Ramé escrita por LuriCris


Capítulo 2
Vermelho, caos. Quatro paredes.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769112/chapter/2

Midoriya Izuku aprendeu aos quatro anos de idade quão cruel era o mundo e quão importante uma simples articulação poderia ser para definir a vida de alguém.

Ele sabia intrinsecamente que algo havia mudado, é claro, embora não conseguisse entender exatamente o que: seus amigos que antes estavam sempre colados a ele, entretanto, agora o ignoravam. Outrora integrante Izuku tornara-se o motivo das brincadeiras. Os joelhos ralavam mais facilmente, os brinquedos quebravam tão logo eram comprados, por alguma razão que não queria admitir. Kacchan tornara-se ainda mais agressivo e impaciente do que o normal e muitas vezes Izuku acabou por escolher brincar sozinho em seu quarto ao invés de sair para a rua.

Sua mãe, que sempre sorria com suas brincadeiras, agora estava chorando quando pensava que não ouviria. Izuku observava impotente enquanto seus olhos perdiam o brilho característico, dia após dia (ele reconhecia a tristeza, mesmo em tão tenra idade. Sabia como sua mãe se sentia).

Papai, que outrora se sentava calmamente na cadeira ao lado da parede, não mais vinha para casa. Pouco a pouco os pertences do homem começaram a desaparecer do ambiente: fossem suas roupas, seus sapatos ou os chinelos que ficavam ao lado da porta. Com o tempo toda a casa perdeu o característico cheiro dos livros antigos que tão orgulhosamente eram expostos nas prateleiras do escritório. Os pequenos frascos e símbolos incompreensíveis nas paredes também acabaram por sumir.  A única coisa que restara de Midoriya Hisashi fora pequena foto em sépia no aparador da sala.

Kacchan o chamara de Deku durante uma tarde. Empolgado pelas lições que recebera de Mitsuki-san sobre hiragana, o menino mais uma vez demonstrou seu intelecto superior a apontar significados para os símbolos que, até então, eram estrangeiros para eles. Todos sorriram com orgulho do fato que o pequeno menino mostrava-se novamente tão inteligente, inclusive Izuku. Naquele então não doeu, não tanto pelo menos. Foi quando o nome cimentou o significado para Katsuki que outro pedaço de Izuku quebrou.

 

******

 

Duas semanas após completar cinco anos a vida de Izuku deu uma volta de 180 graus, novamente.

Seus joelhos estavam esfolados, cada centímetro de seu corpo absolutamente molhado ("inútil Deku" novamente dissera Kacchan) e Izuku tentava não chorar muito alto enquanto voltava para casa, para sua mãe que o abraçaria gentilmente.

Ele não sabia naquela época sentir a tensão do ambiente. Ele não podia perceber que algo estava errado pela sensação da terra ou pela mudança no vento. Para Izuku era apenas um dia normal, infernal, cuja salvação era chegar a sua pequena e modesta casa para poder assistir qualquer vídeo de All Might no You Tube (embora ele sempre acabasse no mesmo, todas as vezes).

Atravessar o portão de seu condomínio e subir as gastas escadas em direção a porta de sua casa parecia uma tarefa difícil para a criança. Cada passo dado fazia com que uma parcela maior de peso instalasse-se em seu peito e prendesse os pés no chão.

O som característico da cidade não chegou até ali e isso estava errado, ele perceberia depois. Izuku crescera naquele pequeno apartamento então sabia que deveria estar ouvindo as buzinas e todos os demais barulhos que um meio urbano poderia fornecer. Ao chegar à frente da porta, entretanto, nada havia além do som do vento batendo nas paredes e isso era inquietante.

Foi ao entrar em seu apartamento que Izuku travou, recusando-se a entender o que via. Havia fogo, destruição e algo que estranhamente parecia sangue.  Ao colocar os pés dentro daquele espaço, sentiu a pressão ainda mais esmagadora que o impediu de ir para frente ou voltar para onde estava.  Seus pensamentos entraram em frenesi, tentando entender o que aquilo tudo se tratava. Todo seu entorno assumiu um doentio tom de vermelho, como se visto através de um filtro, retirando a cor de suas veias para tingir o ambiente.

