veio dela. Ela deve ter ficado impregnada com o desejo do seu mestre de despedir e usou suas últimas forças para passar a mensagem.

— Então... foi o mesmo mestre Daidalos se despedindo… - Pensou June suspirando.

Kiki tocou na armadura e teletransportou a urna de Cepheus, em seguida guardou a armadura de prata dentro dela e depois colocou a urna em suas costas.

— Bem, agora eu já vou indo. Mas e você pra onde vai? A ilha está deserta, todos os aspirantes foram enviados para o Santuário.

— Eu ainda não sei… - Disse June que encaixou o seu chicote em um suporte que ficava em sua panturrilha direita, em questão de segundos o chicote encolheu. - Talvez eu volte para o hospital para ficar um tempo com o Shun ou eu vá direto para o Santuário…

— Então boa sorte… nos vemos por aí… e vê se não me ataca na próxima! - Disse Kiki sorrindo e desaparecendo em seguida.

 

[Monte Osore, Japão]

— Você deve ser o Kiki, não é? Porque demorou tanto?

— Essa montanha tentou me matar várias vezes! - Esbravejou Kiki largando a urna de Cepheus no chão e caindo sentado ofegante do lado dela. - Rochas incandescentes, poços de lava, lagos borbulhantes, gases tóxicos…

— Ora, assim como Jamir tem os seus fantasmas para proteger o caminho até Mu, aqui é a montanha que me protege. Afinal, ela não se chama Montanha da Perdição à toa.

Adukmaru então se aproximou da urna, Kiki se levantou e se afastou. Ele a tocou e ela se abriu revelando a armadura de prata morta.

— Quando eu soube que Cepheus foi morto por um cavaleiro de ouro por desobedecer o Grande Mestre eu tive a certeza que algo maléfico tinha tomado conta do Santuário… nós perdemos um grande cavaleiro… faço questão de honrar o seu legado…

Nesse momento Adukmaru cortou o próprio pulso e começou a jogar seu sangue em cima da armadura.

— Quê!? - Gritou Kiki assustado. - O senhor vai usar o seu próprio sangue?

Depois de alguns minutos Adukmaru estancou o ferimento, fazendo o sangramento parar, depois ele estalou os dedos e várias ferramentas apareceram flutuando em sua frente e em seguida repousaram no chão.

— O senhor vai ficar bem mesmo? Foi muito sangue que o senhor deu…

— Sim, não se preocupe… eu vou apenas reviver a armadura de prata e só depois de descansar irei começar o reparo… Mu me disse que você traria mais armaduras pra mim… então porque você não descansa mais um pouco antes de partir…

— Certo… - Disse Kiki se aproximando e olhando as ferramentas. - Essas ferramentas são um pouco diferentes das que o mestre Mu usa.

— Sim, elas são. Mu utiliza as ferramentas provenientes da armadura de Cinzel, cuja função específica é exatamente essa, reparar armaduras.

— Isso mesmo… a armadura de Cinzel está em Jamir desde a última Guerra Santa. O mestre Mu disse que desde então nenhum outro cavaleiro de Cinzel apareceu.

— Bem, acho que em breve um novo cavaleiro de Cinzel irá aparecer… - Disse ele olhando fixamente para Kiki. - mas até lá porque não me ajuda a reviver essa armadura…

 


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Notas finais do capítulo

Bem, depois de muitos tempo finalmente um novo capítulo que dessa vez tem o foco no Kiki. Eu usei um plot antigo da para inserir o Monte Osore como um dos lugares que servem para reparo de armaduras e trazer um pouco mais do Adukmaru,

Também aproveitei pra inserir a armadura de Cinzel, que segundo a Enciclopédia Oficial foi criada com o intuito ajudar a consertar outras armaduras, ela é da patente de bronze.

Agradeço aos leitores que aqui chegaram e até o próximo capítulo.



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