Darlisa - Em Meus Sonhos escrita por Buhh Smoak


Capítulo 2
Capítulo 02




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Amanhã passou sem que Darcy conhecer a tal Elisa por ela estar escrevendo um artigo sobre o museu no qual sua irmã esteve visitando pela manhã, o que lembrou a ele que não estava com seu celular por isso o horário do almoço passou sem que ele falasse com ela.

— Finalmente, te liguei umas 10 vezes.
— Perdão, foi tudo uma correria e eu estava sem o celular por perto.
— Tudo bem. Ainda estou no museu, acredita que até a colunista está aqui?
— Sabia, quando eu cheguei na redação me disseram que ela está fazendo um artigo sobre o museu. Você falou com ela,
— Só rapidamente, ela está conversando com vários curadores e eu estou com a irmã dela e a Ludmilla.
— Irmã dela?
— Sim, ela é cunhada do Camilo acredita?
— Você vai ficar aí até que horas?
— Não sei, mas vamos para um barzinho depois.
— Tenho que terminar de fazer algumas coisas aqui e tento encontrá-las ai.
— Darcy. – o chamou antes de desligar.
— Oi.
— Me senti estranha vendo a Elisa.
— Estranha como?
— Como se eu estivesse reencontrando alguém. Acho que pelos anos que convivo com seus relatos é como se eu já a conhecesse. Me deu até vontade de chorar com a possibilidade de ser realmente ela.
— Me espere, vou para aí quanto antes.

—--

Darcy terminou seus afazeres mais tarde do que esperava. Penso em ir para casa, mas algo fez com que pegasse o carro e fosse para o tal museu.

Por todo caminho ele sentiu uma ansiedade fora do comum. Parou na frente do museu e por já ser início de noite as luzes de fora iluminavam a fachada branca.

Precisou de alguns segundos para lidar com aquela sensação de estar voltando para casa. Nunca entendeu aquele amor que tinha por São Paulo, mas estar naquele lugar lhe dava um conforto surreal.

O portão ainda estava aberto por conta de eventos noturnos. Entrou e onde seria uma sala, certeza que ele tinha, agora era a recepção do museu com balcão de informações e uma mesa grande com muitos panfletos. Pegou um enquanto era observado pela recepcionista que mal piscava com sua presença. Estava indo em direção a escada quando sentiu o mesmo calafrio ao ler sobrenome da colunista no jornal.
E definitivamente não estava pronto para ouvir o que veio em seguida.

— Boa noite, eu esqueci minha bolsa na sala do diretor. Ele ainda está aqui?
— Sim senhora. Só um minuto. – a recepcionista levantou indo por uma porta de acesso restrito.

Darcy estava no meio da escada quando começou a se virar. A voz que sempre esteve em seus sonhos se projetou no lugar e junto com ela um perfume conhecido também o envolveu. Assim que seus olhos encontraram seu objetivo ele recebeu um baque por sentir como se aquela mulher fosse o centro de seu mundo.

Elisa sentia a inquietação daquele dia triplicar, muito mais depois de conhecer Charlotte mais cedo. Só que agora seu estômago estava como se uma ansiedade fora do comum a tomasse e algo fosse acontecer a qualquer instante.

Olhou a sua volta e quando seus olhos caíram sobre o homem que a encarava da escada suas pernas perderam a firmeza.

— Aqui está sua bolsa.

Demorou alguns segundos para que ela respondesse agradecendo a recepcionista e pegando sua bolsa. Olhou de novo para o homem que a olhava fixamente, pensou em se virar e ir embora, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa ela o observou descendo as escadas lentamente, o que fez seu coração dar um salto.

— Oi. - ele disse com a voz contida.
— Oi. - sentindo ainda mais inquietação por aquela aproximação. Desculpe, mas nos conhecemos?
— Sou Darcy Williamson. -estendendo a mão para ela. - Não acho que já nos vimos antes, apesar de sentir que já a conheço.

Elisa olhou para mão estendida na dúvida se aperta-la era uma boa ideia. E quando finalmente estendeu a sua mão indo de encontro a dele ela sentiu como se uma corrente elétrica passasse pelas palmas unidas e se espalhasse por seu corpo.