Era incompreensível como que o interior destoava tão completamente do lugar em que estivera menos de cinco segundos antes. Fora uma distância de trinta centímetros, facilmente alcançável através da porta que permanecia aberta em suas costas, mas parecia um mundo completamente diferente.  A vida continuava ali, por mais que não houvesse som as imagens do exterior mostravam apenas mais um dia rotineiro em uma realidade completamente normal. Não era o caso do interior de sua casa, entretanto.

Não era um Quirk algo em sua mente disse, pois mesmo como criança ele percebia que aquilo não deveria existir. Não adiantava gritar. Ali em meio do limbo Izuku sabia que All Might não o salvaria, em sua pequena mente restava apenas fechar os olhos e esperar que, quando os abrisse, descobrisse ser apenas um sonho.

Era a realidade, obviamente. A mesma realidade que havia derrubado metade das paredes internas e deixava todo o espaço daquele andar como um único cômodo. Essa realidade foi o que retirou Izuku de sua posição em frente a porta quando localizou sua mãe caída onde antes deveria estar sua cozinha. Mesmo de longe pode escutar seus lamentos e palavras que pareciam muito com “por tudo que é mais sagrado, por favor, ajuda...”

Ele poderia fugir, mas não. Sequer ponderar se devia permanecer ou sair em busca de ajuda deixou de ser uma opção enquanto corria desesperado em direção a sua mãe.  Podia escutar barulho de algum lugar enquanto mais coisas eram quebradas, mas isso empalidecia enquanto alcançava a mulher caída.

“Mamãe...” sua voz saiu em um fio, enquanto tocava em sua testa e sentia a umidade escapando dela. Ao olhar para os dedos percebeu que ela realmente sangrava o que lhe assustou ainda mais. Isso era apenas o começo do problema, percebeu, ao olhar intensamente para o corpo mal tratado da pequena mulher.

O sangue escorria de muitos pequenos cortes espalhados por toda sua pele e o ângulo de seu braço fazia o menino pensar que ele estava quebrado. Os olhos permaneciam abertos, mas opacos e olhavam para lugar nenhum. Entre poucos segundos ela tremia e as trilhas em sua bochecha indicavam que ela havia chorado novamente.

“Izuku?” o tom dela era inconsolável, fraco, enquanto buscava a direção de sua voz. Ao localizar o filho, entretanto, algo pareceu solidificar em si. “Saia logo daqui, antes que isso lhe encontre, vamos, fuja Izu.”

“Eu não quero mama. Não sem você.”

“Mamãe vai ficar bem bebê, mas ele, isso... não pode achar você.”

“O que é isso ma...” ele não termina. Ele não precisa. Sua mãe choraminga mais uma vez e a crescente pressão na atmosfera faz com que a cabeça da mulher caia para um lado como se não fosse nada além de um fantoche que teve seus fios cortados.

Em seu campo de visão aparece algo grotesco e a informação passa a entrar em sua cabeça e encaixar como peças de algum quebra-cabeça. Izuku assimila então os detalhes de seu entorno enquanto agarra-se nas roupas rasgadas de sua mãe e treme. É quando ele percebe tudo o que há:

Há o choque claro. Ele finalmente encontra um caminho certeiro em seu sistema fazendo com que o menino finalmente trave e sucumba. Uma parte de Izuku, finalmente, aceita compreender o que está vendo enquanto o restante dele ainda recusa com todas suas forças.  Há vermelho, mais intenso e intimidante do que antes. A cor se solidifica ao seu redor e, ele percebe, age como se estivesse parando o tempo. A cor derrama do rosto agora inconsciente de sua mãe (há o desespero. Uma pequena criança parada, um corpo estendido protetoramente ao seu lado e a criatura de dois metros aproximando-se cada vez mais de ambos).

Há a criatura, Isso como sua mãe chorara, agora completamente em seu campo de visão. Cartilagem saindo sobre a pele, rosto desfigurado, olhos vermelhos. Mesmo na relativa distância seu hálito podre parece espalhar pelo ambiente e os seus olhos frios congelam Izuku novamente como a presa que ele é.

Semi humanóide, seus membros carecem de qualquer pelo ou cabelo, restando apenas pele em diferentes estados de decomposição. Algo que parece uma tanga puída cobre suas partes baixas e uma parte do menino sente-se grata de não estar vendo aquela... coisa nua.

Em algumas partes de seu corpo ossos emergem como estacas e seu braço estala de maneira não natural enquanto o estende para o menino. Os dedos parecem-se com galhos de uma árvore grotesca, daquelas vistas em cenários de Halloween, de tonalidade verde podre que poderiam ser algum tipo de limo agarrados a madeira. Isso tudo aliado a sujeira faz com que o menino segure a vontade de vomitar e pisque repetidas vezes, tentando tirar a imagem que parece cravada em suas retinas.  Sangue escorre de seus membros, de seus lábios. Era o sangue, percebeu das demais pessoas caídas ao seu redor, pertencentes as demais habitações ao redor da sua. As paredes nada mais faziam no pequeno conjunto de apartamentos além de ser lixo.

É em cada passo daquilo que uma lágrima cai do menino e suas mãos tremem mais. É o grasnar desumano que cai da garganta, uma mistura estranhamente próxima ao seu nome e algo como “me dê...” que achata sua esperança de ser apenas algum pesadelo ou brincadeira e tira de sua mente a possibilidade de sair vivo dali. Cada segundo os aproxima uma média de trinta centímetros e, sem nada que possa fazer realmente, Izuku grita por socorro.

Depois há um vulto que cai sobre ela. Há uma capa e há pés em seu já desfigurado rosto. O impacto cria um som doentio, como se ferro batendo contra osso e algo quebrando pela força. Depois há o som, e imagem, do pesado e estranho ser voando para longe, mas ainda dentro de seu cenário sangrento.

De relance Izuku nota um corpo, pequeno se comparado ao monstro, colocando-se em posição, como se o defendendo. Uma lâmina brilha em sua mão e sua postura assume uma forma que ele já havia visto em alguns programas de televisão e reconhece como alguma postura de combate.

 O breu assume a visão do menino então, cobrindo e separando de si a figura que deve ser seu fim.  O preto da capa e das botas de outra pessoa, de seu capuz. Há o preto de um par de luvas que delicadamente seguram seus pequenos braços e há o preto em sua visão quando uma mão cobre seu rosto.

O sussurro de uma voz rouca e pequena canta garantias em seus ouvidos enquanto a criatura ruge sua raiva a todo tom. Há o suspirar calmo e doloroso vindo de onde ele sabe estar sua mãe e há o som de alguém agachando-se ao seu lado.

Contando os vultos, e considerando os braços ao seu redor, Izuku aterra-se no fato de não estar mais sozinho ali e não sabe como se sentir com isso.

"Calmo lá, amigo." diz aquele que lhe segura e Izuku agarra um dos braços (tentando se soltar? Se ancorar? Ele ainda não sabe).     

"O que..." Izuku tenta se soltar, de verdade. Os braços ao seu redor se apertam e as lágrimas não param. É o lamento ao seu lado que lhe dá forças. "Mamãe..."

"Merda." uma terceira pessoa, não aquela que chutou a criatura se aproxima de sua mãe. O menino apenas esquiva-se da mão perto de seu rosto e encara os suaves dedos que tocam o rosto da mulher inconsciente.

"Então?" é aquele que lhe segura novamente.

"Só... não é bom. A pancada na cabeça dela foi forte e ela está perdendo muito sangue."