— Você é irmão de Charlote?
— Sim, sou.
— E meu chefe pelo que parece.
— Sim, acho que sou.
— Sou Elisa.
— Eu sei.
— Sabe?
— Sim, só não me pergunte como.

Ambos olharam para suas mãos que ainda estavam agarradas um ao outro e quando as soltaram era como se um vazio se instala-se dentro de si.

— Charlote está no bar que fica aqui perto com minha irmã e Ludmilla.
— Ela me disse.
— Estou indo indo para lá e você?
— Eu? - se perdendo ao estudar o rosto dela.
— Sim. – sorrindo de sua confusão.
— Desculpe. Sim, também vou para lá.
— Então vamos?

O coração dela estava disparado. Já tinha ouvido boatos que seu chefe era muito bonito, mas nada se comparava com a realidade. E o que mais a surpreendeu foi aquela familiaridade e a vontade que tinha de se aproximar coisa que nunca sentiu por ninguém antes.

— Vamos.

Elisa saiu com Darcy em seu encalço. Sente os olhos dele a observando, pararam na entrada do museu e antes de ir até o seu carro Darcy olhou para trás tentando lidar com aquela sensação de que estava diante de um lugar muito importante mesmo sem saber o porque.

— A primeira vez que vim aqui eu tinha uns 12 anos e juro que sabia o que e onde eram cada cômodo sem nunca ter vindo até aqui antes.

Darcy olhou para ela e tinha certeza que saberia a mesma coisa se tentasse.

— Desculpe falar tanto.
— Não se desculpe, por favor.
— Nunca te vi antes, mas é como se...
— ... fossemos familiares.
— Sim. – respirando com dificuldade ao ouvir a voz dele saindo sussurrada.

Deram mais alguns passos até estarem ao lado do carro dele, mas não sabiam muito como se portarem na presença um do outro.

— O bar é aqui na esquina. – observando enquanto ele destravava o carro.
— Vou tentar encontrar um lugar mais próximo ao bar para estacionar então. Quer uma carona?
— Obrigada, mas eu gosto de caminhar. – sorrindo.

E aquele sorriso encheu o peito de Darcy e ele percebeu que tinha necessidade de descobrir o que estava acontecendo.

— Então nos vemos la.
— Sim, nos vemos.

Ela se virou para ir na direção onde ficava o bar, mas parou por não conseguir se mover. Não encontrou outra maneira ao invés de virar e se deparar com os olhos daquele homem encarando. Tudo aconteceu muito rápido, mas quando se deram conta estava indo em direção um do outro e no segundo seguinte seus lábios se encontraram.

Não conseguiam explicar o que estava acontecendo, principalmente pela urgência com que se beijavam. Tudo era tão intenso que mal conseguiam raciocinar, mas tinham a certeza de que era o certo a ser feito. Quando fôlego faltou e a realidade veio a tona eles se afastaram desnorteados e com os lábios formigando.

— Eu... – respirando com dificuldade e sem entender como tinha permitido aquilo.
— Elisa, eu não quero me desculpar. -disse sincero.
— Eu também não. – constatou que de tudo que sentiu estava isenta de culpa. – Mas o que aconteceu?
— Não sei.
— Temos que ir, minha irmã já deve estar estranhando minha demora.

Apesar da vontade de se aproximarem novamente, respiraram fundo encanto cada um seguia seu caminho, mas no peito continuavam com aquele sentimento de reconhecimento e agora tinham que lidar aquela angústia por terem de se afastar mesmo que fossem se ver novamente em poucos minutos.

Darcy entrou no carro e observou Elisa seguir pela rua. A velocidade com que as coisas estavam acontecendo era surreal, mas tinha certeza de que era ela a mulher que habitava seus sonhos. Precisava encontrar uma maneira de se manter por perto até descobrir qual era a ligação que tinham e principalmente porque sentia que ela também compartilhava aquele sentimento de familiaridade que até então só ele vivenciava.


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