É mais uma voz (quarta pessoa, Izuku descobre depois) que vai ser gravada como ferro em sua alma. É a voz que lhe ancora em sua realidade mesmo que a rejeite que suspira e sem emoção diz "Ela vai morrer".

Ele então chora novamente. Agarra-se nos braços que lhe prendem e reclama. As pessoas percebem é claro.  Izuku sabe que estão falando de sua mãe e eles sabem que ele ainda entende.

"Aya..." aquele que lhe segura solta tristemente enquanto aperta os braços ao redor de Izuku. Seus dedos deixam de tentar cobrir seus olhos e de repente ele vê novamente completamente claro.

Ele vê que tudo continua vermelho. Ele vê a criatura apanhando daquele primeiro alguém através da distância e como essa pessoa controla a situação enquanto a golpeia ocasionalmente (brigar não é simplesmente sair batendo sem propósito Izuku, você tem que saber exatamente quando deve fazer isso).

"Eu não vou mentir sobre isso." A pessoa se ajoelha a sua frente e ele vê o par mais estranho de olhos negros que ele já veria. "Se continuar assim ela vai morrer no momento em que desfazermos a barreira. A única coisa que lhe mantém viva é o fato do tempo estar parado."

"Mas é o Ghoul que segura a barreira..." a segunda pessoa a chegar, aquela que socorreu sua mãe,  diz. Izuku então vê que é um jovem de cabelos negros e pele pálida.

"Hu-hum" olhos negros, ou Aya, confirma. "É por isso que eu preciso curá-la antes que o matemos. Tch, avise a Ethan para segura-lo até que eu termine, por favor."

"Ok" o outro disse enquanto se levantava e saia em direção a luta. 

"E você é?" a pessoa lhe pergunta, quase docemente, enquanto coloca-se na sua frente e acaricia seus cabelos calmamente. Izuku sente a suavidade do cetim das luvas em seus cabelos e não consegue evitar tremer com a perspectiva de outra pessoa fora sua mãe tocá-lo gentilmente.

" I..Izuku"

"Pequeno Izuku." Ela confirma e ele sente algo, como um vínculo se tivesse que definir.

(Ele ignora a pessoa que lhe segura murmurando insatisfeita.)

"Mamãe..."

"Eu posso salvar sua mãe."

"Então..." A esperança parece lavar uma parte da alma de Izuku enquanto suas lágrimas caem.

"Eu não posso fazer isso de graça, entretanto. É o preço da cura, infelizmente."

"Eu... nunca ouvi falar de um Quirk assim, e nós não podemos pagar você... mamãe diz que o dinheiro..."

Izuku já sabia muito sobre Quirks afinal e nenhum deles precisava de trocas. Da mesma forma ele sabia como sua mãe contava os trocados ultimamente e como seus olhos brilhavam estranhamente a cada vez que lhe davam algum doce ou ele aparecia com um brinquedo quebrado, que não seria mais substituído.

"Isso não é um Quirk Izuku, e não se preocupe com dinheiro. Por mais que seja injusto..." a segunda parte parecia mais um sussurro enquanto ela olhava nos olhos da pessoa que lhe segurava. Eles pareciam estar trocando palavras assim, pois seu próprio olhar se fortaleceu e virou-se novamente para a criança. "Eu preciso te propor isso: um contrato."

Aya ergueu a mão direita na altura de seus olhos "De mim, Aya, para você, Izuku, e ninguém mais: Eu me comprometo a salvar sua mãe e tirar ambos vivos daqui e em troca você me dá algo."

"O que você quer?" ele sussurra imaginando que isso funcionaria, poderia haver algo para dar em troca da saúde de mamãe, e a pessoa lhe segurando ri. ("o menino é natural" ele diz). Por um momento ele pensa que Aya se irritaria, mas ele vê a aprovação em seu olhar, como se ele tivesse feito algo absurdamente correto.

"De momento, eu quero uma resposta."

"Uma resposta?" Esse era um pedido estranho.

"hum. Quando terminar eu vou lhe fazer uma pergunta e então você vai me responder. Estamos concordados?"

Não foge de sua mente o seu entorno. Ele ainda escuta os passos apressados das duas pessoas que ele não conhece enquanto elas se revezam em atacar o monstro e seu olhar, instintivamente, tenta segui-los. Ele é parado pela mão da pessoa segurando-o e o barulho do que parece mais uma parede caindo faz encolher-se contra ela novamente. O vermelho nos cantos de sua visão parece se desvanecer levemente, entretanto, devolvendo as cores certas para as peças quebradas de mobília. Ao longe os lamentos de alguém são ouvidos e Izuku se pergunta ligeiramente como tudo pareceria quando aquilo acabasse.

“Izuku?” Ela pergunta suavemente, tentando recuperar sua atenção e o menino pisca duas vezes antes de olhar novamente para mamãe.

"Sim, é claro. Qualquer..." a pessoa, Aya, lhe interrompe com um brilho de olhar enquanto toca seus lábios.

"Ótimo então, deixe-me trabalhar." Nisso Izuku é levado pela pessoa que lhe segura enquanto Aya se concentra em sua mãe. É um garoto, ele finalmente percebe. Seus braços o sustentam no ar, colocando em uma posição que permita seu conforto e também que Izuku esconda seu rosto caso necessário. Ele agarra-se nas vestes e olha ansioso enquanto a menina volta para o lado do corpo pequeno caído ali.

Izuku vê então enquanto o sangue para de escorrer de sua ferida. Ele vê como sua respiração normaliza apenas um pouco e suas pernas, torcidas em ângulos estranhos, voltam lentamente ao normal.

(Ele não vê que durante um tempo a testa de Aya sangrou, sua respiração ficou difícil e suas pernas cederiam se ela já não estivesse no chão. A próxima vez que eles encontram o olhar ela está cansada, mas inteira.)

"Isso vai ter que ser o suficiente, por enquanto." ela pega sua mãe delicadamente nos braços embora fosse apenas um pouco maior e olha para frente, onde as duas pessoas ainda lutam com a criatura. “Cara, o controle de danos aqui vai ser brutal” lamenta enquanto olha para seu entorno.

Seguindo o olhar Izuku percebe que mais pessoas vestidas de negro chegaram então, auxiliando os seus vizinhos, até então esquecidos pelo menino. O prédio parecia a ponto de entrar em colapso, sendo segurado pela simples força de vontade.

“Oh sim.” Braços se apertam levemente em seu pequeno corpo enquanto a pessoa segurando ri, como se tudo ao seu redor não estivesse desmoronando. “E a culpa nem é nossa dessa vez.”

“Isso é relativo.” O tom dela parecia uma mistura entre diversão e exasperação enquanto olhava para os dois colegas lidando com a cansada criatura. “Ele não sabe se controlar. O prédio se foi.”

Izuku gostaria de ouvir o restante da conversa, ansioso para saber o que seria de sua casa, mas começa a sentir-se estranho. Sua visão embaça, sendo piorada pelas lágrimas que ainda escorrem. Em poucos segundos ele pensa estar a ponto de dormir, reconhecendo o torpor que chama a inconsciência. A criatura grita de agonia e nem mesmo isso é capaz de manter seus olhos abertos.

"Ele ia entrar em colapso." A pessoa lhe segurando diz e parece distante, como se separado por alguma parede em sua mente. Izuku tenta perguntar o que isso significa enquanto sua visão fica cada vez mais escura.

"Obrigada." Aya responde. "É só uma criança" ela diz depois de alguns segundos.

"Eu pensei que potenciais eram acolhidos pelo Velho” braços apertam em volta de seu corpo, garantindo calor e um sentimento de proteção que ele não achava que poderia sentir novamente.

"Bem..." a criatura grita uma última vez e Izuku, deslizando da consciência por fim apenas ouve "não todos, pelo que parece."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ramé" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.